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segunda-feira, 31 de outubro de 2011
“As aventuras de Tintin: O segredo do Licorne rendeu cerca de 40 milhões de euros nos primeiros dias de exibição
“As aventuras de Tintin: O segredo do Licorne", de Steven Spielberg, arrecadou, nos primeiros dias de exibição na Europa, cerca de 40 milhões de euros de receita de bilheteira, destes, mais de 15 milhões foram conquistados em França. Em Portugal, o filme atraiu mais de 90 mil espectadores às salas de cinema, o que rendeu cerca de 565 mil euros.
Pastiche de Patrícia Sêco
domingo, 30 de outubro de 2011
Spielberg
Os 24 volumes (um inacabado) das aventuras de Tintin são o legado mais importante do belga Hergé, de seu nome verdadeiro Georges Prosper Remi. O seu impacto transcendeu o domínio das histórias aos quadradinhos, transformando o autor num verdadeiro símbolo nacional da Bélgica. Curiosamente, e apesar de falecido há quase 30 anos, Hergé não é estranho ao facto de, agora, Steven Spielberg surgir a realizar As Aventuras de Tintin. De facto, no começo dos anos 80, Hergé confessou-se admirador de Spielberg (que tinha acabado de lançar Os Salteadores da Arca Perdida, primeiro título da saga de Indiana Jones), considerando mesmo que, em cinema, ele seria o único a poder "fazer justiça" ao seu herói. Por essa altura, já Spielberg adquirira os direitos de adaptação de Tintin. No começo de 1983, estando em Londres para a rodagem de Indiana Jones e o Templo Perdido, Spielberg programou uma viagem à Bélgica para se conhecerem: o encontro nunca se realizou, já que Hergé veio a falecer no dia 3 de Março desse ano, contava 75 anos.
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Aliás, foi o próprio Steven Spielberg que admitiu a ligação entre o jovem repórter e o experiente arqueólogo, uma vez que o realizador se tornou fã da obra de Hergé nos anos 1980, quando preparava as aventuras de Indiana Jones. A adaptação da banda desenhada de Tintin para cinema é, por isso, um sonho antigo de Spielberg.
Nos anos 1980, o realizador ainda chegou a marcar um encontro com Hergé, mas o autor belga morreu sem que Spielberg tivesse conseguido garantir a compra dos direitos. Só em 2006, depois de longas negociações, é que a viúva de Hergé autorizou a adaptação. Todo este tempo de espera - durante o qual outras adaptações foram surgindo para cinema e televisão - serviu para um desenvolvimento da tecnologia cinematográfica, que permite agora a Steven Spielberg alegar que se mantém mais próximo e fiel da obra de Hergé.
Quase no fim da vida, Hergé encetou uma negociação duríssima com o realizador Steven Spielberg com vista a adaptação das histórias de Tintin ao cinema. Desse choque entre advogados europeus e norte-americanos resultou um livro prático de Direito de Autor que até ensina a fazer contratos. Afinal o Direito pode ser belo e prático. Ora, como é óbvio, os nossos livros de Direito que os pobres alunos "estudam" não têm nem Hergé, nem Spielberg, só têm o António e o Bento, às vezes a Maria também entra neste mundo sectário... É uma pena mas é verdade e por favor não culpem os professores mais velhos, há novos muito piores!
Manuel Lopes Rocha, 09/12/1996
https://arquivo.pt/wayback/20000608200940/http://www.ip.pt/top5webzine/asphalt_jungle/a_000001.html
O CAMINHO PARA EL DORADO de Eric «Bibo» Bergeron e Don Paul
NO JÁ habitual duelo entre a Disney e a DreamWorks no campo da animação (pelo menos entre nós pois os seus filmes aparecem geralmente em simultâneo na quadra do Natal), a primeira ganhou desta vez de forma clara. Veja-se o caso de Dinossauro: uma história clássica do estúdio, que se serviu dela para algumas inovações técnicas que deram nova vida a temas conhecidos. O Caminho para El Dorado é também uma história com a «marca» do estúdio de Spielberg, mas parece, formalmente, uma obra de rotina, isto é, que se limita a usar métodos já provados para contar uma história igual a muitas outras. Certamente que isto não é problema de maior (por vezes pode mesmo ser uma virtude) mas neste caso a comparação impõe-se desfavoravelmente para a DreamWorks.
De qualquer modo O Caminho para El Dorado é um filme de aventuras divertido, cheio de ritmo e acção, dirigido para um público juvenil e para outro, mais maduro, que conhece bem a obra e os interesses culturais e cinematográficos do mentor da DreamWorks. De facto, este filme de animação é, em certa medida, uma espécie de «balanço» desses interesses e obra, e revelador também dos métodos de produção e pesquisa de temas do estúdio.
Em época ainda próxima da comemoração da descoberta da América há cinco séculos, O Caminho para El Dorado retoma o tema da exploração do Novo Mundo, acompanhando a expedição de Hernan Cortez, e segue na pista do trabalho do estúdio rival com Pocahontas. Quanto ao argumento ele revela também uma série de marcas e estereótipos que caracterizam a DreamWorks, da mesma forma que os que se encontram em Dinossauro mostram os da Disney. Desde logo as marcas de um cinema que desde sempre marcou Spielberg: o de aventuras e de grande espectáculo à Cecil B. DeMille.
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Mas a influência maior que passa por A Caminho de El Dorado é um velho projecto que Spielberg parece ter desistido de levar a cabo: a adaptação do álbum de Hergé Tintin e o Templo do Sol, que os estúdios belgas da Belvision levaram a cabo há cerca de duas décadas, no que foi um dos seus melhores trabalhos embora de forma um pouco rudimentar.
A influência encontra-se não só na recriação da selva atravessada pelos heróis, como em vários episódios facilmente identificáveis, em particular a descoberta da entrada para a cidade dourada, atrás de uma queda de água, e, no interior, o encontro com os aztecas (maias no caso de Tintin).
MANUEL CINTRA FERREIRA, Expresso, 08/12/2000
sábado, 29 de outubro de 2011
O misterioso Tintim
Top Atlântico e Air France KLM lançam viagens do Tintin
“Uma aventura muito indiana” leva os viajantes a viverem “uma verdadeira aventura pelas paisagens vibrantes do Norte da Índia, durante 15 dias”, diz a Top Atlântico.
Deli, Agra, onde se encontra o Taj Mahal, o Parque Nacional de Ranthambhore, Jaipur e Jodhpur (junto ao deserto de Thar), são alguns dos locais a visitar.
Seguindo as aventuras de Tintin, o programa inclui uma viagem de comboio pelo sopé dos Himalaias, “acampamentos ocultos na selva profunda e um passeio de elefante guiado por um mahaut” e visitas a bazares.
No programa “Egipto, terras do faraó”, as aventuras incluem uma paragem em Port Said, onde Tintim aterrou para visitar o canal do Suez, percursos em camelo e passeios a cavalo pelas pirâmides, ou de felucca no Assuão, e paragens em templos ao longo do Nilo.
No programa “Jordânia, a cidade rosa de Petra”, o Mar Morto, o castelo de Shobak, e a cidade de Petra fazem parte de um circuito de oito dias que inclui ainda a possibilidade de fazer mergulho de superfície no mar Vermelho.
As lojas têm um brochura gratuita de vinte páginas onde apresentam o programa com bastantes vinhetas dos espisódios do Tintin e a opinião de alguns consagrados tintinólogos.
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
Tintin renova-se desde década de 20 do século passado
Tintin em Lisboa
Artigos da Meccano dedicados ao Tintin à venda em Portugal
A simplicidade do sistema sempre foi a principal razão do seu sucesso, o qual também chegou a Portugal nos anos 60 e 70.
Em 2011, a Meccano deu um novo e importante passo, o lançamento de um conjunto de jogos baseados no filme “as aventuras de Tintin: o segredo do Licorne”, baseados no tradicional sistema Meccano. Em novembro, os fãs desta marca podem encontrar à venda o jipe vermelho do Tintin, o hidroavião e o navio Licorne.
Estes jogos estarão à venda nas lojas FNAC, na loja Cool People, em Lisboa e ainda em todas as lojas da especialidade.
Veja as fotos de alta resolução dos 3 artigos da Meccano relacionados com o filme do Tintin e que vão ser distribuídos em exclusivo em Portugal pela empresa SmartBabies.
Gralhas ortográficas nas aventuras de Tintin
Confira aqui.
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Tintin na terra de D. Afonso Henriques
Ao princípio da tarde de segunda-feira, a entrada do Centro Cultural Vila Flor parecia o recreio de uma escola primária: as crianças saltavam, riam, gritavam, enquanto os professores e educadores tinham alguma dificuldade em mantê-las no alinhamento previsto para a entrada no auditório. Mais de meio milhar de alunos foram repescados nas escolas do ensino básico e secundário do concelho de Guimarães para verem, em absoluta antestreia nacional, a tão esperada adaptação que Steven Spielberg finalmente concretizou de "As Aventuras de Tintin" - que hoje chega a 117 ecrãs do circuito comercial português.
Havia crianças dos dois anos até à idade adolescente, e este era um desafio calculado pela equipa de programação audiovisual da próxima Capital Europeia da Cultura: à tarde, a sessão era para os mais pequenos, com uma cópia dobrada em português; à noite, aos adultos era oferecida a versão original legendada. "A nossa preocupação é fazer a ponte geracional e estabelecer uma relação muito directa com a comunidade", explica ao PÚBLICO João Lopes, responsável pela programação audiovisual de Guimarães 2012.
Depois da entrada no Vila Flor, as crianças depararam com duas surpresas. A primeira foi ver nos ecrãs espalhados pelo hall do centro cultural os desenhos que tinham feito na escola sobre as aventuras de Tintim e que lhes tinham valido o convite para uma tarde diferente. "Para preparar a sessão, levei alguns livros e um powerpoint para a sala de aula, e cada aluno fez o seu desenho, mas sem ser a copiar por cima", explicava a professora Cristina, da Escola Básica do 1.º Ciclo de Monte Largo. A segunda surpresa foi a utilização dos óculos escuros para ver o filme em 3D. "Por que é que temos de pôr estes óculos? É por o filme ser a preto e branco?", perguntava a Maria João, oito anos, já sentada na sala.
Aqui, o frenesim e a gritaria haveriam de manter-se até ao início da sessão, que ocorreu com a inevitável meia hora de atraso. Muitas crianças estavam a entrar pela primeira vez numa sala de cinema. Mas também havia quem já tivesse estado no Museu Hergé, na Bélgica.
Iniciado o filme, a excitação e a gritaria voltaram, passados poucos minutos, impulsionadas pela mestria manipuladora de Spielberg. Depois de um início calmo e fiel à atmosfera mais belga do imaginário Tintim, com a recriação de um mercado do centro de Bruxelas, a câmara rente ao chão, assumindo a perspectiva dos mais pequenos, transforma a aparição de um negro pitbull a ameaçar o intrépido Milu num inesperado susto para muitas crianças. E algumas delas, as mais pequeninas, acabariam mesmo por sair da sala, para continuarem a brincar no hall. A "ponte geracional" de que falava João Lopes tivera aqui um arco talvez demasiado largo, perante um filme que dificilmente funciona para crianças com menos de dez anos, como notou Yves Février. Mas a grande maioria divertiu-se e gritou durante todo o filme, mesmo se alguns não resistiram ao sono, embalados pelo cansaço natural, pela música e pelo calor de uma experiência fora da escola. No final, aquilo de que os alunos mais diziam ter gostado era de ter sentido as personagens quase a tocar as suas cadeiras e a cair-lhes no colo. "Com estes óculos, parece que está tudo tão perto de nós", dizia Inês, que já tinha experimentado os óculos quando viu o filme Entrelaçados. E o Rui, de 14 anos, tinha já sentido a mesma sensação quando viu "Shrek". Esta "Operação Tintim" funcionou como "exercício de aquecimento" para a Capital Europeia da Cultura para a equipa liderada por João Lopes. O facto de se tratar da adaptação ao cinema de "um ícone da cultura popular europeia" e de ser uma produção em 3D justificaram a aposta na programação desta antestreia nacional, justificou o crítico e programador. "Mesmo se não temos a ilusão de poder criar uma indústria cinematográfica em Guimarães, vamos montar uma base tecnológica no domínio do audiovisual a partir da qual se poderão continuar a fazer coisas para além de 2012."
A dupla sessão com o Tintim de Spielberg serviu também ao programador e a outros responsáveis por instituições culturais de Guimarães para anunciar algumas das próximas iniciativas nestas semanas de aproximação a 2012. Entre elas, avulta a exposição de fotografia que, a 16 de Dezembro, vai ser inaugurada a mostrar o valioso espólio da antiga Foto Moderna (depois Foto Machado), que é propriedade da associação Muralha e foi recentemente resgatado dos fundos daquela loja já desaparecida. Os mais de sete mil negativos (a maioria ainda em chapas de vidro) permitem reconstituir instantâneos da vida pública e privada na cidade, entre 1905 e 1969, e o trabalho de restauro e digitalização vai já a meio caminho, nas instalações do Arquivo Distrital, sob a orientação de Eduardo Brito, que será o comissário da exposição e é o responsável pelo projecto patrimonial Reimaginar Guimarães. "Vamos organizar a exposição como uma narrativa cinematográfica", promete.
Sérgio C. Andrade in Público
As vozes portuguesas que animam "As Aventuras de Tintin - O Segredo do Licorne"
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Yvres Frévier: «Qualidades morais de Tintin são necessárias hoje»
Em Guimarães, a propósito da antestreia nacional do filme "As Aventuras de Tintin: O Segredo do Licorne", ao abrigo da Capital Europeia da Cultura Guimarães 2012, Yves Février descreveu o autor de Tintin como um trabalhador incansável.
"O Hergé era um escravo. Durante anos trabalhou sem parar e em 1929 criou este herói, Tintin, no qual trabalhou o resto da vida", disse.
As Aventuras de Tintin, adiantou, começaram a ser publicadas num jornal semanalmente em 1929 e após um ano destas publicações foi editado o primeiro álbum, "Tintin no país dos Sovietes".
Yves Février descreveu Tintin como "um bom menino, ao estilo dos escuteiros".
Em declarações à Agência Lusa, o representante do Museu Hergé, afirmou que "os valores defendidos por Tintin" têm "lugar" no século XXI. "Este herói representa valores morais que não só são atuais como são importantes e necessários nos dias de hoje", afirmou, explicando que "valores como os que estão na base destas histórias são intemporais".
No entanto, admitiu Février, que se a questão da actualidade dos valores de Tintin lhe fosse colocada quando era adolescente nos anos 70 diria: "Não. São antiquados e fora de moda".
Para Yves Février, a "grande inteligência" de Steven Spielberg foi "precisamente" ter-se apercebido da "actualidade da moral que está na base das aventuras do Tintin", pois, "para além da técnica de filmagem, o grande valor deste filme é a mensagem".
Este estudioso da obra de Hergé considerou ainda que a "mais valia" dos desenhos do autor de Tintin e Milou "é a noção de movimento que transmite cada vinheta da banda desenhada".
Essa "mestria", admitiu Février à Agência Lusa, "esbate-se na passagem das Aventuras de Tintin do papel para a tela de cinema, pois em cinema é fácil dar a noção de movimento, difícil é fazê-lo no papel".
Sobre a vida de Hergé, Yves Février abordou ainda a "catalogação" do artista como "colaboracionista nazi" durante a ocupação alemã na Bélgica.
"É injusto dizer que o Hergé colaborou com Hitler. É preciso analisar a história da Bélgica. O rei decidiu ficar na Bélgica nesse período e ele fez o mesmo. Mas o facto de ter continuado a trabalhar num jornal favorável ao regime foi algo que o atormentou nos anos seguintes", explicou.
Filmado, com recuso à tecnologia 'motion capture', "As Aventuras de Tintin" conta com o ator Jamie Bell no papel de Tintin e com Daniel Craig no papel do 'vilão'.
O filme "As Aventuras de Tintin: O Segredo do Licorne" estreia dia 25 no resto do país e é a mais recente película de Steven Spielberg e Peter Jackson.
In DN
Tintin na SIC Notícias
Cassetes de vídeo de filmes da Belvision editadas pela Artel e Diger Video em 1988 e 1989
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terça-feira, 25 de outubro de 2011
O universo de Tintin em exposição em Lisboa
Guimarães já viu o novo filme do Tintin
Tintin em Lisboa
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Exposição no Centro Comercial Saldanha Residence
Para além do visionamento das numerosas peças dedicadas às obras e personagens de Hergé - álbuns apócrifos, edições raras, variado merchandising -, haverá uma tarde cultural que decorrerá no dia 29, ainda em outubro, com o seguinte programa:
15h30 - hora do conto - Uma acção conduzida pela escritora e jornalista Maria Inês Almeida, que apresentará um dos episódios de Tintim ao público juvenil;
17h00 - tertúlia tintinófila - apresentação de temáticas relacionadas com o universo "Tintim e BD", que serão desenvolvidas por dois especialistas tintinófilos, António Monteiro e Jorge Macieira.
domingo, 23 de outubro de 2011
As aventuras digitais de Tintin
Tintin não rima com Indiana Jones
Eurico de Barros, DN
Há mais coisas a separar a banda desenhada e o cinema do que a aproximá-los, estética e tecnicamente. Imaginados para o papel, é muito difícil tirar de lá para a tela heróis como Astérix, Lucky Luke, Blueberry ou Tintin, quer se recorra à animação, quer à imagem real. Os filmes ficam sempre aquém do original. Em As Aventuras de Tintin: O Mistério do Licorne, Steven Spielberg dispôs da técnica de motion capture e do 3D, o que veio situar Tintin, pela primeira vez, numa zona cinematográfica a meio caminho entre a imagem real e a animação convencional. Mas o problema do filme não é o processo de animação escolhido nem mesmo o respeito pela identidade gráfica de Hergé (o genérico é muito bem achado). É o argumento, que combina elementos de dois álbuns (O Caranguejo das Tenazes de Ouro e O Segredo do Licorne) com a acção frenética à Indiana Jones (e à Piratas das Caraíbas, no caso da disparatada sequência do combate naval) totalmente alheia ao universo da personagem - e visualmente, à elegante e legível "linha clara" de Hergé. Tintin e Indiana Jones não rimam.
Este não é o meu corpo
João Lopes, DN
Insólita e fascinante evolução dos poderes do cinema. Classicamente, o actor é aquele que se expõe perante uma câmara, num certo sentido ambicionando uma dimensão sagrada: "Este é o meu corpo." Agora, com as novas tecnologias, o actor já não está lá... Ou melhor, está, mas recoberto pelo tratamento digital que o transforma em personagem animada. Andy Serkis, intérprete do Capitão Haddock no novo Tintin, resume muito bem a nova ambiência: "Como sempre, é uma forma de maquilhagem; só que agora é maquilhagem digital." Será que As Aventuras de Tintin vai conseguir consolidar o (inseguro) boom do cinema a três dimensões? Talvez, mas a grande questão será outra: será que estamos a assistir ao nascimento de um nova linguagem cinematográfica, algures a meio caminho entre o "filmado" e o "desenhado"? Ninguém tem respostas definitivas, mas Spielberg vem garantir que o desejo de contar histórias não desapareceu. Acima de tudo, que os heróis nascem nas aventuras que vivem, não nos efeitos especiais.
sábado, 22 de outubro de 2011
Pastiche de Nuno Saraiva no semanário Sol
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
A revista Visão apresenta uma entrevista a Spielberg e Peter Jackson
Tintin chega a Guimarães dia 24, e ao resto do país três dias depois
Três dias antes, já na segunda-feira, o Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, recebe uma ante-estreia muito especial do filme de Steven Spielberg no âmbito da Capital Europeia da Cultura, com a presença de um dos grandes especialistas na personagem de banda-desenhada criada por Hergé. Yves Février, do Museu Hergé de Louvain-la-Neuve, na Bélgica, virá a Guimarães dar uma conferência sobre Tintin, às 18h30, acompanhando a exibição do filme em 3D (na versão dobrada em português às 15h30, na versão original inglesa legendada em português às 21h30). Paralelamente, o universo de Tintin e Milu é alvo de uma iniciativa escolar de desenho que será exposta com as ante-estreias. Realizado inteiramente no método de "performance capture" utilizado por Peter Jackson em "O Senhor dos Anéis" e "King Kong" e por James Cameron para criar os alienígenas Na'vi de "Avatar", "O Segredo do Licorne" é um projecto que Spielberg transportava há 30 anos - mais precisamente desde que lhe apontaram as semelhanças entre o intrépido repórter da banda-desenhada e o seu Indiana Jones, tal como revelado em "Os Salteadores da Arca Perdida" (1981). Com a ajuda de Peter Jackson, co-produtor do filme e responsável pela supervisão de todo o trabalho de pós-produção gráfica, Spielberg abalançou-se finalmente a concretizar o seu sonho em 2009, sobre um argumento dos ingleses Steven Moffat, Edgar Wright e Joe Cornish que usa como centro da narrativa o álbum "O Segredo do Licorne", embora inserindo elementos de "O Caranguejo com Tenazes de Ouro" e uma série de piscadelas de olho a outras aventuras de Tintin. A 40 dias de rodagem com actores num "plateau" virtual na Nova Zelândia seguiu-se mais de ano e meio de trabalho no "revestimento" digital das interpretações dos actores (Jamie Bell, Daniel Craig, Andy Serkis e Toby Jones, entre outros) para criar um universo a meio caminho entre o traço da banda-desenhada e o fotorrealismo da animação digital. O resultado promete dividir opiniões, quer entre os fãs de Tintin quer entre os fãs de Spielberg, que não estão habituados a ver o cineasta a abraçar tão abertamente o "cinema virtual", mesmo que com o seu amor do cinema clássico bem visível. Uma coisa podemos dizer desde já: independentemente dos resultados da adaptação, a fidelidade do filme ao espírito da série é invulgar, e consubstancia-se na extraordinária criação que é o capitão Haddock de Andy Serkis. O actor inglês está, aliás, habituado a estas coisas da "performance capture", ele que foi o Gollum de "O Senhor dos Anéis" e o King Kong para Peter Jackson, e o César de "Planeta dos Macacos - A Origem". Resta apenas saber o veredicto do público e da crítica - a partir de dia 26 na Europa continental, mas só em Dezembro nos EUA e no Canadá, onde a personagem é menos conhecida e o filme vai estrear em simultâneo com "Cavalo de Guerra", a adaptação (em imagem real) do romance de Michael Morpurgo que Spielberg dirigiu durante a pós-produção de Tintin e que apenas chegará à Europa em Janeiro.
in Público-Ypsilon
Tintin na MacDonald's
São doze miniaturas diferentes que aquela cadeia vai distribuir até 1 de Dezembro.
Veja os brindes neste site.
Publicidade exterior ao filme do Tintin
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Tintin no grande ecrã em aventura 3D e ao jeito de Indiana Jones
O filme só terá estreia comercial na próxima semana, em vários países da Europa, incluindo Portugal, onde será exibido a partir do dia 27 em mais de uma centena de salas de cinema. Aos Estados Unidos e Canadá só chegará no final do ano, por altura do Natal. "As aventuras de Tintin: O segredo do Licorne" já teve várias exibições especiais, mas no sábado será mostrado em Bruxelas, cidade fortemente marcada pela banda desenhada, sendo esperadas as presenças dos protagonistas do filme, assim como do realizador, Steven Spielberg. Considerada uma das grandes estreias da temporada cinematográfica internacional - mais não seja por juntar Spielberg, Peter Jackson (o produtor) e Tintin -, o filme adapta para cinema três álbuns de BD de Hergé: "O segredo do Licorne", "O caranguejo das tenazes de ouro" e "O tesouro de Rackham, o terrível", publicados originalmente entre 1945 e 1946. A expetativa é por causa da adaptação visual de todo o imaginário criado por Hergé. O filme foi rodado com atores de carne e osso, como Jamie Bell, que interpreta Tintin, Andy Serkis, o Capitão Hadock, e Daniel Craig, o pirata Red Rackam, mas o que surge no ecrã é um filme de animação. Steven Spielberg e Peter Jackson demoraram mais de um ano no trabalho de pós-produção do filme, na transposição dos movimentos reais dos atores para animação. Visualmente, o filme é exemplar, sobretudo nos cenários, que parecem reais, embora na expressão facial de Tintin falte alguma vida, como escreveram já vários meios de comunicação social europeus que assistiram a projeções para a imprensa. Quem leva nota máxima é o emotivo e resmungão capitão Haddock, interpretado por Andy Serkis. Com menos de duas horas de duração, o filme tem muita ação e a história desenrola-se com sucessivas aventuras e perseguições, como se Tintin fosse um jovem Indiana Jones. Aliás, foi o próprio Steven Spielberg que admitiu a ligação entre o jovem repórter e o experiente arqueólogo, uma vez que o realizador se tornou fã da obra de Hergé nos anos 1980, quando preparava as aventuras de Indiana Jones. A adaptação da banda desenhada de Tintin para cinema é, por isso, um sonho antigo de Spielberg. Nos anos 1980, o realizador ainda chegou a marcar um encontro com Hergé, mas o autor belga morreu, sem que Spielberg tivesse conseguido garantir a compra dos direitos. Só em 2006, depois de longas negociações, é que a viúva de Hergé autorizou a adaptação. Todo este tempo de espera - durante o qual outras adaptações foram surgido para cinema e televisão - serviu para um desenvolvimento da tecnologia cinematográfica, que permite agora a Steven Spielberg alegar que se mantém mais próximo e fiel da obra de Hergé. Mediante o sucesso deste filme, Spielberg e Peter Jackson poderão avançar com mais dois filmes de animação. A versão portuguesa de "As aventuras de Tintin: O segredo do Licorne" contará com as vozes de Simon Frankel (Tintin), Nuno Markl e Rui Unas (Dupont e Dupond), Luís Mascarenhas (Capitão Haddock), Pepe Rapzote (Sakharine e Rackam) e Rita Blanco (Bianca Castafiore). Nos cinemas portugueses estarão disponíveis várias versões do filme: na versão original (em inglês), dobrado em português, em 2D e em 3D, e ainda em versão francesa com legendagem em português, para satisfazer os "tintinófilos", os fãs mais antigos de Tintin e da banda desenhada franco-belga, disse à Lusa fonte da distribuidora. In SIC Notícias
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Álbuns da Record - Cartonada com lombada de pano
A primeira edição foi cartonada com lombada em pano, havendo edições com lombadas de cor diferente.
Voo 714 para Sidney
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domingo, 16 de outubro de 2011
As Aventuras de Tintim no Público - Guia de Leitura
Edições Público/Oficina do Livro - Lisboa, 2004 - 63 páginas, Brochado, Cor, 220x292 mm