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sexta-feira, 28 de novembro de 2014
Artigo tintinófilo na revista Boca do Inferno da Câmara Municipal de Cascais
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terça-feira, 25 de novembro de 2014
Tintin por Joana Afonso
O blogue As Leituras do Pedro continua a publicar preciosidades da sua colecção de pastiches do Tintin feitos por artistas portugueses. Desta vez, foi Joana Afonso.
segunda-feira, 17 de novembro de 2014
sábado, 15 de novembro de 2014
sexta-feira, 14 de novembro de 2014
Pastiches de Pedro Morais
O blogue Sem Data Marcada do artista Pedro Morais apresenta-nos vários pastiches de Pedro Morais. Deixo aqui dois.
sábado, 8 de novembro de 2014
Crítica ao livro "Papá em África"
Sátira e violência
Papá em África, de Anton Kannemeyer (Cidade do Cabo, 1967) é um livro mal-educado, tal a acidez, o medo e a violência que o agitam. E é um livro de BD. A capa levará muitos leitores ao engano. Ao longe ou num simples relance, parece um pastiche de Tintin no Congo, de Hergé, ou (quem diria?) uma obra perdida, maldita do autor belga. Mas basta tomá-lo na mãos para a ilusão cair. Como é óbvio, haverá leitores que intuirão um detournement (a capa tem pistas suficientes) mas nem eles serão poupados à ferocidade desapiedada (por vezes desorientada) das histórias e das imagens de Papá em África.
Recolhidas da publicação Bittercomix, título fundamental da BD sul-africana, que Kannemeyer fundou em 1992 com Conrad Botes, surgem em formatos e estilos diversos. Há realismo, apropriação, autobiografia, imagens autónomas que formam cartazes, os contornos, as formas do “tipo de desenho” baptizado de ligne claire. E como um fantasma, a máscara que assombra (quase) todo o livro, eis Tintim, agora envelhecido, com careca de homem. Algumas das pranchas do livro de Hergé são, aliás, redesenhadas pelo autor com óbvios fins satíricos: a personagem não dispara repetidamente sobre um antílope teimoso, antes de descobrir que, afinal, abateu um número incontável de animais, mas sobre um africano negro; e depois de curar o membro de uma tribo, não sai, discreto (ainda que orgulhoso), de cena, mas cobra o serviço, prostituindo a mulher daquele que salvou.
Recolhidas da publicação Bittercomix, título fundamental da BD sul-africana, que Kannemeyer fundou em 1992 com Conrad Botes, surgem em formatos e estilos diversos. Há realismo, apropriação, autobiografia, imagens autónomas que formam cartazes, os contornos, as formas do “tipo de desenho” baptizado de ligne claire. E como um fantasma, a máscara que assombra (quase) todo o livro, eis Tintim, agora envelhecido, com careca de homem. Algumas das pranchas do livro de Hergé são, aliás, redesenhadas pelo autor com óbvios fins satíricos: a personagem não dispara repetidamente sobre um antílope teimoso, antes de descobrir que, afinal, abateu um número incontável de animais, mas sobre um africano negro; e depois de curar o membro de uma tribo, não sai, discreto (ainda que orgulhoso), de cena, mas cobra o serviço, prostituindo a mulher daquele que salvou.