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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014
terça-feira, 30 de dezembro de 2014
Jonas Reguila e Quim e Filipe
segunda-feira, 29 de dezembro de 2014
Deixem o Capitão Haddock beber
A obsessão pela tolerância (sob a máscara do politicamente correcto) tornou, em muitos aspectos, a nossa sociedade mais intolerante. O Capitão Haddock que o diga.
domingo, 28 de dezembro de 2014
Mais um pastiche de Tintin
terça-feira, 23 de dezembro de 2014
sexta-feira, 28 de novembro de 2014
Artigo tintinófilo na revista Boca do Inferno da Câmara Municipal de Cascais
Faça o download do artigo aqui.
terça-feira, 25 de novembro de 2014
Tintin por Joana Afonso
segunda-feira, 17 de novembro de 2014
sábado, 15 de novembro de 2014
sexta-feira, 14 de novembro de 2014
Pastiches de Pedro Morais
sábado, 8 de novembro de 2014
Crítica ao livro "Papá em África"
Recolhidas da publicação Bittercomix, título fundamental da BD sul-africana, que Kannemeyer fundou em 1992 com Conrad Botes, surgem em formatos e estilos diversos. Há realismo, apropriação, autobiografia, imagens autónomas que formam cartazes, os contornos, as formas do “tipo de desenho” baptizado de ligne claire. E como um fantasma, a máscara que assombra (quase) todo o livro, eis Tintim, agora envelhecido, com careca de homem. Algumas das pranchas do livro de Hergé são, aliás, redesenhadas pelo autor com óbvios fins satíricos: a personagem não dispara repetidamente sobre um antílope teimoso, antes de descobrir que, afinal, abateu um número incontável de animais, mas sobre um africano negro; e depois de curar o membro de uma tribo, não sai, discreto (ainda que orgulhoso), de cena, mas cobra o serviço, prostituindo a mulher daquele que salvou.
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
Tintim e o mistério das laranjas azuis
domingo, 19 de outubro de 2014
sábado, 18 de outubro de 2014
Estreia em Portugal do filme Tim-Tim e o Mistério das Laranjas Azuis
terça-feira, 14 de outubro de 2014
Tintin em Lisboa
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
Por que é que quase não há mulheres em Tintim? Por causa do pai de Hergé
“O avô de Hergé engravidou a empregada do castelo onde vivia com a mãe, a baronesa, que pagou a outro homem para se fazer passar por pai do pai de Hergé, porque acreditava que era uma desonra para o filho reconhecer a gravidez”, explica Serge Tisseron.
“Sim, ele próprio o confessou. Disse que Tintin era ele [Hergé] quando era perfeito, que o Capitão Haddock era ele quando bebia mais do que o habitual e que o Professor Girassol era ele quando trabalhava muito”, explicou Tisseron, que já publicou vários livros com o resultado deste estudo.
“Os pais que escondem coisas dos filhos, sobretudo se estão relacionadas com a sua conceção, como aqueles que recorrem à reprodução assistida, podem perder a confiança deles para sempre”, explica o psicólogo.
quinta-feira, 9 de outubro de 2014
Papá em África
O objectivo central de Papá em África é pontapear com escárnio e pontaria certeira a hipocrisia e a (má) consciência da África do Sul branca, num pós-apartheid lobotomizado. Anton crítica corrosivamente o imaginário colonialista e racista, como aquele oferecido por Hergé em Tintim no Congo (1931), álbum que Anton admite ser a sua Bíblia visual, onde volta sempre para sacar mais uma imagem ou uma sequência narrativa.
Papá em África é o 25º álbum da editora Mmmnnnrrrg, a editar este mês com as assinaturas de Anton Kannemeyer e Tomi Misturi.
sexta-feira, 3 de outubro de 2014
quarta-feira, 1 de outubro de 2014
domingo, 28 de setembro de 2014
sexta-feira, 26 de setembro de 2014
quinta-feira, 25 de setembro de 2014
quinta-feira, 4 de setembro de 2014
terça-feira, 2 de setembro de 2014
Exposição «Os carros de Tintin»
Esta exposição de miniaturas dos carros usados pela personagem Tintin, são propriedade do Museu da Miniatura Automóvel de Gouveia, resulta da parceria mantida desde 2013 entre a Fundação Lapa do Lobo e o Museu de Gouveia.
Estiveram presentes na inauguração, além da Curadora Cultural da Fundação – Mariana Torres, o Conselho de Administração da Fundação, o Joaquim Lourenço – Vice-Presidente da Câmara Municipal de Gouveia e Rui da Eufrásia – Responsável pelo Museu.
A exposição pode ser visitada no horário de funcionamento da Fundação Lapa do Lobo.
http://fundacaolapadolobo.pt/
segunda-feira, 1 de setembro de 2014
Como apareceu Tintin em Portugal
Pode ouvir aqui o podcast
terça-feira, 26 de agosto de 2014
Artigo da Observador
Os clássicos são, por definição, aquelas obras de literatura a que sempre se regressa. Por isso, todos os verões, é certo e sabido que releio algum velho álbum do Tintim, recordando os bons velhos tempos da minha infância.
Hergé é, de facto, um autor de culto: os seus livros de aventuras são uma referência, não apenas da literatura juvenil, mas mundial. É verdade que os seus primeiros textos pecavam ainda por alguma ingenuidade, como o anticomunismo primário de Tintim no país dos sovietes, o colonialismo paternalista de Tintim no Congo, ou o simplismo sociológico de Tintim na América. Mas, depois de ultrapassada essa fase inicial, a obra de Georges Remi ganhou maturidade. Quer o protagonista, quer os seus amigos, apesar dos seus inevitáveis defeitos humanos, eram amáveis exemplos de virtude. Tintim é, por assim dizer, o herói que encarna os valores humanistas da Europa de meados do século XX. Mas, em pleno século XXI, estas aventuras e os seus princípios éticos ainda são válidos?
A questão tem alguma razão de ser. A evolução, ou involução, moral destas últimas décadas, obrigou a que Lucky Luke, uma personagem da banda desenhada criada por Morris, substituísse o cigarro, que sempre tinha ao canto da boca, por uma inócua palhinha. Tintim não fuma, mas o tabagismo está presente no capitão Haddock que, apesar de presidente da Liga dos Marinheiros Antialcoólicos, é um bêbado crónico. Mas, para alguns leitores actuais, essa não seria, nem de longe, a pior pecha da obra de Hergé que, a bem dizer, lhes parece ser machista, xenófoba, discriminatória das minorias, anti-ecológica e homofóbica.
De facto, Tintim e todos os protagonistas das suas aventuras são do sexo masculino. Nem sequer, que eu saiba, Milou é cadela! O machismo desta banda desenhada acentua-se também pelo carácter ridículo de algumas personagens femininas, de que é protótipo a estridente Bianca Castafiore.
De alguns anos a esta parte, as realizações cinematográficas norte-americanas integram geralmente algum actor de raça não-branca, ou algum portador de deficiência, mas não há nenhum representante das minorias étnicas, ou descapacitado, nos papéis principais das aventuras do xenófobo e eugénico repórter. Pior, a sua pele rosada e o seu penacho loiro encaixam perfeitamente no tipo ariano, de tão nefasta memória.
Outra ausência significativa é a ecológica: as aventuras contra o mal nunca contemplam a defesa do habitat natural, pois não há nenhuma estória do juvenil herói contra o buraco do ozono, a extinção das focas, ou o aquecimento global. Infelizmente, tanto a gripe das aves como a gripe A não sobreviveram às manchetes que preconizavam os seus efeitos pestíferos, dignos de uma catástrofe mundial e… de uma aventura sensacional.
Outra grave omissão é a que parece indiciar uma atitude homofóbica. Já não há telenovela em que não haja quem namore, ou viva, com uma pessoa do mesmo sexo, mas esta realidade social está ausente das aventuras de Tintim. Num universo predominantemente masculino, a questão até não seria de difícil solução: bastaria que os cómicos detectives Dupond e Dupont fossem apresentados como um felicíssimo casal.
Noutro âmbito, o das perversões sexuais, em que também são pródigas as modernas produções literárias e cinematográficas juvenis, Hergé também é omisso. Para este efeito, Néstor, o mordomo, deveria ser um viciado em práticas sadomasoquistas, à conta dos maléficos irmãos Pardal, os anteriores proprietários de Moulinsart.
Urge uma actualização moral das aventuras de Tintim, para que esta obra continue a ser uma referência da moderna literatura juvenil. Como? É fácil: basta que o herói principal seja filho do Capitão Haddock, o qual, na ausência de uma mãe, recorre, para o efeito, a uma anónima barriga de aluguer. O velho lobo do mar, que entretanto troca o vício da bebida pelas virtudes do crack, também se pode consorciar matrimonialmente com o seu amigo e companheiro, o Professor Tournesol que, por via desta união, poderia co-adoptar Tintim. Eis o que, com toda a propriedade, se poderia considerar, segundo os actuais padrões morais laicos, um happy end!
Perdoem-me a inocência de ter lido e apreciado, durante tantos anos, umas estórias tão politicamente incorrectas! Talvez os heróis de antanho parecessem machistas, xenófobos, discriminadores, anti-ecológicos e homofóbicos, mas eram tipos normais e simpáticos, que estimulavam a amizade, a lealdade e a prática das virtudes morais. Também a eles devo uma infância muito feliz.
Padre Gonçalo Portocarrero de Almada
http://observador.pt/opiniao/tintim-co-adoptado/
terça-feira, 19 de agosto de 2014
Exposição Tintin por Tintin
Eis a reportagem então publicada no extinto Diário de Lisboa de 9 de Abril de 1990.
quinta-feira, 31 de julho de 2014
Maria do Rosário Pedreira
Na minha infância e adolescência alimentei-me de livros do Tintim em edições cartonadas, com lombada forrada a tecido, e muitos deles em francês, tendo talvez aperfeiçoado as minhas competências nesta língua com a leitura da famosa banda desenhada. Sempre me fascinou a figura de Tintim – com ar de miúdo por causa das calças curtas e do cãozinho, mas ao mesmo tempo repórter profissional em cenários de risco. Ainda hoje me lembro de ter tido um pesadelo por causa de umas páginas de Tintim – julgo que do álbum A Estrela Misteriosa – no qual uma aranha, tendo feito a teia na boca de um telescópio, sugeria a existência de um planeta com um enorme aracnídeo acoplado. Pois bem: tantos anos depois da morte de Hergé, o criador da figura, Tintim continua a render. Segundo leio, uma folha desenhada em tinta-da-china, em 1937, para servir de guardas a um ou mais álbuns, foi vendida por 2,5 milhões de euros num leilão em Maio passado, verdadeiro record no que toca a obras deste género. O anterior, de resto, já pertencia a Tintim – era a ilustração original da capa de Tintim na América e rendera 1,3 milhões.
Maria do Rosário Pedreira, Horas Extraordinárias, 23/07/2014
Ainda hoje me lembro de ter tido um pesadelo no dia em que comecei L’étoile mystèrieuse, um dos primeiros livros de Tintim que li na vida. A aranha que fizera a sua teia na ponta do telescópio e, gigantesca, parecia fazer parte do planeta observado, abraçando-o, assustou-me. Era miúda quando comecei a ler o Tintim e os livros eram em francês, de capa dura e do meu irmão mais velho (que ainda os tem). Na altura, não tinha idade para me aperceber da dimensão dessa fascinante personagem (um miúdo de calções seguido por uma cadelinha, mas afinal já repórter e a investigar matéria de peso, portanto não miúdo, mas afinal sem namorada ou mulher, o que era estranho, mas...) nem das implicações políticas das aventuras de que era protagonista. Muito mais tarde, depois de reler várias vezes os livros, encontrei um ensaio esclarecedor, ainda que às vezes demasiado imaginativo, sobre Tintim, escrito como tese de doutoramento em psicanálise por um francês chamado Serge Tisseron e intitulado muito justamente Tintim no Psicanalista. (A epígrafe desse livro [Tintim Sou Eu] é, de resto, o título deste post e foi, como todos sabem, dita por Hergé, o criador da personagem, numa entrevista.) Nesta tese, o nosso querido repórter do caracol afastado da testa é psicanalisado e, entre outras coisas, descobrimos que o Professor Tournesol desempenha o papel de sua mãe e o Capitão Haddock de seu pai e que, afinal, a infância de Hergé tem muito que ver com uma certa orfandade da sua personagem. Bastante original.
Maria do Rosário Pedreira, Horas Extraordinárias, 25/07/2011
(...) eu aprendi as minhas primeiras palavras em francês nos álbuns de capa dura que pertenciam ao meu irmão mais velho.
MRP
domingo, 20 de julho de 2014
Exposição "Hergé - Cronista do século XX"
Exposição Tintinófila na Fundação Marquês de Pombal em Linda-a-Velha
Deixo aqui algumas fotos da exposição.
sábado, 19 de julho de 2014
Um mundo perfeito
A chamada “cultura popular” produziu algumas obras memoráveis no século XX, mas, com a excepção dos Beatles, nenhuma das que afectaram a minha geração me parece tão extraordinária como a de Hergé.
As frias estão quase a chegar, e desta vez pode ser que sejam mais ou menos férias a sério. Pelo menos os preparativos vão pelo bom caminho. E não me refiro certamente ao tempo passado em frente à televisão por causa da Copa. Não que eu não goste de futebol (gosto) e que não tenha visto o maior número possível de jogos (vi). O problema é que, mais ainda que das vezes anteriores, me apanho num estado de grande indiferença sobre quem perde e ganha e incapaz de verdadeiramente “ser por” qualquer equipa com a energia que dantes tinha. Devo andar com muito medo de sofrer.
Pior: mal começa a perder uma equipa, que até pode ser aquela que vagamente prefiro que ganhe, passo a ser automaticamente pela outra, e até a desejar, com requintes de sadismo, uma valente cabazada (o Brasil-Alemanha satisfez-me plenamente desse ponto de vista). Pior ainda: como se o sadismo não fosse já mal suficiente, apanho-me, qual um “inocente de coração puro”, em momentos de heróico cristianismo, com grandes sentimentos de compaixão para com as almas doridas dos derrotados, sentimentos que mereceriam quase um lugar no Parsifal. Por outras palavras: o meu espírito anda, à custa do Mundial, a flutuar incessantemente entre paixões contraditórias e pouco recomendáveis.
Estas coisas devem-se evitar. Mas, como escreveu um sábio, calamitas virtutis occasio est, que é como quem diz: nas situações difíceis é que se vê quem somos. É assim nas grandes humilhações, das quais desde a semana passada me tornei especialista, e é assim também quando a alma, torturada, não encontra repouso. Felizmente, logo vi a solução, e, tomado de virtude, corri a uma estante, em direcção às obras completas de Hergé. Isso sim, isso é a tal preparação das férias.
A chamada “cultura popular” produziu algumas obras memoráveis ao longo do século XX, mas, com a eventual excepção dos Beatles, confesso que nenhuma daquelas que afectaram directamente a minha geração me parece tão extraordinária como a de Hergé, nomeadamente as aventuras de Tintim. As coisas da cultura popular têm sobretudo aquilo que poderíamos chamar um valor aderente. Isso é particularmente evidente na música pop. Associamos uma canção a uma pessoa, um lugar, um tempo. Se a voltamos a ouvir são essas pessoas, lugares ou tempos, aos quais a canção aderiu, que voltam até nós, e o valor da canção reside sobretudo nisso. O sentimento da “primeira vez” não se repete, cada escuta reenvia para uma primeira vez passada. Não acontece assim com a grande música. Podemos ouvir pela milésima vez a Paixão segundo Mateus de Bach e, de uma certa maneira, cada vez é a primeira vez. Há um mundo inteiro que se descobre mais uma vez a nós pela primeira vez, um mundo totalmente independente das nossas pessoas, tempos e lugares.
Longe de mim a ideia absurda de comparar Hergé a Bach, mas Hergé, à sua maneira, conseguiu também ele criar um mundo independente de qualquer aderência biográfica. De certo modo, descobrimos Hergé sempre pela primeira vez, por mais que conheçamos de cor (é o meu caso) todos os quadradinhos dos seus livros, alguns de uma beleza enorme ou de uma inquietante estranheza (várias imagens de sonhos, ou o faquir de O Lótus Azul, por exemplo). Descobrimos de novo os diálogos, em que Hergé é magistral. Descobrimos de novo os personagens e as situações. E a narrativa, por vezes brilhante, e, no início, muito devedora ao cinema americano. As Jóias da Castafiore é o ponto máximo, mas há muito mais. A primeira página de Carvão no Porão é um golpe de génio, bem como o fim de O Ouro Negro, em que o capitão Haddock tenta explicar várias vezes a Tintim como ali inverosimilmente chegou para o salvar, sem nunca o conseguir fazer e sem nós sabermos como o fez.
A inteligência do homem é fascinante, coisa que, de resto, as suas entrevistas tornam claro. Como por exemplo, quando comenta a génese de Serafim Lampião. Uma vez, em Bruxelas, um vendedor ambulante entrou-lhe pela casa dentro. Hergé conduziu-o à sala, e o vendedor disse-lhe, apontando-lhe o seu próprio sofá: “Mas sente-se, sente-se!”. Vale a pena ler o que diz. Dá na perfeição “o importuno em todo o seu esplendor”.
Começou “reaccionário”, acabou mais ou menos “progressista”, mas nem uma coisa ou outra afectaram minimamente a sua obra. (No fundo, talvez tenha sido sempre um conservador.) Pairou sempre por cima disso, e por isso os seus livros fornecem, como as obras de arte, uma compreensão indirecta do real. Quem não teve já, num restaurante, vontade de estrangular um pequeno Abdallah? Conhecemos, no nosso mundo banal, Serafim Lampião e Oliveira da Figueira. Até, com um bocado de sorte, um Rastapopoulos qualquer, ou o General Alcazar ou Bianca Castafiore, o Rouxinol Milanês. A América do Sul de A Orelha Quebrada – que desenhos! – revela-nos ainda hoje muito da região (“Viva a liberdade! Morte aos tiranos!”) e a Bordúria d’O Ceptro de Ottokar e de O Caso Tournesol põe em jogo, sucessivamente, fascismo e comunismo.
Mas, mais surpreendente ainda do que os desenhos ou a qualidade do texto e da narrativa, o que é mais raro, e quase miraculoso, é a sobrenatural adequação de um aspecto e de outro. A legibilidade das aventuras de Tintim vem dessa adequação perfeita. As palavras colam com as imagens e as imagens com as palavras. Umas pedem as outras. Parecem ambas duas expressões diferentes, mas necessariamente conjuntas, de uma realidade que se encontra para além delas, como também as personagens parecem necessitar umas das outras, como se fizessem parte de um mundo em que, por um decreto divino, tivessem todas sido criadas simultaneamente com a obrigação de se relacionarem entre si.
Tudo isto nos faz sair do nosso tempo próprio e torna-se um objecto de contemplação. Isso traz paz e repouso, o contrário exacto da irritação que a oscilação da mente provoca. Desirrita, se a palavra existisse. Entramos noutro mundo sempre de novo pela primeira vez. Um mundo ao avesso de bom número das correcções contemporâneas, para as quais é, em larga medida, incomportável. A ajuda que o amigo Hergé dá em certos momentos da vida… As férias vêm aí.
Dito isto, é certo e seguro que logo à noite (escrevo quarta-feira) vou ver o Holanda-Argentina. Espero que a Holanda ganhe, a não ser que ganhe a Argentina. E amanhã decido quem espero que ganhe a final, embora só decida definitivamente depois de ela acabar. À minha maneira, e tirando um dia ou outro, sou um sábio.
segunda-feira, 14 de julho de 2014
Exposição Hergé - Cronista do século XX
O programa, disponível em www.thinkers.pt, inclui uma exposição de livros e objectos alusivos à obra de Hergé, durante a qual será proposto aos mais jovens um concurso de desenhos sobre o mesmo tema. Haverá uma sessão abertura, no dia 19 de Julho, pelas 15.30 h, durante a qual será proferida uma
palestra por João Paulo Paiva Boléo, sobre a vida e obra do autor, e uma sessão de encerramento, no dia 26 de Julho, com a realização de um debate sobre o mesmo tema.
Ao longo da semana estão previstas outras iniciativas, incluindo a possibilidade de visitas guiadas à exposição, projecção de filmes, concurso de desenho infantil, visitas de ATL’s, etc.
Tendo sido um dos principais criadores da Banda Desenhada franco-belga, especialmente da escola vulgarmente designada por “linha clara”, a importância de Hergé na literatura europeia do século XX é inegável. A sua obra, inicialmente destinada a um público infanto-juvenil, reveste-se de aspectos de análise histórica e sociológica que permitem e recomendam uma leitura a diferentes níveis.
Deste modo, este evento incluirá indubitavelmente variadíssimos motivos de interesse para um público vasto e de todas as idades, que desde já os organizadores convidam para uma visita.
A entrada é livre em todas as actividades.
domingo, 13 de julho de 2014
Cartaz de Manifestação
in http://arquivo.sinbad.ua.pt/Cartazes
sexta-feira, 11 de julho de 2014
Cartaz de Exposição de 1990
in http://arquivo.sinbad.ua.pt/Cartazes/2011000778
quinta-feira, 10 de julho de 2014
quarta-feira, 9 de julho de 2014
Oliveira da Figueira no blogue do Centro Nacional de Cultura
sábado, 5 de julho de 2014
Exposição tintinófila na Casa da Cultura de Sátão
O evento é organizado pelo Grupo de Intervenção e Criatividade Artística de Viseu (G.I.C.A.V.) e pelo coleccionador António Mata.
A exposição estará patente até 19 de Agosto na Casa da Cultura de Sátão de terça a sexta-feira das 09h às 13h e das 14h às 18h e sábados das 13h às 17h.
sexta-feira, 27 de junho de 2014
terça-feira, 24 de junho de 2014
Hergé no Século Ilustrado
Os nossos agradecimentos ao Largo dos Correios.
segunda-feira, 16 de junho de 2014
quinta-feira, 5 de junho de 2014
domingo, 25 de maio de 2014
Prancha de Tintin vendida por 2,5 milhões de euros
Com um valor estimado inicial entre os 700 mil e os 900 mil euros, este lote número 1 de uma venda dedicada à banda desenhada é uma página dupla realizada em tinta da China para vir a ser utilizada como verso de capa e de contracapa dos álbuns publicados entre 1937 e 1958.
O recorde anterior pertencia também ao mais famoso personagem criado pelo belga Hergé: uma capa de "Tintin en Amerique", desenhada em 1932, que foi vendida a um "tintinófilo" por 1,3 milhões de euros em Junho de 2012, também através da leiloeira Artcurial.
In Lusa
sábado, 17 de maio de 2014
segunda-feira, 12 de maio de 2014
domingo, 6 de abril de 2014
Capa original de Tintin vendida por 289 mil euros
A capa original do álbum “Tintim no Tibete” desenhada por Hergé foi vendida hoje em leilão em Paris por 289.500 euros, um preço recorde para um desenho a lápis do criador belga, indicou a leiloeira Christie’s.
Trata-se de um desenho de Hergé, datado de 1960, e cujo valor de licitação era de 150 mil euros, num leilão em que foram vendidos 361 lotes de banda desenhada e que renderam no total quase quatro milhões de euros.
Um porta-voz da Christie’s disse à agência EFE que foi atingido o valor mais elevado de sempre num leilão de banda desenhada, em França.
O segundo lote mais elevado, que atingiu os 193 mil euros, foi a capa original do livro “O Adivinho” da série Astérix e Obélix, desenhada por Albert Uderzo em 1972 e que foi licitada por 150 mil euros.
Uma prancha original de Uderzo do álbum “Astérix na Córsega”, de 1973, foi vendida por 145 mil euros, tendo sido avaliada em 110 mil euros antes do leilão.
Uma outra capa original de “Spirou e Fantasio” de André Franquin, de 1976, foi vendida por 157 mil euros, duplicando o valor da licitação que começou nos 70 mil euros.
Trabalhos originais de mais de uma centena de autores de banda desenhada foram vendidos no leilão que decorreu na capital francesa, entre os quais Moebius, Will, Enki Bilal, Hugo Pratt, Grzegorz Rosinski e Juan Giménez.
In Lusa