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quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Gouveia e Melo


No antigo edifício do comando naval, em Oeiras, sede da task force, o gabinete do coordenador tem vista para o mar. (...) No gabinete há quatro pequenos quadros. 

Num deles, um homem carrega uma cruz, inside joke destinada a um departamento que lhe deu problemas.

Ao lado, a ilustração de um perfil publicado na “Notícias Magazine” pouco depois de assumir o comando da task force, um lobo do mar com traços de Haddock.

Em moldura semelhante, está precisamente a carismática personagem de Hergé, em Tintim, dono da mais fabulosa coleção de insultos, a vociferar “calão naval usado para pôr esta gente na ordem”. E sorri.

Por último, destacado, um desenho infantil, oferecido por uma criança, dois meninos e uma palavra: “Obrigado”.

23/09/2021

Alexandra Tavares Teles / Dina Quintela


quarta-feira, 25 de setembro de 2024

O Perfume Verde

 

Em Janeiro de 2009, Alex Gaspar colaborou no 4º número do fanzine "Efeméride" (editado por Geraldes Lino), dedicado ao tema "Tintim no Século XXI", com o episódio O Caso do Perfume Verde e realizou uma ilustração para a contracapa dessa edição.

A imagem aqui incluída pertence ao episódio referido.

EFEMÉRIDE Nº 4


terça-feira, 24 de setembro de 2024

Cinema

As aventuras do herói no ecrã

O interesse do cinema pelas aventuras de Tintim começa a manifestar-se no final dos anos 50, embora tenham sido realizadas antes disso algumas experiências sem interesse ou sem qualidade.

Um herói de carne e osso foi por duas vezes "exportado" para a celulóide, dando lugar a filmes, exibidos comercialmente, que chegaram a Portugal: "Tintin et le mystère de la Toison d'or", realizado em 1960 por André Barret e Jean-Jacques Vierne, com argumento de Remo Forlani; e "Tintin et les oranges bleues", realizado em 1964 por Philippe Condroyer a partir de uma história de André Barret. 

Em ambos os casos, o papel de Tintim é desempenhado por Jean-Pierre Talbot. Encontrado um pouco por acaso numa praia de Ostende por uma amiga de Hergé, acabou por ser escolhido devido à sua semelhança física com o herói. Haddock é, sucessivamente, George Wilson e Jean Bouise. No primeiro filme, a acção da história decorre em Istambul e depois na Grécia. No segundo caso, o filme é rodado em Espanha, essencialmente na região de Valência.

No cinema de animação, a carreira de Tintim é mais longa. As primeiras experiências de semianimação - incidindo sobre os álbuns "O Ceptro de Ottokar" e "A Orelha Quebrada" - são feitas em 1956 pela empresa Belvision, sediada em Bruxelas e presidida por Raymond Leblanc, um dos criadores da revista "Tintin". A partir de 1959, começam a ser feitos desenhos animados a cores para a televisão. Seis aventuras são adaptadas (a viagem à Lua, "O Caranguejo das Tenazes de Ouro", "A Estrela Misteriosa", "A Ilha Negra", "O Caso Girassol" e o díptico "O Segredo do Licorne"-"O Tesouro de Rackham, o Terrível"), a partir de uma divisão em curtas sequências de cinco minutos para serem difundidas sob a forma de folhetim diário. Os argumentos são de Greg, criador da série de BD Achille Talon, nem sempre fiéis ao enredo das histórias em banda desenhada.

O sucesso destas experiências encorajou a Belvision a meter mãos à realização de longas-metragens de animação. Assim surge "Le Temple du Soleil" (85 minutos), em 1969, adaptado por Hergé, Eddie Lateste, Jos Marissen e Lazlo Molnar, e desenvolvido durante um ano por cerca de 300 pessoas. A música do filme é de François Rauber.

Em Dezembro de 1972, aparece nos ecrãs uma nova aventura de Tintim (80 minutos), desta vez com um argumento original, assinado por Greg: "Le Lac aux requins".

Carlos Pessoa, Público, 30/01/2004 - Copyright: © 2004 Público; Carlos Pessoa


As aventuras de Tintim no cinema

Steven Spielberg e Peter Jackson estão a tutelar a adaptação ao cinema de vários álbuns de Tintim em 3D digital. O primeiro filme, 'O Segredo do Unicórnio', já está em fase de pós-produção e estreia-se no Natal de 2011. Mas o herói de Hergé já surgiu no cinema antes, em animação e por duas vezes em filmes de imagem real.

54. Em carne e osso pela primeira vez

A estreia de Tintim na imagem real em 1961, interpretado por Jean-Pierre Talbot

Depois de três longos anos de negociações, Hergé aceitou finalmente, em 1960, que Tintim surgisse num filme de imagem real, com actores de carne e osso. A ideia era filmar uma adaptação de O Templo do Sol, mas acabou por ser escolhida uma história original, que foi escrita pelo próprio Hergé, Remo Forlani e André Barret. O principal desafio era encontrar o actor ideal para interpretar Hergé, o que aconteceu na pessoa de um jovem monitor desportivo belga chamado Jean-Pierre Talbot, "descoberto" na praia de Ostende, e sem experiência dramática. Segundo conta o próprio Talbot, Hergé, bastante emocionado, aprovou a escolha quando este lhe foi apresentado nos escritórios da produtora, dizendo: "Sim, é mesmo ele!". Realizado por Jean-Jacques Vierne e estreado em 1961, o filme tem no elenco nomes como os de Georges Wilson (no papel do capitão Haddock), Charles Vanel ou Marcel Bozzuffi), e foi um grande sucesso comercial, nomeadamente na Bélgica e em França. Um ano mais tarde, em 1962, saiu o álbum fotográfico da fita.

55. Nova aventura em imagem real

O fracasso deste, em 1964, levou ao abandono do projecto de um terceiro filme

Passaram-se três anos até que Tintim regressasse às telas em carne e osso. Aconteceu finalmente em 1964, em Tintim e as Laranjas Azuis, mais um argumento escrito directamente para o cinema, tal como já havia sucedido em O Mistério do Tosão de Ouro. Para o assinar, René Goscinny e Philippe Condroyer juntaram-se ao trio original formado por Hergé (que, a exemplo do primeiro filme, tinha direito de vetar a história), Remo Forlani e André Barret. Jean-Pierre Talbot, entretanto, tinha começado uma carreira de professor, e por isso teve que pedir uma licença especial para poder fazer o filme. Tirando Talbot, os outros actores principais mudaram quase todos, tendo Jean Bouise substituído Georges Wilson na figura de Haddock. Uma produtora espanhola participou também na produção de Tintim e as Laranjas Azuis, que foi realizado por Philippe Condroyer. Ao contrário da primeira, esta segunda aventura de Tintim em imagem real não entusiasmou o público, e o projecto de um terceiro filme foi posto de parte. Saiu também um álbum fotográfico.

56. Sucesso animado na televisão leva a 'O Templo do Sol' no cinema

Em 1969, surge a primeira animação de longa metragem baseada num álbum de Tintim

Entusiasmados pela boa recepção feita aos sete desenhos animados realizados para televisão, sob o título-chapéu Les Aventures de Tintin, e que passaram em Portugal na RTP, os estúdios Belvision convenceram Hergé a fazer uma longa-metragem animada, com base num dos álbuns originais de Tintim. A escolha recaiu em O Templo do Sol, tendo Hergé sido o autor do argumento original, no qual trabalharia também Greg, entre outros colaboradores. Os acontecimentos de As Sete Bolas de Cristal, o álbum que O Templo do Sol continua, foram condensados no início do filme e narrados por uma personagem parecida com o próprio Hergé. A Belvision não se poupou a despesas nesta primeira adaptação em longa metragem de animação de uma aventura de Tintim, tendo inclusivamente encomendado uma canção a Jacques Brel. O filme, uma co-produção franco-belga, foi uma boa aposta comercial, pelo que Hergé e a Belvision ainda fariam um segundo , embora já não com base num álbum. Seria Tintim e o Lago dos Tubarões.

57. Segunda longa-metragem de animação com argumento de Greg

Estúdios Belvision produziram, em 1972, uma nova longa animada. Foi a última

Hergé queria evitar as dificuldades e as limitações que estão implicadas na adaptação ao cinema animado de um álbum de banda desenhada, e por isso optou por uma história original em Tintim e o Lago dos Tubarões, a segunda e derradeira longa-metragem de animação produzida pelos Estúdios Belvision tendo Tintim como herói. A realização da fita ficou desta vez a cargo de Raymond Leblanc, o histórico editor da revista Tintim. (O Templo do Sol havia sido dirigido por Eddie Lateste, também um dos autores do argumento). Hergé pediu a Greg que pensasse numa boa história, e o criador de Achille Talon optou por localizar a acção de Tintim e o Lago dos Tubarões na Sildávia, onde decorre também o enredo do álbum O Ceptro de Otokar, e de ir buscar para vilão um dos inimigos de Tintim, Rastapopoulos. Os Estúdios Hergé tiraram um livro de banda desenhada do filme. Esta seria a derradeira manifestação de Tintim no cinema, até ao anúncio das adaptações de álbuns em 3D digital tuteladas por Steven Spielberg e Peter Jackson.

DN, 12 de Dezembro de 2009


Nos 90 anos do herói criado por Hergé, recordamos as suas (poucas) incursões pelo cinema

A vida cinematográfica de Tintin não é abundante, apesar de Hergé, o seu criador, ter sido apreciador de cinema, e de muitos realizadores serem leitores dos seus álbuns — Alain Resnais, Roman Polanski, Jean-Pierre Jeunet, etc. — e alguns deles terem-lhe mesmo feito alusões aqui e ali nos filmes. No entanto, o imortal herói da banda desenhada europeia já experimentou de quase tudo nos poucos filmes que protagonizou, entre adaptações dos seus álbuns e histórias originais. Temos filmes artesanais de animação imagem a imagem, animações tradicionais, produções em captura de movimento digital e também de imagem real. Variedade não falta.

As aventuras de Tintin no cinema

“Le Crabe aux Pinces d’Or”, de Claude Misonne (1947)

A primeira aparição de Tintin no cinema, logo depois da II Guerra Mundial, é uma verdadeira curiosidade. Trata-se de uma adaptação muito artesanal do álbum O Caranguejo das Tenazes de Ouro com bonecos feitos de gaze, e animados imagem a imagem. O filme teve poucas projecções públicas na altura, e após a falência do seu produtor, em 1948, foi apreendido pela justiça, ficando inacessível até 2008, ano em que foi finalmente lançado em DVD. 

“As Aventuras de Tim-Tim”, de Jean-Jacques Vierne (1961)

O primeiro filme de imagem real de Tintin é uma história escrita originalmente para cinema, que teve a colaboração de Goscinny. Jean-Pierre Talbot, um jovem monitor desportivo, foi o escolhido por Hergé para interpretar Tintin, pela sua grande parecença com a personagem, e o veterano Georges Wilson é o capitão Haddock. A história gira em redor de um velho navio, ancorado num porto turco, que é legado a Haddock por um amigo que morreu, e que poderá conter um tesouro muito bem escondido. O título original da fita é Le Mystère de La Toison D'Or.

“O Mistério das Laranjas Azuis”, de Philipe Condroyer (1964)

O sucesso de As Aventuras de Tin Tin convenceu Hergé a repetir a experiência, de novo com uma história original. Jean-Pierre Talbot volta a personificar Tintin, tendo Georges Wilson cedido a personagem do capitão Haddock a Jean Bouise. A acção do filme passa-se em Espanha, dado tratar-se de uma produção franco-espanhola e do país vizinho oferecer nessa altura facilidades ideais de rodagem. Tintin e os seus amigos têm que resolver um enigma relacionado com umas estranhas laranjas azuis, uma das quais foi enviada ao Professor Tournesol, e depois roubada de Moulinsart.

“Tim-Tim e o Templo do Sol”, de Eddie Lateste (1969)

Depois de uma série de adaptações animadas para televisão dos álbuns de Tintin pelos famosos Estúdios Belvision terem sido muito bem recebidas pelo público, Hergé decidiu apostar no cinema, com uma longa-metragem de animação baseada em As Sete Bolas de Cristal e O Templo do Sol, que põe a ênfase neste último álbum. O argumento contou com a colaboração de Greg, então chefe de redacção da revista Tintin, e a produção chegou a encomendar a Jacques Brel duas canções para a banda sonora do filme.

“Tin Tin e o Lago dos Tubarões”, de Raymond Leblanc (1972

A segunda longa-metragem animada de Tintin retoma a ideia dos dois filmes de imagem real do herói de Hergé, ao ter um argumento original escrito por Greg. A história passa-se em território conhecido de Tintin, a Sildávia. Tintin, Haddock e Dupont e Dupond vão visitar Tournesol, que faz pesquisas numa vivenda à beira de um lago que os locais consideram ser maldito. A fita conheceu um sucesso colossal, em especial na Bélgica, onde foi apenas batida na bilheteira por O Padrinho e Laranja Mecânica.

“As Aventuras de Tintin – O Segredo do Licorne”, de Steven Spielberg (2011)

Há já muitos anos que Steven Spielberg queria filmar as aventuras de Tintin, de que é ávido leitor, mas só o conseguiu muito depois da morte de Hergé (que era também fã dos seus filmes). Este é o primeiro título de uma trilogia (a segunda fita foi anunciada recentemente). Spielberg queria optar pela imagem real, mas Peter Jackson, seu associado na produção, convenceu-o que só a técnica digital de captura de movimento faria justiça aos álbuns. O argumento inclui elementos de três aventuras de Tintin. Jamie Bell e Andy Serkis são Tintin e Haddock. O filme dividiu radicalmente os fãs de Tintin, com alguns a aplaudi-lo e outros a considerá-lo uma deturpação total das personagens e do universo de Hergé por um cineasta americano incapaz de perceber o espírito da banda desenhada francófona.

Eurico Barros, Time Out, 07/02/2019


ler também artigo de https://bloguedebd.blogspot.com/2013/05/cinema-e-banda-desenhada-1-na-sombra-de.html

 (7 BOLAS DE CRISTAL, PRISONERS OF THE SUN)

Tim-Tim E o Mistério do Velo de Ouro (1961)  18/12/1961

As Aventuras de Tim-Tim

Condes - às 15h15 e 18h15 p. red. (M. 6 anos)  às 21h30 (M/ 12 anos)

Um grande filme de acção ininterrupta que é a maior aventura do prodigioso TIM-TIM, pela primeira vez no cinema. (Eastmancolor)

http://casacomum.org/cc/visualizador?pasta=06544.082.17596#!3

http://casacomum.org/cc/visualizador?pasta=06544.082.17601#!3

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O Mistério das Laranjas Azuis - 21/12/1964

http://casacomum.org/cc/diario_de_lisboa/dia?ano=1964&mes=12

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TIM TIM e O TEMPLO DO SOL - 23/12/1970

http://casacomum.org/cc/diario_de_lisboa/dia?ano=1970&mes=12

http://casacomum.org/cc/visualizador?pasta=06807.157.25258#!9

Pela 1a vez em Portugal o primeiro grande desenho animado a cores de 

TIM-TIM E O Templo do Sol

Condes às 14h15 16h30 e 18h45

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Tim-Tim e o Lago dos Tubarões (1972) - 18/12/1980

Odeon Alvalade

http://casacomum.org/cc/visualizador?pasta=06834.184.28734#!19

http://casacomum.org/cc/diario_de_lisboa/dia?ano=1980&mes=12

http://casacomum.org/cc/visualizador?pasta=06834.184.28924#!27

SABE QUE SABE 61

http://casacomum.org/cc/visualizador?pasta=06543.081.17456#!24


quinta-feira, 19 de setembro de 2024

I like comics, I just don’t like the same comics you like

Reproduced above is page 32 of Tintin au Congo published  in the children's supplement of the Belgian newspaper Le Vingtième Siècle, "Le petit vingtième", September 18, 1930. Tintin au Congo was serialized in "Le petit vingtième" from June 5, 1930 to  June 11, 1931 (110 pages in toto). The album (or graphic novel if you will) was published in 1931. Tintin au Congo is Tintin's second adventure.

The page has five panels organized in what Benoît Peeters called (in his book Case, planche, récit - panel, page, narrative) "Utilization rhétorique" (rhetorical use): the panels shrink and enlarge according to the subject matter enclosed in them. The larger last panel shows nine characters. The second and fourth ones show three. In the second panel Hergé drew, on the left, just one foot of a character that's fleeing the scene. Doing that and adding speed lines the reader gets a strong feeling of speed. Unlike the hero, Tintin, and his sidekick, the dog Snowy (Milou), this character is not cool facing danger. An old automobile and an old train are the props. Hergé cleaned the background and reduced everything to what's essential for his storytelling. The tracks and the stones are there to tell us that the scene happens on a slope.

The train changes its direction dramatically from the first to the second panel. It enters the scene from left to right in the first panel and, in the second one, it comes from the opposite direction. I don't need to remind you that, since we read from left to right, when an object enters the scene coming from the right it's facing us, not travelling smoothly with us. The contrast is even bigger because the train operator is smiling in the first panel (it's a pleasant day, everything is fine, and it doesn't matter that the soot is falling on the passengers because they're black already). A big onomatopoeia follows in panel three and, to everybody's surprise, the car wrecks the train instead of the other way around. Tintin confronts the enraged group in the final panel.

This page is part of Hergé's humorous vein. By wrecking the train he surprised everybody, from Tintin and the train operator to the reader. Only Snowy isn't surprised (she has an exclamation mark in her thought balloon). Knowing nothing about physics she can only say: "what a wreck!" In the next page Tintin wants to make amends. His car will push the train, but, first, the train operator and the passengers need to put it back on track (sorry as he is he won't help though; he just gives orders). They don't want to because they're lazy. Tintin even scolds a gay person (see below).

Hergé's space tends to the foreground for the reasons explained above. André Bazin said that the composition in depth allowed more freedom to the spectator, but Hergé doesn't want that, does he? He has a story to tell and he does it well. If you look attentively to the first panel you can almost hear the train and see it move. The stones, the smoke, the steam, make it move in a way that's akin to Walt Disney's animation of the 1920s and early 1930s.  It's obvious to me that the clear line was born in the simplification necessary to do animation during the first decades of the 20th century, not anywhere else.

Tintin's position shows him backtracking, not on the diegetic space, but on the space of the page. Tintin did wrong, but,  in page 33, he advances again. The passengers, on the other hand, switch places with him. He ends up on the right of the page in the last two panels. The social order is restored because of our hero’s resourcefulness.

This page is pretty crammed by Hergé’s standards, but the white dominates. Black spots punctuate the page drawing an open “Z” that points to the next page. On page 33 these spots draw a self-contained semicircle that also indicates a return to order. Tintin even manages to conduct the gay man into the circle.

Light is allover the place. Hergé didn’t want to draw a naturalistic lighting because that would imply lots of shadows smearing his perfect world. Lines enclose everything in continuous surfaces. The metaphorical open lines either indicate speed or violence. Other open lines indicate small wrinkles on the slope.

Since we’re dealing with caricature the proportions are all wrong approaching those of a very small child (3,5, 4 heads in the last panel). Tintin isn’t a lot taller in the aforementioned panel with his 4,5 heads, but that half head of his speaks volumes...

Dear readers: please tell me what's wrong with this post?

Domingos Isabelinho

You got it Noah. I would be a complete imbecile not to notice when I was touching the racism in the page(s). This proves, once again, that form and content can’t be separated. However… I think that it is wrong and ambiguous not to say certain things more clearly. For instance: there’s a poor taste joke in the first panel and I didn’t say that it is a joke, that it is in poor taste and that it is one of the most racist images in the history of comics. Not to mention the homophobic stereotype and the stereotype that depicts all black people as lazy people.

I can’t pass the foot in panel 2: black people are also cowards. In another part of the book they’re depicted as stupid and childlike. In these pages they should have said to the powerful white man (boy?) something like: you’re to blame, do it yourself or pay someone to do it if you can’t do it alone. But no, the powerful white man starts giving orders left and right and the black people obey him. Why? Because he could call the army? That’s possible, but, then, isn’t the great white hero a tyrant?

This post could be twice the size. It should be twice the size. No critical work is done until the critic deals with the social implications of the work under scrutiny.

Oh, yes, and how do they look? As ridiculous pastiches of white people. They want to be like their oppressors, but they’re too stupid to understand anything. Plus: those lips, those lips!…

Oh, man! Am I glad that you asked! What a relief!

https://thecribsheet-isabelinho.blogspot.com/2018/10/monthly-stumblings-9-herge.html

The Hooded Utilitarian

Comments are closed 

«Os comentários de Domingos Isabelinho são exagerados e enviesados pela sua opinião por Hergé e pela referida obra. Como pode dizer que uma das imagens é das mais racistas que existem? Como sabe que uma das personagens é homossexual? Há outras personagens vestidas de forma ridícula! O que interessa se Milou é macho ou fêmea? Para mim as personagens que se vestem como brancos representam apenas uma parte da população e não a totalidade. Tal como os que não querem trabalhar! Os lábios funcionam como o exagero das feições de uma pessoa para quem faz um cartoon. A obra deve ser analisada no contexto da época e não basta catalogar Hergé de racista! » (Jorge)


https://solrad.co/whose-comics-refining-defining-and-confining-with-domingos-isabelinhos-the-reading-gaze-by-hagai-palevsky

https://www.youtube.com/watch?v=Pq5eezCSCkE

Apart from these racist representations Hergé's world is Manichean and misogynous. In time he got fed up with these simplistic representations of the world and tried to be a gallery painter. Unfortunately for him, he also failed in the intent. He did not fail, however, in creating an industry and becoming a very wealthy man. That is the ultimate success story in our value free, anything goes to make a buck, Western World...

In spite of all this I have some fondness for his bourgeois play (theatre de boulevard), Les bijoux de la Castafiore (The Castafiore Emerald) and for some of his clever formal devices, but that's about it...

 (DI)

"Aristophane was a better artist than Jack Kirby, obviously. Joost Swarte is better than Hergé." (DI)

https://thecribsheet-isabelinho.blogspot.com/search?q=herg%C3%A9

The Reading Gaze - Domingos Isabelinho (Chili Com Carne)

These essays were originally published, in a slightly different form, in the magazines Satélite Internacional (Oporto, 2005) and L’indispensable (Nîmes, 2011), Indy Magazine online site (USA, 2004) and on the blogs The Crib Sheet (Portugal, 2008-10, 2015) and The Hooded Utilitarian (USA, 2010-11, 2013). “It was February 24, 2004, 08:27 AM, on the Comics Journal Messboard.” This is the first phrase of my blog, The Crib Sheet. What happened at that particular day and particular hour was that I, fed up with the accusation of not liking comics, decided to write a list of my favorite ones. With that list my answer was: I like comics, I just don’t like the same comics you like. This is the genesis and explanation of this book’s subtitle, “My Comics.” On the other hand, if you insist that I don’t like comics because what’s in this book are not precisely cartoonists, don’t worry, I like them too, they’re just not here yet because I divided the comics corpus in two: The Extended Field and The Restrict Field. This book is, then, an anti-essentialist stance, a cry of freedom from India Ink on board, if you like... Domingos Isabelinho

(...)

Repare-se, porém, nos nomes citados pelos leigos na matéria: Asterix, Tintin, Corto Maltese, Calvin; tudo personagens sofríveis (Asterix é até bastante medíocre) tidas por geniais nos círculos críticos da especialidade. A situação é igual à de um comentador musical que aparecesse em público a proclamar os Beatles como o cume de toda a história da música ocidental. O gozo seria enorme e já teria sorte se não o metessem num manicómio.

Domingos Isabelinho, Nemo, Junho de 1996

quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Diploma

Já no Diabrete, n’O Faísca, n’O Mosquito e n’O Mundo de Aventuras são concretizadas outras oportunas práticas promocionais junto dos seus jovens leitores, como a passagem de diplomas e certificados, a adesão a clubes internos ou a organização de concursos com prémios interessantes. Todo este conjunto de iniciativas tem como denominador comum um claro objectivo de fidelização dos leitores eventuais, transformando-os em seguros assinantes.

VP


Diploma desenhado por Fernando Bento e atribuído pelo Diabrete a A. Martinó. 

Podemos ver as personagens Quick et Fluke que tiveram a sua primeira aparição no «Diabrete» (a partir de 19 de Abril de 1941) baptizados de Trovão e Relâmpago.

segunda-feira, 16 de setembro de 2024

Antiga versão portuguesa do site tintin.be

O SITE TINTIN.BE da Fundação Hergé chegou a ter uma edição em português. 

Trata-se do site da Fundação Hergé, pelo que se pode contar com bastante informação, alguma dela inédita, como certas cartas de Hergé. Dividido em História, Actualidades e Homenagens é uma boa introdução ao universo de Tintin et all. Versão em português correctíssima assinada por Carlos Gustavo Moura, que, de resto, anima um interessante site dedicado a Hergé e a Tintim: http://www.chez.com

O site da Fundação Hergé abriga ainda a página do Centre Belge de la Bande Dessinée: http://www.tintin.be/Bd/cbbd.htm

http://www.tintin.be

Tintim pela Fundação Hergé

O site oficial do Tintim concebido pela Fundação Hergé encontra-se agora disponível na língua de Camões. Venha visitar-nos!



Ajuda

Para qualquer informação complementar relativa à concepção do site, deveria contactar-se o webmaster do site em info@tintin.be. Ou então o responsável da versão portuguesa para mmoura@garfield.fe.up.pt.

Textos traduzidos e adaptados do francês por Carlos Gustavo Moura


https://web.archive.org/web/20010211191304/http://www.chez.com/tintim

http://tintim.chez.com/

http://homepage.esoterica.pt/~cgm/

Carlos Gustavo Moura Página luso-francesa sobre o Tintin. Inclui link para a versão portuguesa da página da Fundação Hergé.

URL:   http://www.geocities.com/Paris/8703/

Destino: Tintim

Sobre um dos mais conhecidos e apreciados heróis da banda desenhada, albuns, biografia, etc. [Cultura / Outros / 16 Jun 1997] Top 5% Portugal

Objectif TINTIN / Destino TINTIM

(20 février 1997 - 11 septembre 1997)

Tintin - Destino Tintim vient de fermer ses portes...

Je suis a présent le webmaster le la partie portugaise du site officiel de Tintin par la Fondation Hergé.

Visitez également ma page personnelle Tintin et moi.

Mon adresse e-mail est le suivant : tintim@chez.com.

N'hésitez pas a me contacter.

Carlos Gustavo Moura

Bienvenue sur le site Tintin et moi, le site personnel de Carlos Gustavo Moura. Après avoir conçu le site Objectif TINTIN, je me suis lancé à la conception de la version portugaise du site officiel de Tintin par la Fondation Hergé ainsi qu'à d'autres sites à caractère tout à fait différent. À tous, je souhaite une très bonne visite... 

Destaque no Projecto Aproximar

24/10/1999 A 06/11/1999

A Fundação HERGÉ, sediada na Bélgica, responsável pelo "site" oficial do TINTIN na Internet, passou a disponibilizar toda a informação também em língua portuguesa. Associando-se a esta feliz iniciativa o Projecto Aproximar resolveu criar a "SEMANA TINTIN". Ao longo da semana iremos ter oportunidade de ficar a conhecer melhor este herói da banda desenhada, o seu criador e também muitas outras coisas bem interessantes.

Para participar em tudo isto, e também para visitar as páginas portuguesas do TINTIN basta clicar no desenho que se segue:

[Semana Tintin]

Olá a todos/as

Ainda bem que decidiram vir até às páginas da "Semana TINTIN" do Projecto Aproximar. Para começar a vossa viagem recomendamos uma visita atenta às páginas do TINTIN na Internet. Para tal basta clicar no desenho seguinte:

Páginas do TINTIN  - tintin.be

Estudem estas páginas com muita atenção, pois muitos dos desafios que vos vamos colocar encontram resposta precisamente neste "site".

Eis as nossas propostas e desafios para esta "SEMANA TINTIN":

FÓRUM

Participem no Fórum TINTIN em português, leiam e enviem mensagens.

Coloquem questões e obtenham respostas.

Para o fazerem basta clicar no desenho do lado. [fórum]

IRC

Conversem com outras pessoas sobre o TINTIN, utilizando o canal ou canais de IRC / CHAT elaborados para o efeito.

Para saber como lá chegar basta clicar no desenho do lado. [CHAT]

Perguntas por mail

Durante toda a semana, e para estimular ainda mais a vossa curiosidade para saber coisas sobre o TINTIN, iremos enviar-vos por mail (correio electrónico) perguntas diversas.

Se quiserem participar neste desafio enviem um mail para nop28693@mail.telepac.pt pedindo que passemos a enviar as perguntas para vocês.

CONVERSA

Na próxima sexta-feira, dia 29, e para fechar em beleza a nossa "SEMANA TINTIN" iremos estar todo o dia on-line no canal IRC/CHAT do Projecto Aproximar. Teremos oportunidade de conversar sobre o TINTIN, colocar perguntas, fazer concursos, etc. Para participarem basta usarem um programa de IRC/CHAT (Microsoft Chat, Mirc, ...) servidor: irc.telepac.pt    canal: #aproximar

Projecto Aproximar - 1999

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segunda-feira, 9 de setembro de 2024

sexta-feira, 6 de setembro de 2024

75 anos de Tintin - 2004

A Associação Juvemedia e a Biblioteca Municipal Almeida Garrett organizaram, em 2004, a exposição Bibliográfica "75 Anos de Tintin" que esteve patente, de 10 de Janeiro a 21 de Fevereiro, na Biblioteca Municipal Almeida Garrett, no Porto.






Juvebedê nº 29 - Maio 2004

O JuveBêdê sofre mais umas remodelações, desta vez no grafismo do título e algumas mudanças na paginação, da responsabilidade de Paulo Fernandes. Nesta edição os destaques editoriais foram para o 31.º Festival Internacional de Banda Desenhada de Angoulême, um novo artigo sobre os selos e a BD, a Exposição “Bandas Desenhadas de Arlindo Fagundes” em Braga e a Exposição Bibliográfica “75 anos de Tintin”, realizada no Porto. E foi precisamente o tema dos 75 anos da mítica personagem belga o grande ênfase deste número, com um artigo de duas páginas e o Tintin a fazer capa.


artigo de 2 páginas da autoria de Miguel Coelho muito focado na bibliografia de Tintin e com alguns recados para a Verbo por não estar a aproveitar a efeméride.



 

quinta-feira, 5 de setembro de 2024

O Papagaio


O cabeçalho da revista "O Papagaio" era sempre diferente. É curioso que na edição nº 120, de 29/07/1937, aparece no cabeçalho um desenho do Papagaio muito semelhante ao símbolo da Sildávia.

Acontece que a aventura "O ceptro de Ottokar" ("Le sceptre de Ottokar") apenas iria aparecer no «Le Petit Vingtiéme» a 4 de Agosto de 1938 com o título «Tintin En Syldavie».

Curiosamente esta aventura nunca foi publicada n' "O Papagaio" tendo aparecido no "Diabrete" entre 9 de Março de 1949 e 18 de Março de 1950 e mais tarde também na revista "Tintin".

Haveria alguma razão para essa semelhança ou foi apenas coincidência?

Imagem da revista retirada da publicação da Sapperloot.