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segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Luiz Beira

(recorte Cincinato)

A última entrevista feita a Hergé por um português foi realizada por Luiz Beira, sendo publicada na revista «O Mosquito» (V Série - nº 6) de Março de 1985. A entrevista fora realizada em 15 de Dezembro de 1982.

Luiz Beira já havia entrevistado o criador de Tintin em Outubro de 1966 nos Estúdios Hergé em Bruxelas, cujo trabalho foi publicado na «Plateia» nº 360 de 13 de Dezembro de 1966.

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Luiz Beira, pseudónimo artístico de Armando Corrêa, é o nome pelo qual o próprio prefere ser conhecido. Actor, escritor, jornalista e crítico de BD, amante incondicional de Viseu e das suas gentes, decidiu generosamente doar, numa primeira fase, uma pequena parte da sua bedeteca particular.

Em 1991, em sessão pública, Luiz Beira entregou simbolicamente o primeiro álbum - Le Monde de Hergé - ao GICAV, desde logo um incansável intermediário, representativo dos mais de seiscentos volumes que iniciavam um primeiro acto de doacção. Era o início feliz daquela que viria a tornar-se numa das mais ricas bedetecas do país. A 31 de Maio de 2002, no acto de inauguração oficial da Biblioteca Municipal D. Miguel da Silva, e numa justíssima prova de gratidão e reconhecimento por parte da Autarquia Viseense, a Bedeteca, parte integrante da Biblioteca Municipal, era dada a conhecer ao público com a designação BDteca Luiz Beira.

Desde então, o acervo documental da BDteca Luiz Beira tem vindo a crescer exponencialmente, tendo já ultrapassado mais de 5000 documentos. Integrada no espaço da sala de leitura de adultos, ela constitui, por si só, um núcleo de documentação autónomo muito significativo, colocando à disposição dos utilizadores/leitores e estudiosos desta arte, um manancial riquíssimo de literatura alternativa que, estamos certos, não defraudará as expectativas do público mais exigente.

Devemos salientar que a BDteca dispõe ainda de cerca de 400 álbuns que pela sua raridade e valor - desde exemplares únicos, obras com dedicatórias personalizadas pelos maiores autores de BD a nível mundial, primeiras edições, obras inexistentes no mercado livreiro não se encontram em livre acesso ao público. Exemplo disso é o volume que reproduz as pranchas originais de François Craenhals para o álbum Le Piège, da série Chevalier Ardent.

Os desafios são muitos, as exigências maiores ainda! Desde logo, as tarefas de tratamento técnico - a catalogação, classificação e indexação - que se impõem, para que seja permitida uma rápida e eficaz recuperação e difusão da informação para benefício dos utilizadores.

Outro aspecto diz respeito à dinamização da BDteca através da realização de actividades diversas como encontros com autores, debates, exposições temáticas, etc. para o qual estamos sensíveis, não só porque pretendemos ser dignos deste enorme gesto benemérito, mas também porque temos noção da riqueza do espólio que deve ser divulgado.

Um dia, assim esperamos, concretizaremos o sonho do Luiz Beira: a sua BDteca dará lugar a um Museu-BDteca já que estão a caminho de Viseu objectos vários, como fotografias, registos BD, quadros, pranchas, etc, que fazem parte da vida de um homem que desde cedo se dedicou ao mundo da BD. (Inserir fotografias da BDteca e eventualmente de algumas capas de álbuns raros)

https://arquivo.pt/wayback/20081021174302/http://www.cm-viseu.pt/portal/page?_pageid=402,1371246,402_1374171&_dad=portal&_schema=PORTAL

BDteca Luiz Beira

A BDteca Luiz Beira está integrada na Sala de Adultos e constitui por si só um núcleo de documentação de reconhecido valor. A BDteca coloca à disposição de todos os utilizadores e estudiosos desta arte um manancial riquíssimo de literatura alternativa, designadamente álbuns de BD, revistas, fanzines, recortes de jornais, etc.

Pela sua raridade, singularidade ou pelas dedicatórias exclusivas a Luiz Beira, alguns exemplares encontram-se nos reservados com acesso limitado. Bedeteca é, por definição, uma biblioteca de Banda desenhada (BD) que pode - e deve integrar diversos tipos de suportes, designadamente revistas, jornais, fanzines e material não livro, como CD, cartazes, postais, pranchas, etc.



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