quarta-feira, 2 de julho de 2025

Festa do Tintin

«Spirou» é o nome da nova revista portuguesa de banda desenhada ontem apresentada publicamente em salas de espectáculos de Lisboa e Porto. Tal como «Tintin», «Spirou» é essencialmente a tradução de uma publicação belga com o mesmo nome, embora contenha também produções de autores portugueses. Lançamento semanal da Editora Bertrand, tem como director Vasco Granja e como chefe de redacção Dinis Machado.

«Spirou» é de formato médio e tem 32 páginas, a maior parte das quais a cores. O seu lançamento coincidiu com as comemorações dos 50 anos da publicação de «Tintin», realizada simultaneamente em Lisboa, no cinema Monumental e no Porto cinema Rivoli.

Na primeira das salas foi exibido o filme «A Quimera de Oiro» e na segunda «Tempos Modernos», ambos de Charlie Chaplin, a que, aliás «Spirou» homenageia com a publicação a partir deste número inicial, de uma biografia em banda desenhada subscrita pelo português José Ruy.

A celebração do aniversário de «Tintin» incluiu ainda sorteios de álbuns de banda desenhada.

Diário de Lisboa, 09/04/1979


Para participar na Festa do Tintin bastava levar a edição nº 47 da Revista Tintin. Além da comemoração dos 50 anos de Tintim foi apresentada a Revista Spirou.

A 2ª série da edição portuguesa da revista Spirou começou em Abril de 1979 mas terminaria no mesmo ano com apenas 32 números editados. Na capa aparecia Tónius o Lusitano. Custava 17$50 e tinha 32 páginas. A Tintin custava 20$00 e tinha 36 páginas.

A primeira série da Spirou, iniciada em 21 de outubro de 1971, tinha tido apenas 26 edições. Custava 5$00 por isso menos do que os 7$50 da revista Tintin.