sexta-feira, 6 de junho de 2025

O Oliveira da Figueira

O que vendem os políticos portugueses? Projetos. E apoios. A democracia é isto

Alguém se lembra do senhor Oliveira da Figueira? O rechonchudo que vendia tudo aquilo de que ninguém precisava, o vendedor de banha da cobra que vendia radiadores no deserto? Se quisesse. 

Hergé tentou matá-lo nas histórias do Tintin e foi obrigado a ressuscitá-lo. A personagem era demasiado preciosa. Por razões nunca suficientemente esclarecidas, ou talvez por pensar que a personagem se ajustava à ideia que o criador tinha dos portugueses, grandes comerciantes e aventureiros na versão histórica piedosa, Oliveira da Figueira era um nativo de Lisboa. Ou seja, um português. Um português dotado de uma capacidade sobrenatural para impingir objetos e fantasias materiais. O próprio Tintin, numa vinheta inesquecível carrega às costas mil inutilidades enquanto medita consigo que escapou aos encantos persuasores de Oliveira da Figueira e saiu ileso do encontro. Sem ter comprado, adivinharam, inutilidades.

(...)

Clara Ferreira Alves (Escritora e Jornalista), Expresso, 29/04/2025

António Martinó de Azevedo Coutinho fez um post recente, no seu blog Largo dos Correios,  para falar sobre Oliveira da Figueira e sobre o artigo de opinião de Clara Ferreira Alves publicado no Expresso de 02/05/2025.

terça-feira, 3 de junho de 2025

As Telas de Ana Faria

A exposição "As Telas de Ana Faria" pode ser vista no Palácio Baldaya entre 31 de Maio e 10 de Junho de 2025. Trata-se de uma homenagem à vida e obra de Ana Faria (1949-2024) — figura inesquecível da música e cultura infantil portuguesa, e também uma apaixonada das artes visuais. 

Tintin e Milu foram retratados pela artista assim como outras personagens de banda desenhada. 

Aproveitamos para relembrar que António Costa ofereceu o seu espólio sobre Tintim ao Palácio Baldaya da Junta de Freguesia de Benfica que pode ser visto desde Dezembro de 2024.



segunda-feira, 2 de junho de 2025

K7


Animais mesmo são estes tais de DJ Divinal e MC Primitivo que se estreiam com a k7 Destino Hipérborea (Rasga + Rotten \ Fresh; 2025)! Animais niilistas que sabem da sua impotência para mudar o mundinho e preferem estrategicamente acelerar, ir em frente com força para bater contra o muro, espatifando tudo. Ficarão os restos mortais. Devia ser Favela Funk mas facilmente estes boémios entram em Gabber, glitch, fake samples, noise pobreta, electro-metal onde Death Grips largou as botas, tudo num estilo cartoon que será acusado de apropriação cultural e o catano pelo woke-nation. Quisifodam, está aqui mais um passo à frente para o abismo da Humanidade nem que seja porque faz iconoclastia do Tintin!

MMMNNNRRRG, 04/05/2025

É o novo single de DJ DIVINAL & MC PRIMITIVO e a primeira amostra de Destino Hiperbórea, álbum que será lançado no dia 25 de abril, fruto de uma colaboração entre a Rotten \ Fresh e a editora Rasga. Composto por 9 temas, o álbum de estreia deste duo ocultista luso-brasileiro alimenta-se do baile funk, ritmos gabba e tonalidades industriais desarmantes. Destino Hiperborea já pode ser comprado antecipadamente no Bandcamp da editora, em cassete [edição limitada a 50 unidades] e formato digital.

Video youtube https://www.youtube.com/watch?v=xoOKbWnW_QU

Threshold Magazine


quinta-feira, 29 de maio de 2025

terça-feira, 27 de maio de 2025

Impacto da IA


CONVITE

No dia 28 de Maio de 2025, das 10h às 16h, realiza-se o «Encontro Aberto sobre o impacto da "IA" na vida universitária (e não só)» no Auditório JJ Laginha (1NE03) no Iscte-IUL. O Encontro é gratuito mas é necessário uma inscrição prévia.
 


Programa:
 

10:00 Jorge Louçã (computer science, Iscte) 10:20 Francisco Oneto (anthropology, Iscte) 10:40 Rui Lopes (computer networks, Iscte)
11:00 CoTee-break
11:20 Leonel Moura (artist, AI in art)
11:40 Megan Kaminski (poetry and ecology, Kansas University)
12:00 Yonatan Gez (anthropology, CEI-Iscte)
12:20 Debate: art and academia, are we all in the same boat?
12:30 Lunch
14:00 Manuel João Ramos (anthropology, Iscte)
14:20 Ricardo Ribeiro (AI, Iscte)
14:40 Ana Isabel Afonso (anthropology, FCSH-UNL)
15:00 CoTee-break
15:20 Francisco Laranjinha (Centro de Filosofia das Ciências da UL)
15:40 John Symons (philosophy, Center for Cyber-Social Dynamics, Kansas University)
16:00 Debate: can we do something about it?

quinta-feira, 22 de maio de 2025

Expresso 1000 figuras do Século XX


Por ocasião da edição do jornal Expresso nº 1000 de 28/12/1991 foi lançado um suplemento com as 1000 figuras do Séc. XX.


Hergé (nascido em 22/05/1907) foi um dos nomes considerados nesta edição onde aparece Tintin na capa desenhada por António.









quarta-feira, 21 de maio de 2025

Errata


Agradecíamos a quem nos avisar de quaisquer erros nas páginas. Ou coisas em falta. Podem alertar para o seguinte email: 

jovitosilva@gmail.com 

CROMOS VER E SABER

https://tintinemportugal.blogspot.com/p/cromos-ver-e-saber.html

https://tintinofilo.weebly.com/ver-e-saber.html

- Não são referidos os cromos sobre a marinha nem o livro sobre os automóveis.

O INDEPENDENTE

https://tintinofilo.weebly.com/independente.html

- Estão erradas as datas de lançamento dos fascículos do jornal O Independente.

PASTILHAS PIRATA

https://tintinofilo.weebly.com/pastilhas-pirata.html

https://tintinemportugal.blogspot.com/2011/06/tintin-nas-pastilhas-pirata.html

https://tintinemportugal.blogspot.com/2011/08/tintin-e-as-pastilhas-pirata.html

- Existem muito mais do que sete invólucros com as personagens de Hergé na série Aventuras do Tintin das Pastilhas Piratas. No total eram 80 figuras (Abdalah, Milou, Muskar, Castafiore, Girassol, Haddock, Índio Inca, Dupond, ...)) e era necessário enviar os invólucros para o Clube Pirata para receber prémios. Cada invólucro valia 50 pontos piratas.

BONECOS

https://tintinofilo.weebly.com/bonecos.html

- Um dos bonecos monocromáticos é Oliveira da Figueira e não Serafim Lampião 

Tintin e Companhia

https://tintinemportugal.blogspot.com/2011/06/miniaturas-da-livraria-bertrand.html

Figuras em PVC pintado, Bertrand, Anos 70 Colecção de 6 bonecos, 1,5/5 cm Originalmente fabricados pela Heimo (anos 70), esta colecção foi comercializada em Portugal pela Livraria Bertrand numa caixa própria intitulada "Tintin e Companhia". Tintin / Milou / Capitão Haddock / Professor Girassol / Dupond / Dupont

- lançada em Portugal nos anos 80?

JOGOS DE SOCIEDADE

https://tintinofilo.weebly.com/jogos-de-sociedade.html

O Círculo de Leitores editou, nos anos 90 do século XX, um jogo de sociedade, intitulado «Tintin e a volta do mundo».  [1982]

A SEL lançou nos anos 70 do século XX um jogo de sociedade com o nome «Bazar do Tintin». [1979]

Os chocolates Regina comercializaram nos anos 70 do século XX um jogo de flipper com o nome Tintin na Lua. O jogo foi produzido pela empresa Dinamização. [Tintim Na Lua]

CONTACTOS ERRADOS

https://tintinofilo.weebly.com/loja.html

(...)

terça-feira, 20 de maio de 2025

O Independente


O semanário «O Independente» publicou semanalmente, a partir de 21 de Junho de 1996, os 16 fascículos com as histórias «Tintim no país do ouro negro», «Rumo à Lua» e «Explorando a Lua». O jornal oferecia com o 1º fascículo uma capa dura para encadernar os fascículos deste 2º volume. Na mesma altura também foi colocado à venda o VHS de "Tintim Na América".

As melhores aventuras de Tintim (O Independente, 1997) Publicado em fascículos - Fasc. 1-5: Tintin no país do ouro negro ; Fasc. 6-10: Rumo à lua ; Fasc. 11-16: Explorando a lua

Em 1995 já tinha havido uma primeira série de fascículos: Nº 1 (31 Mar. 1995) - nº 21 (18 Ag. 1995) Publicado em fascículos, correspondendo a: As 7 bolas de cristal; O templo do sol; O segredo do Licorne; O tesouro de Rackham o Terrível


quarta-feira, 14 de maio de 2025

Finalmente em Portugal!


EDITORIAL

No regresso de férias, e para começar em beleza um novo ano de trabalho, a Editorial Verbo apresenta 14 novos lançamentos dedicados às crianças e aos jovens. Entre eles merecem destaque, sem dúvida, os novos livros da Patrícia e da Filipa, mas a «estrela da companhia» é o Tintim!

O mais célebre heróis das histórias aos quadradinhos nunca tinha tido um editor português; até agora, os álbuns com as suas aventuras eram editados no Brasil, enquanto que em Portugal apenas tinham aparecido em alguns jornais e revistas. Chegou, pois, a  hora de a Verbo lançar o Tintim em português! - E já estão na livraria os dois primeiros títulos s não perder: A Ilha Negra e O Ceptro de Ottokar  


NOVIDADES EDITORIAIS

De um outro velho amigo leiam (e vejam) as espantosas aventuras em A Ilha Negra e O Ceptro de Ottokar (730$00 cada): referimo-nos ao Tintim, claro. Sabiam que esta famosa banda desenhada, com o extraordinário humor de Hergé. é editada em 31 línguas e dialectos?

Correio Juvenil Verbo nº58 - Segunda série agosto e Setembro de 1988

terça-feira, 13 de maio de 2025

Horário Escolar

Horário Escolar oferecido pelo Clube Juvenil Verbo aquando do lançamento das primeiras aventuras em álbum pela Editorial Verbo.


C L U B E    J U V E N I L   V E R B O
___________________________________________

O Clube Juvenil Verbo já existe desde 1964 e foi criado a pensar em todos os jovens com idade inferior a 18 anos. Desde então, já milhares de pessoas fizeram parte dele. É um Clube para gente dinâmica, divertida e que gosta de ler. Os sócios recebem gratuitamente a REVISTA CORREIO JUVENIL, e podem participar em inúmeras actividades tais como sessões de cinema e teatro, passeios de fim-de-semana, visitas guiadas, etc.

Não há qualquer obrigatoriedade a não ser contribuir com boa disposição e querer estar sempre bem informado sobre os novos livros da Verbo.

https://arquivo.pt/wayback/19981205150011/http://www.editorialverbo.pt:80/

Correio Juvenil Verbo, Nesquik, Cangurik, O Ceptro de Ottokar, Tintim




terça-feira, 6 de maio de 2025

O Caso Tournesol

O Caso Tournesol é um telefilme de animação belga realizado por Ray Goossens e produzido em 1964. É a primeira adaptação cinematográfica do décimo oitavo volume da série de banda desenhada As Aventuras de Tintim, "O Caso Girassol", escrito e desenhado por Hergé e publicado em 1956.

É também considerada a última temporada da série de animação "As Aventuras de Tintim" produzida pela Belvision.

O telefilme "O Caso Tournesol" foi transmitido pela RTP-1, às 20h10 do dia 23/12/1969. No dia 24/12/1969 pelas 18h40 deu novamente As Aventuras de Tin-Tin (A Estrela Misteriosa) e o último episódio de Pippi. 

Mário Castrim assinou a critica televisiva no Diário de Lisboa ("Tin-Tin É Triste Vê-lo Assim") mas não perdoou várias situações de que não gostou no filme. Hergé esteve afastado da produção do mesmo.

Foi lançado em Portugal no formato VHS (68 minutos) - DGEAT 1954/88 pela Diger Video


Sinopse:

O professor Girassol (Tournesol) acaba de desenvolver uma nova arma que utiliza ultrassons e destrói objetos de vidro. Se fosse aperfeiçoada para destruir qualquer coisa que não fosse vidro, esta invenção poderia tornar-se uma arma particularmente perigosa. Para além dele, apenas um estudioso sildavo, o Professor Bretzel, sabe operar esta máquina.

Tintim, Milu, o Capitão Haddock e Girassol vão a casa dele para o avisar, mas descobrimos que foi raptado por agentes sildavos e Girassol também é raptado. São posteriormente capturados por agentes secretos da fronteira. Tintim e Haddock são capturados, o ferido Tintim é transportado numa ambulância, da qual escapa e encontra os Dupondt. Vão à ópera onde roubam a ordem de libertação do Professor Girassol assinada pelo Coronel Brütel, o chefe da polícia.

Aparecem então na fortaleza de Darkau disfarçados de agentes da polícia secreta, mas são desmascarados. Depois de várias reviravoltas, escapam num tanque e chegam à fronteira de Sildávia com os dois professores e Haddock.

Ficha técnica:

Realizado por: Ray Goossens

Argumento: Charles Shows, baseado em Hergé

Música: Ralph Darbo

Editora: Diger Video 

Licenciamento (?) - GENOKE Ag.

Empresa de produção: Belvision

Géneros: animação, aventura, comédia

País: Bélgica

Idioma: Francês

Duração: 68 minutos

Formato: Cores - 1,78:1 e 1,33:1 - Mono

Datas de lançamento:

Bélgica: 1 de Janeiro de 1964

Há várias diferenças para a versão em álbum.

https://fr.wikipedia.org/wiki/L%27Affaire_Tournesol_(t%C3%A9l%C3%A9film)

(Principais diferenças com o álbum)

Nesta adaptação para filme apenas os agentes Sildavos estão presentes no início de Moulinsart.

Os Dupondt chegam de helicóptero no início. A polícia não foi notificada.

Serafim Lampião não aparece.

Os heróis não vão para a Suíça como no álbum, mas sim para a Sildávia, um país que apenas é mencionado no álbum.

O Professor Girassol é raptado por agentes sildavos enquanto está com Tintim e Haddock.

O professor Topolino não aparece, é substituído por um estudioso sildavo, o professor Bretzel, que também é raptado.

Na versão em  álbum são os Sildavos que raptam o professor após o combate contra os Bordurienses, no filme para TV acontece ao contrário.

O professor Girassol diz a frase "A minha terra natal é Sildavia", uma frase que nnão existia no livro.

Os Dupondt têm um papel mais importante do que no álbum, pois fazem parte da aventura na Bordúria e salvam os seus amigos várias vezes. São mesmo eles que acompanham Tintim à ópera no lugar do Capitão Haddock, que está a ser mantido prisioneiro.

A Fortaleza de Bakhine foi renomeada Fortaleza de Darkau.

O Coronel Sponsz é renomeado para Coronel Brütel e a sua aparência física difere um pouco, o seu papel é menos importante do que no álbum, é o comandante da fortaleza de Darkau e o principal antagonista na segunda parte do filme para TV.

A fuga da fortaleza é muito mais movimentada do que no álbum e acontece de helicóptero.

Ao contrário dos álbuns de As Aventuras de Tintim, de Hergé, o Professor Girassol não é surdo e usa uma gabardina amarela e não verde.

Não conseguimos distinguir Dupond de Dupont (e vice-versa) porque o seu formato de bigode é o mesmo, ao contrário do que aparece nos álbuns

No filme para TV, são Tintin e Haddock que assistem à metrópole destruída pelo aparelho de ecografia, enquanto no álbum são os soldados da fronteira que assistem.

A versão em álbum foi outro soldado que se apercebeu da metrópole destruída graças ao dispositivo, enquanto no filme foi Girassol quem se apercebeu disso.


sábado, 3 de maio de 2025

Série de televisão - Ellipse/Nelvana


As Aventuras de Tintim é uma série animada de televisão co-produzida e animada pelo estúdio de animação francês Ellipse Programme e pelo estúdio canadiano Nelvana Limited. Foram produzidos 39 episódios de meia hora (18x2+3) que foram exibidos na França, Canadá e Estados Unidos entre 1991 e 1992.

Foi a segunda adaptação televisiva dos álbuns de Hergé, a primeira foi "Les aventures de Tintin, d'après Hergé", produzido pela empresa de animação belga Belvision.

https://pt.wikipedia.org/wiki/As_Aventuras_de_Tintim_(s%C3%A9rie_de_televis%C3%A3o)

«As Aventuras de Tintin» (1991) - A adaptação audiovisual mais famosa das aventuras de Tintin é esta série franco-canadiana de desenho animado produzida pela Nelvana, com 18 episódios de 45 minutos e mais três de 24 minutos. 

É a adaptação mais fiel de todas, e compreende todos os álbuns da série, à excepção dos dois primeiros, «Tintin no País dos Sovietes» e «Tintin no Congo», considerados excessivamente datados em termos políticos e sociais. 

Uma das maiores curiosidades da série é o aparecimento em todos os episódios do próprio Hergé, em «cameos» equivalentes aos de Alfred Hitchcock. De todas as versões (...) é a única que está disponível em DVD em Portugal.

Em Portugal estreou na RTP-1 em 1995 e voltou a passar nos anos 2000 na RTP, canal Panda e SIC K.

https://desenhosanimados-anos90.blogs.sapo.pt/as-aventuras-de-tintin-218624#comentarios

A Costa do Castelo é a distribuidora dos episódios da Elipse Programme em Portugal. Editou os 18 filmes de 50 minutos aproximadamente cada e 3 filmes de 24 minutos, coloridos, referentes a tantos episódios de Tintim em VHS. Ficaram de fora «Tintim no país dos sovietes» e «Tintim no Congo», sendo «retocado» o argumento de «Tintim na América». Os episódios são em francês com legendagem em português. Os filmes de «semi-animation» são uma co-produção franco-canadiana do Centre National de la Cinématographie e do Téléfilm Canada com a colaboração da Fondation Hergé. A partir de 2003, a Costa do Castelo começou a distribuir os mesmos episódios em formato DVD-5, Dolby Digital, PAL 4:3. 

https://tintinofilo.weebly.com/costa-do-castelo.html

A Costa do Castelo lançou, entre 1994 e 1996, os 21 episódios em formato VHS na versão original em francês com legendagem em português. (1)

A TelePizza ofereceu cassetes VHS dos episódios "Tintim Na América" e "O Tesouro de Rackham, o Terrível" (3506/94).

Os episódios da série foram transmitidos em 1995 pela RTP-1 e RTP-Madeira.

O Jornal "O Independente" distribuiu as cassetes VHS de "Tintim Na América" e "Estrela Misteriosa". 

A RTP voltou a emitir a série nos anos de 1997 e 1998.

Em 1999 foi lançada, pelo Circulo de Leitores, uma caixa com 10 dos episódios em VHS.  (1)

Círculo de Leitores editou uma caixa com 10 vídeos da série da Elipse Programme: #1. O ídolo roubado #2. A ilha negra #3. O caranguejo das tenazes de ouro #4. O segredo do Licorne #5. O lótus azul #6. O ceptro de Ottokar #7. As 7 bolas de cristal #8. O templo do sol #9. Tintim no país do ouro negro #10. Objectivo Lua.

Foi exibido pela TV Cabo no Canal Panda em 14/07/2002. (2)

A partir de 2003, a Costa do Castelo começou a distribuir os 21 episódios em formato DVD-5, Dolby Digital, PAL 4:3 apenas na versão original com legendagem em português.  (1)

Foi feita a dobragem em português de Portugal, pela Nacional Filmes,  de todos os 21 episódios.  (1)

O jornal «Público» lançou a colecção em DVD das Aventuras do Tintim, entre 11/03/2005 e 29/07/2005, recuperando os 21  filmes de «semi-animation» da co-produção franco-canadiana do Centre National de la Cinématographie e do Téléfilm Canada com a colaboração da Fondation Hergé. Os DVD eram colocados à venda, juntamente com o jornal, um por semana, às sextas-feiras pelo preço de 5,95 €. Esta série teve a vantagem de ter a dobragem dos episódios em português.  (1)


Os episódios são lançados em 2007 no formato DVD. (1)

Na RTP-2, a série foi exibida dentro do "Zig Zag" nos dias úteis (entre 26/07/2007 e 05/07/2008).  (1) A 27 de outubro de 2007 passou para o horário nobre e continuou a ser exibida, até 5 de julho de 2008, nos finais de tarde de sábado no "Kaboom".  (1).

A Costa do Castelo lançou em 12/07/2008 uma caixa integral limitada com os 21 filmes em formato DVD.




(...) a RTP-1 reexibiu a série (em 2009?), no espaço "Brinca Comigo", aos fins de semana de manhã. 

Em 14/09/2014 foi emitida na SIC K. «Para celebrar o 85ª Aniversário de Tintin e Milú, a SIC K estreou, em exclusivo, a série de animação do maior herói de banda desenhada franco belga. Em "As Aventuras de Tintin" vamos viver as mais hilariantes histórias de Tintin que conta com a ajuda do Capitão Haddock; do Professor Girassol e dos detetives Dupond e Dupont, sempre disponíveis para o livrar das confusões em que se mete.»

https://sicblogue.blogs.sapo.pt/estreias-ja-na-segunda-na-sic-k-1812437

Chegou a estar disponível no Netflix mas depois foi removido em 19/06/2022. (3)

Outras informações:

https://wikidobragens.fandom.com/pt/wiki/As_Aventuras_de_Tintim

VHS (21)

Tintim e os Pícaros - (50 min) - amarelo - 

Os Charutos do Faraó - (50 min) - az. - 

O Ídolo Roubado - (50 min) - verm. -

O Segredo do Licorne - (50 min) - verde - 

O Caso Girassol - (50 min) - verde -

O Caranguejo das Tenazes de Ouro - (50 min) - verm. - 

A Ilha Negra - (50 min) - verm. - 

O Tesouro de Rackham, o Terrível - (24 min) - verde -

O Ceptro de Ottokar - (50 min) - azul - 

A Estrela Misteriosa - (26 min) - laranja - 22 - 626566 - DGEAT 3505/94

Tintim no Tibete - (50 min) - verm. - 

Carvão no Porão - (50 min) - az. - 

Tintim no País do Ouro Negro - (50 min) - laranja - 33 - 627094 - IGAC 2502/95 

As Jóias de Castafiore - (50 min) - laranja - 39 - 627088 - IGAC 2508/95 

Objectivo Lua - (50 min) - laranja - 40 - 627089 - IGAC 22638/96

Pisando a Lua - (50 min) - verde - 

As 7 Bolas de Cristal - (50 min) - laranja - 

O Templo do Sol - (50 min) - verm. - 

Tintim na América - (24 min) - verm. - DGEAT 2505/95

O Vôo 714 para Sidney - (50 min) - verm. -

        O Lótus Azul - (50 min) - az. - 


DVD (21)





8 Tintim e os Picaros - (50 min) - 

20 Os Charutos do Faraó - (50 min) - 5845/03

1 O Ídolo Roubado - (50 min) - 5847/03

15 O Segredo do Licorne - (50 min) - 5853/03

17 O Caso Girassol - (50 min) - 6512/04

18 O Caranguejo das Tenazes de Ouro - (50 min) - 5851/03

21 A Ilha Negra - (50 min) - 5849/03

3 O Tesouro de Rackham, o Terrível - (24 min) - 5856/03

2 O Ceptro de Ottokar - (50 min) - 5852/03

16 A Estrela Misteriosa - (24 min) - 5852/03

12 Tintim no Tibete - (50 min) - 

19 Carvão no Porão - (50 min) -

10 Tintim no País do Ouro Negro - (50 min) - 6509/04

4 As Jóias de Castafiore - (50 min) - 2007 - 10106/04

5 Objectivo Lua - (50 min) - 2005 - 6510/04

6 Pisando a Lua - (50 min) - 6511/04

7 As 7 Bolas de Cristal - (50 min) - 5855/03

11 O Templo do Sol - (50 min) - 5854/03

9 Tintim na América - (24 min) - 5846/03

14 O Vôo 714 para Sidney - (50 min) -

13 O Lótus Azul - (50 min) - 5848/03

Público - 2005

21-Tintim e os Picaros-amarelo
9-Os Charutos do Faraó-azul
15-O Ídolo Roubado-verm.
7-O Segredo do Licorne-verde
17-O Caso Girassol-verde
16-O Caranguejo das Tenazes de Ouro-verm.
3-A Ilha Negra-verm
8-O Tesouro de Rackham, o Terrível-verde
4-O Ceptro de Ottokar-azul
6-A Estrela Misteriosa-lar.
14-Tintim no Tibete-verm.
13-Carvão no Porão-azul
18-Tintim no País do Ouro Negro-amarelo
5-As Jóias de Castafiore-lar.
1-Objectivo Lua-lar.
2-Pisando a Lua-verde
19-As 7 Bolas de Cristal-lar.
20-O Templo do Sol-verm
12-Tintim na América-verm.
11-O Vôo 714 para Sidney-verm
10-O Lótus Azul-azul

Integral (2008)

1 • Tintim na América

2 • Os Charutos do Faraó

3 • O Lótus Azul

4 • O Ídolo Roubado

5 • A Ilha Negra

6 • O Ceptro de Ottokar

7 • O Caranguejo das Tenazes de Ouro

8 • A Estrela Misteriosa

9 • O Segredo do Licorne

10 • O Tesouro do Rackham o Terrível

11 • As 7 Bolas de Cristal

12 • O Templo do Sol

13 • Tintim no País do Ouro Negro

14 • Objectivo Lua

15 • Pisando a Lua

16 • O Caso Girassol

17 • Carvão no Porão

18 • Tintim no Tibete

19 • As Jóias de Castafiore

20 • Voo 714 para Sidney

21 • Tintim e os Pícaros

CURIOSIDADES

Em todas as edições da Costa de Castelo aparece escrito o nome Tintim conforme aparecia nos álbuns lançados pela Verbo e antes nas edições brasileiras.

Alguns dos nomes dos episódios foram alterados em relação à edição em álbum.

- "A Orelha Quebrada" passou a "O Ídolo Roubado".

- "Rumo à Lua" passou a "Objectivo Lua".

- "Explorando a Lua" passou a "Pisando a Lua".

Hergé aparece em todos os episódios da série.

segunda-feira, 28 de abril de 2025

Easter Egg

Homenagens a Tintin que surgem como easter eggs nas obras "Watchers" (2018) e "Sentinel" (2019) do conhecido desenhador Luís Louro que está a comemorar 40 anos de carreira.








Visão 741

Na obra "Cogito Ego Sum" (2000, 2024) aparece ainda um boneco insuflável.

terça-feira, 22 de abril de 2025

25 de Abril aos quadradinhos



Como seria lógico, também o 25 de Abril constituiu tema que alimentou e alimenta o universo da banda desenhada. Para além de globalmente ter sido um factor decisivo para a eliminação de todos os traços de censura sobre os conteúdos abordados, a sua própria crónica, directa ou indirectamente, serviu de inspiração para muitas histórias criadas desde então. A questão da eliminação da censura seria em si mesma interessante desafio para uma abordagem que prometo aqui fazer qualquer dia destes, assim contribuindo para um melhor conhecimento de épocas de “resistência” dos quadradinhos contra regras asfixiantes da liberdade de expressão entre nós.

(...) 



A. Martinó

Diversos têm sido os caminhos dos artistas que deixaram marcas mais relevantes na BD de Abril. Quem se lembra hoje que António, cujos brilhantes e surpreendentes quadros satíricos são uma das imagens de marca fundamentais do Expresso, um dos maiores cartoonistas/caricaturistas do nosso tempo, foi também um dos mais significativos e originais autores de BD dessa época? Presente em várias publicações, autor de uma das páginas que, precisamente na fronteira entre cartoon e banda desenhada, mais genialmente resumem o 25 de Abril e a questão militar que esteve na sua origem, seria sobretudo com Kafarnaum, no Expresso e em livro que António, num hábil jogo gráfico-linguístico, desmistificaria as taras e tiques do PREC, reflectindo inclusivamente sobre a própria BD o seu papel, parodiando largamente personagens populares da BD.

A utilização das personagens da BD foi aliás uma prática abundante e que constitui só por si um capítulo à parte na caracterização da BD desta época, reflectindo a popularidade da própria BD e a sua eficácia imagético-simbólica. Estudantes, sindicatos, comissões de moradores usaram-nas largamente. Ficaram famosas as fotomontagens do Jornal Novo. Eanes pela mão de vários e sobretudo de Cid, foi Superman e foi Tarzan A Flama numa série de Manuel Vieira sobre algumas figuras da época, em que, por exemplo, Mário Soares é o Príncipe Valente e Álvaro Cunhal é Mandrake, foi advertida pelo autor e editor por ter caracterizado Rosa Coutinho como Tintin.

(...)

JPP Boléo, A BD e o 25 de Abeil

Há vários livros sobre a bd e o 25 de Abril.

https://largodoscorreios.wordpress.com/2014/04/25/25-de-abril-aos-quadradinhos/

https://largodoscorreios.wordpress.com/2015/04/28/25-de-abril-aos-quadradinhos-um/

https://tintinemportugal.blogspot.com/2014/10/tintin-no-pos-25-de-abril.html

"Imagens de uma revolução, 25 de Abril e a Banda Desenhada". de João Miguel Lameiras, João Paulo Paiva Boléo e João Ramalho Santos 

Um percurso em imagens e ilustrações por uma data marcante da história de Portugal. A Banda Desenhada, pela forma única como conjuga texto e imagem, foi um meio privilegiado para fixar a nossa História de forma dinâmica e atractiva, e também para apresentar este momento a quem nem era nascido. Uma revolução, quando desenhada, pode ser discutida e reflectida, e a sua memória pode evoluir mas nunca pode ser esquecida.

Assinado por três especialistas da história da banda desenhada no nosso país - João Paiva Boléo, João Miguel Lameiras e João-Ramalho Santos - "Imagens de uma Revolução" recupera alguns textos e obras anteriores, complementa-os com inúmeros exemplos e referências adicionais, e apresenta-nos o livro que nos mostra como as imagens perduram, e como uma revolução que foi desenhada dificilmente será esquecida.

Uma Revolução Desenhada - O 25 de Abril e a BD de João Miguel Lameiras, João Paulo Paiva Boléo e João Ramalho Santos 

Crocodilo / Flama

Outros posts neste blog:

Figuras que Abril Deu (1977)

https://tintinemportugal.blogspot.com/2017/07/figuras-que-abril-deu.html

Largo dos Correios (Jornal Novo, Flama)

https://tintinemportugal.blogspot.com/2014/10/tintin-no-pos-25-de-abril.html

Cartoon de Manuel Vieira publicado em 1975 na revista Flama

https://tintinemportugal.blogspot.com/2011/07/tertulia-bdzine-26.html

Fotomontagens do Jornal Novo

https://tintinemportugal.blogspot.com/2013/03/fotomontagem-no-jornal-novo-de-6121875.html

José Antunes / A Chucha (1976)

https://tintinemportugal.blogspot.com/2023/01/jose-antunes.html

"Kafarnaum" de António (1975/1976)

https://tintinemportugal.blogspot.com/2016/09/cartoons-de-antonio-in-kafarnaum.html

https://tintinemportugal.blogspot.com/2014/10/cartoon-de-antonio-karfanaum-em-1976.html

https://tintinemportugal.blogspot.com/2025/04/humor-unido.html

segunda-feira, 21 de abril de 2025

Humor Unido Jamais Será Vencido

"O Humor unido jamais será vencido - Os cartoons da Revolução (1974-1976)" foi o nome da exposição temporária do Museu Bordalo Pinheiro, patente entre 18 de Dezembro de 2024 e 9 de Março de 2025, que mostrava desenhos publicados na imprensa da época por autores tão representativos como António, Augusto Cid, João Abel Manta, José Vilhena, Sam e Vasco.

Esta exposição, integrada nas comemorações dos 50 anos do 25 de Abril de 1974, lançou um olhar bem disposto sobre um período agitado da História de Portugal através da obra gráfica dos artistas que aproveitaram o fim da censura para mostrar outros ângulos de observação, simultaneamente críticos e divertidos, sobre os acontecimentos da época.

O Kafarnaum de António

"(...)

A lógica deste álbum é a do caldeirão, o caldeirão é o PREC. Nascido a 4 de Novembro de 1975, o 'KAFARNAUM' sobreviveu, apesar de não ter recolhido as cinco mil assinaturas para se transformar em partido legal, apesar de não ter fundado nenhuma associação de amizade Portugal-KAFARNAUM, apesar de não ter conspirado nenhum golpe de estado, nem tampouco ter sido consultado com vista à elaboração de pactos, relatórios, auto-críticas revolucionárias, etc.

Os comentadores que vão surgindo ao longo do enredo (?) cumprem a estrita missão de meter na ordem - embora kafarnaúnica, mas ordem, contudo - os ingredientes que, do interior do caldeirão, são servidos a um Zé Povinho cada vez menos semelhante ao que Bordalo Pinheiro criou, baseado no PREC do século passado." 

Abertura

Em relação ao Kafarnaum [inspirado no PREC], o desafio era tão grande que eu me servia de tudo o que estivesse à mão. não era bem uma opção estética, era mais uma necessidade de me socorrer de tudo, marcas, símbolos, banda desenhada, pintura. É preciso lembrar que eu era um tipo muito novo, a viver um processo politico único, que era o nosso, muito complexo. Por isso, servia-me de tudo para tentar comunicar, para manter-me à tona.

Quando o Kafarnaum fez dois anos, o Balsemão lançou um desafio enorme: "Chegou a o número 100, ´um número bom para acabar,  agora inventa outra coisa."

Entrevista a António (Expresso)

Paulo Jorge Fernandes: «Na exposição  aparecem alguns cartoons da série "Kafarnaum" do cartoonista António. António usou nessa série várias referências da BD, desde a série Asterix O Gaulês, Tintin, Lucky Luke etc. O Capitão Haddock aparece explicitamente num dos cartoons expostos.»

Algumas das imagens da exposição não aparecem no livro homónimo publicado em 1976.









segunda-feira, 14 de abril de 2025

Dr. Kartoon


O novo tote bag da @livrariadrkartoon com ilustração da autoria de Joana Afonso


Imagens antigas relacionadas com a loja:


José Carlos Fernandes


Juan Cavia


A Livraria Dr. Kartoon abriu as portas em Março de 1998, por iniciativa de Fanny Denayer, uma belga que veio para Coimbra estudar no programa ERASMUS e por cá ficou. Em Outubro de 2006, quando a Fanny decidiu voltar à sua Bélgica Natal, contactou alguns clientes que estivessem disponíveis para não deixar morrer esse projecto único na cidade de Coimbra e foi assim que quatro antigos clientes, Fernando Ferreira, João Miguel Lameiras, João Ramalho Santos e Miguel Reis, se juntaram e criaram a empresa Andróides Lda., que gere esta segunda vida da Livraria Dr. Kartoon.

loja

www.drkartoon.com: Nasceu a 8 de Maio de 2000, com mais de 7000 títulos disponíveis e 4000 capas. Conta com leitores de Inglaterra, França, Bélgica, Macau, Brasil, Luxemburgo... e é claro, de todo o Portugal! Funciona em paralelo com a livraria, não é uma amazon pois só tem uma pessoa para toda a gestão: a patroa, que se esforça imenso!

Artigos não disponíveis na Dr. Kartoon: Senhas de autocarro, fotocópias, a Bola, livros escolares, canetas, selos fiscais, a versão picante do Tintin e outros!

https://arquivo.pt/wayback/20030806065624/http://www.eol.com.pt/Noticias.php?Flag=SE

sábado, 12 de abril de 2025

Páscoa Feliz

Na capa da revista "Cavaleiro Andante" nº 15 de 12/04/1952 aparecem vários heróis publicados na revista.

Cavaleiro Andante 1952

Imagem

Algumas das capas das revistas portuguesas, desenhadas por autores portugueses, eram baseadas em originais de autores estrangeiros. Outras eram a adaptação das capas originais às características técnicas e editoriais das publicações lusas. 

Contudo, e, surpreendentemente, a capa de Hergé para o número 13 do 8º ano de 1 de Abril de 1953 da revista belga Tintin parece baseada no desenho de Fernando Bento realizado para a capa do número 807 do Diabrete de 24 de Março de 1951. Desconhecemos se o autor de Tintin tenha tido acesso ao número do Diabrete,  mas a ideia pertence ao mestre português. 

Tintim 1953
Diabrete 1951


--


Depois do número de Páscoa (12 de Abril de 1952), com um sino prateado e repenicante de onde jorra uma catadupa de heróis, vamos encontrar Tintin na garrida capa do nº 23, empunhando um tradicional balão de papel, enquanto Tarzan, Sitting Bull, Alice, Beau Geste, Capitão Audaz e outras personagens que recheiam esse número, saúdam com esfuziante entusiasmo a imagem dos três Santos mais populares de Portugal, cujo balão ascende aos céus na noite em que vibram os primeiros clamores dos seus festejos.


Uma capa para recordar e apreciar longamente, com todo o prazer e admiração que a fantasia, o talento e o primor artístico de Fernando Bento ainda hoje nos inspiram.

https://ogatoalfarrabista.wordpress.com/2014/06/13/capas-que-enchem-o-olho-4/




FP

sexta-feira, 4 de abril de 2025

Tim-Tim e O Mistério das Laranjas Azuis


Folha de catálogo nº 912 (imagens cedidas por Fernando Marques)

ALEGRIA PARA TODOS!

Eis a sensação para as festas!

Filmes Castello Lopes

apresenta

TIM-TIM E O MISTÉRIO DAS LARANJAS AZUIS

(Tintin Et Les Oranges Bleus)

com todos os famosos personagens criados por Hergé, numa nova e exitante aventura...

Capitão Haddock, Prof. Tournesol, Dupont e Dupond e Milu

HOJE (21/12/1964) ESTREIA NO CONDES

às 15.15 18.15 (p.red) e 21.30

COLORIDO POR EASTMAN COLOR

PARA TODOS MAIORES 6 ANOS

O mais belo filme para a mais bela quadra do ano!

O nome do filme foi "Tim-Tim e O Mistério das Laranjas Azuis". A edição em livro pela editora brasileira Record, na década de 1970, trazia o nome "Tintim e As Laranjas Azuis".

TIM-TIM E O MISTÉRIO DAS LARANJAS AZUIS (Cinema, 1964)

AS AVENTURAS DE TINTIM NO CINEMA - TINTIM E AS LARANJAS AZUIS (Record, 1975)

Passaram-se três anos até que Tintim regressasse às telas em carne e osso. Aconteceu finalmente em 1964, em Tintim e as Laranjas Azuis, mais um argumento escrito directamente para o cinema, tal como já havia sucedido em O Mistério do Tosão de Ouro. Para o assinar, René Goscinny e Philippe Condroyer juntaram-se ao trio original formado por Hergé (que, a exemplo do primeiro filme, tinha direito de vetar a história), Remo Forlani e André Barret. Jean-Pierre Talbot, entretanto, tinha começado uma carreira de professor, e por isso teve que pedir uma licença especial para poder fazer o filme. 

Tirando Talbot, os outros actores principais mudaram quase todos, tendo Jean Bouise substituído Georges Wilson na figura de Haddock. Uma produtora espanhola participou também na produção de Tintim e as Laranjas Azuis, que foi realizado por Philippe Condroyer. Ao contrário da primeira, esta segunda aventura de Tintim em imagem real não entusiasmou o público, e o projecto de um terceiro filme foi posto de parte. Saiu também um álbum fotográfico.

DN, 12/12/2009

https://www.dn.pt/gente/nova-aventura-em-imagem-real--1445256.html/

O Mistério das Laranjas Azuis - 21/12/1964

http://casacomum.org/cc/diario_de_lisboa/dia?ano=1964&mes=12

https://tintinemportugal.blogspot.com/2014/10/estreia-em-portugal-do-filme-tim-tim-e.html

https://tintinemportugal.blogspot.com/2014/10/tintim-e-o-misterio-das-laranjas-azuis.html

quarta-feira, 2 de abril de 2025

Os Charutos do Faraó (versão fac-similada)

Os Charutos do Faraó (edição fac-similada) - Hergé (Difusão Verbo)

É o facsimil da versão original de “Os Charutos do Faraó”, que reproduz as 124 pranchas a preto e branco, tal como foram publicadas nas páginas do jornal “Le Petit Vingtième”, a partir de 8 de Dezembro de 1932. Para além de cenas omitidas na versão colorida, apresenta pela primeira vez os detectives Dupont e Dupond, aqui ainda sob o nome de código de X33 e X33bis, Rastapopoulos e o nosso compatriota Oliveira da Figueira.

Pedro Cleto, JN, 10/01/2004



Tintim à moda antiga em "Os charutos do faraó"

A Editorial Verbo, responsável pelas edições Tintim em Portugal, resolveu assinalar o 75º aniversário do herói com uma iniciativa bem original: lançou a versão facsimilada de “Os Charutos do Faraó”. Esta história chega assim às nossas mãos tal como saiu originalmente no “Petit Vingtième” entre 1931 e 1934.

É um verdadeiro regresso ao passado de Tintim, já que o reencontramos a preto-e-branco e com um desenho bem mais simples do que surgiria anos mais tarde. Trata-se assim de uma excelente oportunidade para revisitar uma história marcante na série Tintim pois foi a primeira em que houve um argumentos com verdadeira intriga, ao contrário dos mais simples Tintim na América ou no Congo.

Tem ainda um significado especial para nós já que é a primeira aventura em que aparece o senhor Oliveira da Figueira, um vendedor português que mereceu outras atenções em álbuns posteriores. Também surgiram em estreia os polícias gémeos Dupont e Dupond e o milionário Rastapopulos.

Droga, maldições...

Em “Os Charutos do Faraó” Tintim e Milu caem sem saber no meio de uma história de tráfico de droga, quando estava envolvido na descoberta de uns túmulos egípcios. Do Egipto até à Índia, provando a sua vocação de viajante, vai enfrentar diversos perigos, como maldições mortais, clãs secretos e traficantes sem escrúpulos.

“Os Charutos do Faraó” são a quarta aventura de Tintim, depois das histórias na Rússia, no Congo e na América. O álbum custa cerca de 18 euros.

Rui Azeredo, Comércio do Porto, 10/01/2004


Tintim nos anos 30

A obra de Hergé é o mais próximo que em banda desenhada se pode encontrar do work in progress. Vários títulos foram sendo retocados, mais ou menos profundamente, ao longo dos anos, sobretudo após a editora Casterman iniciar o lançamento da série em álbuns de 64 páginas a cores, nos primeiros anos da década de 40, optando por um formato que se mantém até aos dias de hoje. Essa decisão conduziu Hergé a reformular todas as aventuras iniciais de Tintim, excepto o mal amado Tintim no País dos Sovietes, que ele entendeu ser demasiado ingénuo e preferiu deixar cair.

Aliás, foi por causa desse ambiciosíssimo projecto de reformulação das aventuras iniciais do pequeno repórter que o caminho de Hergé se cruzou com o de Edgar Pierre Jacobs, autor essencial na reelaboração da mise en scène e na transformação de histórias de centena e meia de páginas em álbuns de 62 pranchas. Esse trabalho, sempre supervisionado pela mão férrea do criador de Tintim, seria posteriormente continuado pela equipa que viria a constituir os Studios Hergé, já na década de 50. E é esse processo hercúleo que permite a constituição do próprio conceito de linha clara - uma legibilidade e elegância extrema de traço; uma planificação cinematográfica com enorme atenção ao detalhe; uma coerência de estilo, enfim, que percorre todas as 22 aventuras canónicas de Tintim.

Com as revistas originais onde Tintim foi publicado antes das várias operações plásticas transformadas em valiosíssimos itens de colecção, a Casterman acabou por se decidir a lançar, na primeira metade dos anos 80, edições fac-similadas das versões originais de Tintim, de forma a satisfazer os admiradores mais ferranhos da série. Ao todo são nove os títulos fac-similados, de Tintim no País dos Sovietes a O Caranguejo das Tenazes de Ouro. A aventura de Tintim na União Soviética já estava editada entre nós pela Verbo, mas a publicação em Portugal da versão original de Os Charutos do Faraó é um marco: o público português pode finalmente comparar as duas versões da história e entreter-se a detectar as suas imensas diferenças.

Os Charutos do Faraó, quarta aventura de Tintim,é um bom modo de iniciar a edição dos livros originais (embora não se saiba se a Verbo está decidida a publicar os restantes sete tomos, já que só tem previsto para 2004 o lançamento de Tintin et l'Alph-Art, a obra inacabada de Hergé), porque se trata do primeiro grande trabalho do autor belga. Não é tão bom quanto o álbum que se seguirá - a obra-prima O Lótus Azul -, mas está já a anos-luz de Tintim no Congo e Tintim na América, obras ainda a tactear a linguagem da BD, e onde o que sobra em preconceitos falta em documentação.

É também neste livro que surgem pela primeira vez três das personagens mais emblemáticas da série: o temível Rastapopoulos e os detectives Dupond e Dupont, que aqui ainda se chamam X33 e X33 bis, são ligeiramente mais inteligentes do que se revelarão no futuro e ainda não dizem as frases em eco. Já agora: é também aqui que aparece o comerciante lisboeta Oliveira da Figueira, e há uma frase de Milu que se perderá na versão de 1955: «Um português? Os portugueses estão sempre bem-dispostos! Boa! Vamo-nos divertir.»

Seria impossível listar aqui todas as diferenças entre edições, de tantas que são - 116 pranchas passam para 62, e o original tem por página cerca de metade das vinhetas -, mas vale a pena realçar que não se trata apenas de uma melhoria gráfica. A própria história tem alterações significativas, sempre para melhor. Afinal, quando Os Charutos do Faraó foi reformulado Hergé era já um mestre incontestado da banda desenhada.

João Miguel Tavares / Diário de Notícias. 02/02/2004

Aventuras originais de Tintin chegam a Portugal : Versão facsimilada de “Os Charutos do Faraó” já disponível

A Editorial Verbo, detentora dos direitos das aventuras de Tintin para Portugal, acaba de editar o facsimil da versão original de “Os Charutos do Faraó”, com 124 pranchas a preto e branco, tal como foram publicadas nas páginas do jornal “Le Petit Vingtième”, a partir de 8 de Dezembro de 1932.

Estas edições, iniciada há alguns anos no mercado franco-belga, permitem aos admiradores da obra de Hergé - e não só - a descoberta das versões originais das histórias que têm encantado gerações de leitores em todo o mundo. As principais razões para a existência de duas e, nalguns casos, três versões da mesma aventura são a pressão, a partir de 1940, por parte da Casterman, a editora original da obra, para que Hergé uniformizasse as aventuras de Tintin em álbuns coloridos de 62 páginas, e a constante busca da perfeição e da autenticidade por parte do autor, o que o levou a redesenhar diversos álbuns para os actualizar ou expurgar de aspectos menos conseguidos ou capazes de ferir eventuais susceptibilidades.

“Os Charutos do Faraó”, é o quarto álbum protagonizado por Tintin, e foi “construído semana após semana, sem sombra de um argumento pré-concebido, representando a quinta-essência do registo folhetinesco, no qual encontramos numerosos temas chave do romance popular: uma maldição misteriosa, uma temível sociedade secreta, um génio do mal de identidade desconhecida, o veneno que enlouquece e tráficos de todo o género”, escreveu Benoit Peeters, um estudioso da obra de Hergé. Nele surgem pela primeira vez os detectives Dupont e Dupond, aqui ainda sob o nome de código de X33 e X33bis, e também o malvado Rastapopoulos e o nosso compatriota Oliveira de Figueira.

Na transição do preto e branco para a cor, as diferenças mais significativas entre as duas versões agora disponíveis em português passam pelo desaparecimento dos textos de apoio, pela correcção das incongruências em termos de sentido do movimento, pela maior dinâmica e equilíbrio da narrativa, devido à remontagem que a redução do número de páginas implicou, pela perda de ingenuidade e apuramento do humor, pela perda de protagonismo dos Dupond/t e pela alteração ou mesmo corte de algumas cenas, nomeadamente as duas em que Tintin era ameaçado por serpentes. Como curiosidade, refiram-se dois “anacronismos” da versão colorida: o primeiro, a homenagem a E.P: Jacobs, presente num dos sarcófagos na pirâmide, que Hergé ainda não conhecia em 1932; a segunda, o álbum “Rumo à Lua” que o xeque mostra a Tintin, escrito apenas em 1950!

Pedro Cleto, JN, 25/10/2003


imagens https://www.bedetheque.com/BD-Tintim-As-aventuras-de-Fac-simile-Os-charutos-do-farao-424270.html

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Há muito tempo, queria mostrar esta versão de As Aventuras de Tintin: Os Charutos do Faraó que saiu apenas em Portugal, no ano de 2003.

A publicação traz a versão fac-simile que reproduz a edição de 1934 que foi publicada no suplemento infantil Le Petit Vingtième, parte integrante do periódico belga Le Vingtième Siècle.

São incríveis 129 páginas em preto e branco, mostrando uma história diferente daquela colorida que está à venda, hoje em dia, nas livrarias de todo o mundo.

Nesta aventura, Tintin se encontra envolvido, à revelia, com o tráfico de drogas. Isso o levará a enfrentar perigosos bandidos, passando pelo Egito e Índia. Tintin encontrará figuras mais tarde vistas em outras de suas empolgantes narrativas, como: o vilão Rastapopoulos, os atrapalhados detetives Dupont e Dupond, o português Senhor Oliveira da Figueira, entre outros.

A HQ tem a marca do antigo editor lusitano do personagem, a VERBO, que perdeu os direitos do herói para a ASA. Este luxuoso Os Charutos do Faraó (Les Cigares du Pharaon).

E me desculpem por não escrever Tintin com a letra M no final, como está impresso na capa da HQ, mas simplesmente, não consigo! Sigo o nome, de acordo com o original.

Se a crise brasileira não te afetou ainda, vale a pena comprar o livro, se conseguir achá-lo!

Por PH / Tujaviu, 2016/07

Nota: Curiosamente foi um dos 3 volumes fac-similados lançados em 2016 pela Globo Livros


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Tintin #4 – Os Charutos do Faraó

Hergé (argumento e desenho)

Edições ASA (Portugal, Setembro de 2010)

160 x 220 mm, 142 p., cor, cartonado

4 (ou talvez mais...) +1 Razões para ler este álbum [na nova versão da ASA]

1. A longa sequência inicial (até à página 32!), plena de movimento, acção, perseguições, mistério, suspense e humor! A mestria de Hergé no seu melhor no que à legibilidade e sequência narrativa diz respeito.

2. Duas sequências notáveis que fazem parte do melhor que Hergé fez em Tintin:

2a. O percurso no túmulo do faraó Kih-Oskh (pp.7-9), no qual Tintin descobre o seu próprio sarcófago e tem uma horrível alucinação provocada pela droga que o fazem inalar. Uma (curta e inesperada) mas autêntica sequência de terror!

2b. A bem construída cena da reunião da sociedade secreta (pp. 53-56) pelo elevado suspense criado e pela forma simples mas brilhante como é resolvida.

3. Pelas três cenas invulgares e de todo inesperadas no Tintin (sóbrio e mais adulto) que (mais tarde) nos habituámos a (re)conhecer (e a admirar):

3a. Tintin a “falar” com os elefantes (pp. 34-37);

3b. O artificio utilizado pelo herói para saltar o muro do hospício (p. 46);

3c. A forma como o repórter domina o tigre que ataca o marajá de Rawhajpoutalah (p. 51).

4. Porque, apesar de algumas derivações, esta é a primeira aventura de Tintin que segue uma linha condutora sólida e bem desenvolvida, desde o início até ao final.

Pedro Cleto, 11/11/2010

sexta-feira, 28 de março de 2025

As Aventuras Perdidas de TinTin



Sikoryak, R. (2003). 
As Aventuras Perdidas de Tintin: Perdidos em Marte
A versão em português foi publicada em "À Volta do Sol", Guia de Actividades publicado pela Fundação Navegar para o Centro Multimeios de Espinho. Na versão em português  aparecem os nomes TinTin, Milu, Professor e Capitão  por isso não foi seguida a ideia original na totalidade.

Sikoryak, R. (2003). As Aventuras Perdidas de TinTin: Perdidos em Marte, À Volta do Sol: Guia de Actividades, Fundação Navegar, Pág. 15.


A revista Wired publicou em Julho de 2001 uma paródia a Tintin: "Prisoners of the red planet" (Prisioneiros do Planeta Vermelho).

Esta história acompanhava um artigo sobre a futura colonização do planeta Marte. A NASA enviou uma sonda para órbita em Outubro de 2001. Os investigadores começaram a imaginar a vida futura em Marte e a tentar encontrar soluções para os muitos problemas que os primeiros visitantes vão encontrar: temperaturas desumanas, condições meteorológicas terríveis, radiação mortal, uma vida social limitada, etc.

R. Sikoryak, o autor da banda desenhada, optou por parodiar Hergé para ilustrar os problemas levantados no artigo. O foguetão cairá ao aterrar em Marte e o Capitão Haddock morrerá depois de alguns passos no planeta!

Todas as personagens principais estão presentes na história, mas os nomes são diferentes ou não são mencionados. Assim, Tintin é chamado (no título) Tim-Tim, Milu (Milou) transforma-se em Schnowy (ou Shmilou), Haddock e Girassol são citados como o "Capitão" e o "Professor".

TINTIN EST VIVANThttp://naufrageur.com/a-wire.html

https://www.bedetheque.com/BD-Tintin-Pastiches-parodies-pirates-Les-Prisonniers-de-la-Planete-Rouge-467978.html

O artista Robert Sikoryak criou também um Tumblr onde publica uma BD dos termos legais do iTunes

Os termos legais que é preciso aceitar para usar certos serviços tecnológicos são normalmente extensos e aborrecidos - mais fácil é ir até ao fundo da página e carregar em 'Aceitar' sem os ler de todo.

Mas o artista Robert Sikoryak, conhecido por fazer adaptações de grandes obras literárias, criou uma versão dos Termos e Condições do iTunes que talvez ajudassem a ler tudo.

Robert Sikoryak, americano de 51 anos, começou a desenhar versões em banda desenhada de cada parte dos Termos e Condições do iTunes, o programa de gestão e compra de música da Apple. E com mais uma pequena particularidade: em cada uma das 49 páginas da BD, Sikoryak aplicou um estilo de um cartoonista conhecido.

DN, 04/11/2015