quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

"O segredo do Licorne" na SIC

Hoje, o canal SIC irá passar oelas 21,30 h o filme do Steven Spielberg, «O segredo do Licorne». Quem ainda não o viu, tem uma oportunidade gratuita e em 3D. Quem o viu, será sempre agradável revê-lo.


segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Tintin e o Natal de 1944

Em 1944, a revista O Papagaio publicava a aventura de Tintin «A estrela misteriosa«. E no nº 506, de 21 de Dezembro daquele ano, Tim Tim e Rom Rom desejava aos leitores um natal muito feliz. A imagem é retirada do extraordinário blogue de Jorge Magalhães «O gato alfarrabista«


quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Angoulême

Angoulême festeja 30 anos com Schuiten e Rosinski. Portuguesa no júri do mais importante Festival de BD

Completam-se em Janeiro de 2003, 30 anos que um grupo de entusiastas organizou pela primeira vez um encontro de banda desenhada em Angoulême. Trinta anos depois, a manifestação tornou-se no mais importante festival europeu dedicado à 9ª arte e, “como 30 anos não se fazem todos os dias”, está prometida uma ambiciosa programação para os festejar condignamente.

Como cabeça de cartaz, surge o belga François Schuiten, galardoado este ano com o Grande Prémio de Angoulême pelo conjunto da sua obra e que é, por isso, também o Presidente do Festival. Schuiten, que recentemente recebeu do Rei Alberto II, da Bélgica, o título de barão, uma honra raríssima para um autor de BD, será objecto de uma grande retrospectiva, que permitirá avaliar o percurso ímpar de um dos mais destacados autores da sua geração e de um dos mais consensuais premiados dos últimos anos. Esta exposição está rodeada de grande expectativa, pois na memória de todos está ainda a fabulosa montagem cénica “Le musée des Ombres” que Schuiten e Peeteres apresentaram em Angoulême em 1990, sendo também reconhecida internacionalmente a sua obra noutras áreas, como as estações de metro “Porte de Hal”, em Bruxelas, e “Arts et métiers”, em Paris, o pavilhão do Luxemburgo na Expo de Sevilha, ou o Pavilhão das Utopias, na expo de Hannover.

Outro nome em destaque é o do polaco Gregorz Rosinski, que esteve no último Festival de BD da Amadora, que exporá pranchas desde os seus primeiros trabalhos editados, ainda na Polónia, aos seus grandes sucessos no mercado franco-belga como “Le grand pouvoir do Chninkel”, “Thorgal” ou “Western”, e ainda pinturas e ilustrações diversas.

A Bélgica volta a ser o país convidado, estando prevista a presença, na inauguração desta exposição, do príncipe Philippe e da princesa Mathilde. Continuando a apostar na descoberta de diferentes formas de criar a 9ª arte, depois do Japão em 2001 e dos Estados Unidos, em 2002, o festival de 2003 dedicará um olhar especial à produção coreana e vietnamita. O programa inclui também encontros com grandes estrelas da banda desenhada mundial como os japoneses Otomo e Taniguchi, o americano Spiegelman, os britânicos Gaiman e McKean, os argentinos Muñoz e Sampayo ou o espanhol Prado que, “mais do que conferências tradicionais, pretendem propor, ao público, uma verdadeira troca, rica, humana, concreta” com os autores, acerca das suas técnicas e das suas formas de trabalho.

Uma homenagem a Reiser, nos 20 anos do seu desaparecimento, a obra de Nicolas De Crécy, o mundo de Troy, criado por Arleston, Tarquin e Mounier e o universo de “O vento nos salgueiros”, recriado por Plessix, serão outros dos pontos de interesse do festival que mantém as incontornáveis “bulles” onde funcionam as imensas feiras do livro e dos produtos derivados.

Pela segunda vez, depois do crítico e investigador João Paulo Paiva Boléo, em 1998, quando Portugal foi o país convidado de Angoulême, o júri do festival terá uma presença portuguesa, o que atesta a importância que o mercado nacional, actualmente em fase de grande expansão, tem para os franceses. A honra cabe a Maria José Pereira, anteriormente responsável do Departamento BD da Meribérica/Líber, actualmente a exercer as mesmas funções na ASA. Este júri, presidido por François Schuiten, é responsável pela atribuição dos troféus Alph’Art para os melhores álbum, desenho, argumento, diálogo e primeiro álbum, a seleccionar entre as mais de 1000 obras editadas ao longo deste ano em França.

(Caixa à parte)

A Rua Hergé e a Rua do 30º

Durante o 30º Festival Internacional de BD de Angoulême, terá lugar uma homenagem muito especial: pela primeira vez, “a cidade que vive a BD” homenageará um dos grandes autores da 9ª arte, dando o nome de Hergé a uma das suas artérias, no ano em que se comemoram 20 anos sobre a sua morte. Assim, a famosa rua Marengo, uma das mais movimentadas durante o festival, passará a chamar-se Rua Hergé, o que até é de inteira justiça, pois foi o criador de Tintin que a inaugurou oficialmente, em 1977, aquando da sua renovação. Até agora, só existia uma rua Hergé, uma minúscula artéria da comuna de Céroux-Mousty, na Bélgica.

Apenas durante o festival, a rua de Genéve, será temporariamente baptizada Rua do 30º e decorada com elementos alusivos a cada um dos autores até agora laureados com o Grande Prémio de Angoulême. Numerosos documentos fotográficos sobre os 30 anos do festival serão expostos nas montras comerciais desta rua.

Pedro Cleto, Jornal de Notícias, 22 de Novembro de 2002

Copyright: © 2002 Jornal de Notícias; Pedro Cleto

A BD que temos (1998)

DESDE o dia 22 que decorre o Festival de Banda Desenhada de Angoulême, em que Portugal é pela primeira vez o país convidado - o que naturalmente nos estimula a olhar o panorama actual da BD portuguesa. Já vai longe o tempo em que se aguardava com (in)contida expectativa a revista e/ou tira semanal de banda desenhada, cujas histórias se encontravam inefavelmente suspensas por um mágico «never ending».

22 de Janeiro de 1998


No JuveBêDê nº 9 de Dezembro de 1998 aparece uma banda desenhada " Volta à Gália'98", da autoria de Tiago Marques.

Começa com uma visita ao Centro Nacional de BD e Imagem onde podemos ver uma estátua de Hergé.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Matic e Tintin

O jornal desportivo Record entrevistou hoje o jogador sérvio do Benfica, Matic, e lançou-lhe um desafio para provar as parecenças físicas com o Tintin.


quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Cutileiro

Alcazar e Tapioca

O Presidente das Honduras, Mel Zelaya, foi deposto e despachado para a Costa Rica pelo exército, com alívio do Parlamento e do Supremo Tribunal que tinham declarado inconstitucional a consulta popular anunciada pelo Presidente que queria candidatar-se a segundo mandato. Lembrei-me do "Mistério da Orelha Quebrada" resolvido por Tintim na minha infância (graças à imortal tirada do papagaio: "Rodrigo Tortilla, mataste-me!"), que conta peripécias da luta pelo poder na República de S. Teodoro entre o general Alcazar e o general Tapioca. Em criança, essa caricatura pareceu-me convincente. Depois soube que debaixo da farsa havia tragédia e estratagemas do xadrez político mas tudo quanto aprendi sobre a América Latina desde Tintim - de revolucionários, teólogos da libertação, historiadores, políticos, antropólogos, latifundiários, diplomatas - não apagou inteiramente a marca deixada por Alcazar e Tapioca.

O golpe das Honduras, depois de longo intervalo pacífico na região, retoma costume antigo mas com uma diferença radical nas reacções que provoca. Aos 55 anos e já Presidente, Zelaya, rancheiro conservador rico, virou populista de esquerda e fã de Hugo Chávez. Para cativar o povo tomou medidas ruinosas e tornou-se apologista da democracia directa.

Com popularidade caída abaixo de 30% quis ser presidente perpétuo. Obteve com muita coacção alguns milhares de assinaturas a pedir "consulta popular" sobre a limitação do seu mandato, fez imprimir boletins para ela em Caracas e encarregou o chefe de Estado-Maior de garantir a ordem durante a operação. Legalista e apoiado pelas outras instituições políticas do país, o CMGFA recusou o encargo e demitiu-se. No domingo, a tropa foi pôr Zelaya na Costa Rica.

Chávez acusou logo a CIA e os Estados Unidos mas o tiro saiu-lhe pela culatra porque Obama condenou o golpe, dando unanimidade à decisão tomada pela Organização dos Estados Americanos, a qual intimou Tegucigalpa a devolver já o poder a Zelaya ou ser expulsa. Este passou pela Assembleia Geral da ONU onde o aclamaram e propôs-se voltar à pátria, acompanhado por alguns Presidentes latino-americanos, mas nas Honduras o Presidente interino disse que o mandaria prender à chegada. A OEA deu mais tempo a Tegucigalpa para obedecer ao ultimato e multiplica-se em contactos para encontrar saída airosa do imbróglio.

Foi efeito do factor Obama. Quem mandou a tropa depor o Presidente demagogo e populista de esquerda que queria mudar a Constituição ilegalmente tinha contado com o apoio dos Estados Unidos ou pelo menos com a sua anuência. Porém o tiro, como o de Chávez, saiu-lhe pela culatra. Washington não só condenou o golpe como suspendeu a ajuda militar (não aplicou sanções porque acha que já há pobreza de mais nas Honduras).

Perdidos há muito Alcazar e Tapioca, os políticos da zona deixam agora de saber ao certo com que contar dos Estados Unidos. Se uns ficarem sem papão e outros sem padrinho vão ter de deitar contas novas à vida.

José Cutileiro

Estudos Regionais - América Latina

Expresso, 4|Julho|2009

https://arquivo.pt/wayback/20100606115948/http://www.ipri.pt/publicacoes/working_paper/working_paper.php?idp=373

antigo embaixador, Coluna de opinião "Mundo dos Outros" no Jornal Expresso, 

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Passatempo


05/11/2013

https://arquivo.pt/wayback/20131105211322/http://cliente.clix.pt/homepage/passatempos/passatempo-tintin/as-aventuras-de-tintin.html


quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Tintin terá novo livro até 2052

"Hergé não queria que outros criassem histórias novas com a personagem depois dele, mas lançaremos uma novidade um ano antes de a obra cair no domínio público", afirmou.

A editora belga Casterman e a empresa Moulinsart anunciaram esta semana que vão publicar até 2052 um novo livro protagonizado por Tintin, para evitar que os direitos da obra do autor de banda desenhada Hergé caiam no domínio público.

A Casterman e a Moulinsart, sociedade gestora dos direitos da obra do autor belga, chegaram a acordo e anunciaram que tencionam editar um livro novo antes de 2053, ano em que as personagens criadas por Hergé caem no domínio público, ou seja, setenta anos depois da morte do autor (falecido em 1983).

Com esta medida, evitam que outras pessoas possam apropriar-se das aventuras de Tintin e publicá-las como entenderem, afirmou Nick Rodwell, representante da Moulinsart, em entrevista esta semana aos jornais franceses Le Soir e Le Monde.

"Hergé não queria que outros criassem histórias novas com a personagem depois dele, mas lançaremos uma novidade um ano antes de a obra cair no domínio público", afirmou.

Nenhum dos responsáveis da Casterman e da Moulinsart adiantou o conteúdo do novo livro: "Temos 40 anos para pensar nisso", afirmou Fanny Rodwell, viúva de Hergé.

As últimas obras inéditas de Hergé foram "Tintin e os pícaros" (1976) e "Tintin e a Alpha Art", obra inacabada do autor, publicada em 1986.

AS 24 aventuras de banda desenhada de Tintin, o repórter belga mais famoso do mundo, estão editadas em Portugal pela ASA, do grupo Leya.

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado pela Agência Lusa

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Viriato Teles

TINTIM POR TINTIM [18.1.2004]

Esta semana, Tintim fez 75 anos. Os jornais de todo o mundo deram-lhe honras de primeira página, os intelectuais exultaram, os políticos e a sociedade civil desdobraram-se em congratulações. A verdade, porém, é que o êxito das aventuras do repórter do Petit Vingtième é um enigma só comparável ao mistério das pirâmides. Se não, vejamos:

O Tintim é um chato: não bebe, não fuma, não nada.

O Tintim é um reaccionário: além de anticomunista primário é frequentemente racista e de um moralismo atroz.

O Tintim é um ser de sexualidade duvidosa: não se lhe conhece uma namorada e os seus melhores amigos são um bêbedo fedorento (o Capitão Hadock), um cientista maluco (o Professor Girassol) e um cachorro larilas (Milu).

O Tintim não gosta de música: Castafiore, a única mulher do universo tintiniano, é muito provavelmente a responsável pela conversão de Santana Lopes aos violinos de Chopin.

O Tintim é uma fraude: diz-se repórter, mas nunca escreveu uma linha...

Mas o pior de tudo é que, mesmo assim, eu também o li. Todo.

Viriato teles

https://arquivo.pt/wayback/20040405235945/http://viriatoteles.com.sapo.pt/principal.htm

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Spielberg

Os 24 volumes (um inacabado) das aventuras de Tintin são o legado mais importante do belga Hergé, de seu nome verdadeiro Georges Prosper Remi. O seu impacto transcendeu o domínio das histórias aos quadradinhos, transformando o autor num verdadeiro símbolo nacional da Bélgica. Curiosamente, e apesar de falecido há quase 30 anos, Hergé não é estranho ao facto de, agora, Steven Spielberg surgir a realizar As Aventuras de Tintin. De facto, no começo dos anos 80, Hergé confessou-se admirador de Spielberg (que tinha acabado de lançar Os Salteadores da Arca Perdida, primeiro título da saga de Indiana Jones), considerando mesmo que, em cinema, ele seria o único a poder "fazer justiça" ao seu herói. Por essa altura, já Spielberg adquirira os direitos de adaptação de Tintin. No começo de 1983, estando em Londres para a rodagem de Indiana Jones e o Templo Perdido, Spielberg programou uma viagem à Bélgica para se conhecerem: o encontro nunca se realizou, já que Hergé veio a falecer no dia 3 de Março desse ano, contava 75 anos.

-

Aliás, foi o próprio Steven Spielberg que admitiu a ligação entre o jovem repórter e o experiente arqueólogo, uma vez que o realizador se tornou fã da obra de Hergé nos anos 1980, quando preparava as aventuras de Indiana Jones. A adaptação da banda desenhada de Tintin para cinema é, por isso, um sonho antigo de Spielberg.

Nos anos 1980, o realizador ainda chegou a marcar um encontro com Hergé, mas o autor belga morreu sem que Spielberg tivesse conseguido garantir a compra dos direitos. Só em 2006, depois de longas negociações, é que a viúva de Hergé autorizou a adaptação. Todo este tempo de espera - durante o qual outras adaptações foram surgindo para cinema e televisão - serviu para um desenvolvimento da tecnologia cinematográfica, que permite agora a Steven Spielberg alegar que se mantém mais próximo e fiel da obra de Hergé.

(LUSA-2011)

Quase no fim da vida, Hergé encetou uma negociação duríssima com o realizador Steven Spielberg com vista a adaptação das histórias de Tintin ao cinema. Desse choque entre advogados europeus e norte-americanos resultou um livro prático de Direito de Autor que até ensina a fazer contratos. Afinal o Direito pode ser belo e prático. Ora, como é óbvio, os nossos livros de Direito que os pobres alunos "estudam" não têm nem Hergé, nem Spielberg, só têm o António e o Bento, às vezes a Maria também entra neste mundo sectário... É uma pena mas é verdade e por favor não culpem os professores mais velhos, há novos muito piores!

Manuel Lopes Rocha, 09/12/1996

https://arquivo.pt/wayback/20000608200940/http://www.ip.pt/top5webzine/asphalt_jungle/a_000001.html

O CAMINHO PARA EL DORADO de Eric «Bibo» Bergeron e Don Paul

NO JÁ habitual duelo entre a Disney e a DreamWorks no campo da animação (pelo menos entre nós pois os seus filmes aparecem geralmente em simultâneo na quadra do Natal), a primeira ganhou desta vez de forma clara. Veja-se o caso de Dinossauro: uma história clássica do estúdio, que se serviu dela para algumas inovações técnicas que deram nova vida a temas conhecidos. O Caminho para El Dorado é também uma história com a «marca» do estúdio de Spielberg, mas parece, formalmente, uma obra de rotina, isto é, que se limita a usar métodos já provados para contar uma história igual a muitas outras. Certamente que isto não é problema de maior (por vezes pode mesmo ser uma virtude) mas neste caso a comparação impõe-se desfavoravelmente para a DreamWorks.

De qualquer modo O Caminho para El Dorado é um filme de aventuras divertido, cheio de ritmo e acção, dirigido para um público juvenil e para outro, mais maduro, que conhece bem a obra e os interesses culturais e cinematográficos do mentor da DreamWorks. De facto, este filme de animação é, em certa medida, uma espécie de «balanço» desses interesses e obra, e revelador também dos métodos de produção e pesquisa de temas do estúdio.

Em época ainda próxima da comemoração da descoberta da América há cinco séculos, O Caminho para El Dorado retoma o tema da exploração do Novo Mundo, acompanhando a expedição de Hernan Cortez, e segue na pista do trabalho do estúdio rival com Pocahontas. Quanto ao argumento ele revela também uma série de marcas e estereótipos que caracterizam a DreamWorks, da mesma forma que os que se encontram em Dinossauro mostram os da Disney. Desde logo as marcas de um cinema que desde sempre marcou Spielberg: o de aventuras e de grande espectáculo à Cecil B. DeMille.

(...)

Mas a influência maior que passa por A Caminho de El Dorado é um velho projecto que Spielberg parece ter desistido de levar a cabo: a adaptação do álbum de Hergé Tintin e o Templo do Sol, que os estúdios belgas da Belvision levaram a cabo há cerca de duas décadas, no que foi um dos seus melhores trabalhos embora de forma um pouco rudimentar.

A influência encontra-se não só na recriação da selva atravessada pelos heróis, como em vários episódios facilmente identificáveis, em particular a descoberta da entrada para a cidade dourada, atrás de uma queda de água, e, no interior, o encontro com os aztecas (maias no caso de Tintin).

MANUEL CINTRA FERREIRA, Expresso, 08/12/2000

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Marcelo Rebelo de Sousa

«A ponto de o sr. Marcello Nuno Duarte Rebello de Souza ser insistentemente acordado, altas horas da noite, no Monte Estoril, por telefonemas do célebre soprano dramático Bianca Castafiore que lhe faz. de (...)»

Página 14 "A Funda" volume 6 de Artur Portela Filho (1975)

+

Revista Imprensa (2002)

«Tu tens oito, dez, doze anos...

Não perdes um livro do Harry Potter e já estás à espera do próximo.

Gostas de heróis da tua idade, gente mexida, com ideias, atrevida, que arrisca e quer mudar o mundo.

Achas que consegues meter nesse grupo de amigos, que admiras, o Jaime?

Ele tem a tua idade mais ano, menos ano, é português e tem tudo para ser mais um dos teus heróis. E usa uma arma poderosa, tão poderosa que todos já a provaram um dia, para tirar uma dor, fazer esquecer um problema, colar uma cadeira, até remendar um buraco: uma pastilha elástica.

Isso mesmo! O Jaime quer ser o teu herói com uma pastilha elástica. Conseguirá?

Tu é que decides se ele merece ser, para ti, o que foram para mim muitos que já não chegaste a conhecer, ou que hás-de ouvir falar qualquer dia: a Mafaldinha, O Astérix e o Obélix, e especialmente o Tintin. O Tintim era endiabrado. Só que demorou muito tempo a gostar de pastilha elástica.»

Marcelo Rebelo de Sousa

2002 -  Apresentação do novo livro de Manuel Arouca

Segunda aventura de Jaime, o Pastilha Elástica, uma vez mais contra o terrível Cabeça de Abóbora e a sua trupe de animais ao serviço do mal. Entre castelos assombrados, aviões da Segunda Guerra Mundial, grutas profundas de vulcão, terras maravilhosas onde todos são felizes ou cenários gelados da Antártida, desenrola-se uma aventura durante a qual a sobrevivência de grandes áreas do planeta Terra é posta em risco, incluindo Baía, a terra do nosso herói e da sua família


terça-feira, 20 de agosto de 2013

Tintin No Congo




O problema deste “Tintin no Congo”, de 1946, é que NÃO É um produto da sua época, mas antes um falso produto da sua época, e mesmo independentemente disto é uma obra medíocre. O verdadeiro produto da sua época e da idade do seu autor é a primeira versão, de 1929, obra absolutamente deliciosa, quase obra prima. A versão de 1946 (que posteriormente também teve correcções – pelo menos uma) é um erro crasso. Insistir na reedição desta e não na outra é como alguém que cresceu fisicamente continuar a comportar-se e a falar como criança.

Manuel Caldas, 16/02/2012 08:51

(...) Infelizmente, se bem que entenda que poderá haver da parte de quem colocou a questão da primeira forma poder estar a ter outros interesses menos elevados, e na verdade os tribunais não poderem estar a legislar sobre a História de uma determinada forma, a verdade é que "Tintin no Congo" não é uma obra totalmente desprovida de questões éticas muito problemáticas. Não poderás negar que É, sem sombra de dúvida, um produto do seu tempo, significando com isso um instrumento da propaganda própria de uma Bélgica colonialista e que cria profundamente na missão civilizacional do Cristianismo numa suposta "selvagem" África. Além do mais, o Congo nem era colónia belga, mas pessoal do rei! E todos os tintinófilos sabem que a famosa vinheta em que Tintin ensinava aos congoleses a "sua" capital, Bruxelas, na versão portuguesa (igualmente num período áureo e reforçado do nosso próprio colonialismo), passava a ser sobre a capital "Lisboa". Só na segunda versão do álbum é que passou a ser uma aula de matemática. Mas muitos dos outros aspectos que continuavam a mostrar a "superioridade" do bonzinho e branco belga Tintin (há maus brancos na história, mas vejam-se de perto) mantêm-se e isso é insustentável nos nossos dias. Claro que não gostaria de ver nem a obra "truncada" nem "censurada" por decisão judicial, pois isso não é forma de educar sobre a História. Mas cabe-nos a nós, leitores de segundo grau, ter algum cuidado em querer dizer que a obra é totalmente inocente do que a acusam.

Toda a História está cheia de obras, umas menores outras maiores, que têm passagens que se tornam problemáticas em termos éticos e políticos numa outra época posterior. Isso é um dos aspectos que nos torna sempre possivelmente "um pouco melhor" que o passado (se bem que todos teremos sempre os erros das nossas próprias épocas). Não é razão para negar a História ou fazer desaparecer esses textos, mas é sim para os ler criticamente e inseri-los no seu tempo, percebendo em que eram moral e eticamente fortes e onde fracos. "Tintin no Congo", tal como outros álbuns do Hergé, têm os seus aspectos fracos.

Pedro Moura, 12/02/2012 20:17

(...)

Pois bem, enquanto símbolo, precisamente, deve fazer parte dos discursos de uma nação pensarem profundamente sobre o que é que eles representaram num determinado momento e o que eles podem representar no futuro. "Branquear" a história é sempre perigoso, sem dúvida, mas querer apagar a utilização de Tintin enquanto instrumento de um determinado tipo de propaganda ideológica é exactamente isso. E pouco importa ao próprio Hergé ou aos seus paladinos dizerem que ele não fazia trabalho ideológico, pois não há pior ideologia do que aquela que não se vê a si mesma...

Não nos podemos esquecer que Tintin, claro, é uma personagem fictícia e, mais, de vários livros, alguns dos quais foram sendo refeitos em vários aspectos. Mas apontar ao "Tintin no Tibete" ou ao "Carvão no Porão" e querer que os valores aí expressos passem para todos os outros livros, ocultando a relativa ignorância que se apresenta em "O Templo do Sol", o posicionamento político conservador liberal em "Entre os Pícaros" ou os mais antigos, é um exercício de pura preguiça mental.

Atenção, nós não estamos isentos deste exercício enquanto portugueses. Sempre que oiço alguém fazer rasgados elogios dos "Descobrimentos" ou de como "abrimos mundos ao mundo", sinto um arrepio na espinha por essas mesmas pessoas se esquecerem do que isso significou enquanto história do esclavagismo, e dos crimes que isso implicou. Aliás, em muitos dos comentários em torno da acção deste cidadão do Congo, um pouco pela internet, a cabeça do racismo aparece de imediato, usualmente pintalgada de uma estúpida ignorância da história colonial, que criou as bases precisas pela miséria em que muitos desses países hoje vivem, e que servem somente para que os "brancos" não compreendam porque é que os africanos não aproveitaram a nossa "missão civilizadora". É nestas atitudes que se apanham nas curvas os ignorantes perigosos.

Ora, "atacar" Tintin não é assim tão displicente como isso. Há matéria suficiente para o estudar, no contexto da sua época, e demonstrar como era de facto um trabalho conservador em varias dimensões. O contraste tem de ser feito com outros trabalhos gráficos do mesmo espaço europeu e que revelavam princípios bem mais atentos ao sofrimento dos outros, à condição de subalternos e á necessidade de combater pela dignidade humana universal. Apelar ao facto de que o "tintin" era simplesmente uma revista infantil, logo, que não valia a pena fazer um trabalho mais sério, é areia para os olhos. Não quer isto dizer que tenhamos agora que queimar livros em praça pública, mas pelo menos encetar estas discussões e não proclamar de forma final que "Tintin não é racista" (ou que "Tintin é racista"). Mais, o facto de um autor se desculpar mais tarde não dirime as responsabilidades da obra, que fica. A banda desenhada está cheia de representações negativas do Outro (veja-se o livro de Frederik Strömberg, "Black Images in the Comics" para apanhar de tudo, de McCay a Eisner, de Tezuka a outros... o problema é que a representação redutora de África continua hoje a ser feita na banda desenhada mais comercial) e é preciso apontar o dedo.

(,,,)

Pedro Moura14/02/2012 08:36

(comentários retirados do blog Leituras do pedro)

sábado, 8 de junho de 2013

Grande leilão ligado ao universo de Tintin este sábado

Cerca de 500 lotes de objetos ligados ao universo de Tintin, incluindo uma prancha de "A Estrela Misteriosa" e esboços raros, são leiloados no sábado, pela casa Artcurial, em Paris, foi hoje divulgado.

"Esta pode ser a nossa última venda de material de Hergé, devido à falta de mercadoria. A 'gama alta' é cada vez mais difícil de encontrar", disse à agência France Presse Eric Leroy da Artcurial, que organiza o 15.º leilão dedicado a Tintin em 20 anos.

"Existe uma grande paixão por Hergé, o artista mais caro da banda desenhada, a quem chamamos o Van Gogh da BD", disse ainda.

Em junho de 2012, o recorde do mundo para uma obra de Hergé foi obtido com uma capa em guache de "Tintin na América", vendida por 1,3 milhões de euros.~

Álbuns e esculturas integram o leilão, que propõe um esboço em grafite para "Tintin no Tibete" (1959), o álbum preferido de Hergé e o mais procurado, avaliado em 140.000 euros.

Um outro esboço, de "Perdidos no Mar" (1958), é proposto pelo mesmo valor, enquanto um terceiro de "As Joias de Castafiore" (1963) está avaliado em 50.000 euros.

A prancha original em tinta-da-china de 1942 de "A Estrela Misteriosa" tem o preço estimado de 160.000 euros.

A obra de Hergé "atravessa o século XX, de 1929 a 1983", lembrou o responsável da Artcurial. "Nascemos com imagens de Tintin, morremos com imagens de Tintin!", comentou Eric Leroy, ao assegurar que a personagem conta com um "mercado de colecionadores ávidos".

Lusa, publicado por Ricardo Simões Ferreira

in Diário de Notícias

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Calendário Timtim

A tabacaria-papelaria de Lisboa editou um calendário de 1977 com as figuras do Tintin e Milou.



quarta-feira, 22 de maio de 2013

Pintadinho ou Tournesol?

No último fim-de-semana, ao ler no suplemento "Actual" do Expresso as comemorações do centenário do nascimento do Hergé (para quem não sabe, o autor do Tim-Tim), voltei umas décadas atrás à descoberta da banda desenhada que fiz nos anos 50 (teria sido em 1952?) nas páginas do "Cavaleiro Andante", uma revista que todas as semanas nos dava em episódios várias histórias de heróis que nos faziam esperar continuação na semana seguinte. O "Templo do Sol" do Tim-Tim foi uma das primeiras, a que se seguiram "Da Terra à Lua" e outras tantas.

Os jornais dão-nos agora conta da ligação entre Hergé e Adolfo Simões Muller que viria a ser o director do "Cavaleiro Andante" e que para esta revista herdou os direitos que detinha da anterior revista "O Papagaio" onde Tim-Tim foi publicado pela primeira vez em Portugal.

Mas o mais curioso é que para mim, só muitos anos depois, quando conheci os álbuns do TinTim, a Milou deixou de ser a Rom-Rom, o Capitão Haddock deixou de ser o Capitão Rosa e o Professor Tournesol deixou de ser o Professor Pintadinho. Porque todos os nomes de todos os personagens tinham uma versão portuguesa nesses tempos do "Cavaleiro Andante".

JPF, 22/05/2007

Reviver heróis da juventude

A Pública, distribuída aos domingos com o Público, fez-me no último domingo recuar uns bons anos (diria melhor umas décadas) ao recordar os livros de Emílio Salgari. E de repente vieram-me à memória as aventuras de Sandokan e de outros dos heróis cujas histórias se liam na altura: Texas Jack, Buffalo Bill, o Capitão Morgan. E também as incontornáveis revistas semanais do Cavaleiro Andante e do Mundo de Aventuras onde conheci o Tintin, o Blake e Mortimer e o Flash Gordon entre tantos outros. Cujas histórias se iam desenvolvendo todas as semanas pois cada página da revista era dedicada a uma história que continuava na semana seguinte...

JPF, 26/04/2007

O blog terminaria em Novembro de 2007 após o falecimento de JPF.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Cinema e BD - Na sombra de Hergé

O blogue BDBD publica um texto interessante referente às adaptações da obra de Hergé ao cinema.


Só de passagem, lembramos aqui, essa aparatosa e repulsiva obra cinematográfica spielberguiana (obrigado, Manuel Caldas, por teres compreendido a nossa opinião nada frouxa) que foi o filme "Tintin e o Segredo do Licorne". Um desastre, uma traição!...
Muita gente sabe, e também muita gente não sabe, que há outros três filmes (longas metragens) feitos anteriormente.
Em Cinema de Animação (incorrectamente insultado como "Desenhos Animados"), "Tintin e o Lago dos Tubarões", e com o actor belga Jean-Pierre Talbot, digno, fisionómicamente, após alta pesquisa, com parecenças que não traíssem o aspecto de "Tintin". 
Com este "actor" belga aconteceram apenas duas fitas (uma terceira, ao que consta, ficou apenas idealizada...): "Tintin e o Mistério do Tosão de Oiro" e "Tintin e as Laranjas Azuis".
Agora, vamos lá por partes, sem vaidades intelectualóides:

TINTIN E O LAGO DOS TUBARÕES, foi realizado em 1972, na versão de Cinema de Animação, por Raymond Leblanc e com argumento de Michel Régnier, ou seja, o famoso argumentista Greg (amigo pessoal de Hergé).
Em cima do acontecimento (mesmo assim, o filme que estreou em Portugal no ex-Cinema Condes de Lisboa, era fraco...), esta fita foi directamente adaptada para álbum de Banda Desenhada. E foi publicada, entre nós, sob o denodado empenho de José Luís Fonseca (a propósito, que é feito deste "editor" consciente?!).
O álbum esgotou e, quando a Verbo o quis reeditar, tal foi imbecilmente proibido pelos "patrões hergeanos" da Bélgica!...
Entretanto, ainda nos anos 60 (dos nossos passados recentes milénio e século), surgiram os dois únicos filmes com actores de carne-e-osso.
O problema maior foi o "descobrir" um "Tintin"!... Foram bem aturadas as devidas buscas, até que, numa praia de Ostende (Bélgica), ele lá estava! Tratava-se do jovem desportista Jean-Pierre Talbot, singularmente aproximando-se de como idealizaríamos um "Tintin" de carne-e-osso! Foi, correcto, o actor certo (mesmo que algumas mentes frouxas tal o contestem) para ser um "TINTIN"!
Tais filmes foram: "Tintin et le Mystère de la Toison d'Or" ("Tintin e o Mistério do Tosão de Oiro" - com cenas rodadas na Grécia e na Turquia) e "Tintin et le Mystère de les Oranges Bleues" ("Tintin e as Laranjas Azuis" - rodado parcialmente em Espanha)...
Antes de prosseguirmos, fazemos notar que Hergé não foi tido e quase não achado nos argumentos destes três filmes. Apenas autorizou que usassem os seus personagens. Bravo, Hergé!...

Mas... e Jean-Pierre Talbot?
Pois, nasceu na belga Spa a 12 de Agosto de 1943. Foi na praia belga de Ostende (Bélgica), quando era monitor desportivo, que ele foi "descoberto" para ser... "Tintin". Apresentado a Hergé, este aceitou-o de imediato, pois era fisicamente, um "Tintin" perfeito, um Tintin ado-adulto, não mais uma criança de temerárias atitudes...
Nestes dois filmes, apenas dois actores foram os mesmos: Jean-Pierre Talbolt (Tintin) e Max  Eloy (o mordomo Nestor) e, em ambos, o argumentista  fundamental foi André Barret.
Em 1961, foi realizado "TINTIN ET LE MYSTÈRE DE LA TOISON D'OR" (Tintin e o Tosão de Oiro) por Jean-Jacques Vierne, donde se destacam as interpretações do grande actor clássico francês Georges Wilson (1921-2010)  como "Comandante Haddock" e ainda, Charles Vanel, em participação especial, como "Padre (Ortodoxo) Alexandre" e Georges Loriot como "Professor Tournesol".

Em 1964, Philippe Condroyer, realizou "TINTIN ET LE MYSTÈRE DES ORANGES BLEUES" (Tintin  e o Mistério das Laranjas Azuis)... que quase deu num fiasco. O argumento não pegou. O talento do actor Jean Bouise (1929-1989), como "Comandante Haddock", foi aqui muito apalhaçado... No primeiro filme "Tournesol" é vivido pelo actor Georges Loriot e no segundo pelo actor espanhol Félix Fernandez, onde aparece também a tremenda Bianca Castafiore, interpretada por Jenny Orléans.

Estes três filmes, apesar da sua discutível qualidade, não deixam ser importantes e fundamentais no coleccionismo dos verdadeiros tintinófilos... Ora, pois!
De qualquer modo, para tristeza nossa, tais respectivos DVD's só se encontram em França, Bélgica, Luxemburgo, Suíça... pois, entre nós, nem a "francesa" FNAC os consegue importar!... Uma lástima de todo incompreensível!
Quanto aos respectivos álbuns-BD, directamente adaptados dos filmes, mesmo nos mercados francófonos, são caras raridades....
  
Recordamos, em "fim-de-festa", que... "O Templo do Sol", na Bélgica, foi triunfalmente adaptado a opereta (e gravado, mas num esgotadíssimo DVD) e, há poucos anos, também foi levado ao Teatro (não sabemos se há alguma gravação em DVD de tal espectáculo), na Suíça, a narrativa tintinesca "As Jóias da Castafiore".

sábado, 23 de março de 2013

Cartoon de Antero

Publicado no blogue «A educação do meu umbigo» em Agosto de 2008. Aproveitando a capa da extinta revista Tintin, Antero parodia a entrega dos computadores Magalhães.


sexta-feira, 22 de março de 2013

Em fascículos

O Tintin, claro: era jovem, tinha um cabelo engraçado e uma profissão que me parecia espectacular. Corria mundo - o que era ainda mais espectacular - e vivia as mais espectaculares aventuras, incluindo ir à lua. Acompanhei algumas destas façanhas através de álbuns que não eram meus, mas lembro-me muito bem do Tintin em versão cinco minutos que dava na RTP depois do Telejornal. Ouvíamos o sinal sonoro - "Les aventures de Tintin, d"après Hergé" - e morríamos para o mundo durante aqueles minutos, que nos pareciam sempre tãaaaaaaaao curtos.

Algures nos anos 90, O Independente fez uma daquelas colecções em fascículos com algumas aventuras do Tintin. Às vezes eu perdia O Independente, por isto ou por aquilo, mas quando começaram a sair os fascículos não perdi um único. (Chamem-me antiquada, jurássica ou coisas parecidas, mas confesso que já tenho saudades de uma bela colecção por fascículos - é mais ou menos a mesma coisa que estar à espera dos episódios semanais da Anatomia de Grey, que é um prazer que eu não dispenso.)

Bom, os fascículos do Tintin: fui dar com eles no escritório lá de casa, já meio amarelecidos, ordenados cronologicamente dentro da capa dura, mas à solta. Pois: eu adorava as colecções de fascículos, mas muito raramente as mandava encadernar.

Já perceberam, portanto, que, não sendo eu uma fanática da BD, tenho um herói preferido. Claro que o Corto Maltese tem muito charme - e não dispensei a Fábula de Veneza numa recente incursão à cidade italiana - mas o Tintin há-de ser sempre o Tintin: foi ele que me levou ao país dos sovietes, ao Tibete, a Sidney e ao Templo do Sol.

Tintin e Corto Maltese serão os heróis que mais dizem ao grande público. Mas Carlos Pessoa - ele sim, um aficionado e entendido em BD - andou a vasculhar os seus álbuns e apresenta-nos na edição de hoje sete grandes viajantes dos quadradinhos. São eles Blake e Mortimer, Johnny Hazard, Max Fridman, Cuto, Jonathan, Tintin e Corto Maltese. "A maior parte dos heróis dos quadradinhos são incansáveis caminhantes que atravessam os continentes enfrentando inimigos, desafios e provações", escreve Carlos Pessoa.

Esta semana, portanto, viajamos aos quadradinhos. E a partir de Junho, cortesia do PÚBLICO, isto é para levar à letra: a colecção Rotas e Percursos da BD vai-nos deixar descobrir as grandes cidades mundiais na companhia dos heróis das pranchas.

Não pode ser em fascículos? Não? Pois...

Sandra Silva Costa, Público,  19 de Março de 2011


sábado, 16 de março de 2013

José Ruy e Tintin

Numa homenagem aos heróis da BD do século XX, o dinamizador do blog «Divulgando BD», Geraldes Lino, convidou cerca de uma centena de artistas portugueses para desenharem uma história do herói preferido.  José Ruy, um dos decanos da BD portuguesa, escolheu a criação de Hergé, Tintin.
As pranchas serão recolhidas no derradeiro número (o #6) do fanzine Efeméride, cujo um número foi dedicado exclusivamente a Tintin.


in blog Divulgando BD

Tintin no blogue «O Menino Triste»

Assinalando os 30 da morte de Hergé, João Mascarenhas concebeu um pastiche com o Tintin e o seu companheiro Milou.


in blog O Menino Triste

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Voo 714

«O voo 714 para Sidney, da Air Kunilingus, não se esparramou todo no oceano porque não calhou. Ainda não devia ter a hora marcada.»

Início do conto «A mulher que se portava mal nos aviões», incluído no livro de Luís Graça «A Mulher que Fazia Recados às Putas e Mais Contos Perversos» (edição do autor, 2007)

http://floresta-do-sul.blogspot.com/2007/06/comeos-prometedores-1.html

domingo, 27 de janeiro de 2013

Tintin nos Simpsons

Hoje no canal Fox passou um episódio (o 10º da 21ª temporada) da série de animação «Os Simpsons» em que aparecem o Tintin e o seu amigo Capitão Haddock. Uma vez mais, os americanos pensam que o Tintin é francês!


quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Livros de autocolantes

As edições ASA lançaram em 2003 dois livros de autocolantes reutilizáveis.

Tintin Em Moulinsart


Tintin no Mar


Edições ASA

Dois álbuns de pequeno formato, com autocolantes reutilizáveis, que servem de base para divertidos jogos de observação e são um desafio à imaginação de cada um, ao mesmo tempo que permitem aos mais novos (e aos muitos fanáticos da obra de Hergé) (re)criarem cenas, diálogos e episódios das mais marcantes aventuras de Tintin, Milu, Haddock Tournesol e dos restantes companheiros que preencheram o imaginário de sucessivas gerações.

Pedro Cleto, JN, 10/01/2004

Autocolantes reutilizáveis

Autocolantes reutilizáveis / Hergé. - 1ª ed. - Porto : Asa, 2003-. - v. : il. ; 25 cm. - [1º v.]: Tintin no mar. - [16] p. [2º v.]: Tintin em Moulinsart. - [16] p. - A partir dos 5 anos. - ISBN 972-41-3238-2. - ISBN 972-41-3239-0

Link persistente: http://id.bnportugal.gov.pt/bib/bibnacional/1159013