TINTIN FESTEJA ANIVERSÁRIO NA BIBLIOTECA PÚBLICA DE BRAGA
Chegou ao conhecimento da Biblioteca Pública de Braga a notícia de que o conhecido repórter Tintin festejou no passado dia 10 de Janeiro [de 1999] o 70º aniversário do seu nascimento.
Dado tratar-se de uma figura extremamente conhecida, frequentadora assídua das estantes e das salas de leitura da biblioteca e que confraterniza sobretudo com os seus jovens leitores, a BPB decidiu homenagear Tintin.
Para tal, promoveu a realização de uma exposição bibliográfica e documental, o que não seria possível sem a colaboração da Associação Juvemedia e do seu delegado em Braga, dr. Miguel Coelho.
Na exposição "70 anos de Tintin" patente no átrio do Salão Medieval de 20 de Janeiro a 12 de Fevereiro, serão apresentadas as publicações periódicas portuguesas que publicaram as aventuras de Tintin e, naturalmente, os seus álbuns em várias línguas.
Será igualmente apresentada alguma bibliografia sobre Tintin e Hergé, o criador deste herói da banda desenhada, bem como diversos artigos surgidos na imprensa assinalando a efeméride e ainda alguns objectos relacionados com o mais famoso reporter de todos os tempos.
Espera-se que os admiradores de Tintin que, como diz a publicidade, é apreciado pelos leitores dos 7 aos 77 anos, venham à Biblioteca Pública de Braga felicitá-lo pelo seu aniversário.
Tintin aguarda-vos no átrio do Salão Medieval, nos dias úteis, de 20 de Jan. a 12 de Fev., das 9 às 12.30 h e das 14 às 19 horas.
BPB, 19/01/1999
Com o JuveBêdê quase a completar dois anos e o ânimo alcançado com o prémio atribuído na Amadora, continuámos a publicar álbuns em destaque, criando aqui um espaço para os livros publicados fora de portas. O 26.º Festival de Angoulême e os 70 anos de Tintin mereceram aqui uma presença relevante, nomeadamente o herói de Hergé, que foi alvo de uma exposição Bibliográfica consagrada a este especial aniversário, realizada em Braga pela Associação Juvemedia. Nesta edição começou também uma nova rubrica, a Juve Galeria, onde se passou a publicar desenhos de conhecidos autores, oferecidos à equipa e aos leitores do JuveBêdê. O autor de destaque e entrevistado foi o português Diferr. Dele é também a imagem da capa e uma banda desenhada de três páginas no interior.
JuveBêdê nº 10, Março de 1999
Revista Fórum N.º 25 (1999)
151-173 PDF
A propósito dos 70 Anos de Tintim
Autores: Miguel Coelho
Resumo
Tudo começou em 1907, quando a 22 de Maio nasceu Georges Prosper Remi Remi (é mesmo assim que se escreve!) em Etterbeek (nos arredores de Bruxelas), no seio de uma família católica, mas não devota. Frequentou, a partir de 1920, o Colégio Saint-Boniface, onde aderiu ao grupo de escuteiros. A revista dos «escutas» do colégio (Jamais assez) desde logo começou a contar com as suas ilustrações e, em 1922, o mesmo sucedeu com a revista dos escuteiros belgas (Le Boy Scout), onde assinava G. Remi. Posteriormente, Georges Remi passou a assinar os desenhos com as iniciais trocadas (R. G.), tendo finalmente passado para Hergé, em Dezembro de 1924.
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Bibliografia
É muito vasta conforme se poderá ver nesta exposição bibliográfica. De destacar desde logo "Le Monde d'Hergé" (de Benoît Peeters), que constitui uma excelente oportunidade para conhecermos um pouco mais da vida de Hergé e percebermos o contexto em que cada álbum foi realizado. "Le Haddock illustré" (de Albert Algoud), é o dicionário dos insultos que o Capitão Haddock utiliza e que o tornaram tão famoso! Assim, bachi-bozuk não é mais do que um soldado mercenário do antigo exército turco e ectoplasma é a capa externa do citoplasma das células. Vasta a cultura deste velho lobo do mar! "Le musée imaginaire de Tintin" (organização de Bob de Moor e Michel Baudson) permite-nos ver os objectos, nomeadamente os mais exóticos, que serviram de inspiração aos decors das várias aventuras, e como se realizou uma prancha de "Tintim e os Pícaros", desde o rascunho à arte final, observando todos os passos da sua execução que, neste caso e curiosamente, Hergé fez a mais e que nunca saíu publicado. Há ainda uma breve lição de chinês para os leitores de "O Lótus Azul".
(..)
70 anos depois
… muito já foi dito e escrito sobre este fenómeno, que gera paixões à escala planetária. Hergé sempre se definiu como um contador de histórias para crianças, mas cujo semi-realismo atraiu o interesse de muitos adultos. Tintim representa uma importante visão do nosso século que, permanece, em muitos casos, bem actual. Hergé foi ainda percursor do estilo Linha Clara (designação criada em 1977 pelo holandês Swarte, referente ao desenho elegante e depurado, de linhas bem definidas), que fez escola e de que ressaem Edgar P. Jacobs (seu grande amigo e que é a outra grande referência da Linha Clara), Bob de Moor, Ted Benoit, Floc'h, entre outros.
Citando Benoît Peeters "(…) o mistério permanece contudo quase por inteiro e o fascínio não é desmentido. Há vários anos que Hergé nos deixou. Tintim, por sua parte, está hoje mais vivo que nunca."
Texto da Juvemédia (ler completo no link)
ÁTRIO DO SALÃO MEDIEVAL DA BIBLIOTECA PÚBLICA
Largo do Paço - tel. 601192
A partir de 18 de Janeiro
9.00/12.30 - 14.00/19.30h
OS SETENTA ANOS DE TINTIM
Organização: Juvemédia
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