quinta-feira, 13 de novembro de 2025

Manuel João Ramos

 

O Major Alverca foi primeiro uma banda desenhada que fiz com o Rui Zink no Independente, e depois um conjunto de crónicas que viemos a publicar na Dom Quixote. Depois, passei a fazer um follow-up, Alverquinha, também no Independente. No total, foram 4 anos de desenhos e textos todas as semanas.

A Dom Quixote esteve para publicar as bandas desenhadas mas desistiram e perderam várias das pranchas, sem me pedir sequer desculpa.

É pena, porque era uma banda desenhada bastante louca. Entre outras coisas, destruímos as Torres Gémeas 8 anos antes da al-Qeida. 

Também fizemos várias coisas na revista Kapa.

O companheiro do Major Alverca, o Ângelo, é. literalmente, o Tintim quando se mascara de sobrinho do Oliveira da Figueira.

E sim, fui eu que fiz o Trumpintin.

MJR

quarta-feira, 12 de novembro de 2025

O Caso Tornesol



(Revista Tintin, Portugal, 1969/1970)
 

Foi adiado o lançamento da edição especial de "O Caso Girassol" com base na revista Tintin. As edições internacionais devem ser todas iguais mas seria interessante que a edição portuguesa pudesse ter as informações sobre o aparecimento desta aventura no nosso país.

A primeira edição foi logo em 1957 na revista "Cavaleiro Andante" com  o título de "O Caso da Arma Secreta".


Curiosamente na edição da Revista Tintin portuguesa (1969/1970) teve o nome de "O Caso Tornesol" que foi o nome do professor nessa aventura. Já no filme da Belvision foi usado o nome "O Caso Tournesol". Mas ficou "O Caso Girassol" que era usado nas edições em álbum da Record (a partir de 1970) e nas posteriores edições lançadas em Portugal.

Também foi publicada no Diário de Notícias, em 1973, com o nome "O Caso do Invento Secreto".

O Caso Girassol (L'affaire Tournesol)

Álbuns: Record (Rio de Janeiro, 1970); Difusão Verbo (Lisboa, 1992); Círculo de Leitores (Lisboa, 2001); Público (Lisboa, 2004); Companhia das Letras (São Paulo, 2007) ASA (Lisboa, 2011)

Revistas: Cavaleiro Andante (O Caso da Arma Secreta) #270 de 2 de Março de 1957 ao #331 de 3 de Maio de 1958; Tintin (O Caso Tornesol) #27/2º ano de 29 de Novembro de 1969 ao #52/2º de 23 de Maio de 1970

Jornais: Diário de Notícias (O Caso do Invento Secreto) (21 de Janeiro de 1973 a 21 de Maio de 1973)

+

A distribuição dos álbuns de "O Caso Girassol: Edição Especial" (versão em português), prevista para 18 de Novembro, foi cancelada devido a problemas técnicos. Houve um problema técnico com algumas páginas e que por isso dificultava bastante a leitura do texto.

O cancelamento da distribuição desta edição especial teve repercussões internacionais, afectando todas as editoras que planeavam lançá-la nas respetivas línguas. De momento não há uma data de lançamento para esta edição.

SINOPSE

Quando chegou o momento de lançar a O Caso Girassol, Hergé reorganizou o seu método de trabalho. Em gabinetes fora de sua casa, em Bruxelas, o criador de Tintin acaba de instalar uma pequena equipa dedicada à realização dos cenários e da coloração.

Marcada pelo contexto da guerra fria, esta nova história inspira-se, com brilhantismo, nas fontes das histórias de espionagem, sem negligenciar as reviravoltas – por vezes, burlescas – que caracterizam As Aventuras de Tintin.

A versão original de O Caso Girassol, pré-publicada na revista Tintin de 23 de dezembro de 1944 a 22 de fevereiro de 1956, difere substancialmente da edição definitiva, nomeadamente, com as suas últimas vinte pranchas, expostas em páginas duplas, à italiana, oferecendo uma encenação espetacular da resolução do enredo.

Cuidadosamente restaurado a partir dos arquivos do desenhador, todos os elementos são reunidos, pela primeira vez, num álbum, acompanhado de um dossiê histórico profusamente ilustrado, e onde se reconstroem os bastidores da criação da aventura mais hitchcockiana alguma vez imaginada por Hergé. 

Editora: Asa

Categorias:

Livros > Banda Desenhada

Data de lançamento: 18-11-2025

Ano: 2025

ISBN: 9789892366777

Número de páginas: 96

Casaco: Casaco duro

https://www.almedina.net/as-aventuras-de-tintin-o-caso-girassol-1762394684.html

Nesta edição especial meticulosamente elaborada de O Caso Girassol, redescobrimos, quase setenta anos depois, a versão original desta aventura, publicada na revista Tintin, que difere consideravelmente da forma como a conhecemos até agora, particularmente nas últimas vinte páginas. Este álbum, passado durante a Guerra Fria, combina de forma primorosa elementos de romance de espionagem, sátira e espionagem científica, tudo num ritmo alucinante que demonstra, mais uma vez, o domínio de Hergé tanto do lápis como da caneta. A aventura mais hitchcockiana do artista belga inclui um dossier informativo que expande o contexto histórico deste episódio e relata também o restauro das ilustrações originais e o envolvimento da equipa dos Estúdios Hergé. (tradução do espanhol)

https://www.tintin.com/fr/albums/l-affaire-tournesol#







sexta-feira, 7 de novembro de 2025

As Jóias de Elisabete

Nas eleições legislativas de 2022 a cantora lírica Elisabete Matos surgiu em segundo lugar da lista por Braga do PS, tendo sido eleita deputada à Assembleia da República. No entanto, nunca assumiu o mandato por exercer as funções de diretora artística do Teatro Nacional de São Carlos, tendo renunciado ao mandato a 22 de setembro de 2022. (wikipédia)

Foi encontrada por acaso a ligação porque a referência ao livro As Jóias de Castafiore não é das mais óbvias.

Movimento de Humor, 01/02/2022


- sugere-se que ocasionalmente experimentem as tags/categorias em cada post para verem posts semelhantes (por vezes pode haver tags idênticas como neste caso)

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terça-feira, 4 de novembro de 2025

Tintim vive

 Autor: Derradé - Título do episódio: "Tintim Vive"

Tintim junta-se aos Bad Summer Boys numa interpretação rock da ária das Jóias (?).


segunda-feira, 3 de novembro de 2025

O Homem do Rio

Em finais de 1935, inicia-se no "Le Petit Vingtiéme", mais uma aventura de Tintin. Desta vez parte para a América do Sul, onde vai viver movimentadas peripécias num pais imaginário – San Theodoros – onde conhecerá 2 generais, Alcazar e Tapioca que alternam no poder. (...)

Tintin parte à procura de uma estatueta Arumbaya, roubada (logo no início da historia) de um museu. Mais tarde, na década de 60, Philippe de Broca, baseia-se nesta aventura para criar o mais “tintineano” filme de aventuras realizado, - "O Homem do Rio", com Jean Paul Belmondo - mesmo incluindo aqueles com a figura de Tintin e desempenhados por J. P. Talbot. A ver (ou rever) com urgência!

Em Portugal aparece no número 247, de 04/01/1940 de "O Papagaio" com o título de "O Mistério da Orelha Quebrada". A aventura cobre todo o ano de 1940, finalizando no número 298 de 26/12/40.

Mais tarde o semanário Tintin reinicia a sua publicação a partir de 13/10/1973 com o título "A Orelha Quebrada".

As editoras brasileiras Flamboyant e Record tinham já editado o álbum na segunda metade dos anos 60 desta vez com o título "O Ídolo Roubado". Mais recentemente a Verbo publicou-o como "A Orelha Quebrada".

Alberto Gonçalves, 27/03/2004

O HOMEM DO RIO

ESTREIA : 15/10/1964 CINEMA SÃO JORGE

- com lotações esgotadas entra em 2ª semana  e depois na 3ª semana -

Uma estatueta brasileira da civilização malteca é roubada ao Musée de l'Homme, em Paris. Fazia parte de um grupo de três estátuas, trazidas por três exploradores: o Professor Catalan (Jean Servais), que trabalha no Musée de l'Homme, o tragicamente falecido Professor Villermosa e André de Castro, um rico empresário brasileiro. O professor Catalan é raptado em frente ao museu. O soldado Adrien Dufourquet testemunha o rapto da sua noiva Agnès Villermosa, filha de um famoso etnólogo. Vai em busca dela, o que o leva ao Brasil...

A imaginação de Philippe de Broca foi expressa nos seus primeiros filmes num estilo ainda imbuído da Nouvelle Vague. Sem fazer realmente parte do movimento, a sua forma de dinamizar o romance e o marivaudage clássico ("Les Jeux de l'Amour" e "Le Farceur" (1960)) fazia parte do mesmo desejo modernista. Com "Cartouche" (1962), um grande filme de aventuras históricas, era possível adivinhar a reviravolta mais popular que libertaria as obras seguintes. "O Homem do Rio" estabelece, assim, uma ponte ideal entre o De Broca inicial e o De Broca mais abertamente mainstream do resto da sua carreira, onde a energia artística da Nova Vaga colide com um horizonte mais vasto, com fuga e grande aventura.

O filme nasceu inicialmente de um projeto de adaptação de Tintim, no qual De Broca esteve envolvido (após a saída de Alain Resnais, inicialmente prevista), mas o realizador rapidamente se apercebeu dos limites de uma transposição literal das vinhetas de Hergé e deitou a toalha ao chão. Em vez de uma adaptação verdadeira, considerará uma história original onde poderá misturar o seu próprio tom com a energia e o estilo das aventuras de Tintim. Uma estadia no Rio com Jean-Paul Belmondo para a promoção de "Cartouche" impôs-lhe imediatamente na mente esta estrutura para o futuro filme e, após uma longa sessão de argumento com o seu colaborador regular Daniel Boulanger e o seu amigo Jean-Paul Rappeneau, que ainda não tinha assumido a realização, "L'Homme de Rio" viu gradualmente a luz do dia.

A influência de Tintim é evidente, quer em termos visuais, narrativos ou narrativos. O roubo inicial da estatueta, a silhueta do ladrão e o cenário do Musée de l'Homme levam-nos imediatamente de volta a "A Orelha Quebrada". Os raptos e, mais tarde, a busca pelas estatuetas e pela maldição que as envolve, remetem, obviamente, para o díptico "As Sete Bolas de Cristal"/"O Templo do Sol".

O empréstimo mais belo, porém, será esta energia frenética e a velocidade da história e, da mesma forma que Hergé conseguia levar-nos de uma Europa acinzentada às terras mais exóticas em duas páginas e muitas aventuras, De Broca deixa Paris para o sol do Brasil em vinte minutos de introdução ideal.

Numa linha narrativa perfeita e clara, todas as informações e caracterizações das personagens são feitas num movimento perpétuo e jubiloso. Vai do mais explícito (o passado dos estudiosos, as três estátuas) ao mais subtil (o olhar furtivo e ligeiramente lascivo de Jean Servais sobre Françoise Dorléac, que nos permite suspeitar vagamente do que lhe acontecerá a seguir) e podemos sentir o toque de Jean-Paul Rappeneau, já tão hábil em casar anarquia e construção rigorosa. O casal Jean-Paul Belmondo / Françoise Dorléac traz o toque romântico adulto e atrevido que torna tudo tão brilhante.

Em vez do piegas Tintim, Belmondo estaria mais próximo de um Capitão Haddock juvenil, com este herói francês e rabugento dedicado a dois objectivos: salvar a sua noiva e regressar a tempo da sua licença em Paris.

É neste filme que nasce "Bébel", o herói ousado e debochado, mas mais do que o mecânico indestrutível dos anos seguintes, a sua silhueta frágil e elástica traz realmente este lado irresistível de banda desenhada/cartoon, fazendo-o levantar-se de cada queda, ripostar contra adversários muito mais imponentes. Françoise Dorléac está adorável como uma donzela caprichosa em perigo e as trocas tempestuosas entre o casal a meio da ação são uma delícia do início ao fim.

De Broca leva-nos numa viagem pelo cativante Brasil dos anos 60, explorando com igual brilhantismo a urbanidade moderna (com a sua quota-parte de edifícios de alta tecnologia) e os ambientes operários mais fervilhantes e festivos, mas também a natureza exótica e colorida (o lado da banda desenhada também não é esquecido, como o falso crocodilo à espera de Belmondo durante a sua aterragem de paraquedas). De Broca multiplica as aventuras e os ambientes com rara inventividade, sem nunca se cansar graças a pausas cómicas ou piadas em abundância (o carro cor-de-rosa com estrelas verdes!).

Este movimento perpétuo retoma também o princípio da linha clara que orienta o guião. Veremos que na sua perseguição frenética, Jean-Paul Belmondo terá sempre de seguir em frente para alcançar os malvados raptores de Françoise Dorléac.


Outra grande influência de "L'Homme de Rio" é a banda desenhada de inspiração belga, com Hergé e o seu Tintin à cabeça. Relembre-se nomeadamente "L'Oreille Cassée / O Ídolo Roubado", livro no qual o filme vai colher muita da sua inspiração, mas grande parte das sequências fazem lembrar situações de outras obras de Hergé.

Ambientado em locais exóticos (o Brasil é o cenário exótico por excelência para os franceses), a obra de Philippe De Broca (1933-2004) prenuncia de alguma forma a onda de aventuras que haveria de rebentar muitos anos depois pelas mãos de Steven Spielberg, quando este criou a personagem de Indiana Jones e o fez viver mil peripécias, como nos bons tempos dos serials americanos, onde o herói se vai encontrando sempre em situações cada vez mais difíceis e perigosas. Aliás, honra lhe seja feita, Spielberg nunca escondeu a grande influência que este filme teve na criação do seu arqueólogo aventureiro. 

O Rato Cinéfilo



IMDB


ESTE É UM FILME DE MOVIMENTO, E O MOVIMENTO É A LINGUAGEM DO CINEMA. O HOMEM DO RIO É, PORTANTO, UMA OBRA CINEMATOGRAFICAMENTE CERTA... (Diário Popular)

ESPECTÁCULO VIVO, DINÂMICO (Século)

CINEMA-DIVERTIMENTO A SUSCITAR PLENAMENTE A MELHOR DISPOSIÇÃO E AGRADO AO PÚBLICO (Diário Da Manhã)

...NÃO LHE FALTAM QUALIDADES PARA IMPOR-SE COMO UMA OBRA DE REAL MÉRITO (Diário De Noticias)

domingo, 2 de novembro de 2025

L'Oreille Cassée


Apaixonado que sempre fui e assim continuo, deixo aqui memória do "L'Oreille Cassée" (o nosso "O Ídolo Roubado"), o sexto episódio da saga (1937), o qual sinto como um dos melhores livros (...).

Escolho este álbum e esta vinheta também por duas razões, mais "políticas". Pois nas últimas décadas têm surgido um conjunto de "denúncias" ao racismo em Tintin, emanadas dos contextos da esquerdalhada básica e emitidos por feixes de intelectuais de pacotilha. Li alguma dessa tralha, até lusa. Não vou elaborar muito sobre isso, nem sequer invocar o óbvio anacronismo dessas lérias. Apenas recupero este "L'Oreille Cassée": aqui surge este Ridgewell, explorador amazónico que há muito desaparecera e que vive entre os Arumbayas. O qual é um evidente proto-Haddock (que só aparecerá 4 anos depois, no "O Caranguejo das Tenazes de Ouro"), na forma vulcânica e desabrida com que trata os seus (amer)índios circundantes, tal e qual Haddock o fará em todos os outros contextos (em particular junto do séquito de Moulinsart). Sobre esta patente similitude, de enorme significado sobre as concepções antropológicas de Hergé, então ainda abaixo dos 30 anos, nada li em todas as lérias botadas nos "papers" e "conferências" dessa esquerdalhada "denunciatória". Pois desmontar-lhes-ia, por completo, as "academices" de treta com as quais vão fazendo currículos e cativando interesses de outros imbecis.

Um outro traço do "L'Oreille Cassée" explica este actual "Cancel Tintin". Pois Alcazar e Tapioca, os patuscos generais, já estão em frenético conflito. Como o estarão 40 anos depois, quando o já quase septuagenário Hergé publicou a última aventura completa, "Tintin e os Pícaros". E de facto é este livro - um sarcástico monumental pontapé nas ladainhas guevaristas e terceiro-mundistas, então tão em voga - que promove o "denuncionismo" de agora. Não é a candura colonial ou a deriva anticapitalista dos vinte aninhos de Hergé em "Tintin no Congo" e "Tintin na América". É mesmo a sua madura, pertinente e artisticamente genial refutação dos mitos que alimentam esta actual triste tralha identitarista - "pós" ou "decolonial".

José Pimentel Teixeira, Delito de Opinião, 10/01/2022

quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Tertúlia BD de Lisboa

A Tertúlia BD de Lisboa começou em junho de 1985 por iniciativa de Geraldes Lino.

A Tertúlia BD de Lisboa promove reuniões na primeira 3ª feira de cada mês, ultimamente no restaurante Entre Copos de Lisboa, com a participação de 20 a 40 aficionados de banda desenhada entre os quais se encontram autores (desenhadores, argumentistas/guionistas, coloristas, arte-finalistas e legendadores), editores (profissionais e amadores), fanzinistas, coleccionadores, livreiros, alfarrabistas, mas também simples leitores.

A tertúlia inicia-se às 20 horas e termina sempre três horas e picos mais tarde. Divide-se em três partes: 1) jantar; 2) sorteio de BD; 3) homenagem a um autor consagrado (ou veterano com obra realizada há muitos anos) e incentivo a um autor mais novo.

Esta tertúlia formaliza as suas homenagens aos consagrados com a entrega de um Diploma de Honra e os incentivos aos novos da BD também com um diploma menos formal.

Um fanzine da Tertúlia de BD de Lisboa que conta a respectiva história entre 1985 e 2019 foi lançado em Junho de 2019. Foi realizado em memória de Geraldes Lino e com coordenação de Jorge Machado Dias.

A Tertúlia completou 40 anos de existência em junho de 2025.

PÁGINA NO FACEBOOK https://www.facebook.com/tertuliabddelisboa

Em 2006 chegou a ser feita uma versão digital da Tertúlia BDZine (www.tbdz.net) mas cujo domínio não foi renovado:

O Daniel Maia construiu um site para o TERTÚLIA BDzine, o fanzine da Tertúlia BD de Lisboa por altura do 21º aniversário desta. Mas a coisa tardava em arrancar. Agora sim, já está! Com a ajuda de uma série de malta ligada a sites e blogues conhecidos e referenciados pelo Daniel no dito site, estão lá os TBDzines todos desde o nº 1.

Mas a coisa não se fica pelo TBDZ, fala da Tertúlia, o seu historial, Notícias frescas ligadas a ela, mais uma série de painéis com interesse a quem queira conhecer a Festa Mensal dos Bedéfilos deste país à beira mar plantado (e no geral tão mal amanhado...)

Vale a pena dar uma vista de olhos, não só porque a colecção é histórica, como a sua passagem para a net já fazia falta.


 «Caso único no panorama nacional, a Tertúlia BD de Lisboa, criada e coordenada pelo eminente Geraldes Lino, celebra hoje o seu 21º aniversário. Para comemorar a ocasião, foi preparada uma surpresa para todos os tertúlianos e leitores de BD do país.

A Tertúlia BD de Lisboa e o seu anfitrião, Geraldes Lino, estão de parabéns. Celebra-se hoje o seu 21º ano de existência e de reunião ininterrupta, comemoração que terá lugar em local extraordinário, mas situado perto do Parque Mayer; zona que tem sido a centro nevrálgico destes encontros mensais ao longo dos anos. Assim se marca duas décadas de rendez-vous bedéfilos, iniciados em 1985 de forma a preencher o vazio deixado pela descontinuação dos convívios regulares do Clube Português de Banda Desenhada.

Chamando a si a responsabilidade de estabelecer pontes entre os vários protagonistas do meio, ou ávidos consumidores e coleccionadores, bem como entre estes e as novas gerações de autores e leitores, Geraldes Lino criou o que hoje é já uma “instituição”, promotora de dinamismo cultural e encontro de ideias e pessoas, que em muito contribuiu para a moderna bd portuguesa. Com um percurso que chega a confundir-se com a evolução desta, o encontro foi palco da estreia e primeiros passos na área de muitos actuais valores da nossa bd, assim como foi local de justa distinção a vários dos mais veteranos criadores/editores do século passado.

De forma a prestar a devida homenagem à data, e contribuir para uma nova dimensão da Tertúlia, que tem vindo a aumentar a sua influencia em anos recentes, propus-me preparar uma surpresa para anunciar no encontro aos participantes, e aqui nos websites de informação aos restantes leitores do país. Tal como no acto transacto o 20º aniversário foi marcado pela edição do “TBDZ Arquivo 20 – Marte 2205” (edição especial de 12 páginas a cores, produzido em técnica 3D por Cris Lou (arg.), João Mascarenhas (des.) e Gastão Travado (3D)), este 21º dará inicio à era digital da Tertúlia, com a inauguração na internet de um QG dedicado à publicação regular desta, o “slimzine” Tertúlia BDzine, de modo a que a já vasta história desse fanzine e a da própria Tertúlia não se percam no tempo.

Premiado duas vezes como Melhor Fanzine pelos prémios Zé Pacóvio e Grilinho do FIBDA (2003 e 2004), e uma vez pelos Troféus Central Comics (2004), o Tertúlia BDzine mantém o recorde para mais duradouro e regular edição amadora nacional, tendo recentemente passado até a marca dos 100 números; número esse que só será apresentado em Julho para dar espaço à edição especial de aniversário deste mês, o Tertúlia BDZine Boletim!»

Daniel Maia, 06/06/2006

logo no nº3, Out. 1993, [do Tertúlia BDzine] há um divertido cartune [de Zé Manel] alusivo à Tertúlia BD de Lisboa e ao bigodudo e pencudo organizador. (GL)


Tertúlia BDzine

Como meio de divulgação da Tertúlia BD de Lisboa é editado aperiodicamente, desde Janeiro de 1992, o fanzine "Tertúlia BDzine", que é distribuído gratuitamente a todos os participantes. Nas dezenas de números já editados, foram publicadas bandas desenhadas de tema livre, mas também dedicadas a temas específicos, como foi o caso das homenagens a Tintim, aos "Peanuts" e ao "Spirit". No ano 2000, o organizador da tertúlia decidiu recriar o imaginário da ficção científica, propondo aos desenhadores participantes naquela associação informal para realizarem bedês sob o título "Super-Heróis no Ano 3000". Em 2001, novo tema foi lançado: "3001 Odisseia no Futuro". E já está na mente do "tertuliano-mor" aproveitar o facto de a "Wonder Woman" ter surgido em Dezembro de 1941, para desafiar jovens autoras de BD a criarem episódios dedicados às "Super-Heroínas no Ano 3000", a partir de Dezembro de 2001. 









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(aparece uma referência a Milou)
número extra - 25 anos - junho 2010

quarta-feira, 29 de outubro de 2025

Foguetão


Num foguetão igual a este fui à lua, derivei para marte e ainda trouxe o Tintin, Capitão Haddock e Milou de volta à Terra.

Avenida EUA, Bairro de Alvalade | arquivo CM Lisboa

Aquilino Machado, 10/01/2019

Tintin

Lembro-me muito bem deste foguetão também fui muitas vezes à lua nele! Morava mesmo em frente... (Maria Paula Cayatte Azevedo)

Também "Viajei muito" neste foguetão que via todos os dias da janela do meu quarto e que dava para as traseiras da minha praceta. Muitos anos mais tarde, a minha filha ainda brincou nele! Hoje, infelizmente, já não existe; assim como os baloiços de ferro e os jogos "da macaca" em pedra. (Isabel Nunes Borges)

sexta-feira, 24 de outubro de 2025

Tintin em Portugal


Numa iniciativa do GICAV (Grupo de Intervenção e Criatividade Artística de Viseu), a Exposição «O MUNDO DE TINTIN» da Fundação Hergé, estará patente na Feira de São Mateus em Viseu até ao próximo dia 19 de Setembro [de 1993].

A iniciativa só se tomou possível através do interesse e apoio dos Serviços Regionais do Instituto da Juventude e da Câmara Municipal de Viseu.

O Grupo de Viseu que ainda há bem pouco levou a efeito as suas jornadas de Banda Desenhada onde tem homenageado vários artistas nacionais, tem desenvolvido um trabalho meritório na divulgação das histórias em quadrinhos, tornando Viseu um polo privilegiado da BD em Portugal, acolhendo pela primeira vez na Península Ibérica esta exposição sobre um dos heróis mais populares da banda desenhada, TINTIN.

A exposição, que estará patente no pavilhão C da Feira de S. Mateus, cobre uma superfície de 91 m2 e é constituída por quatro células de 16 m2 cada, com uma altura total de 2 metros e 75.


As quatro salas estão divididas por temas, onde poderemos encontrar os vários elementos que constituíram o universo fascinante das aventuras de Tintin e Milou. Na primeira sala poderemos encontrar os personagens que continuam a entusiasmar leitores em todo o mundo, como o capitão Haddock, o professor Tournesol, a soprano Castafiore ou os detectives Dupond e Dupont. A sala seguinte pretende mostrar os variados locais por onde as aventuras de Tintin nos transportaram. Na terceira sala, encontraremos os mais variados sinais da aventura. Por fim na sala 4, encontraremos a evocação de todo o trabalho de Hergé na criação de uma história aos quadradinhos, a partir do material do «Voo 714 para Sidney», recentemente editado [pela primeira vez] em Portugal pela Verbo.

Um momento a não perder para todos aqueles que admiram a Banda Desenhada e a obra de Hergé em particular.

FG (Francisco Baptista Gil), Algarve Região, 02/09/1993

ver também 

https://zenodo.org/records/7954378


https://www.cienciavitae.pt/D817-E011-0B9A