quinta-feira, 25 de abril de 2024

Diário de Notícias

O Diário de Notícias começou a publicar tiras diárias de "As Aventuras de Tim-Tim" a partir de Dezembro de 1971.

Em 25 de Abril de 1974 estava a ser publicado o episódio "A Ilha Negra" que foi publicado entre 01.02.1974 e 07.06.1974. Curiosamente a revista Tintin começou a publicar esta aventura, na sua terceira versão, em 18/05/1974.

No Diário de Notícias foram publicadas 11 aventuras entre 1971 e 1982.

https://tintinemportugal.blogspot.com/2011/06/tintin-no-jornal-diario-de-noticias.html

https://tintinofilo.weebly.com/diaacuterio-de-notiacutecias.html

terça-feira, 23 de abril de 2024

Júlio Isidro entrevista Tintin


No programa "jet 7" nº 180, de 15/01/2000, com apresentação de Sofia Sá da Bandeira deu vários depoimentos dedicados a Júlio Isidro e deu uma imagem antiga com um bonito pastiche com várias personagens de Hergé e uma referência ao programa "Passeio dos Alegres". 

https://arquivos.rtp.pt/conteudos/jet-7-parte-i-179/


Outra imagem mas em más condições é de um programa da década de 1990 em que foi convidado John Cale e em que apareciam desenhos de Tintim.


quinta-feira, 18 de abril de 2024

História Com Siza

A versão a preto e branco.

Desenhada em Abril de 1989.

Publicada no nº50 (28 Abril 1989) de "O Independente" (suplemento "Vida 3").

A versão a cores e sem texto.

Desenhada em Janeiro de 1992 e pintada em Junho de 1993.

Publicada no catálogo da exposição "A Mala",

editado pela Bedeteca de Lisboa em 1998.

Pavilhão Carlos Ramos da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto. Porto, Portugal, 1986-1996 (fonte)

«pouca gente (ou mesmo ninguém) sabia que o edifício era do Siza. eu achei graça à fachada com cara de Tintin.» Pedro Morais



segunda-feira, 15 de abril de 2024

Em nome de Quim

 

As Jóias de Alexandra Reis - 2023

Facebook Joaquim Carvalho



1404

TimTim ainda é vivo. Milu já não. Detetado por camaras num hipermercado na Bélgica a comprar produtos portugueses depois da subida da inflação.

2022

quinta-feira, 11 de abril de 2024

quarta-feira, 10 de abril de 2024

Na pista de Tim-Tim

 


Tintim, Milou e os Dupond(t) aparecem na história "Na pista de Tim-Tim", da autoria de dois autores portugueses, publicada em "O Papagaio" #569-#616; no período entre 7 de Março 1946 e 30 de Janeiro 1947.

Autores: Diniz de Oliveira (texto) e Rodrigues Neves (desenho)

Dados Biográficos de José Rodrigues Neves - Arquitecto, Pintor, Cartonista

Natural de Portalegre, onde nasceu a 27 de Abril de 1921, José Rodrigues Neves estudou Pintura e Arquitectura, e nesta disciplina se diplomou, na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa. 

Foi professor na Escola de Artes Decorativas António Arroio, assim como noutros estabelecimentos de ensino. Fez parte do Gabinete de Estudos e Planeamento Turístico, e dos quadros técnicos das Câmaras Municipais de Lisboa, Cascais e Portalegre.

Pintor, a óleo e aguarela, teve várias exposições, na sua cidade natal e em Lisboa.

Estreou-se na Banda Desenhada em 1941, no inicio do Diabrete, em jeito humorístico. Colaborou, a par de António Barata, na decoração de "O Faisca", prosseguindo no semanário O Papagaio (1945), para onde desenhou as histórias aos quadradinhos "A Garra Secreta" e "O Colar de Lady Norma", com argumentos de Artur Varatojo, bem como "Aventuras do Pardal Pardalão", com versos de Carlos Cascais, entre muitas outras. Deve atribuir-se-lhe, pelo menos em parte, "Na Pista de Tim-Tim", com texto de V. Diniz de Oliveira, curiosa apropriação de um herói famoso da BD.

O melhor de Rodrigues Neves encontra-se nas três HQ didácticas que ilustrou para livros do Ensino Técnico de Virgílio Couto - "Odisseia", "Marco Polo" e "De Angola À Contra-Costa" - recolhidas também pela revista Auditorium (1947-50). 

Encontram-se ilustrações suas na revista Renascença, em diversos livros de arte ou científicos. 

Faleceu em Lisboa a 8 de Agosto de 1983. 

Facebook

(ver outra biografia, da autoria de António Martinó Coutinho, no blog largodoscorreios.wordpress.com)

Rodrigues Neves, como criador de banda desenhada, e ainda muito jovem, deixou obra em alguns dos mais representativos títulos da especialidade na época, como Diabrete, O Faísca e O Papagaio. Embora esta actividade ligada aos quadradinhos tenha sido curta, praticamente entre 1941 e 1948, dos 20 aos 27 anos de idade, a sua obra pode hoje ser recordada entre os nomes que ficaram registados na galeria dos criadores nacionais. Com efeito, se consultarmos qualquer obra de qualidade sobre a BD portuguesa, Rodrigues Neves é aí citado de forma positiva pelo seu válido contributo para a 9.ª Arte. Os mais conceituados estudiosos e ensaístas da historiografia dos quadradinhos lusos - António Dias de Deus, Leonardo de Sá, Carlos Gonçalves, João Paulo Paiva Boléo ou Carlos Bandeiras Pinheiro, entre outros- incluem Rodrigues Neves na listagem dos mais notáveis autores desses “heroicos” anos 40.

António Martinó de Azevedo Coutinho


Capa apócrifa de "O Papagaio" nº 540 de 16/08/1945 com desenho de Rodrigues Neves. 

"A estrela misteriosa" terminou nessa edição regressando as aventuras de Hergé, após a publicação de "Na pista de Tim-Tim", para a sua última aventura na revista: "O Segredo da Licorne" (publicada do #617 de 06/02/1947 ao #679 de 15/04/1948).

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domingo, 7 de abril de 2024

Desenho de José Abrantes

Jose Abrantes: Depois digam que sou normal!

Maria Antonia Amaral: Onde está a anormalidade do desenho? Só se for no Milou um pouco envelhecido!

Jose Abrantes: E no tamanho desmesurado do cão, e nas "entradas" do rapazinho...

(Facebook) 20/09/2016

 


 

quinta-feira, 28 de março de 2024

Cartaz do Maia BD de 2024

O Tintin e o Capitão Haddock estão representados no cartaz do Maia BD (24 a 26 de Maio), com autoria de Jorge Coelho e com design de Nuno Lourenço Rodrigues.



quarta-feira, 27 de março de 2024

Tintim No Armário


António Mega Ferreira, NS. Notícias Sábado

Guardei este recorte, mas não escrevi a data. Penso que saiu no Notícias Sábado.

MR, 2011 http://prosimetron.blogspot.com/2011/10/proposito-de-tintim.html


quinta-feira, 21 de março de 2024

Festa do Tintin


No dia 30/03/1980, pelas 10h00, realizou-se a festa do Tintin, no cinema Roma, com a presença de Vasco Granja, onde foi apresentado o filme "Eu, Tintin" e outros desenhos animados conhecidos. Os bilhetes poderiam ser obtidos gratuitamente nas Lojas Bertrand com a apresentação de um exemplar da revista Tintin nº 46,

(anúncio publicado na revista Tintin nº 45 de 1980)

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EU, TINTIN (1976)

O documentário "Eu, Tintin" estreou em Portugal, no cinema Estúdio, em 21/03/1980 pelas 21h30.

O filme indispensável para entender Tintin
para os pais dos leitores de Tintin
para quem nunca leu Tintin
para quem tem saudades de Tintin

contado por Hergé o criador de Tintin

O documentário "Eu, Tintin" (Moi, Tintin) de 1976 pode ser visto no youtube.

https://www.youtube.com/watch?v=njFOTn5muMw&t=4141s

e a apresentação está no site da INA

https://www.ina.fr/ina-eclaire-actu/video/cpa7705410401/moi-tintin



Data de 1976 "Moi, Tintin" e é um documentário sobre o universo de Tintin e a figura de Hergé, o seu criador. Realizado por Henri Roanne e Gérard Valet, o filme cruza entrevistas com notícias narradas e factos reais.

[internacionalmente] Teve lançamento em VHS e, desde 2007, uma edição em DVD.

https://sound--vision.blogspot.com/2011/10/mes-tintin-spielberg-16-caca-do-tesouro.html

sexta-feira, 15 de março de 2024

Diabrete

um dos vários originais de Fernando Bento presentes na exposição do CPBD de 2016 - capa para a revista Diabrete

DIABRETE

Prop. da Empresa Nacional de Publicidade. Director: A. Urbano de Castro (até ao nº 19 de 17 de Maio de 1941) & Adolfo Simões Muller (deste esta data até ao final). Editor: M. Nunes de Carvalho. 22,5x33,5 cm e 18,5x24,5 cm. 887 números. Enc. em XVII vols.

A revista Diabrete começou a sua publicação a 4 de Janeiro de 1941 tendo deixado de existir em 1951. 

É sem dúvida uma das que mais marcaram o universo visual juvenil do Estado Novo e a única publicação rival do Mosquito. 

In-libris

«(...) Tintin fez uma transferência de arromba para o Diabrete (que há muito o cobiçava), onde viveu uma nova era de popularidade e glória.

Sob a direcção de Adolfo Simões Müller, escritor, pedagogo e poeta, que também fora o principal responsável pelo aparecimento de Tintin n’O Papagaio (e pela primeira vez a cores!), o Diabrete publicou três das melhores aventuras do jovem e dinâmico repórter que até tinha, em versão francófona, um jornal com o seu nome: “O Ceptro de Ottokar” (estreada no nº 594, de 09/03/1949), “O Tesoiro do Cavaleiro da Rosa” (idem, no nº 703, de 25/03/1950) e “As 7 Bolas de Cristal” (iniciada no nº 809, de 31/03/1951, e terminada no nº 887, de 29/12/1951, em que o Diabrete se despediu dos seus leitores).

Todas elas fizeram as delícias dos jovens desse tempo, que as desfrutavam em dose dupla, semanalmente, nas páginas do “grande camaradão”, e de um ou outro adulto que, por curiosidade, folheava também as revistas dos filhos. O famoso herói de Hergé teve ainda o condão de inspirar a Fernando Bento, cuja fantasia gráfica o consagrou como um dos mais talentosos desenhadores do Diabrete, duas capas que merecem figurar na galeria das curiosidades avidamente procuradas por muitos tintinófilos.

Em ambas, respeitantes aos nºs 784, de 3/1/1951, e 807, de 24/3/1951 — a falta de numeração, nas capas, é um dos lapsos mais frequentes do Diabrete —, estão presentes Tintin, Milou (baptizado de Rom-Rom, como n’O Papagaio) e alguns dos seus companheiros, a par de outros heróis da revista, reconhecendo-se, por exemplo, as figuras de Bob e Lambique, protagonistas do clássico de Willy Vandersteen “Le Fantôme Espagnol” (que, no Diabrete, tomou o título de “O Mistério do Quadro Flamengo”).

Os nossos agradecimentos a José Menezes (autor de magníficos estudos sobre O Papagaio e o Diabrete), por nos ter enviado a imagem da capa do nº 593, que serviu de introdução às aventuras de Tim-Tim e Rom-Rom no Diabrete. Reparem que está assinada por Hergé e que difere substancialmente da capa do álbum da Casterman (1939).»

O Gato Alfarrabista, 20/01/2014

Em 1941 Adolfo Simões Müller abandonou “O Papagaio”, por divergências com Abel Varzim, e fundou uma nova revista juvenil, “O Diabrete” (4 de Janeiro de 1941- 29 de Dezembro de 1958). Müller chegou a escrever a Hergé para conseguir ficar com os direitos de publicação de Tim-Tim na nova revista, mas não o conseguiu, pelo que essa série continuou a ser publicada n’”O Papagaio”.

Contudo, conseguiu adquirir os direitos de uma outra série, até aí nunca publicada em Portugal, que nasceu depois do Tim-Tim também na revista “Le Petit Vingtiéme”, a série humorística Quick e Flupck, que será publicada no “Diabrete” entre 5 de Janeiro de 1941 e 10 de Outubro de 1943, com a designação de “Tropelias do Trovão e do Relâmpago”. 


Entretanto, com o fim d’”O Papagaio” em 1949, Simões Müller conseguiu adquirir os direitos de Tim-Tim, publicando três aventuras no “Diabrete”, a primeira “O Ceptro de Ottokar”, com a designação de “Aventuras de Tim-tim e Rom-Rom”, entre 9 de Março de 1949 e 18 de Março de 1950, seguindo-se mais duas aventuras, “O Tesouro de Rackham, o Vermelho”, aportuguesado para “O Tesoiro do Cavaleiro da Rosa”, entre 25 de Março de 1950 e 21 de Março de 1951, e “As 7 Bolas de Cristal”, entre 4 de Abril de  e 29 de Dezembro de 1951, ficando a publicação desta aventura incompleta, devido ao facto de o “Diabrete” ter interrompido a sua publicação nesta data, ao fim de  553 edições.

Até ao início da década de 1960, Adolfo Simões Müller manteve os direitos da edição do Tintin em revistas portuguesas por si editadas, como aconteceu com o “Cavaleiro Andante” (1952-1962), o “Foguetão” (1961) e o “Zorro” (1962-1966).


Na revista Diabrete podemos encontrar os seguintes desenhos de autores portugueses alusivos ao universo de Tintin:

FERNANDO BENTO

#594 e alguns seguintes; 9 Março 1949; Banda Título; Tintim e Milou; Fernando Bento

#784; 3 Janeiro 1951; Capa; Tintim, Milou, Dupond(t), Tournesol e Haddock; Fernando Bento


#807;
24 Maio 1951; Capa; Tintim, Milou e Tournesol; Fernando Bento

MARCELLO DE MORAIS

#867; 20 Outubro 1951; Margens da história «7 bolas de cristal»; Tintim, Milou, Dupond(t), Tournesol e Haddock; Marcello de Morais

#885; 22 Dezembro 1951 - Jogo para crianças; Tintim e Haddock; Marcello de Morais

AVENTURAS

- "O ceptro de Ottokar" (#594 de 9/03/1949 ao #701 de 18/03/1950)

- "O tesoiro do cavaleiro da rosa" ("O tesouro de Rackham, o Terrível") (#703 de 25/03/1950 ao #806 de 21/03/1951) 

- "As 7 bolas de cristal" (#809 de 31/03/1951 ao #887 de 29/12/1951).


https://tintinofilo.weebly.com/diabrete.html


segunda-feira, 4 de março de 2024

Lago dos Tubarões

TINTIN E O LAGO DOS TUBARÕES, foi realizado em 1972, na versão de Cinema de Animação, por Raymond Leblanc e com argumento de Michel Régnier, ou seja, o famoso argumentista Greg (amigo pessoal de Hergé). Em cima do acontecimento (mesmo assim, o filme que estreou em Portugal no ex-Cinema Condes de Lisboa, era fraco...), esta fita foi directamente adaptada para álbum de Banda Desenhada. E foi publicada, entre nós, sob o denodado empenho de José Luís Fonseca.

O álbum esgotou e, quando a Verbo o quis reeditar, tal foi imbecilmente proibido pelos "patrões hergeanos" da Bélgica!...

FILME

Filme estreado originalmente em 13/12/1972. 

O filme estreou nos cinemas portugueses apenas em 18 de dezembro de 1980, no idioma original francês e legendado em português. A estreia foi nos cinemas Odeon e Alvalade.


Há uma edição em VHS com essa versão.

A dobragem portuguesa foi realizada em 2004 para a transmissão do filme na 2: (atualmente, RTP2) do dia 24 de Dezembro desse ano.

«Um documentário, intitulado Pavarotti - O Último dos Tenores, é a proposta alternativa da 2 para a noite da Consoada, a partir das 22.30. (...) Outras propostas. Os mais novos não foram esquecidos pela 2 que lhe oferece duas emissões do Zig-Zag de manhã, entre as 7.30 e as 12.15, e à noite, a partir das 19.15. Durante a manhã apresenta dois especiais de Natal Peanuts, com a grande dupla Charlie Brown e Snoopy e restantes amigos, e Um Desastre de Bruxa. Depois do almoço, às 14.45, será apresentado o filme de animação Tintin e o Lago dos Tubarões.» DN

Curiosamente em todos os filmes estreados em Portugal, de 1961 a 1980, o nome que aparece escrito nos cartazes é sempre Tim-Tim.

http://casacomum.org/cc/visualizador?pasta=06834.184.28734#!19

http://casacomum.org/cc/diario_de_lisboa/dia?ano=1980&mes=12

http://casacomum.org/cc/visualizador?pasta=06834.184.28924#!27

EDIÇÃO EM ÁLBUM


- Apenas foi editado em Português de Portugal no ano de 1999 através da Difusão Verbo e depois reeditado com o Público. -

O álbum do filme de animação com o mesmo nome. Com argumentos de Greg e produção de Raymond Leblanc, o episódio conta uma aventura em que Rastotopoulos rouba uma máquina de duplicar objectos a Girassol. Tintim, com a ajuda de duas crianças (Niko e Nuxka), recupera a máquina, apesar dos vários perigos a que se sujeitam.

Álbuns: 

Record (Rio de Janeiro, 1975); Difusão Verbo (Lisboa, 1999); Público (Lisboa, 2004)

Revistas: 

Tintin #20/9º ano de 2 de Outubro de 1976 ao #41/9º ano de 26 de Fevereiro de 1977  

No jornal belga "Le Soir" e no "France Soir" foram publicadas tiras diárias a preto e branco entre dezembro de 1972 e janeiro de 1973. A versão de fotos a cores do filme de desenho animado, adaptadas a A4, foram publicadas no "Journal Tintin" e depois em álbum.

Álbum de 44 páginas produzido pelos Studios Hergé.

CROMOS

Houve duas edições de cadernetas de cromos em Portugal.

Uma caderneta foi lançada em 1973 pela Agência Portuguesa de Revistas e distribuído pela A.F. Victor, de Lisboa. Com 28 páginas, 182 cromos e um poster central. Em 1983 a Distri Editora e a RGE lançaram uma caderneta em formato mais pequeno, com 36 páginas e com 182 cromos autocolantes.



1973

TINTIN E O LAGO DOS TUBARÕES

Caderneta com 182  cromos retratando o episódio «O lago dos tubarões». Contém um poster a cores de Tintin e Milou.

Preço da caderneta 12$50

Os cromos para colar na caderneta encontram-se à venda em todas as livrarias e tabacarias

Cada envelope contêm três cromos a cores e custa 1$00 cada um

Edição da A.P.R. - Agência Portuguesa de Revistas

Distribuição de A. F. Victor, Rua Nova do Loureiro, 14 - Lisboa

28 páginas, 233x340 mm

https://tintinofilo.weebly.com/o-lago-dos-tubarotildees.html

1983

TINTIN E O LAGO DOS TUBARÕES

Colecção com 182  cromos autocolantes retratando o episódio «O lago dos tubarões».  Os cromos eram vendidos em saquetas de três.

Distri Editora Soc. Editora. Lda, -  Lisboa

36 páginas, 205x270 mm (mais pequeno do que a caderneta de 1973)

Preço da caderneta 40$00

Saqueta com três cromos autocolantes - 7$50

https://www.tintimportintim.com/2015/10/tintim-no-cinema-o-lago-dos-tubaroes.html


-- novas imagens cedidas por Fernando Marques (cartaz, chapa e caixa com carteiras)

O lago dos tubarões  (Tintin et le lac aux requins), 1972, Tintin #20 a#41/9º ano; Álbum Difusão Verbo [1997]; Álbum Público [2004]

https://biblobd.blogspot.com/2017/12/tintin-ensaio-de-quadriculografia.html

TIM-TIM E O LAGO DOS TUBARÕES (cinema, 1980)
TINTIM E O LAGO DOS TUBARÕES (álbum, 1975, 1999, 2004 revista 1976)
TINTIN E O LAGO DOS TUBARÕES (cadernetas 1973, 1983, vhs)


domingo, 3 de março de 2024

O Templo do Sol



Sucesso animado na televisão leva a 'O Templo do Sol' no cinema

Em 1969, surge a primeira animação de longa metragem baseada num álbum de Tintim.

Entusiasmados pela boa recepção feita aos sete desenhos animados realizados para televisão, sob o título-chapéu "Les Aventures de Tintin", e que passaram em Portugal na RTP, os estúdios Belvision convenceram Hergé a fazer uma longa-metragem animada, com base num dos álbuns originais de Tintim. 

A escolha recaiu em "O Templo do Sol", tendo Hergé sido o autor do argumento original, no qual trabalharia também Greg, entre outros colaboradores. Os acontecimentos de "As Sete Bolas de Cristal", o álbum que "O Templo do Sol" continua, foram condensados no início do filme e narrados por uma personagem parecida com o próprio Hergé. 

A Belvision não se poupou a despesas nesta primeira adaptação em longa metragem de animação de uma aventura de Tintim, tendo inclusivamente encomendado uma canção a Jacques Brel. O filme, uma co-produção franco-belga, foi uma boa aposta comercial, pelo que Hergé e a Belvision ainda fariam um segundo , embora já não com base num álbum. Seria "Tintim e o Lago dos Tubarões".

Artigo do DN, 12 dezembro 2009

Pela 1a vez em Portugal o primeiro grande desenho animado a cores de 

TIM-TIM E O Templo do Sol

Condes às 14h15 16h30 e 18h45

O filme estreou em Portugal, no cinema Condes, propriedade da Castello Lopes, no dia 23/12/1970.


wikipedia



http://casacomum.org/cc/diario_de_lisboa/dia?ano=1970&mes=12

http://casacomum.org/cc/visualizador?pasta=06807.157.25258#!9

Agora que se cumpre o centenário do nascimento de Hergé, não queria deixar de agradecer-lhe (onde quer que esteja) por tudo aquilo que me deu. No meu quinto aniversário, eu e os amigos tivemos direito a um visionamento de «Tintim e o Templo do Sol» no cinema Dicca, em Lourenço Marques. Nunca esqueci a primeira vez em que os desenhos ganharam para mim movimento e o eclipse do Sol salvou a vida dos meus heróis, ou a bola de fogo transportando a múmia de Rascar Capac. Os álbuns (ainda em capa dura com chancela da Casterman) já eu coleccionava e seguia apaixonadamente as aventuras do repórter do Petit Vingtiéme. Um repórter que não escrevia uma linha, valha a verdade, mas isso nada retirava ao interesse das suas aventuras.

Algures depois do 25 de Abril, comecei a coleccionar as revistas editadas pelo Vasco Granja - com uma constante simpatia e disponibilidade - e Diniz Machado. (...)

João Villalobos Terça-feira, Maio 22, 2007

CROMOS

A caderneta de cromos (... uma Aventura de Tintin - O Templo do Sol) tinha aparecido alguns meses antes numa promoção entre a Editorial Ibis e os refrescos Royal. Eram 108 cromos, distribuídos em 18 carteiras, com imagens do filme. 

A caderneta foi composta e impressa nas oficinas gráficas da Editorial Ibis. Curiosamente na caderneta era usado o nome Tintin (escrito tal e qual como na revista homónima aparecida por cá em 1968) mas nos cinemas mantinha-se Tim-Tim.


Para pedir a caderneta era preciso pedir à Editorial Ibis.

(imagem Facebook / Luís Abreu)

REFRESCOS ROYAL

2 litros de frescura em 10 sabores diferentes apresentam a aventura completa  de Tintim - O Templo do Sol

Blog Na Terra do Nunca:

Houve alturas, antes, muito antes da ASAE, em que os refrescos em pó tinham muita saída. Não sei se fariam mal à saúde, mas o inquestionável é que sabiam muito bem! Ainda para mais quando nos ofereciam esta excelente oportunidade de completar uma magnifica colecção de cromos.
O filme O Templo do Sol, adaptado dos álbuns As Sete Bolas de Cristal e O Tempo do Sol, tinha saído há pouco tempo [o filme original é de 1969 mas em Portugal a caderneta antecedeu a estreia do filme] e esta caderneta, que eu tenho completa, foi mais uma óptima maneira da Royal nos refrescar! 

Publicada por Pan, Na Terra do Nunca, 10/09/2008

https://cybersparky.blogspot.com/2013/07/caderneta-tintin-e-o-templo-do-sol-7000.html

- cartaz da exibição em Coimbra, imagem cedida por Fernando Marques - 

A aventura apareceu em 26 de setembro de 1946, no nº 1 da revista semanal belga "Tintin". Em álbum foi editado em 1949. O filme de animação foi lançado em 1969. Há ainda um musical de 2001.

O templo do sol (Le temple du soleil), 1946, Cavaleiro Andante #1 a #86; Jornal Diário de Notícias de 29.10.1974 a 27.03.1975; Tintin #4 a #37/12º ano; Álbum Difusão Verbo [1990]; Álbum Círculo de Leitores [2001]; Jornal Independente [1993]; Álbum Público [2004]; Álbum ASA [2011]

https://biblobd.blogspot.com/2017/12/tintin-ensaio-de-quadriculografia.html

AVENTURAS DE TIM-TIM: O TEMPLO DO SOL (Cavaleiro Andante, 1952; DN, 1974)

AVENTURAS DE TINTIM: O TEMPLO DO SOL (álbum, 1965, 1990, 2001, 2004; revista 1979)

... UMA AVENTURA DE TINTIN: O TEMPLO DO SOL (caderneta 1970)

TIM-TIM E O TEMPLO DO SOL (cinema, 1970)

AVENTURAS DE TINTIN: O TEMPLO DO SOL (álbum, 2011)

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

Oliveira da Figueira

Português de Lisboa e também um-português-das-Arábias, trota-mundos e aldrabão-de-feira, o senhor Oliveira da Figueira é uma das figuras que Hergé imortalizou na sua obra. Entre as três personagens lusitanas criadas pelo pai de Tintin, Oliveira da Figueira é de longe a mais consistente, surgindo em três álbuns “ao vivo” e num outro através de uma simples comunicação.

Na aventura “Les Cigares du Pharaon“, Tintin é apresentado pelo capitão de um navio ao senhor Oliveira da Figueira, de Lisboa. De imediato este, vendedor-ambulante compulsivo, começa a exercer a sua arte, impingindo a Tintin toda uma panóplia de inutilidades. Mas tarde, em pleno deserto, Tintin assiste a uma sessão de vendas do negociante frente a um conjunto de árabes que o apelidam de “O-branco-que-vende-de-tudo“.

Na história “Tintin au Pays de l’Or Noir“, Oliveira da Figueira desempenha um papel importante. Tintin encontra-o à porta do seu estabelecimento, porque então já se tinha fixado com um bazar, em Wadesdad. Vestido de árabe, Tintin não é de imediato reconhecido pelo amigo, que de início o trata por “jovem príncipe”. Mas, reconhecendo-o e muito feliz pelo reencontro, Oliveira da Figueira oferece-lhe um bom vinho de Portugal, do sol do seu país.

Tintin pede ao amigo que o introduza em casa do professor Smith, ao que ele acede e, já lá dentro, apresenta-o aos funcionários da casa como o seu “sobrinho Álvaro”, acabado de chegar de Portugal. Diz que ele é órfão, um pouco simplório, e ao contar a vida do “sobrinho” profere a deixa que permite a Tintin afastar-se. Enquanto o jornalista se confronta com o professor Smith, continua Oliveira da Figueira a entreter os seus ouvintes com a dramática história da vida do “sobrinho”, por este arriscando a própria segurança.

Nova intervenção, e valiosa, assume Oliveira da Figueira em “Coke en Stock” quando concede direito de “asilo político” a Tintin e Haddock, perseguidos em Wadesdad, transmitindo-lhes preciosas informações e conseguindo orientar depois a sua retirada em relativa segurança.

Na obra “Les Bijoux de La Castafiore“, Oliveira da Figueira não está presente, mas envia a Moulinsart um telegrama, sendo mesmo um dos primeiros a felicitar o amigo capitão Haddock pelo seu “casamento” com a Diva Bianca Castafiore.

Temos portanto em Oliveira da Figueira uma certa representação simbólica do espírito aventureiro e empreendedor do português de outrora, que conquistou novos Mundos ao Mundo.

“Senti-me uma espécie de Oliveira da Figueira. Lembram-se de uma personagem do Tintin que vendia tudo nos mercados externos, tinha uma pasta e negociava uma série de produtos?“, disse o então ministro Paulo Portas durante a inauguração da Feira Internacional de Maputo (Facim), em Agosto de 2015, quando se referia, em declarações aos jornalistas, à sua assiduidade em eventos daquele género.

Mostrou, no mínimo, ser um bom conhecedor da obra de Hergé. Já não é mau de todo…


Voz Portalegrense, 2006

consumo aos quadradinhos

Oliveira da Figueira: um vendedor compulsivo

São peculiares as circunstâncias em que Tintin, o herói da banda desenhada criado por Hergé, conhece este comerciante lisboeta. O encontro entre ambos ocorre algures no Mar Vermelho, num barco que recolhe o personagem depois de este ter sido abandonado à sua sorte num... sarcófago, a 10 milhas da costa da Arábia. A bordo do barco que salva Tintin de uma morte horrível está um passageiro simpático e expansivo, Oliveira da Figueira de seu nome. "Encantado, senhor, estou encantado, e ofereço-lhe os meus préstimos imediatamente: posso fornecer-lhe, a preços sem concorrência, qualquer artigo de que necessitar", declara logo no momento em que é apresentado a Tintin pelo capitão do navio.

A sequência que se segue — duas tiras que compõem a metade inferior da prancha número 13 do álbum "Os Charutos do Faraó" (edição Difusão Verbo) — é a todos os títulos brilhante e mostra bem que a arte de vender é algo que foi inventado muito antes de o "marketing" ter sido elevado à categoria de disciplina universitária. Constitui, também, uma feliz ilustração, em registo humorístico e caricatural, dos "alçapões" e armadilhas que a sedução consumista pode exercer mesmo sobre um herói avisado, inteligente e analítico como Tintin. Carregado com uma montanha de objectos, que têm tanto de disparatado como de desnecessário, o herói não se coíbe mesmo a proclamar uma consciência de consumidor esclarecido que os factos não comprovam: "Felizmente, não me deixei ir na conversa dele. A tipos como este, acaba-se, quase sempre, por comprar uma data de coisas inúteis". Uma tirada "épica" perante um marinheiro negro de olhos arregalados e que, tudo leva a crer, não ficará com muito boa impressão de Tintin.

E se o herói acaba por se deixar embriagar pela verborreia de vendedor de "banha da cobra" de Oliveira da Figueira, este terá novas oportunidades de evidenciar as suas inatas qualidades de bom vendedor, capaz de escoar a sua mercadoria até em pleno deserto, como se verá algumas tiras mais à frente, na mesma aventura.

Tintin voltará a encontrá-lo muito mais tarde em Wadesdah (Khemed), onde parece ter-se fixado, adoptando os hábitos e costumes locais. É graças ao comerciante português que o herói de Hergé conseguirá penetrar na fortaleza do professor Smith (que não é outro senão o doutor Müller) em "No País do Ouro Negro". Tintin e o capitão Haddock são obrigados a pedir asilo a Oliveira da Figueira que, não apenas contente por recebê-los em sua casa, lhes fornece os disfarces que necessitam.

Dará sinais de vida uma terceira vez. Rapidamente informado do anunciado casamento de Haddock com a Castafiore, o português será um dos primeiros a felicitar os dois ("As Jóias de Castafiore"). Comerciante prevenido...

Luis Euripo, Revista O Consumidor nº 92





(outras imagens retiradas de Insónias de Carvão e Facebook M. Silvestre Gago)




quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

“That’s All Folks”: uma exposição para os adultos lembrarem a infância


De uma colecção de telas de arte sacra pode nascer um imaginário, quase infantil, de personagens animadas bem conhecidas – tanto pelos adultos, como pelos mais novos. Foi mais ou menos essa a ideia da artista Filipa Sáragga quando trouxe de volta à vida uma série de telas destruídas e as transformou em obras com personagens da Disney, Warner Bros e do universo de Hergé ou de Elzie Crisler Segar. São 14 no total, entre obras mais pequenas e outras maiores que a estatura média de uma pessoa, que formam “That’s All Folks”, a exposição que inaugura esta quinta, 21, no ateliê e galeria de Filipa, em Belém.

A história podia começar com aquela lengalenga de “Professora, o cão comeu os meus trabalhos de casa”. Mudavam apenas as circunstâncias reais da situação, porque a culpa não morreria solteira. Há três anos, a artista tinha acabado a tal colecção de arte sacra, pronta a ser apresentada, mas o seu cão pôs um travão à coisa.

“Na altura, pintava na garagem dos meus pais e nós tínhamos um cão, ainda novinho. Precisamente na semana em que eu acabo as telas, ele fica fechado na garagem e destrói tudo. Panos de três metros todos desfeitos em pedaços”, conta-nos Filipa que, deparando-se com o cenário de guerra, arrumou o assunto e guardou as sobras artísticas para outra altura. Só há um ano e picos, quando se mudou para a Rua da Junqueira para montar o seu ateliê, é que voltou a deitar mãos às obras para virar a arte sacra do avesso.

“Quando reencontrei aqueles pedaços de tela tive a sensação que já não era aquilo que queria mostrar às pessoas. Tinha de tornar aquilo numa coisa mais divertida, mais colorida, e a primeira coisa que me veio à cabeça foram as personagens de desenhos animados”, afirma. Para a exposição, Filipa aproveitou muitos dos fundos minuciosamente trabalhados da colecção destruída, retocando-os e imprimindo em diferentes camadas personagens como o Mickey e a Minnie, Branca de Neve e os Sete Anões, Tintim, Popeye e Olívia Palito, Tweety, Pequena Sereia, Alice no País das Maravilhas ou a Cinderela.


“Não é uma colecção infantil, mas claramente agrada tanto aos mais pequenos, como aos adultos. Cada pessoa tem um bocadinho de uma destas personagens e acho triste quem camufla a criança que há dentro de si. Esta colecção transporta-nos para o nosso lado mais puro e naive”, explica a artista, que começou a pintar com apenas 3 anos.

A arte ao serviço dos outros

Não largou os pincéis desde aí, e, com o tempo, a escrita e a solidariedade social também lhe vieram bater à porta. O voluntariado começou a fazer parte da vida de Filipa há cerca de oito anos – o que via em associações e hospitais e as crianças doentes com que tinha contacto foram um ponto de viragem. “Percebi que o que me fazia sentir preenchida era isto, sempre aliado à arte”, refere.

Depois de um episódio traumático com a morte e uma criança, fez nascer o livro Talvez um Anjo, o segundo ilustrado por Filipa e o primeiro escrito por ela, cujas receitas reverteram a favor da família da menina e da Operação Nariz Vermelho.

A partir daí, a escalada na solidariedade social tornou-se numa necessidade até à criação da sua própria associação: a Princesa Azul, que surgiu do livro A Princesa Azul e a Felicidade Escondida. Aqui, Filipa ajuda crianças com doenças, institucionalizadas, e corre escolas de norte a sul. “De repente deixei de ser só pintora, para ser escritora e ainda gerir uma associação”, diz.

A Associação Princesa Azul, sediada na galeria, recebe crianças da Casa Pia todas as semanas para actividades lúdicas e, em breve, vão fazer o mesmo mas em hospitais. A artista quer ainda desenvolver um portal das emoções – relacionado com a sua última obra, O Livro das Emoções – com médicos, psicólogos e psiquiatras para atendimento 24h sobre o que as pessoas sentem.

Até poder ligar para o portal, terá sempre como expressar a criança que há em si até 21 de Março, com “That’s All Folks”.

Rua da Junqueira, 362, R/C Dto. Seg-Sex 09.00-17.00. (até 21/03/2019)

Francisca Dias Real, Time Out. 21/02/2019


quadro a óleo - 2019


quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

Tim-Tim no cinema


As Aventuras de Tim-Tim

Um espectáculo para TODOS os jovens dos 6 aos 106 anos!

Condes - às 15h15 e 18h15 p. red. (M. 6 anos)  às 21h30 (M/ 12 anos)

Um grande filme de acção ininterrupta que é a maior aventura do prodigioso TIM-TIM, pela primeira vez no cinema. (Eastmancolor)

"Tintin et le Mystère de la Toison d'or" (1961) estreou em Portugal logo em 18/12/1961.

http://casacomum.org/cc/visualizador?pasta=06544.082.17596#!3

http://casacomum.org/cc/visualizador?pasta=06544.082.17601#!3

O desdobrável publicitário do cinema Condes já foi publicado no blog.

https://tintinemportugal.blogspot.com/2020/07/desdobravel-publicitario-do-cinema.html

O nome do filme foi "As Aventuras de Tim-Tim". A edição em livro pela Record, na década de 1970, trazia o nome "Tintim e o mistério do tosão de ouro" e noutros locais aparece indicado o nome "Tim-Tim E o Mistério do Velo de Ouro".

AS AVENTURAS DE TIM-TIM (Cinema, 1961)

TINTIM E O MISTÉRIO DO TOSÃO DE OURO (Record, 1975)

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

Tintinófilo


Ser tintinófilo é uma missão

Ser tintinófilo é uma missão. Ser tintinófilo, é tentar preservar a nostalgia dos «velhos» tempos em que os quadradinhos eram a nossa forma de nos transformarmos em heróis e levar-nos em mirabolantes aventuras por esse mundo fora. Tintin foi para mim o meu parceiro de várias viagens, lutando contra os «maus», elevando os «bons», fazendo-me crescer numa sociedade pouco materialista e muito mais humanista. Claro que com o passar dos anos, pude ver que os augúrios de uma sociedade quase perfeita nunca passavam o imaginário dos rectângulos de Hergé.

Ser tintinófilo é uma «bênção» porque me refugia num universo de cor e mocidade. É uma «maldição» porque me vicia em tintinofilia, adquirindo muito merchandising a ele ligado. Por outro lado, ser tintinófilo é fazer parte de uma grande equipa mundial, cuja paixão é estudar e preservar a obra de Hergé . Diariamente contactamos com vários amigos portugueses ou de outros países (franceses, belgas, espanhóis, suíços, argentinos, alemães, brasileiros, etc) partilhando opiniões e objectos tintinófilos e depois procuramos novas notícias, actualizando o blog Tintinófilo http://tintinofilo.over-blog.com/ e o site www.tintinofilo.info

Depoimento de José Vítor Silva (Professor e Economista, responsável pelo site www.tintinofilo.info)

É gostar de ler

Ser "tintinófilo", ser apreciador da obra de Georges Remi, mais conhecido por Hergé, é, antes de tudo, saber conservar da infância a capacidade de se entusiasmar, de se deslumbrar, com a narrativa de aventuras empolgantes. É manter, em qualquer idade, uma aceitável dose de ingenuidade que nos permita apreciar o conto e aceitar a fantasia. É gostar de ler.

Esse apreço que ainda hoje tantos e tantos leitores sentem pela obra de Hergé - acerca da qual, de resto, se têm escrito muitos e bons trabalhos - só é possível, como é evidente, pela elevada qualidade da mesma.

Hergé faz parte da verdadeira época de ouro da banda desenhada franco-belga, escola que - com outras, é claro - cedo elevou os "quadradinhos" à condição de arte, usualmente referida como a nona. Foi um dos seus inventores, um dos seus criadores. Só por isso o seu mérito seria já grande.

Mas para além disso, a obra em si - traduzida fundamentalmente nas aventuras de Tintin, mas também nas histórias ultra-curtas de Quick e Flupke e ainda na menos conseguida, logo menos popular série Jo, Zette e Jocko - é de uma riqueza extraordinária, única mesmo em todo o panorama da BD com que se possa comparar.

Em primeiro lugar, pela diversidade e, ainda mais, pela actualidade dos temas tratados. Depois de esforços iniciais, quase diríamos embrionários, desenvolvidos nos primeiros álbuns de Tintin, eivados de vícios porventura inevitáveis, à época, o rol das histórias do popular herói da poupa no cabelo trazem-nos quadros da política mundial (das revoluções sul-americanas às tensões entre a China e o Japãp, por exemplo), preocupações de índole social (veja-se a luta contra o esclavagismo ou a protecção de minorias étnicas), antevisões científicas (onde, evidentemente se destaca a viagem à Lua), etc.

Em segundo lugar, pela notável galeria de personagens, na qual, de resto, a figura de Tintin, que dá nomeà série, quase se vê relegada a uma posição de inferioridade, tal a riqueza de outras, como o Capitão Haddock, o Professor Tournesol, os agentes Dupond e Dupont ou a cantora Bianca Castafiore. Nestes "bonecos" consegue o autor resumir um leque vasto de qualidades e defeitos que nos permitem rever-nos em todas ou em cada uma, criando uma empatia inigualável com todas elas.

Em terceiro lugar, pela sábia articulação de dois aspectos quase contraditórios: a aventura pura e simples do herói sem medo e sem mácula - Tintin - e o humor, a roçar por vezes a farsa. No primeiro aspecto, as histórias idealizadas por Hergé são comparáveis às dos grandes romancistas da especialidade que o antecederam, como Edgar Rice Burroughs, Ryder Haggard, Robert Louis Stevenson ou Emilio Salgari (para citar apenas alguns dos que mais acalentaram os sonhos de gerações e gerações de jovens). Das selvas africanas e indianas às crateras lunares, das areias escaldantes do deserto aos picos gelados dos Himalaias, das profundezas dos mares às ilhas escocesas, por todo o Mundo os nossos heróis enfrentam perigos diversos, lutando contra os mais sinistros facínoras e defrontando mesmo seres mitológicos como o Abominável Homem das Neves ou os extra-terrestres. No entanto, tudo isto é entremeado por episódios humorísticos, tão bem articulados com a aventura propriamente dita que nos não distraem dela a atenção. Nisso, foi Hergé um autor praticamente único, pois os que se lhe poderiam equiparar num aspecto frequentemente omitiram o outro, optando quase em exclusividade pela aventura - Edgar P. Jacobs é o primeiro nome que nos acode à ideia nesse campo - ou pela comédia - casos de Goscinny e Uderzo ou de Morris.

Muito se tem especulado sobre a possibilidade de se considerar a banda desenhada - as nossas estimadas "histórias em quadradinhos" - como uma forma literária de pleno direito. Quem conheça bem a obra de Hergé não tem dúvidas de que disso mesmo se trata. Assim sendo - e para retomar a questão colocada - ser tintinófilo não pode deixar de se considerar uma bênção, pelo prazer que a leitura das aventuras de Tintin - já para não falar, por exemplo, no extraordinário interesse dos álbuns dedicados a Quick e Flupke, como espelho de um tipo de comportamento infantil urbano, num momento preciso da história da nossa civilização ocidental - nos proporciona.

Claro que, no dia a dia, os reflexos desta profunda admiração por um autor e pela sua obra se podem traduzir, para diferentes pessoas, de diferentes maneiras. Na verdade, há admiradores sinceros que não são propriamente coleccionadores e há coleccionadores fanáticos, preocupados com a exaustão das suas colecções. Estes últimos, evidentemente, perseguem com afinco tudo o que se refira aos seus ídolos (de carne e osso ou de papel...), procurando adquirir edições raríssimas, peças exclusivas, manuscritos, pranchas originais, um nunca acabar de objectos que enriqueçam o seu espólio. Os primeiros, por sua vez, contentam-se e completam-se com a obra de Hergé, em boas edições, de preferência, claro, na língua original, mais meia dúzia de obras de referência. Muitos se situarão entre um extremo e outro.

De qualquer modo, com mais ou menos furor coleccionista, o simples facto de uma obra que se iniciou na década de 1920 continuar hoje a suscitar o interesse e o entusiasmo de milhares de leitores, um pouco por todo o Mundo, não pode deixar de indiciar, sem margem de dúvida, o grande valor da mesma, que decerto continuará a aliciar futuras gerações, enquanto todos tivermos a capacidade de nos deixar arrebatar por uma história.

Depoimento de António Monteiro (Professor Universitário)

Artigo de Pedro Cleto, Textos para a secção Cultura de 22 de Maio de 2007 

Os Amigos de Hergé Portugueses (ADHP)

Poucos (para já…) mas bons, os Amigos de Hergé Portugueses (a exemplo dos "Amis de Hergé" belgas) têm-se encontrado em festivas almoçaradas em que Hergé e Tintin constam sempre da ementa, em conversas apaixonadas e testes de conhecimentos. Em Março editaram o primeiro número (electrónico) do seu "Boletim-Tim" que inclui artigos como "Quadradinhos desaparecidos e alterados no Tintin em Portugal", "As finanças de Tintin", "A bebida e a embriaguês nas aventuras de Tintin" e a cronologia das "Histórias de Hergé editadas em Portugal".

Artigo de Pedro Cleto, Textos para a secção Cultura de 22 de Maio de 2007 

António Monteiro, de 63 anos, indica alguns dos motivos que fazem de Tintin uma obra especial: « os argumentos, quase todos bem urdidos enquanto histórias de aventuras, a variedade de tópicos tratados - do tráfico de estupefacientes à espionagem industrial, da conquista espacial à exploração submarina -, a galeria de personagens, a utilização do humor.»

«Em jovem, não tinha propriamente um grupo com quem partilhar o gosto pela banda desenhada, mas tornei-me membro da associação internacional Amis de Hergé, sediada na Bélgica», revela.

Hoje, porém, a história é bem diferente: António integra um grupo de fãs de Tintin que conta com perto de três dezenas de membros.

Além da admiração que nutrem pela obra de Hergé, estes «tintinófilos» partilham ainda o gosto pelo colecionismo, possuindo várias peças, muitas verdadeiras raridades, relacionadas com Tintin. Livros, revistas, réplicas das personagens... é possível encontrar um pouco de tudo nas coleções destes fãs.

O grupo até se reúne algumas vezes por ano para partilhar ideias sobre os vários temas e questões que as histórias do herói colocam.

«Para além destes encontros, o grupo está em contacto permanente por via electrónica, trocando informações e comentários de toda a ordem sobre os temas pertinentes», destaca.

Artigo do site TVI 24 a propósito dos 86 anos de Tintin 

TINTINÓFILO - SITE E BLOG

Antigos sites Tintinófilo:

// tintinfilo.info / netvisao

https://web.archive.org/web/20060130234352/http://tintinofilo.info:80/

https://arquivo.pt/wayback/20060206044313/http://clientes.netvisao.pt:80/jvictors/

// Over-blog

http://tintinofilo.over-blog.com/archive/2006-07/

/ / antigo blog no blogs.sapo.pt

https://arquivo.pt/wayback/20070626053112/http://tintinofilo.blogs.sapo.pt/453.html

terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

Um Comic Jam com o Lino

(extracto de uma página da Comic Jam onde aparecem algumas personagens de bd)

colaboração de álvaro (2019/02/27)

Um Comic Jam com o Lino

Iniciámos esta banda desenhada em formato comic jam num certo secretismo com o objectivo de reunir algumas dezenas de páginas realizadas por autores próximos do Geraldes Lino, encaderná-las num exemplar e surpreendê-lo, oferecendo-lhe o exemplar único em mão numa merecida homenagem a realizar. Ao folhear esta BD ele iria certamente insultar alguns de nós, enquanto gargalhava ao ver-se retratado. E mais tarde em casa iria lê-la atentamente e relê-la. E telefonar-nos-ia às horas mais incríveis da madrugada a dizer que o nariz dele não tem aquele formato, com correcções ortográficas e etc.

Seria assim.

Em Fevereiro de 2019, após nos ter deixado, decidimos continuá-la.

http://alvarocartoon.pt/linocomicjam/bdlino.html




sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Salão do Brinquedo de Lisboa

 


O próximo Salão do Brinquedo de Lisboa, já na sua 45ª edição, será no dia 3 de Fevereiro de 2024. O cartaz é da autoria de José Abrantes repartida com João Diogo que teve a imensa paciência em reunir todos os elementos, visto que foi tudo desenhado em separado!

Em meados de 2018 foi alterado, por sugestão de Geraldes Lino, o subtítulo do evento para Brinquedos e BD Vintage e de coleção.

Outro desenho de 2018 da autoria de José Abrantes com personagens semelhantes.