Os carros do Tintin




A Planeta Agostini lançou em 2004 uma colecção de 34 miniaturas 1/43 dos carros de Tintin, acompanhados cada uma com um fascículo que na sua totalidade representam 272 páginas. Cada fascículo de 8 páginas, profusamente ilustrado, dava ao leitor informações e curiosidades sobre o álbum em questão e o carro no episódio, sobre os personagens principais da obra de Tintin, sendo as duas páginas centrais para explicações e detalhes sobre a peça que acompanhava o fascículo. A Planeta Agostini também ofereceu aos assinantes uma pasta de cartolina para guardar os fascículos.

A colecção «Os carros de Tintim» é a versão portuguesa da edição francesa das Éditions Atlas «En voiture Tintin». Contudo, a colecção francesa é de 70 miniaturas.

No lançamento do 1º carro, a editora lançou uma pequena brochura de 12 páginas, em que dava informações sobre a colecção, assim com um desdobrável de apelo à assinatura da mesma.


A colecção é composta pelos seguintes carros (indicamos em parentesis o # na colecção Atlas)

#1 - Jeep Willys (Rumo à lua) (#1)
#2 - Taxi de Nova Deli (Tintin no Tibete) (#15)
#3 - Ford T (Tintin no Congo) (#3)
#4 - Lincoln Torpedo (Os cigarros do faraó) (#5)
#5 - Taxi (Tintin na América) (#4)
#6 - Viatura bordura (O caso Girassol) (#16)
#7 - Citroen Torpedo dos Dupondt (Tintin no país do ouro negro) (#17)
#8 - Bolide vermelho (Os cigarros do faraó) (#2)
#9 - Packard preto do rei Muskar (O ceptro de Ottokar) (#18)
#10- Viatura acidentada (O caranguejo das tenazes de ouro (#23)
#11 - Reboque Luxor (O caranguejo das tenazes de ouro) (#24)
#12 - Ami 6 do doutor (As jóias de Castafiore) (#14)
#13 - Autometralhadora (O ceptro de Ottokar) (#8)
#14 - Lancia Aurelia vermelho (O caso Girassol) (#26)
#15 - Cabriolet do capitão Haddock (As 7 bolas de cristal) (#12)
#16 - Coupé Spider (A orelha quebrada) (#13)
#17 - Citroen 2CV dos Dupondt (O caso Girassol) (#6)
#18 - Limusina governamental (Tintin e os pícaros) (#11)
#19 - Dodge azul (Rumo à lua) (#30)
#20 - Jeep vermelho (Tintin no país do ouro negro) (#7)
#21 - Limusina de Mitsuhirato (O lótus azul) (#9)
#22 - Triumph Herald (A ilha negra) (#29)
#23 - Caravana (A ilha negra) (#30)
#24 - Opel Olympia (O ceptro de Ottokar) (#19)
#25 - Táxi Simca (O caso Girassol) (#21)
#26 - MG (A ilha negra) (#31)
#27 - 2 CV empanado (As jóias de Castafiore) (#33)
#28 - Buick do professor Smith (Tintin no país do ouro negro) (#10)
#29 - Lancia Aprilia do emir (Tintin no país do ouro negro) (#20)
#30 - Taxi Ford (As 7 bolas de cristal) (#27)
#31 - Furgoneta VW (O caso Girassol) (#32)
#32 - Citroen 15 (O caso Girassol) (#22)
#33 - Cadillac Lasalle (O ceptro de Ottokar) (#27)
#34 - Ford V8 descapotável (O ceptro de Ottokar) (#34)



O carro desta entrega pertence ao álbum «Rumo à Lua». Trata-se do Jeep Willys do Centro de Investigações Atómicas, um gigantesco completo científico situado na Sildávia. A vinheta escolhida (p. 41) para servir de modelo ao veículo pertence ao momento da discussão entre Girassol e Haddock a propósito do projecto lunar, Tintin e Milou vão no banco traseiro.

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O taxi laranja aparece como se tivesse caído do céu para levar Tintin, Haddock e Milou ao aeroporto, após uma pequena altercação com os habitantes de Nova Deli e quando falta muito pouco para tomar o avião. A cena faz parte do episódio «Tintin no Tibete» (p. 8) na cidade indiana de Nova Deli, onde os heróis fazem escala a caminho de Catmandu. O modelo que serviu inspiração a Hergé foi Cadillac Fleetwood de 1938.




O carro desta entrega pertence ao episódio «Tintin no Congo». Trata-se de um Ford T, um veículo construído em 1910, leve e fácil de conduzir, mas suficientemente forte para transportar cargas pesadas. A vinheta que o apresenta pela primeira vez está na página 11 do álbum.






Com o juízo perturbado, o professor Siclone e Zlotzky têm de ser levados a um hospício. Tintin oferece-se para os transportar num Lincoln Torpedo. A cena decorre no episódio «Os charutos do faraó» na Índia britânica (p. 43).




A entrega deste número é o Táxi Checker de 1929 do álbum «Tintin na América». Tintin acaba de chegar a Chicago e é logo sequestrado. O heróico repórter, disposto a pôr termo aos bando dos gangsters que assolam a cidade, decide persegui-los neste táxi americano (p. 4).



Para resgatar o professor Girassol, Tintin e Haddock têm de utilizar um carro fabricado na Bordúria. Trata-se, obviamente, de um modelo original e inexistente, mas que possui todas as características para se transformar num carro real. Disfarçados, conseguem tirar o cientista da prisão, mas são descobertos. É esta a história da vinheta de «O caso Girassol» (p. 57).






O Citroen 5 HP em que Hergé se baseou para este carro, que aparece ns primeiras cenas (p. 1) de «Tintin no país do Ouro Negro», era um automóvel económico e leve, que não andava muito depressa, mas que era tão prático como utilitário. Dupond e Dupont serão os primeiros a sentir na pele os efeitos de uma sabotagem da gasolina de alcance internacional, que se traduzirá numa cena «explosiva».






Tintin desmascarou um bando de traficantes de droga que o tinham e ao marajá Rawajpurtalah na sua lista negra. Mas dois dos membros sequestram o filho do marajá e há que persegui-los no bólide vermelho, inspirado nos Alfa Romeo P3, Amílcar CGSS e Era. A cena passa-se na p. 58 do álbum «Os charutos do faraó».




Quando se dirige a pé para o castelo do rei da Sildávia, Tintin é atropelado Packard /inspirado no modelo de 1939 Super Eight coupé) preto conduzido pelo Rei Muskar XII da Sildávia. A cena passa-se no episódio «O ceptro de Ottokar».







Dois indivíduos sequestram o capitão Haddock nas barbas do próprio Tintin. O nosso herói, de reflexos rápidos, entra no primeiro carro que encontra, um Amilcar amarelo, disposto a seguir os raptores de Haddock. Tudo isto se passa em «O caranguejo das tenazes de ouro» (p. 44).



No fascículo anterior vimos como Tintin descobre atónito que se o carro que levava emprestado ia em marcha-atrás, a razão era óbvia: o automóvel estava avariado e um reboque puxava-o para o levar à oficina. Outra vinheta de «O caranguejo das tenazes de ouro» (p. 44).



N' «As jóias de Castafiore» o capitão Haddock é visitado pelo seu médico pessoal que se transporta num Citroen Ami. Entretanto, o professor Girassol vê-se numa cadeira de rodas que resvala pela escadaria do Castelo de Moulinsart, chocando com o médico que é disparado pela porta traseira do carro até ao chão, enquanto Girassol «aterra» no assento traseiro do carro (p.55).



Como todos os heróis, Tintin é uma personagem com sorte: sobrevive a um espectacular acidente de carro, engana os seus perseguidores e foge com o automóvel dos soldados que o queriam prender nesta vinheta de «A orelha quebrada» (p.40). O carro que inspirou Hergé foi o Ford V8 de 1936.



Haddock está cansado, molhado e aborrecido. Caminha há muito tempo por uma estrada na Suíça e precisa de tabaco. Ao chegar a uma aldeia, descobre uma tabacaria, só tem de atravessar a estrada. Mas é albarroado por um «Fangio» italiano. Estamos n' «O caso Girassol» (p. 36) e na presença de um Lancia Aurelia B20.




Salvar o professor Girassol é um hábito nas aventuras de Tintin. Neste momento, Tintin e Milou viajam com o dono do automóvel, o capitão Haddock, num Lincoln que, na sua época, foi o carro do ano. Nesta vinheta d' «As 7 bolas de cristal» dirijem-se para Saint-Nazaire.



Não deixa de ser cursioso que este Rosengart de 5cv, um dos primeiros utilitários europeus pelo seu baixo preço e as suas prestações, seja o modelo que serviu de base a Hergé para ser utilizado numa fuga de Tintin num país imaginário sul-americano («A orelha quebrada») (p.38).





O nosso carro não é o senão e popular 2CV, um automóvel ligeiro e prático, símbolo da liberdade, que correu durante muitos anos pelas estradas europeias e que foi fabricado, originalmente, a pensar nos agricultores. Aqui, o 2CV, tripulado pelos Dupondt, quase que atropela Haddock e Tintin numa cena d' «O Caso Girassol» (p.12).



O capitão Haddock e o professor Girassol são recebidos no álbum «Tintim e os pícaros» com grandes honras pelo general Tapioca e são conduzidos por uma limusina. baseada no Mercedes 600 e Zil 114.



Haddock e Tintin voam até à Sildávia. Um Dodge Coronet espera-os à saída do aeroporto (p. 4), levando-os até ao professor Girassol. Assim se inicia o episódio «Rumo à Lua».




Atraídos pela possibilidade de ganharem 2000 libras, os Dupondt partem para o deserto de Khemed. Uma vez mais, o jeep Willys serve de modelo a Hergé. Desta feita, no episódio «O país do ouro negro» (p. 33).



Para poder seguir Mitsuhirato, um espião e traficante de ópio, Tintin não tem outro remédio senão «agarrar-se» ao carro como puder. Estamos numa berline dos anos 30 e o episódio chama-se «O lótus azul» (p. 20)


























Tintin precisa de um bom carro para perseguir os falsificadores de notas da aventura «A ilha negra». Nada melhor do que apanhá-los num Triumph Herald... Embora vá puxando uma caravana.





Um Opel Olympia de 1935 transporta dois borduros que tentaram matar Tintin, que entretanto os persegue de moto. Estamos n' «O ceptro de Ottokar» (p. 14).



Estamos envolvidos em «O caso Girassol». Tintin e Haddock tomam um táxi, um Simca Aronde, em Genebra, para descobrirem o paradeiro do desaparecido Professor Girassol. Contudo, o taxi é abalroado por uma viatura desconhecida e descontrolado cai no lago.



Em «A ilha negra», Tintin pede boleia para perseguir o Muller e o condutor que o auxilia conduz MG 1100.




Dupond e Dupont chegam tão ensusiasmados a Moulinsart em «As jóias de Castafiore» num Citroen 2CV que chocam frontalmente com a traseira de uma carrinha estacionada.



O Buick Roadmaster despertou paixões quando apareceu no mercado. Neste caso, faz levantar a areia do deserto, numa fuga no episódio «Tintin no país do ouro negro» com o pérfido Muller ao volante e ao lado dele um co-piloto saboteador, o Abdallah.


O dr. Muller, agente da Skoll, raptou Abdallah, o jovem filho do emir Ben Kalish Ezab. Tintin, Haddock e Milou atravessam o deserto com o Lancia Aprilia do emir para ir salvá-lo. A vinheta pertence ao álbum «Tintin no país do ouro negro».




A Cadillac e a Peerless apresentaram modelos de oito cilindros antes da Ford, mas foi esta empresa que os popularizou com modelos como o V8, como este que aparece em «As 7 bolas de cristal».



A Volkswagen distribui uma furgoneta económica, apta para todo o tipo de estradas e que podia carregar até 760 quilos. O seu êxito foi imediato. Chegou a transformar-se em ambulância e carro de bombeiros e até em modelo de luxo para passageiros. Aqui em «O caso Girassol» a carrinha pertence ao talho Sanzot que dá boleia ao professor Girassol.



O Citroen 15/6 é conduzido pelos espiões bordúrios. Esta viatura do episódio «O caso Girassol» ir-se-ia transformar num dos carros mais populares de França.

A inigualável Bianca Castafiore não podia viajar num carro qualquer. O Cadillac LaSalle era o carro ideal para a diva em «O ceptro de Ottokar».



Tintin e Milou são levados Klow em «O ceptro de Ottokar» num Ford V8.

5 comentários:

  1. EXCELENTE COLEÇÃO. É PENAS NAO VOLTAR A REEDITA-LA.

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  2. NÓS TINTINAUTO'S AGUARDAMOS COM ESPERANÇA, QUE ESTA COLEÇÃO VENHA NOVAMENTE PARA AS BANCAS.

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  3. Era uma excelente ideia. E talvez com a dinâmica do novo filme do Tintin, houvesse uma grande adesão. Vamos pressionar a Altaya para reedição.

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