segunda-feira, 24 de dezembro de 2018
sábado, 22 de dezembro de 2018
Figuras de Tintin #61 - O general Alcazar de uniforme
sexta-feira, 21 de dezembro de 2018
Figuras de Tintin #65: Milu meio-anjo
quarta-feira, 19 de dezembro de 2018
sábado, 24 de novembro de 2018
Figuras de Tintin #66: O coronel Sponsz contrariado
terça-feira, 20 de novembro de 2018
Diabrete
Com a lamentável caligrafia que jamais consegui corrigir, escrevi numa carta datada de 23 de Agosto de 1948, em Ermesinde, quando aí passava férias com o avô e o irmão, em casa da Tia Aurora: “Minha querida Mãezinha. Agora é a minha vez de escrever, mas não sei o que hei-de dizer. Há tanto tempo já que não vejo nem Mosquitos, Diabretes e Camaradas. Mande dizer se já começou alguma história nova ou qualquer coisa engraçada que tenha vindo”…
Creio que este banal escrito resume com rigor as vivências pessoais dominantes. Os quadradinhos continuavam a marcar a minha vida.
Como que premiando esta fidelidade, O Diabrete devolver-me-ia em Março de 1949 o contacto com Tintin. Em vez de fragmentos soltos das suas aventuras nas Américas do Norte e do Sul, na China, no Oriente, em Angola e cá pela Europa, em especial na Escócia, agora viajaria com ele pela Bordúria e pela Sildávia, por terra e mar na busca do tesouro de Rackham, o Terrível, e envolvido no mistério das 7 Bolas de Cristal… Tinha perdido o vibrante colorido d’O Papagaio mas conquistado o direito às histórias continuadas semana a semana. Tim-Tim era o mesmo mas Rom-Rom tinha passado de cadela a cão… Pormenores, apenas.
(...)
António Martinó de Azevedo Coutinho
Os quadradinhos continuaram a dominar a minha despreocupada existência. O Diabrete, “o grande camaradão de todos os sábados”, como se auto-intitulava, era o companheiro semanal sempre aguardado com enorme expectativa. Ao meu irmão, como compensação, começaram a comprar-lhe O Mosquito, apanhado já a meio do seu percurso de vida, no entanto “picando” duas vezes por semana. Eram jornais diferentes, mas ambos transbordando de interesse.
Ainda não tinham sido inventados os álbuns, com histórias completas, onde a gente acharia pouca piada ao instantâneo passar das folhas, roubando-nos a prazer da antiga e criativa impaciência de dispor apenas de uma página de cada vez e com uns dias de intervalo…
Passou por aqueles anos um outro jornal que só durou de Março de 1943 a Dezembro de 1944, mas que ainda assim também marcou esse meu tempo. Foi O Faísca, talvez por ter sido um “relâmpago”, por acaso mais brilhante e colorido do que os seus colegas.
(...)
António Martinó de Azevedo Coutinho
segunda-feira, 29 de outubro de 2018
Mario de Carvalho
ANTRE TEJO E ODIANA
De origem alentejana, Mário Costa Martins de Carvalho nasceu em Lisboa, na maternidade Alfredo da Costa em Setembro de 1944. Após uma breve passagem por Setúbal, a família instalou-se definitivamente na capital onde o seu pai foi um agente comercial bem-sucedido.
As frequentes deslocações a Alvalade onde tinha família, na própria vila e numa herdade próxima, o Monte da Vinha, deixaram-lhe a viva memória desse Alentejo da infância. E, bem assim, das situações de miséria e humilhação presenciadas nos tempos em que os camponeses trabalhavam de Sol a Sol e as forças policiais procediam como num país ocupado.
A avó um dia mostrou-lhe um poço em que estiveram escondidos dentro de um saco de lona os livros de seu pai, na ocasião em que ele foi preso pela polícia política, ainda solteiro. Nessa altura, contaram-lhe mais tarde, seu pai e os companheiros de prisão foram brutalmente espancados.
COMPANHEIROS TOM E JIM
Aprendeu a ler antes dos cinco anos, ensinado pela mãe, com a ajuda da «Cartilha Maternal» de João de Deus. Descobriu, nesses tempos, colecções d’ «O Mosquito», do «Capitão Morgan», e «Texas Jack» deixadas pelos familiares que já tinham crescido. Ainda não haviam chegado os tempos de «o Cavaleiro Andante» e «O Mundo de Aventuras». Mas Tintim anunciava-se com um comparsa chamado Capitão Rosa, um cão chamado Rom-rom e um amigo distraído, conhecido por Professor Pintadinho de Branco. Foi durante umas férias em Alvalade que o pai lhe trouxe um exemplar de «As Aventuras de Tom Sawyer» da Biblioteca dos Rapazes. Seguir-se-iam «A Ilha do Tesouro» de Stevenson e «A Ilha de Coral» de Ballantyne.
RUA DAS ENFERMEIRAS DA GRANDE GUERRA
Morou, durante anos, à Penha de França, na Rua das Enfermeiras da Grande Guerra, larga e íngreme, que há-de aparecer mais tarde nos seus textos, de forma mais ou menos transfigurada. Lisboa, brilhante e plurifaceta, será, a par do Alentejo, uma presença deslumbrada nas suas obras. Passou por um estranho colégio particular em que as professoras gritavam e davam reguadas. Aos sábados aparecia um capitão doutrinador, regurgitando Deus, Pátria e Família. O Externato «Martim de Freitas» era só para rapazes, mas as proprietárias transgrediam e admitiam raparigas que escondiam num quarto sempre que havia suspeitas de fiscalização ou denúncia.
CAVALGADA HERÓICA, RUMO AO ROYAL
MdC passou mais tarde ao liceu de Gil Vicente, o que representou um alargamento de horizontes abrangendo a Graça, a Senhora do Monte, Santa Clara, Alfama, Mouraria. As reminiscências dessas correrias até ao Castelo de São Jorge emergem em «Casos do Beco das Sardinheiras» e «O Livro Grande de Tebas, Navio e Mariana».
Na Rua da Graça, o velho e elegantíssimo cinema Royal apresentava sessões duplas, não raro com um complemento de suculentos westerns em magnífico Technicolor. Ao invés dos outros cinemas, as sessões do Royal começavam às 15, 15H, com um quarto de hora de atraso para permitir aos rapazes do liceu, depois de uma correria ofegante, chegar a tempo à sala escura. Antes, numa dessas tardes, um padre levemente enfadado dava umas aulas sonolentas de religião e moral que tiveram a vantagem de trazer ao conhecimento as histórias da Bíblia.
Por essa altura, a frequentação dos cinemas de bairro, Royal, Lys, Rex, Imperial, tinha como limite, para além da zona Almirante Reis/Graça as mesadas e as restrições censórias. A revista de cinema «Plateia» rebrilhava de estrelas e starlettes, laboriosamente maquilhadas, em cores de verniz carregado. Um filme como «Escrito no Vento» de Douglas Sirk era para maiores de 18 anos; «Shane», de George Stevens, era para maiores de doze usava-se toda a espécie de batotas e subterfúgios para iludir a vigilância à entrada.
O FASCISMO PEQUENOTE
O regime não se manifestava apenas na repressão das actividades políticas e dos direitos sociais. Existia um fascismo do quotidiano baseado num exercício arrogante de pequenos poderes, nas proibições arbitrárias, na humilhação permanente do outro. A «licença de isqueiro» e a proibição da «mão na mão» são apenas aspectos caricatos de um quotidiano opressivo e cinzento. Em 1959 MdC chegou a ser preso por legionários num calabouço do Castelo de S. Jorge por falar inglês com uma amiga inglesa sem ser «intrépete” (sic) oficial. Outros colegas do liceu passavam humilhações semelhantes por pecadilhos infantis. Era o tempo aviltado das denúncias, da bufaria, da corrupção formigueira, de um Portugal rasteirinho e torpe. Nos próprios liceus o autoritarismo imperava. Nomeava-se para chefes de turma os mais graduados da mocidade portuguesa, uma organização juvenil fardada, militarizada que praticava a ordem unida da tropa, exibia a saudação fascista de braço estendido, e impunha uma bizarra farda de camisa verde e calção amarelo cintado em fecho de lata com o «S» de Salazar. Tudo o que não era proibido era obrigatório. MdC escapou à ordem unida inscrevendo-se na secção de xadrez e passou a ser um entusiasta de Botwinik, Smyslov e razoável praticante da abertura Inglesa e da defesa Karo-Kahn. Não por acaso uma das personagens de «Fantasia para Dois Coronéis e uma Piscina» será jogador de xadrez.
(...)
Deu-se ao trabalho de escrever este texto, muito resumido e na terceira pessoa para criar maior distância e para que conste, prometendo entrar no pormenor quando tiver ocasião.
https://arquivo.pt/wayback/20180407234305/http://www.mariodecarvalho.com/vida
domingo, 28 de outubro de 2018
Tempo de Janela
Tintim e o VIH/SIDA
Sim, porque não? Não é preciso sequer gostar do assunto ou conhecer as suas peripécias para os reconhecer, são ícones da nossa sociedade.
Quem é que nunca ouviu falar do Tintim? Ou da SIDA?
As semelhanças não ficam por ai, tal como a SIDA, também o Tintim pode ser observado e comentado sobre várias perspectivas. Politicas, sociais e claro, artísticas. Para analisarmos a obra de Hergé também temos de compreender o seu autor e com isso corremos o risco de nos afastarmos do que realmente interessa, o prazer de ler as historias do franzino Jornalista Belga.
Para quem gosta, o que interessa se nunca o vimos numa redacção de jornal ou que realmente só exerça essa função nas suas 3 primeiras aventuras? Ou que nem este número seria consensual entre os puristas da Obra? Qual é a relevância prática de quem desfruta de uma aventura de Tintim e Milu em tentar ligar as raras mas peculiares figuras femininas das histórias com a personalidade conturbada de Georges Remi, por exemplo? Apenas pelo prazer de as ler, para mim é perfeitamente perdoável certos preconceitos e cliches nas historias iniciais, reflexos da era em que foram criados, que o próprio Autor reconhecia e dos quais se tentou redimir no decurso da restante obra. Mas isso é para mim. Hergé foi preso várias vezes depois da II Guerra Mundial acusado de colaborar com o invasor Nazi. Hoje em dia continua a ser alvo de processos judiciais o tomo "Tintim no Congo/em África" acusado de racismo. A verdade é que realmente o artista trabalhou como tal para um jornal controlado pelo Ocupante e Tintim no Congo descreve os Africanos como o Mundo Ocidental os via nos anos 30 do sec XX, os bons selvagens, simples, honestos e atrasados. Agora podemos explorar-los à mesma, não podemos é caricaturá-los.
Para ironia desta historia toda de preconceitos, "Tintim no Pais dos Sovietes" era acusado pelos Comunistas e uma certa esquerda mais radical de ser um reles panfleto anti-Soviético. O livro foi impedido de ser traduzido e publicado em Portugal durante mais de 10 anos depois do 25 de Abril. Depois caiu o muro...
Era verdade, sempre foi, Hergé nunca conheceu a URSS e limitou-se a acreditar na propaganda anti-Comunista da época. A verdade, sabemos agora, era que a imaginação dele apenas beliscava a dura realidade de uma violentíssima ditadura.
Este é o exemplo de uma maneira de abordar "As Aventuras de Tintim e Milu" por Hergé. Distantes, clínicos, analisando factos e contradições, condenações e atenuantes.
Para quem aprecia o conhecimento dos factos para poder ter uma opinião própria é interessante, mas sempre irrelevante se já gostamos da historias criadas para os jovens dos 7 aos 77 anos.
Menor relevância tem para aqueles que apenas conhecem a personagem e nunca deram muita atenção ao assunto. Porque a Banda Desenhada não é, no geral, um assunto que lhes diga alguma coisa.
Este género de abordagem é essencial, é necessário que alguém a faça. Mas não vai atrair novos leitores ou influenciar muito os hábitos de leitura dos fans.
Para mim, que me encontro no grupo destes últimos, mas que antes disso sou completamente maluquinho por B.D., é até tanto ou mais interessante discutir as técnicas, os estilos, as influencias. Mas é o género de conversa aliciante para artistas de Banda Desenhada ou grandes admiradores da Arte. Mais uma vez, serve para criar ou fortalecer opiniões, dar sentido a afinidades, explicar mudanças mas não cria nada, só por si; para além, talvez, da vontade de saber mais...
E é completamente desinteressante para quem não tem nada a haver com o assunto.
...No entanto, deixo aqui as analogias subtis e pulo direitinho no assunto SIDA pela mão de Hergé.
Pelo seu estilo, neste caso. A Linha Clara.
Sem entrar em detalhes aborrecidos, o estilo é....bem, aquilo que se vê sem se reparar.
É a simplicidade do desenho em beneficio da narrativa. Um traço constante, bem delineado, cores fortes, proporções realistas.
E que me serve para realçar a falta que isso faz a nós todos, infectados ou não, sobre o VIH. Um discurso acessível a todos, sem um peso Académico insuportável mas com substancia suficiente para ser interessante.
Voltemos ao Tintim e ao facto de que se pode ser conhecido sem ser compreendido. Assim como o VIH/SIDA também o jovem herói pode ser objecto de varias interpretações, algumas muito distantes da realidade. E tal como no VIH, também com Tintim e Milu muitas vezes essas más interpretações não parecem ter origem clara ou um proposito definido. E tal como na doença em que tanto Seropositivos e Seronegativos, muitas vezes com as melhores intenções mas sem reflectirem muito sobre o assunto, continuam a acreditar e a reproduzir tantas falsas noções sobre a doença e TUDO o que lhe está relacionado, também Tintim sofre dos mesmos males pela mesma razão: Desconhecimento no sentido em que o pior cego é aquele que não quer ver.
Em Portugal, no caso do trabalho de Hergé, temos Milu, esse desconhecido.
Agora temos a internet, já não é possível.
Basta ir ao Portal oficial de Tintim (Tintin) e ler a biografia do cachorro.
Está em Francês, Inglês e Holandês.
É que durante toda a minha vida tropecei de vez em quando em alguém que afirmava:
-Milu é uma cadela!
É daquelas que não dá (dava) para dar troco ou sequer valer o esforço mesmo que se tenha revista e colecção de livros atrás de nós, como me chegou a acontecer.
Ou era porque a tradução era Brasileira, ou por isto ou por aquilo, mas sempre argumentos tão parvinhos e com aquela simplicidade de raciocínio tão infantil que nos sentimos uns monstros em o desmanchar, que nunca levei nenhuma dessas discussões a sério. Mas comecei a ficar curioso no porquê da lenda. E para não vos estar a aborrecer com transcrições variadas em várias linguas das aventuras de Tintim em que Milu é descrito como um cachorro, basta acreditar no pessoal da fundação Hergé:
O nome Milu é inspirado no diminuitivo de uma amiga do Autor, Malou.
Depois continuam a descreve-lo, a ele, cão.
É "il" para aqui, "il" para ali...
"Il", não "elle".
Ele, não ela.
Serve isto logo para desfazer um dos argumentos da teoria da cadela que diz que Milu é um nome feminino por isso tem de ser uma fêmea. Talvez, mas o cão chama-se, na verdade, Milou e não Milu, apesar de se ler da mesma forma. Será daqui a confusão? Um especialista (obviamente distraído) chegou a levantar a hipótese de a causa da lenda estar relacionada com o facto de se chamar "a milu" na primeira tradução e publicação de uma aventura de Tintim em Portugal, "O Templo do Sol", no Cavaleiro Andante de 1952. Ora eu sou o feliz proprietário de um exemplar desse tesouro que é o primeiro ano de publicação do Cavaleiro e posso assegurar:
Nessa altura, Tintim era Tim-Tim, o capitão Haddock, capitão Rosa, o professor Girassol era o Sr Pintadinho de Branco e Milu... é o Rom-Rom!
Sobra um ultimo argumento mas esse é ridículo: Milu não tem pilinha. Pois não, nem Jolly Jumper, um assumido garanhão, também companheiro inseparável de outro herói, o Lucky Luke. Nem nenhuma personagem da B.D. orientada para o publico juvenil tem pilinhas. Nem tem sexo, fazem amor, quanto muito. Porque juvenil não é infantil. (E B.D. para adultos também não é sinónimo de pornografia). E é mesmo falar do que não se sabe, se for essa a razão. E é não perceber que Milu é o companheiro de Tintim, não têm género. Não é cão nem cadela, é MILU, o Fox Terrier mais célebre do Mundo!
É perder tempo a discutir o sexo dos anjos, como é tanto o nosso hábito.
São os boatos e associação de factos que nada tem em comum a não ser o facto de quem os associa são indivíduos que não perdem tempo em os analisar...ou não sabem.
Assim, Tintim e SIDA, porque não, com mil raios e trovões?!?
Como falar de cor é sempre arriscado, utilizei o site oficial de Tintim e a wikipédia como apoio para escrever este texto. Precisava de saber escrever os nomes de forma correcta, os factos já eu (pensava que) conhecia e não me interessava a biografia para o caso. Georges Remi morreu já há uns anitos (1983) e tornou-se Imortal através da sua Obra. O resto...
Já ia no fim do meu texto quando reparo na ultima linha da página Portuguesa da wiki sobre Hergé:
2007 - Segundo uma notícia divulgada no jornal belga Le Soir, Hergé terá falecido após a contracção do vírus da sida.
...
Dou por mim a pensar:
- Mudou alguma coisa? Não teria escrito o texto se soubesse antes?
Tenho ainda 37 anos para pensar nisso...
SIDA e as Suas Metáforas #4
Publicado por maria vital
Publicada por alex em Agosto 03, 2008
http://sidadaniaportugal.blogspot.com/
domingo, 14 de outubro de 2018
Editorial Ibis
Fundada em 1958 a Editorial Ibis, que estava sediada na Venda Nova (Amadora), foi a primeira grande editora que existiu em Portugal, especializada, sobretudo, na edição de colecções/cadernetas de cromos e álbuns de banda desenhada.
Entre 1958 e 1969, a Editorial Ibis editou várias colecções/cadernetas de cromos [algumas das quais reproduzidas a partir das suas homólogas editadas em Espanha], a maioria das quais, diga-se a propósito, de grande qualidade, quer em termos gráficos, quer em termos do conteúdo informativo veiculado através de cromos bem desenhados e coloridos ou reproduzidos com rigor.
A partir de meados da década de 60, a Editorial Ibis passou também a editar álbuns de banda desenhada exclusivamente de origem franco-belga.
Encerrou as suas atividades em Novembro de 1972 fundindo-se com a Livraria Bertrand.
http://www.guiadosquadrinhos.com/editora-estrangeira/editorial-ibis/2065
-----------------------
A Editorial Ibis, que estava sediada na Venda Nova (Amadora), foi a primeira grande editora que existiu em Portugal, especializada, sobretudo, na edição de colecções/cadernetas de cromos e álbuns de banda desenhada.
Porém, antes de começar a editar álbuns de banda desenhada, exclusivamente de origem franco-belga, a Editorial Ibis iniciou a sua actividade através da edição de colecções/cadernetas de cromos, algumas das quais reproduzidas a partir das suas homólogas editadas em Espanha.
Assim, entre 1958 e 1969, a Editorial Ibis editou várias colecções de cromos, a maioria das quais, diga-se a propósito, de grande qualidade, quer em termos gráficos, quer em termos do conteúdo informativo veiculado através de cromos bem desenhados e coloridos ou reproduzidos com rigor.
A partir de meados da década de 60, a Editorial Ibis passa também a editar álbuns de banda desenhada, cujas histórias e respectivos heróis são provenientes das duas melhores revistas europeias de banda desenhada da época: a revista belga “Tintin” (1946-1988) e a revista francesa “Pilote” (1959-1989). Até 1972, a Editorial Ibis edita, em parceria com a Livraria Bertrand (no início da década de 70), vários álbuns (a maioria com a capa cartonada) de alguns dos mais importantes e famosos heróis da banda desenhada franco-belga.
Já em 1968, a Livraria Bertrand associava-se à Editorial Ibis e lançavam, como co-proprietárias, aquela que se viria a tornar numa das mais famosas revistas portuguesas de banda desenhada do século XX: a revista “Tintin”.
Contudo, a partir de Novembro de 1972, a propriedade da revista fica apenas na posse exclusiva da Livraria Bertrand, uma vez que a Editorial Ibis cessa a sua actividade e existência, acabando por se fundir na própria Bertrand. É assim que, a partir de 1972, a Livraria Bertrand passa definitivamente a ocupar o lugar que era anteriormente pertença da Editorial Ibis, no que diz respeito à edição exclusiva de álbuns de banda desenhada franco-belga.
Para além da edição de colecções de cromos e de álbuns de banda desenhada, a Editorial Ibis também enveredou, durante as décadas de 60 e 70, pela edição de livros juvenis, integrados em colecções dirigidas especificamente a jovens rapazes e raparigas, cujas histórias pertenciam ao género “romance de aventuras”.
Algumas dessas histórias eram também adaptações de séries famosas de televisão, como por exemplo, “Rim-Tim-Tim”, “Lassie”, “Bonanza” e do cinema, como “Tarzan”. Os livros tinham a capa cartonada e a cores e, no seu interior, o texto alternava com o formato em banda desenhada a preto e branco.
Adaptado do site http://timtimportimtim.com.sapo.pt/
Séries publicadas:
Astérix, Barba-Ruiva, Bernard Prince, Blake & Mortimer, Blueberry, Bob Morane, Chick Bill, Clifton, Howard Flynn, Humpá-pá, Lucky Luke, Michel Vaillant, Spaghetti, Strapontan, Tanguy & Laverdure, 3 As (Os), Turma (A)
[actualizado em 21-12-2014]
https://bedetecaportugal.weebly.com/ibis.html
https://biblobd.blogspot.com/2018/01/editorial-ibis-ensaio-de.html
Em 1968 por iniciativa de Jaime Mas, o catalão filho de Francisco Mas da Editorial Íbis, iniciou-se a publicação em Portugal de uma revista congénere da «Tintin» belga. A editorial Íbis e a editora Livraria Bertrand eram sócias.
Tinha como diretor o Jaime Mas e como chefe de redação o Dinis Machado, que foi ocupar na Íbis o lugar do Roussado Pinto que fora abrir uma editora própria.
https://bloguedebd.blogspot.com/2015/10/a-vida-interior-das-redacoes-dos.html
As colecções de cromos Ver e Saber com a história da Aviação e a história da Marinha foram editados pela Editorial Íbis. A caderneta de cromos "O Templo do Sol" foi composta e impressa nas oficinas gráficas da Editorial Ibis.
DINIS MACHADO
Um dia, telefona-me o Roussado Pinto a perguntar se eu queria ir trabalhar com ele. Fui para a Íbis, que era um mastodonte de coisas incríveis, subprodutos que vinham de Espanha, anedotas, colarinhos de beatos, Kansas City… O Tintin surgiu porque ele, além de querer ocupar as máquinas, também queria uma revista de banda desenhada. Quando a Íbis faliu, continuei a fazer a revista para a Bertrand.
https://arquivo.pt/wayback/20191115124048mp_/http://ofuncionariocansado.blogspot.com/2008/10/dinis-machado-entrevista-ler-em-2002.html
Bom, mas antes de ser o escritor de "O Que Diz Molero" e ao contrário do que muitos dos seus leitores julgam, já Dinis Machado se metera nas lides da ficção. Foi na década de 50, depois da gloriosa aventura do "Diário Ilustrado", jornal que provocou um redemoinho tão forte na paz podre do regime salazarista que acabou por se asfixiar a si mesmo. E deixou Machado casado e desempregado.
Roussado Pinto, "escritor compulsivo", que depois da funesta experiência do "Diário Ilustrado" se convertera em "editor de fancaria" através da Ibis, convidou-o para trabalhar com ele. Foi de resto aqui que nasceu a edição portuguesa do "Tim-Tim" e também a colecção "Rififi" - policiais que sobravam à "Vampiro" ou que esta se descurara em reservar os direitos. Este era o pelouro de Machado, que um dia, num aperto de prestações por pagar, decidiu que era capaz de escrever "policiais melhores do que aqueles". Mas precisava que lhe paguem adiantado
Com alguma surpresa Roussado Pinto concordou e estabeleceu logo ali as condições do contrato: três livros por ano a seis contos cada. Havia outra condição: arranjar um pseudónimo americano, para dar verosimilhança ao autor. Ele próprio agia assim e adoptara o nome literário de Ross Pyn.
(...) cumpriu o compromisso de Dinis Machado para a Ibis, que algum tempo depois foi à falência e vendida aos bocados.
"O Tim-Tim e eu com ele fomos comprados pela Bertrand" - e assim se iniciou um outro ciclo da vida de um "puto reguila" que "filosoficamente foi sempre do Bairro Alto".
sábado, 13 de outubro de 2018
Tintim Café
sábado, 29 de setembro de 2018
Jorge Fiel
19 dias a enganar meninos
Surdo como uma porta (apesar de ele dizer que não, que só ouve mal de um lado), o professor Tornesol é o meu personagem preferido das aventuras de Tintin. Também adoro o irascível capitão Haddock - a sua criatividade no insulto é uma moca! - e tenho um fraquinho pela dupla de polícias idiotas, Dupont e Dupond. E, como não podia deixar de ser, dedico um carinho especial ao nosso compatriota Oliveira de Figueira, vendedor de mão-cheia, capaz de impingir frigoríficos aos esquimós e aquecedores aos guineenses.
Não deixa de ser curioso que o mais insípido e insosso da luxuosa galeria de personagens desta série seja o que lhe dá nome - o próprio Tintin. A vida tem destas coisas.
Com três PhD (Física Nuclear, Cálculo e Astronomia), Tryphon Tornesol estreia-se em "O Tesouro de Rackham Le Rouge", construindo um protótipo de submarino individual, em forma de tubarão, que seria de grande utilidade a Tintin não só nesta aventura mas também na seguinte ("O Segredo do Licorne").
Impecável no seu sobretudo verde, com um chapéu da mesma cor a cobrir-lhe a careca, óculos redondos e barbicha, Tornesol é distraído como todos os cientistas, mas a surdez não assumida aumenta-lhe o alheamento da realidade e é mãe de saborosos e divertidos equívocos.
Hergé é genial a tirar partido do potencial cómico da surdez de Tornesol, o único dos seus personagens a manifestar sentimentos pelo belo sexo (mais uma razão para ser o meu preferido!) em "As Joias de Castafiore", em que revela a sua galanteria, ao inventar uma rosa em homenagem a Bianca Castafiore.
Para mim, "As Joias de Castafiore" é, de muito longe, a melhor de todas as 23 aventuras do Tintin. Ao longo das 62 páginas do álbum, Hergé captura a nossa atenção com uma intriga astutamente urdida, recheada de pistas falsas, enganos e mal-entendidos (o maior dos quais proporcionado pela surdez de Tornesol), até que chegamos à última página e percebemos que, afinal, não se passou nada, a esmeralda da Castafiore não foi roubada, mas antes levada para o ninho por uma pega - e tudo ficou na mesma, acabando como começou!
Durante 19 dias deste estranho mês de julho (meteorologicamente falando), esteve em cartaz, em centenas de páginas de jornais e de horas de rádio e televisão, uma crise política a que não liguei nenhuma - e ainda bem. Estou muito satisfeito por não me ter ralado com ela, pois poupei tempo (e tempo é dinheiro) e preocupações (e o stress faz mal ao coração).
Ao fim e ao cabo, a tal crise não passou de uma imitação reles da fina comédia de enganos com que Hergé nos brindou em "As Joias de Castafiore": na substância, não se passou nada. E tudo acabou como começou. Foi como mascar um chiclete. Um engana-meninos - ótimo para um livro de quadradinhos, mas péssimo para um país que balança à beira do abismo da falência. Mas enfim, eles lá sabem as linhas com que se cosem.
Morte aos tolos pessimistas
A fantástica galeria de personagens do Tintin ficou mais rica, em Charutos do Faraó, com a chegada de Oliveira da Figueira, bem disposto comerciante, sempre pronto a oferecer um cálice de Vinho do Porto para agilizar a conversão em cliente e amigo de um novo conhecido.
A facilidade em convencer os outros a comprar-lhe artigos de utilidade duvidosa é a principal característica deste português, a que Hergé recorreu em mais três aventuras (No País do Ouro Negro, Carvão no Porão e Joias da Castafiore).
Menino para vender ventoinhas as esquimós e aquecedores na Guiné, Oliveira da Figueira simboliza o desenrascanço e o espírito aventureiro que fazem parte do nosso código genético e se revelaram em todo o seu esplendor na empresa dos Descobrimentos e da expansão marítima, em que demos novos mundos a conhecer ao Mundo, enquanto fazíamos negócio com o ouro da Mina e a pimenta da Índia.
Este nosso jeito não desapareceu com o fim do Império e foi ele que, aliado à grande capacidade exportadora da indústria do Norte, poupou o país à bancarrota na dúzia de anos que mediou entre a perda das colónias e a admissão no clube que nos deu dinheiro fácil.
Após 25 anos em que a fonte que jorrava de Bruxelas disfarçou a incompetência da governação, assegurada à vez por PS e PSD, Portugal volta a balouçar à beira do abismo, por culpa de um modelo errado de desenvolvimento que apostou todas as fichas nos serviços e em Lisboa, criou uma abundante classe de corruptos e parasitas (Duarte Lima e Oliveira e Costa são apenas a ponte do iceberg) e negligenciou a agricultura e a indústria, produtoras de bens transacionáveis.
(...)
Viver dentro das Jóias de Castafiore
https://tintinemportugal.blogspot.com/2011/11/viver-dentro-das-joias-da-castafiore.html
https://bussola.blogs.sapo.pt/189463.html
sábado, 22 de setembro de 2018
Cavaleiro Andante
Passaram 65 anos sobre aquele dia 5 de janeiro de 1952 em que o meu pai apareceu em casa com o n.º 1 de uma nova publicação para jovens: o Cavaleiro Andante. Apesar de eu ainda estar a começar a juntar as letras, ele comprou e encadernou as revistas seguintes, de que pude desfrutar mal aprendi a ler. E o entusiasmo foi tanto que passei boa parte da minha infância, e depois da adolescência, já na segunda metade da década de 50, em casa da vizinha do lado, no 27 da Travessa do Possolo, a folhear as coleções que ela fizera para a filha, bem mais velha do que eu, tanto de O Papagaio – revista para miúdos, encerrada em 1941 – como de O Senhor Doutor – um amigo que diverte, educa e instrui, que acabara em 1943 – e até de alguns exemplares avulsos de O Mosquito – o semanário da rapaziada, publicação que terminou em 1953: que belas tardes essas!
Para um miúdo preguiçoso como eu, devorar banda desenhada foi decisivo para o meu futuro. No Cavaleiro Andante, por exemplo, além de me iniciar nas obras de Hergé (Tim-Tim), Edgar P. Jacobs (Blake & Mortimer), Edgar Rice Burroughs (Tarzan, que o Estado Novo viria a proibir) ou Johnston McCulley (Zorro) – fiquei a conhecer mitos como Viriato, Baden Powell, Fausto Coppi ou o Rei Sol, li histórias como Beau Geste, Alice no País das Maravilhas ou A Tulipa Negra, e acompanhei epopeias como a conquista do Evereste ou a colonização dos EUA.
E tantos anos volvidos, sinto ainda que o Cavaleiro Andante faz parte da minha vida.
Adolfo Simões Muller: o visionário que fazia as publicações acontecerem
Foi na rádio oficial que conheci Adolfo Simões Muller, já não se publicava o Foguetão. Tive uma deceção, pois o amigo que respondia ao correio dos jovens leitores do Cavaleiro Andante era, afinal, um homem fechado e nada popular junto dos trabalhadores mais novos, que o ligavam ao salazarismo. Mas é imperioso fazer justiça ao seu espírito de iniciativa: entre 1935 e 1961, ele fundou e dirigiu, sem interrupção, quatro títulos históricos de banda desenhada: O Papagaio (quando tinha 26 anos!), Diabrete, Cavaleiro Andante e Foguetão. O grande visionário da literatura juvenil deixou-nos em 1989, quase aos 80 anos.
Alexandre Pais, Sábado, 19/01/2017
domingo, 9 de setembro de 2018
Missão em Lisboa
Lisboa na Banda Desenhada - Arco da Rua Augusta - Tintin em Lisboa-Autores: C.Moreno (des.), C. Moreno e G. Lino (arg.) - Centenário de Hergé (IV)
Capa do fanzine Tertúlia BDzine (nº 28- Dez. 99) com o episódio Missão em Lisboa, um 'pastiche' publicado como homenagem à série Hergiana, quando passavam setenta anos após a criação de Hergé em 1929
Os cenários lisboetas, estupendamente desenhados por C. Moreno, servem de base a um dos treze episódios (doze em banda desenhada e um em cartune) publicados no acima citado fanzine, editados para serem oferecidos aos participantes na Tertúlia BD de Lisboa.
Tintin e o Capitão Haddock ouviram dizer que, algures no Parque Mayer, existe um local onde, mensalmente, se reúne o maior número de autores-artistas da Banda Desenhada por metro quadrado, isto em Lisboa. Daí que tenham vindo propositadamente à capital portuguesa, e daí que os vejamos à entrada do dito Parque Mayer, onde participaram, embora fugazmente - com muita pena minha -, na Tertúlia BD de Lisboa. Como quer que seja, foi um momento virtual marcante.
https://arquivo.pt/wayback/20080215032238/http://geraldeslino.interdinamica.pt/artes/ger/x16yv74w.htm
domingo, 26 de agosto de 2018
Figuras de Tintin #67: Szut, o amigo do capitão Haddock
terça-feira, 21 de agosto de 2018
terça-feira, 14 de agosto de 2018
Tintin no blogue "Páginas de BD"
domingo, 12 de agosto de 2018
segunda-feira, 23 de julho de 2018
Vasco Granja
Pessoal... e Transmissível
De Segunda a Quinta-feira, às 19h.
(Repete depois do noticiário da meia-noite)
PESSOAL... E TRANSMISSÍVEL1. Vasco Granja2. Vasco Granja3. Vasco Granja
Vasco Granja: gostava de ter sido o Tintin
( 19:07 / 03 Jun 2003)
PESSOAL... E TRANSMISSÍVEL Vasco Granja: gostava de ter sido o Tintin
1. Vasco Granja 2. Vasco Granja 3. Vasco Granja
Antes dele a banda desenhada, em Portugal, eram apenas histórias de quadradinhos. Vasco Granja, divulgador de BD e cinema de animação, comunista e vegetariano, é o convidado para a conversa ao fim da tarde. ( 19:07 / 03Jun)
Entrevista de CarlosVaz Marques na TSF
imagem: Diário de Lisboa (1979)
HERGÉ: A escola de Hergé. (série nº19, supl. 17, 18)
TINTIN, cinquenta anos. (série nº22, supl. 43)
> Tintin e os seus companheiros. Apresentação por Vasco Granja, de um documentário para televisão. (série nº 25, supl. 08 )
LUCCA 8 : encontro da BD internacional. Artigo de Vasco Granja que incluem diversos desenhos “dedicatórios” aos leitores portugueses. Foram realizados por alguns conhecidos autores de BD em que se destaca o de Hergé na última página do suplemento. (série nº10, supl. 32 )
https://nerdenthal.blogspot.com/2011/07/vasco-granja-o-divulgador.html
quarta-feira, 18 de julho de 2018
Disco
Anexo 4 – A proposta de hoje reduz o audiovisual ao simplesmente audio. Porém, pela sua raridade e pelo seu interesse, creio que vale a pena escutá-lo. Consiste na digitalização integral (lado A e lado B) dum disco vinil LP 33 1/3 r.p.m., intitulado O Loto Azul (sic!). É um registo Vértice, produzido pelos Estúdios JORSOM e datado de 1975, espécie de audio-livro avant la lettre que interpreta a obra “homónima” de Hergé em estilo de rádio-novela. A tradução e adaptação é de Elisa e a música de Jorge Costa Pinto.
As personagens são: Tintin – José Carlos; Dupont/Rastapopoulos/Marajá – Albino Santos; Wang/Mitshuirato – Nuno Emanuel; Dupont/Faquir/Tchang – Luís Mascarenhas.
Portanto, após esta apresentação, o convite é… ouvir O Loto Azul !
https://largodoscorreios.wordpress.com/2012/07/03/o-lotus-azul-iv/
https://wikidobragens.fandom.com/pt/wiki/Tintin:_O_Loto_Azul
Anexo 5 – Como seria lógico, a proposta de hoje consiste na conclusão da audição do disco O Loto Azul, pela disponibilização do lado B, devidamente digitalizado em mp3. Justo será acrescentar que neste trabalho técnico contei com a competência e a disponibilidade de Jorge Santos, do Departamento Audiovisual da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Portalegre e, depois, de José Carlos Louro, da Entidade Regional de Turismo do Alentejo. Sem tais colaborações estes Anexos não seriam possíveis, pelo que aqui fica expressa a minha gratidão.
https://largodoscorreios.wordpress.com/2012/07/05/o-lotus-azul-v/
sexta-feira, 6 de julho de 2018
Figuras de Tintin #60: O Professor Bergamotte hilariante
terça-feira, 26 de junho de 2018
sexta-feira, 22 de junho de 2018
Figuras de Tintin #59: Toupeira-de-olhar-penetrante
domingo, 17 de junho de 2018
quinta-feira, 14 de junho de 2018
Oliveira da Figueira
Em 01/12/1981, o jornal O Diabo usou Oliveira da Figueira para criticar o Governo liderado por Pnto Balsemão e o Presidente Ramalho Eanes.
(Memórias d'O Diabo, 06/12/2011)
terça-feira, 12 de junho de 2018
domingo, 10 de junho de 2018
Revista E, suplemento do Expresso de 10.06.2018
sábado, 9 de junho de 2018
A revista Tintin faz 50 anos
In Jornal de Negócios