quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Swatch

 edicao-especial-de-abertura-da-loja-relogio-swatch-tintin-e-revista-tintin

Limited to 52 copies, each one has one of the numbers of Year I of the portuguese Tintin magazine.




relógios Swatch - Detalhes adicionais:

Nome: Les Aventures De Tintin Strap

Referência Swatch: AGM165

Categoria: Standard Gents Strap

Ano: 2004 Colecção Primavera/Verão

Ocasião: 75 years of Tintin

Tipo de bracelete: Bracelete de plástico

Largura da bracelete: 17.0 mm.

à prova de água: 30 Metros

Ano de projecto: 2003




quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

A nova loja Tintin em Lisboa

Abre hoje as portas a nova loja Tintin, que além da própria loja é um espaço de café. A loja situa-se na Avenida de Roma em Lisboa.

Paralelamente, o espaço tem uma página no Facebook no seguinte endereço: http://www.facebook.com/pages/Tintin-Lisboa/125101698583

Publié le 3 décembre 2009 par Zetantan

Espaço Tintin

Há um novo café na Avenida de Roma dedicado ao herói de BD criado por Hergé. Chama-se Espaço Tintin e por enquanto ainda é só café (durante o dia) e bar (à noite), mas até ao final do ano vai abrir mais um piso: a única loja oficial a vender produtos do Tintim em Lisboa.

Para já, está a funcionar a cafetaria, onde há saladas (uma delas foi baptizada com o nome do capitão Haddock), tostas, quiches, batidos e sumos naturais, scones, muffins e – mais por graça do que outra coisa – cervejas belgas. À noite também há mojitos, caipirinhas e em breve terão cocktails com saké.

Paulo Almeida, o proprietário, acha que faziam falta mais espaços na Avenida de Roma que devolvessem a esta zona o movimento que já teve mas nos últimos tempos tem vindo a perder. Este café do Tintin é, por isso, “uma mais-valia e espero que faça mais gente sair de casa e vir até cá”, diz o dono, que quis criar um espaço acolhedor, onde se pudesse conversar ou ler um livro (também há revistas e jornais para consulta) e a decoração fosse “uma mistura de coisas antigas e novas, porque o Tintin também é retro”.

Daí as mesas de madeira, as cadeiras todas diferentes e o mega candeeiro no tecto, estilo aranha de 16 patas com um projector em cada uma. Espalhadas pelo café há algumas referências discretas ao Tintin – quadros nas paredes, balões de BD desenhados atrás do balcão e, subindo os olhos até ao tecto, até se encontra uma miniatura do foguetão vermelho (inseparável da célebre frase “Objectif... lune!”).

O Espaço Tintin fica na Avenida de Roma, 39 A. Está aberto todos os dias: segunda a quinta das 08.30 às 23.00, sexta e sábado das 08.30 à 01.00, domingo das 14.00 às 19.00.

terça-feira, 27 de Outubro de 2009

sábado, 7 de novembro de 2009

Amadora BD

Na última sexta-feira, dia 23 de Outubro, começou no Fórum Luís de Camões, na Brandoa, arredores de Lisboa, mais uma edição do Festival de Banda Desenhada da Amadora, o maior evento do género em Portugal e que este ano comemora 20 anos de actividade.

Infelizmente para a organização do Amadora BD (nova designação que, junto com o novo logótipo, mostram a preocupação de modernizar a imagem do Festival), as eleições autárquicas foram antes da data habitual do Festival e não deve ter sobrado muito dinheiro para comemorar condignamente esta data redonda, o que obrigou a cortes variados, do catálogo, bastante mais modesto do que em anos anteriores, à própria área de exposição e à zona comercial, com claro prejuizo para as pequenas editoras e lojas, encafuadas em stands com um metro de frente… Mas, mesmo com um orçamento bastante inferior ao dos anos anteriores, ainda foi possível reunir um conjunto bastante sólido de exposições, espalhadas por vários equipamentos culturais do concelho da Amadora, com destaque para o Fórum Luís de Camões, que acolhe pela terceira vez o núcleo central do Festival.

Tendo como tema aglutinador “O Grande Vigésimo” (um trocadilho, muito pouco conseguido com o título do jornal “Le Petit Vingtiéme”, onde Hergé criou o Tintin), a mostra principal, coordenada por Sara Figueiredo Costa, divide-se em quatro partes: “Almanaque”, que revisita os momentos marcantes dos últimos vinte anos do Festival; “Colecção CNBDI”, que recolhe originais de autores portugueses e estrangeiros que passaram pela Amadora; “Contemporaneidade portuguesa”, uma selecção feita por Pedro Moura de alguns dos (para ele) nomes mais importantes da BD que se faz actualmente; e “20 Anos de Concursos”, que demonstra como vários dos nomes consagrados da actual BD portuguesa, como José Carlos Fernandes, começaram nos concursos de BD da Amadora.

Tendo em conta a importância da efeméride que evoca, o resultado final desta mostra não é particularmente entusiasmante. Pode ser que o anunciado livro de Sara Figueiredo Costa sobre os 20 Anos da Amadora, me leve a mudar de opinião, mas até ao final do segundo fim-de-semana, o livro ainda não tinha saído, o que me faz temer que suceda o mesmo que com a Exposição das “100 Melhores BDs do Século XX, cujo catálogo, cinco anos depois da exposição, ainda não saiu…

(...)

Também os 50 anos de Astérix são evocados, mas apenas com uma exposição de coleccionismo que, embora relativamente pobre, contém algumas peças curiosas. Outra efeméride evocada nesta edição foi os 50 anos de carreira de Maurício de Souza, o criador da Turma da Mônica, que voltou a levar largas centenas de pessoas ao Fórum Luís de Camões, em busca de um autógrafo seu. Já Exposição que lhe foi dedicada e que mostrava aspectos menos conhecidos da sua obra, merecia uma cenografia mais cuidada, como a que tinha a espectacular mostra dedicada à Planeta Tangerina, a editora que publica os melhores livros infantis de autores portugueses.

(“20º Amadora BD” , de 23 de Outubro a 8 de Novembro de 2009, no Fórum Luís de Camões. Mais informações em www.amadorabd.com )

João Miguel Lameiras, Diário As Beiras, 31/10/2009

https://arquivo.pt/wayback/20091219000831/http://kuentro.weblog.com.pt/arquivo/2009_11.html

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

80 Por Uma Linha

Ainda a propósito dos 80 anos do Tintim, aqui fica esta BD em que o meu Jonas e o herói criado por Hergé se cruzam numa aventura ao jeito do teledisco de "Take on Me", dos noruegueses A-ha. Esta prancha pode ser encontrada numa publicação alusiva ao Tintim, com trabalhos de vários autores e da responsabilidade de Geraldes Lino.

Para ver em:


Cumprimentos

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Herr' g 51.11 - um novo disco de Galarza

As ideias, "guardadas na gaveta" em 30 anos de carreira, saltam agora para disco. ‘herr g 51.11’ é o novo projecto de Ramon Galarza e junta músicos com quem o compositor foi trabalhando, caso dos Xutos & Pontapés, Rui Veloso ou Zé Nabo.

Resultado: um conjunto de "temas ambientais com influência do cinema, do qual sempre fui apreciador", contou o músico ao CM. Ao estilo de banda sonora de um "filme de suspense", ‘herr g 51.11’ é "um virar de página" na vida de Galarza: "Quero dedicar-me mais a projectos da minha autoria."

Quanto ao título do disco, a inspiração vem de Hergé, criador de ‘Tintin’, banda desenhada de que é fã. E 55.11 corresponde aos 55 anos e 11 meses do autor quando o disco sair, em Novembro. Com uma missão extra: metade dos lucros reverte para a Ajuda do Berço. Em 2010, o projecto fará uma digressão de dez concertos.

Correio da Manhã

domingo, 26 de abril de 2009

Revista do Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho


O Boletim Informativo nº 9 do Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho de Maio de 2007 dedicou a sua capa a Hergé, sugerindo [no texto da capa] algumas publicações sobre o autor que se encontram disponíveis no acervo bibliográfico daquela instituição [UM].

quarta-feira, 18 de março de 2009

André Lemos


Sempre quis dizer isto! Tintin é bué Tótó!

E não vamos falar do cão Milu, que nunca percebi se era macho ou fémea. Era um pouco insalubre digo eu.

https://opuntia-syndrome.blogspot.com/search?q=tintin

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Biblioteca Municipal da Lourinhã celebra 80 anos da criação do Tintin

No ano em que se celebra o 80.º aniversário da criação da personagem de Banda Desenhada “Tintin” por Hergé, o Município da Lourinhã, através da Biblioteca Municipal, promove, entre os dias 25 de Fevereiro e 21 de Março, um conjunto de iniciativas comemorativas da efeméride.

 A par de uma pequena exposição temática denominada “Tintin: 80 anos de Aventuras”, presente no átrio do Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues Pereira, será ainda possível visionar, no Auditório, filmes com esta personagem histórica, baseadas nos álbuns do herói (mediante marcação e para grupos).

 No Biblioteca, haverá ainda uma área dedicada a Tintin, que incluirá álbuns, vídeos e dvd’s do herói, passíveis de empréstimo, mas também algumas surpresas…para leitores dos 8 aos 80 anos.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Tintin e a crise da Educação

As Aventuras de Tantan e Milu

Tantan E O Mistério do Naufrágio da Educação


Parodiando a crise na Educação em Portugal, o blog http://wehavekaosinthegarden.blogspot.com publica uma montagem da capa «O mistério do tosão de ouro» com as imagens do secretário de Estado da Educação e do Primeiro- Ministro. (cartoon de 12/01/2009)

over-blog

blog

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Miguel Portas e Tintin


O desenhador António Jorge Gonçalves parodiou o bloquista e deputado europeu Miguel Portas, fã do Tintin, com um «cartoon» alusivo.

 http://www.antoniojorgegoncalves.com/archives/526

03/Maio/2008

filed under Desenho | Drawing

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Amigos de Hergé portugueses

I Reunião-Convívio dos Amigos de Hergé portugueses

Lisboa - 7 de Julho de 2006

Realizou-se no dia 7 de Julho de 2006, a primeira reunião dos amigos de Hergé.

O encontro teve lugar na Cervejaria Solmar e estiveram presentes ao jantar: Fernando Gomes, mulher, filha e filho, Francisco Duarte Sousa, João Paiva Boléo e mulher, José Victor Silva, Joaquim Talhé e mulher e José Azevedo e Menezes e mulher.

Dos treze sócios indicados por Gérald Dewinter, director dos ADH, apenas dois não responderam a duas cartas enviadas: Miguel Silva, de Lisboa  e Carlos Seco, da Lousã.

Registe-se para a história a ementa:

Entradas, massada de cherne ou entrecosto com açorda, vinhos, sobremesa e café.

O jantar decorreu animado, tendo a conversa estado naturalmente centralizada na figura e na obra de  Hergé, que tanto nos fez sonhar em crianças e o motivo do nosso encontro.

As fotografias foram tiradas pela filha de Fernando Gomes.

Foi por alguém sugerido que, para facilitar a vinda de outros sócios, a próxima reunião se efectuaria no Bombarral, no próximo mês de Outubro.

Foi enviada a Gérald Dewinter notícia do nosso encontro histórico, com fotos.

Já nos respondeu, felicitando-nos pelo evento. Confirmou-nos, também, a morada dos dois sócios acima citados. Sobre os amigos de Jacobs, disse-nos que também ele é sócio, e que não tem notícias e explicações para o silêncio prolongado destes. Foi-lhe também perguntado se tinha registos da data de admissão dos membros portugueses. Disse-nos que não.

José Menezes

II Reunião-Convívio dos Amigos de Hergé portugueses

Bombarral - 21 de Outubro de 2006

Decorreu no passado dia 21 de Outubro, o segundo convívio dos ADH portugueses.

O ponto de encontro foi no largo do Município, no Bombarral.

Às 13 h, arrancámos atrás do nosso anfitrião, José Victor Silva, que nos conduziu até ao Restaurante Mãe de Água, a pouca distância da vila.

Estiveram presentes:

António Monteiro e mulher

João Paiva Boléo e mulher

Francisco Sousa

José Victor Silva

José Menezes

Durante o almoço, que decorreu animado (de destacar uns excelentes Alvarinho e Sanguinhal, Touriga 2003), falou-se do nosso boletim.

O António Monteiro sugeriu que fosse digital, o que foi bem aceite.

Elimina-se assim o maior problema, que seria o de arranjar uma tipografia que fizesse o boletim a um preço acessível, tarefa quase impraticável, dado o tipo de material de colaboração, em muitos casos sem sentido se não for a cores.

Assim, os ADH só terão que o imprimir em suas casas.

Quanto à altura da sua edição, apontou-se o mês de Abril de 2007, vésperas da celebração do centenário do nascimento do nosso herói.

O António Monteiro ofereceu-se para tentar fazer a paginação das colaborações recebidas.

Portanto, amigos ADH, é tempo de começarem a pensar nos vossos artigos.

Disto não se falou, mas penso que a maneira mais prática será a de os enviarem para o António Monteiro.

O meu trabalho sobre as alterações e eliminações de quadradinhos do Papagaio nos álbuns Casterman circulou pelos presentes. Será publicado no nosso boletim.

Depois do café, o António Monteiro leu um questionário de cinquenta perguntas, sobre Hergé e Tintim, que os presentes foram preenchendo em folhas de papel. O brilhante vencedor deste concurso foi o Francisco Sousa, largamente destacado, com trinta e uma perguntas certas. Estas perguntas sairão no nosso boletim.

Dado o sucesso desta iniciativa, decidiu-se que para o próximo encontro se fará novo concurso, também sobre Hergé e Tintim, mas respeitando apenas a três histórias, a anunciar oportunamente.

Deste modo, não haverá desculpas para falhas clamorosas de alguns dos participantes, nos quais me incluo.

Eu fiquei encarregado  de arranjar as perguntas para o próximo concurso.

Finalizámos o encontro com o desejo de nos voltarmos a reunir em Janeiro, em dia e local a combinar.

Depois do almoço, já sem a presença do Francisco Sousa, o José Victor Silva teve a amabilidade de nos mostrar o solar dos Loridos, referência da região e actual propriedade de Joe Berardo.  Foi muito interessante esta visita: Paradigma de casa bonita senhorial e de atroz mau gosto, com a adição recente de umas estátuas e estatuetas orientais e gregas, com predominância de um grande lote de Budas, feitos em massa.

Por enquanto, o solar  mantém as características. Esperemos que as estatuetas se fiquem pelo exterior.

José Menezes

III Reunião-Convívio dos Amigos de Hergé portugueses

Algés - 3 de Fevereiro de 2007

No dia 3 de Fevereiro no Restaurante Caravela d’Ouro, em Algés, os PADH juntaram-se, pela terceira vez, numa refeição/convívio, a mais concorrida até agora.

Embora tenhamos a lamentar a ausência, por motivos imperiosos está bem de ver, dos nossos amigos João Paiva Bóleo e esposa, José Victor Silva, Fernando Gomes e Pedro Silva (estimamos rápidas melhoras), contámos, desta vez e esperamos que sempre daqui em diante, com as presenças de António Mata, de Viseu (e seu sobrinho), Luís Sotero, do Funchal (e seu filho) e António Cabral, de Bruxelas. Para além destes estiveram presentes os já habituais José Azevedo e Menezes, primeiro promotor dos nossos convívios, e sua esposa, António Monteiro e Helena Monteiro, excelentes organizadores deste nosso 3º Encontro, Joaquim Talhé e esposa e Francisco Sousa.

O repasto e consequente convívio, decorreram animados, com as conversas a rondar, como seria natural, a banda desenhada, o coleccionismo, Tintin e Hergé. Foram contadas várias histórias e postas em dia conversas que vinham desde o nosso último encontro do Bombarral.

Foi aflorado, ainda que muito “pela rama”, o nosso futuro boletim, o que poderá e deverá ser discutido através dos nossos e-mails, de forma a podermos ter algo mais consistente no nosso próximo encontro.

Depois do jantar foi realizado aquele que já começa a ser considerado um dos pontos altos dos nossos encontros, o concurso/questionário, que, desta feita, teve direito a um prémio simbólico, mas muito valioso, uma miniatura de uma viatura de Tintin na América.

O autor das questões foi José Azevedo e Menezes, e o tema foram as Aventuras: Tintin na América, Os Charutos do Faraó e o Lótus Azul, num total de 32 perguntas.

Pela 2ª vez o vencedor foi Francisco Sousa com 16 respostas certas, pelo que foi congratulado por todos os presentes e muito orgulhoso ficou.

 Foi depois acordado que a próxima reunião se deverá realizar em data próxima ao centenário de Hergé (22 de Maio), pelo que ficou já marcado o dia 26 de Maio (sábado) em Viseu, numa organização do nosso amigo António Mata. Tudo será confirmado em tempo útil.

 Também oportunamente será divulgado o tema para o próximo concurso/questionário, cujo autor será Francisco Sousa.

Depois de mais um belo convívio, resta-nos desejar que possamos estar todos juntos em Maio, em Viseu, para que o nosso grupo PADH se fortaleça e possamos concretizar a ideia do nosso boletim.

Saudações Tintinófilas»

IV Reunião-Convívio dos Amigos de Hergé portugueses

Viseu - 26 de Maio de 2007

Conforme estava previsto, realizou-se no passado dia 26 de Maio o quarto encontro dos ADHP. Recordemos, a talhe de foice, que o primeiro encontro teve lugar em Lisboa, o segundo no Bombarral e o terceiro novamente em Lisboa. Está desde já previsto que o próximo tenha lugar no Porto, em dia a combinar por volta de Outubro próximo, estando a organização local do evento a cargo do nosso amigo Pedro Correia da Silva. Devemos observar que, deste modo, ao prazer do convívio e da amena conversa sobre temas de interesse tintinófilo, se acrescenta uma faceta turística muito agradável.

Desta vez, o anfitrião era o amigo António Mata, residente em Viseu. O encontro foi marcado para as 13:00 horas, no Largo da Sé, em Viseu, que é, diga-se, um local de rara beleza e dignidade, assente sobre o forte granito beirão.

Presentes à chamada estavam António Mata, Francisco Sousa, Teresa e João Paulo Paiva Boléo, Hermínia e Fausto de Almeida (convidados do amigo João Paulo) e António Monteiro, sucedendo que alguns problemas mecânicos atrasaram ligeiramente o José Azevedo e Menezes, que chegaria um pouco mais tarde ao restaurante para onde nos dirigimos.

Para abrir o apetite para a reunião, cerca de meia hora antes alguns de nós tiveram ainda a oportunidade de ouvir, na TSF, a prometida emissão de 6 minutos sobre Hergé e a sua obra, preparada pela jornalista Maria Miguel Cabo a partir da conversa que três de nós – João Paiva Boléo, Francisco Sousa e António Monteiro – tínhamos tido com ela em tempos, nos estúdios daquela emissora radiofónica. Embora a entrevista tenha durado quase hora e meia e possa à primeira vista parecer que meia dúzia de minutos seriam insuficientes para resumir convenientemente o seu conteúdo, a verdade é que em rádio um período de seis minutos é ainda assim considerável e que o resumo acabou por ficar bastante bem feito, dando claramente a ideia do tom geral das intervenções e salientando alguns dos aspectos mais importantes que tivemos oportunidade de focar.

Mas voltemos ao nosso encontro.

Uma vez reunidos os participantes, com a excepção já assinalada, cada um foi para o seu automóvel e seguimos em cortejo até Póvoa Dão, aldeia situada a uma dezena e meia de quilómetros da cidade.

A povoação, debruçada sobre o vale cavado pelo rio que lhe dá nome, encontrava-se praticamente deserta desde meados do século vinte, por força da emigração que levou para África, para o Brasil e, mais tarde, para diversos destinos europeus uma grande parte da população jovem do interior norte do nosso país.

Em 1995, o empresário Vítor Catarino dos Santos soube que a aldeia medieval – fundada por volta do ano de 1258 e que possui uma via romana bem conservada –, onde restavam apenas três habitantes, se encontrava para venda na sua totalidade.

A recuperação de Póvoa Dão levou, como é natural, alguns anos, pois ali não havia nem electricidade, nem água canalizada, nem rede de esgotos montada. Os resultados, porém, são louváveis, pois as fachadas tradicionais em granito, e os telhados vermelhos escondem os mais variados confortos modernos: piscina, campos de ténis, televisão por cabo, aquecimento central, etc.

Do empreendimento faz ainda parte um amplo restaurante e foi justamente para lá que nos dirigimos. As condições do local permitiram que dispuséssemos de uma sala para nosso uso exclusivo, tendo o António Mata tido o cuidado de a enfeitar com duas estatuetas artesanais, de madeira, representando Tintin e duas reproduções emolduradas de páginas de álbuns. Estava pois preparado o ambiente ideal para umas horas bem passadas. Tanto assim que, tendo lá chegado pouco depois da uma e meia da tarde, o Sol se punha já quando saímos.

Sobre o encontro propriamente dito, pouco há a contar que não seja já habitual e familiar a quantos participaram nos anteriores. A conversa fluiu facilmente, não fosse o assunto – quase exclusivo – tão do agrado de todos os presentes. Vão sempre surgindo ideias, comentários, aspectos novos encontrados aqui e acolá numa obra tão rica como a de Hergé. De referir que, antes da refeição, o nosso amigo António Mata distribuiu por todos uns alfinetes (desses internacionalmente conhecidos por pins) onde, sobre a reprodução de uma cena de Tintin en Amérique, tinha aposto os dizeres “Viseu Maio 2007”. Esses alfinetes, pelo reduzidíssimo número de exemplares produzidos, constituirão doravante uma grande raridade no coleccionismo tintinófilo e todos os colocaram ao peito com orgulho!

Ao sabor dos pratos típicos da região, onde não faltaram o cabrito e os rojões, jóias da culinária beirã, sempre valorizadas pela excelência das matérias-primas utilizadas por aquelas bandas, a troca de impressões foi-se estendendo e abrangeu temas tão variados como a comparação e a definição da importância relativa da obra de Hergé e de outras obras-primas da banda desenhada europeia, a escolha dos álbuns preferidos de cada um e até as desventuras que o nosso amigo João Paiva Boléo teve nos seus recentes contactos com a imprensa escrita e falada.

Inevitavelmente, um dos pontos altos da sessão consistiu no já usual questionário, desta vez preparado pelo Francisco Sousa – disso encarregado por todos desde a última reunião, num esforço fracamente disfarçado de evitarmos que tornasse a ser ele o vencedor... – e que se baseava exclusivamente nas capas dos vinte e pouco álbuns das aventuras de Tintin, nas suas versões finais, com exclusão de Tintin aux pays des Soviets e do incompleto Alph-Art. Apesar de os presentes terem, na sua generalidade, feito os trabalhos de casa, o certo é que o “ponto” não era fácil.

Os que não puderam estar presentes encontrarão a respectiva lista de perguntas no final do presente relato. A pontuação foi organizada de modo muito simples: cada resposta certa valia 1 ponto. Assim, se uma determinada resposta requeria a referência a cinco capas distintas, quem acertasse em todas teria 5 pontos, quem acertasse apenas em quatro teria 4 pontos, etc., não se descontando pontuação por respostas eventualmente erradas.

Quem quiser testar os seus conhecimentos que procure responder ás 35 perguntas sem consultar a colecção dos álbuns! Na circunstância, o vencedor foi António Monteiro, com um total de 82 pontos, ficando João Paiva Boléo em segundo lugar, com 80. Parece ter-se já instituído o princípio de que o vencedor de cada concurso preparará o próximo e assim se fará no caso presente.

Um assunto ainda abordado, já perto do final da tarde, referia-se à possibilidade de se admitir a presença, nas nossas reuniões, de pessoas interessadas na banda desenhada e apreciadoras da obra de Hergé em particular, ainda que não façam parte dos Amis de Hergé. Embora houvesse opiniões levemente diferentes sobre o assunto, acabou por se estabelecer consenso sobre a seguinte solução: em princípio, qualquer dos ADHP poderá fazer-se acompanhar de algum amigo, a título de convidado (como foi o caso do encantador casal Hermínia e Fausto de Almeida que desta vez acompanhava o casal Paiva Boléo); no entanto, para passar a ser considerado como “membro efectivo” do nosso grupo – com direito a ser convocado para os encontros e a receber automaticamente o BoleTim-Tim – qualquer interessado deverá, por princípio, inscrever-se nos ADH. A título de exemplo, ainda há pouco tempo fomos contactados por Jorge Macieira, que acabou por não poder estar presente (enquanto convidado) desta vez, mas prometeu já registar-se na associação belga, para passar a ser dos nossos com carácter permanente.

Eram cerca de 19:00 horas quando finalmente abandonámos Póvoa Dão. Na memória de todos, a recordação de uma tarde excelentemente passada num belo ambiente em que impera a beleza natural das serranias beirãs, o silêncio e a pureza do ar, isento da feia poluição das grandes cidades.

António Monteiro

Fonte: http://clientes.netvisao.pt/jvictors/PADH.htm

Como é do conhecimento de todos, perfaziam-se no dia 10 de Janeiro de 2009 oitenta anos a partir da data original de publicação da primeira aventura de Tintin. Que o nosso herói seja um pouco mais velho, é perfeitamente claro, já que Hergé terá levado algum tempo a preparar a história; mais ainda, o nosso amigo Jorge Maicieira observou recentemente que, mesmo antes da publicação dos primeiros quadradinhos, teria havido já referências anunciadoras dessa próxima publicação. No entanto, tal como a idade de cada um de nós se conta a partir do momento do parto, deprezando-se o período de gestação imediatamente anterior, também aqui se deve considerar que o famoso repórter atingiu nesse dia 10 de Janeiro a bonita idade de 80 anos. Isso mesmo entenderam, entre nós, diversos meios de comunicação social, como vários jornais e canais de rádio e televisão, que no próprio dia ou na véspera deram nota da efeméride. Deve mesmo salientar-se que nos chegaram diversos convites para participar em emissões televisivas e radiofónicas, mas a circunstância de tais convites terem sido feito muito em cima da hora levou a que só muito parcialmente pudessem ter sido aceites.

Naturalmente que os ADHP não podiam deixar de celebrar condignamente o faustoso evento! Ora que melhor festa de aniversário poderíamos dedicar a Tintin que um almoço de confraternização do grupo?

Desta vez, o organizador foi o Fernando Cardoso e o local acertado o conhecido Café Nicola, no Rossio, em Lisboa, sítio de amplas referências literárias, já pela circunstância de o poeta sadino Bocage ter o hábito de frequentar um estabelecimento similar ali existente no seu tempo, já porque no mesmo prédio habitou Eça de Queiroz, conforme testemunha uma placa alusiva ali mandada fixar, em devido tempo, pelo Círculo Eça de Queiroz.

O encontro foi marcado para cerca das 13:00 horas e, mais minuto, menos minuto, para lá nos fomos dirigindo. Infelizmente, só quatro elementos do nosso grupo conseguiram comparecer, mas outros - impossibilitados de se nos juntarem - decerto nos acompanharam em espírito! Para a história, aqui fica o registo das presenças, por ordem de chegada ao restaurante: Fernando Cardoso, João Paulo Boléo, António Monteiro e José Menezes. Ah!, mas a esses quatro ADHP juntou-se um quinto conviva e de peso: nada menos que o próprio Tintin, convidado especialmente pelo fernando Cardoso. Sempre original, porém, o repórter recusou-se a sair do seu jarrão chinês, afirmando estar atento a quanto se passasse no Nicola, não fosse por ali entrar de súbito o infame Mitsuhirato e estragar-nos o convívio...

O repasto decorreu em ambiente de grande cordialidade - como é já nosso apanágio - e boa disposição, tendo-se sacrificado, para o efeito, uns agradáveis bifes devidamente montados por ovos estrelados e nadando num molho agradável e espesso, que quase nos fazia esgotar os pãezinhos disponíveis sobre a mesa.

A conversa decorreu célere, interessante e fluida, versando diversos aspectos da obra Hergeana e outros temas da banda desenhada em geral, e as horas foram passando sem que na verdade déssemos por elas. Eram umas três e tal quando demos o encontro por encerrado. aventou-se a hipótese de se organizar o próximo para data a combinar em Fevereiro.

A.M.

Blog Tintinófilo, 11/01/2009

Sócios portugueses do Clube Belga «Amis de Hergé»

Nº 153 Francisco Duarte Sousa, Lisboa

Nº 228 Miguel Silva, Lisboa

Nº 270 José Azevedo e Menezes, Lisboa

Nº 415 António Monteiro, Lisboa

Nº 577 João Paiva Boléo, Lisboa

Nº 645 António José Cabral, Bruxelas (Bélgica)

Nº 724 Pedro Correia Silva, Porto

Nº 773 Carlos Seco, Lousã

Nº 944 José Vitor Silva, Bombarral

Nº 1011 António Mata, Viseu

Nº 1184 Luís Sotero Gomes, Funchal

Nº 1206 Fernando Gomes, Cascais

Nº 1278 Joaquim Talhé, Lisboa

Nº 1304 Fernando Reis Cardoso, Pinhal Novo


sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

A primeira reportagem de Tintim

Faz amanhã 80 anos que um jovem repórter chamado Tintim partiu para a Rússia soviética. Começava a publicação de 'Tintim no País dos Sovietes', a primeira aventura do herói de Hergé, no 'Le Petit Vingtième', suplemento para crianças do diário belga 'Le Vingtième Siècle'

Herói não voltou mais a escrever

No dia 10 de Janeiro de 1929, faz amanhã 80 anos, partia da gare da estação de comboios de Bruxelas, para a Rússia soviética, em serviço do Le Petit Vingtième, o suplemento infanto-juvenil do diário católico e conservador Le Vingtième Siècle, "um dos seus melhores repórteres", Tintim, acompanhado por Milu, o seu fiel fox-terrier branco.

Trajando sobretudo, calças à golfe e casaco de padrão escocês, e com um boné na cabeça, Tintim prometia enviar "postais, caviar e vodka" aos camaradas e amigos que se tinham ido despedir dele, enquanto o seu redactor-chefe dizia: "Boa viagem! Seja prudente e mantenha-nos ao corrente de tudo."

Começava assim a primeira prancha de Tintim no País dos Sovietes, desenhada a preto e branco por um jovem ilustrador chamado Hergé (pseudónimo de Georges Rémi). Começava também a fazer-se história da banda desenhada (BD), pois esta seria a primeira aventura daquele que se tornaria no maior, mais popular e mais universal herói da Nona Arte.

Tintim nasceu porque o recém-criado Le Petit Vingtième precisava de ter um herói-âncora a protagonizar uma história de longa duração que apaixonasse os pequenos leitores deste suplemento infanto-juvenil.

Hergé criou-o em poucos dias, indo buscar o escuteiro Totor, que tinha criado antes para uma revista escuta, Le Boy-Scout Belge, modificando-o e dando-lhe a companhia de Milu. Tintim permite-lhe também escapar à corveia que é desenhar Les Aventures de Flup, Nénesse, Poussette e Cochonnet, que não entrará para a história da BD...

O desenhador tinha o fascínio dos Estados Unidos, mas o abade Norbert Wallez, director do Le Vingtième Siècle, e criador do Le Petit Vingtiéme, anticomunista fervoroso, decidiu orientar a primeira reportagem de Tintim para a União Soviética, então a viver "numa espécie de caos mais ou menos organizado", como escreveu Michael Farr em Tintin, le rêve et la realité (Moulinsart). Tinham passado apenas 12 anos sobre a Revolução de Outubro, e o mundo estava cada vez mais temeroso dos seus efeitos.

Recordou Hergé: "Fui assim inspirado pelo ambiente que se respirava no jornal mas também por um livro intitulado Moscou sans voiles, de Joseph Douillet [1928], ex-cônsul da Bélgica em Rostov-sobre-o-Don, que denunciava com veemência os vícios e as infâmias do regime". No futuro, Hergé documentar-se-á cuidadosamente antes de desenhar os álbuns de Tintim.

Como escreve Pol Vandromme em Le Monde de Tintin, para este jovem repórter com espírito de escoteiro, "a Rússia leninista é uma invenção infernal", e a história de estreia da personagem, que já não é Totor mas ainda não é bem Tintim, "ilustra uma Rússia de pesadelo. Mais exactamente: uma Rússia que não é senão um pesadelo viscoso e sangrento".

Cento e trinta e seis pranchas de sátira anticomunista e peripécias depois, Tintim regressou triunfalmente à Gare du Nord de Bruxelas. No papel como na vida real, uma multidão acorreu a acolhê-lo. Seria a sua primeira e única reportagem.

Eurico de Barros, Diário de Notícias, 09/01/2009

Publié le 9 janvier 2009 par Zetantan