quinta-feira, 29 de agosto de 2024

Cavaleiro Andante

(extracto da capa do nº 100 da revista Cavaleiro Andante, Artur Correia)

CAVALEIRO ANDANTE

Começou a sua publicação em 5 de Janeiro de 1952, continuação, sem interrupção, do «Diabrete» e terminou em 25 de Agosto de 1962 com 556 números publicados semanalmente. Foi seu director, Adolfo Simões Muller.

As histórias do Tintin publicadas no «Cavaleiro Andante» foram as seguintes:

1 - O templo do sol (#1 de 05/01/1952 ao #27 de 05/07/1952) (continuou no suplemento «O Pajem» do #1 de 05/07/1952 ao #86 de 22/08/1953)

2 - Tim-Tim na Lua (Rumo à Lua / Explorando a Lua) (#94 de 17/10/1953 ao #209 de 31/12/1955)

3 - Tim-Tim na América do Norte (Tintin na América) (#210 de 07/01/1956 ao #269 de 23/02/1957)

4 - O caso da arma secreta (O caso Girassol) (#270 de 02/03/1957 ao #331 de

5 - O lótus azul (#340 de 05/07/1958 ao #401 de 05/09/1959)

6 - Mercadores de ébano (Carvão no porão) (#405 de 03/10/1959 ao #466 de 03/12/1960)

7 - Tim-Tim no Tibet (Tintin no Tibete) (iniciou n' «O Foguetão do #1 de 04/05/1961 ao #13 de 27/07/1961) (#516 de 18/11/1961 ao #553 de 04/08/1962)

https://tintinemportugal.blogspot.com/2011/06/tintin-no-cavaleiro-andante.html

https://tintinofilo.weebly.com/cavaleiro-andante.html

EMPRESA NACIONAL DE PUBLICIDADE

- A revista «Diabrete»  durou de 4 de Janeiro de 1941 a 29 de Dezembro de 1951.

«Cavaleiro Andante» foi publicado de 5 de Janeiro de 1952 a 25 de Agosto de 1962.

- «O Pajem» foi um suplemento destacável do «Cavaleiro Andante» que começou no nº 27 de 5 de Julho de 1952 (a partir do nº 238 só em números pares - os ímpares correspondiam ao suplemento «Desportos») e durou até ao nº 326. A partir deste número passou a ser uma secção da revista, tendo terminado em 19 de Novembro de 1960.

 - A revista de grande formato «Foguetão», propriedade da ENP, com direcção de Simões Muller, teve a duração de apenas 13 números (04/05/1961 a 27/07/1961). Teve a particularidade de publicar as legendas do episódio do Tintin em francês, com a tradução para português em rodapé.

- Também da propriedade da ENP e com direcção de Simões Muller, o «Zorro» começou em 13 de Outubro de 1962 e terminou em 11 de Junho de 1966 com 192 números publicados semanalmente. Publicou unicamente uma aventura do Tintin: As jóias de Prima-Dona (As jóias da Castafiore) do #26 de 06/04/1963 ao #87 de 06/06/1964)

Na revista Cavaleiro Andante, os desenhos de autores portugueses alusivos ao Tintin são os seguintes:

#13; 29 Março 1952; Capa sobre o «Templo do Sol»; Tintim, Milou, Tournesol e Haddock; Fernando Bento

#15; 12 Abril 1952; Capa; Tintim e Milou; Fernando Bento

#23; 7 Junho 1952; Capa; Tintim; Fernando Bento

#100; 28 Novembro 1953; Capa; Tintim e Haddock; Artur Correia

https://comicvine.gamespot.com/cavaleiro-andante-100/4000-923103/

#418; 2 Janeiro 1960; Capa; Tintim; Fernando Bento

https://tintinemportugal.blogspot.com/2011/06/tintim-visto-pelos-desenhadores_12.html

Capas

#13 - 29 de Março de 1952 - Capa de Fernando Bento - OTDS


#93 - 10 de Outubro de 1952 - TNL

#154 - 11 de Dezembro de 1954 - TNL

#212 - 21 de Dezembro de 1956 - TNADN

#270 - 2 de Março de 1957 - OCDAS

#283 - 1 de Junho de 1957 - CCP FIAT600

#291 - 27 de Julho de 1957 - CCP FIAT600

#405 - 3 de Março de 1959 - MDE

#418 - 2 de Janeiro de 1959 - Capa de Fernando Bento - NOVO ANO 1960


#516 - 18 de Novembro de 1961 - TNT

O Meu Professor Inesquecível - Artur Tomé

Foi com o Cavaleiro Andante que aprendi a ler. Tinha o Tim-Tim e o Templo do Sol e O Mistério da Grande Pirâmide, com o Blake e Mortimer, que iriam ser os meus heróis por muitos anos.

Pessoal da minha geração formou-se culturalmente com aquela revista editada pelo Adolfo Simões Muller, e, os que não iam muito à bola com aquilo que viria a ser conhecido como a escola franco-belga, viravam-se mais para o Mundo de Aventuras com o Mandrake, o Fantasma e o Flash Gordon.

Eu alinhava em ambas as correntes.

Normalmente, ao entrar na puberdade, o pessoal largava os quadradinhos e virava-se mais para o desporto e para o sexo oposto. Comigo não foi bem assim. Na rua onde nasci, a vizinhança mais próxima da minha idade era toda ela do sexo oposto. Cresci entre miúdas, com consequências que não vêm agora para o caso.

O desporto foi-me proibido pelo médico, tinha eu 11 anos, graças a um diagnóstico de coartação da aorta. O liceu Pedro Nunes tinha uma excelente biblioteca e passei o horário da Educação Física lá metido a ler Mosquitos, primeiro, e depois as colecções de Júlio Verne, Tarzan, Sherlock Holmes e Cavaleiro de Lagardère.

Os professores do Pedro Nunes eram óptimos -  fui aluno do Palma Fernandes a Matemática e do Rómulo de Carvalho a Físico-Químicas, um luxo de ensino. Mas a cultura do Simões Muller marcou-me tanto ou mais que o Eça ou Trindade Coelho.

Talvez por isso, não renunciei a tais leituras ao crescer. Ainda era fã do CA quando apareceu a história da Marca Amarela que criou uma histeria entre a miudagem da altura, com o símbolo a aperecer grafitado em todas as paredes ( sendo que entre a Estrela e a Pampulha, a autoria dos rabiscos era aqui do je.)

A família contribuía para o vício. A minha avó tinha um sotão com folhetins de cordel do final do séc. XIX, um primo que vivia com ela tinha os primeiros livros da Argonauta, uns tios com quem passava férias tinham uma colecção de Gibis brasileiros com as primeiras histórias do Capitão América, Homem de Borracha e Capitão Marvel.

Apanhei o vício de toda essa literatura menor e não o larguei até hoje.

E não é que nessa literatura "menor" se encontram pérolas de alto valor cultural?

É disso que conto falar aqui no Cavaleiro Andante. Autores que marcaram o nosso imaginário, com uma criatividade e humor muito pouco reconhecidos. Venham daí comigo.

Artur Tomé, 23/11/2009

(...) Fernando Bento foi um desenhador incansável, dando a conhecer grandes obras aos mais novos como Beau Geste, por exemplo. Claro que há o Garcês, com desenho mais à Harold Foster do Príncipe Valente, mas a produção e qualidade de Bento sempre foi mais da minha simpatia. (...)

A banda desenhada cria heróis e personagens que se embebem em todos nós, por vezes sem que nos apercebamos de tal. Mas deixam marcas, moldam sonhos, criam modelos de comportamento que nos acompanham pela vida fora. Mesmo quando pensamos que não ligamos àquela forma de expressão.

http://www.truca.pt/cavaleiro_andante.html

quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Concurso das Cidades de Portugal

 Iniciativa da revista Cavaleiro Andante realizada em 1957. O primeiro prémio foi um Fiat 600.


Imagens retiradas do facebook (Paulo Timóteo)





capas das edições 283 e 291 da revista Cavaleiro Andante (1957)

terça-feira, 20 de agosto de 2024

Morreu há 60 anos Abel Varzim, o padre que lutou pela justiça social e apresentou Tintim aos portugueses


(...) Ao seu empenho se deve a publicação das aventuras de Tintim (Tim-Tim, era o nome usado na altura) em Portugal, que foi, aliás, o primeiro país não francófono a acolhê-las. As histórias da amizade com Hergé e da publicação de Tim-Tim no nosso país encontram-se relatadas por Albert Algoud no livro Le Senhor Oliveira da Figueira & les aventures de Hergé et Tim-Tim au Portugal, publicado pelas Éditions Chandeigne em 2021. O “Abbé Abel Varzim” é a primeira entrada do “Glossário de uma longa colaboração”. A acompanhar, encontra-se um retrato do sacerdote desenhado por Philippe Dumas.

À tout seigneur tout honneur” – “O seu a seu dono” – escreve o autor, lembrando que foi o Padre Abel Varzim, que em Lovaina tinha conhecido Georges Remi, mais tarde famoso como Hergé, quem se encarregou de pedir autorização para reproduzir em O Papagaio as histórias publicadas em Le Petit Vingtième, o suplemento semanal de Le Vingtième Siècle, como é comprovado por uma carta endereçada ao director do jornal belga em 25 de Maio de 1935.

Foram várias as questiúnculas relacionadas com a edição em Portugal de Tim-Tim, apresentado em O Papagaio como “um repórter português residente em Lisboa”, e não como o repórter belga que efectivamente era. A colorização (“foi em Portugal, e não na Bélgica, que as aventuras de Tintim foram pela primeira vez publicadas a cores”) e a remontagem de imagens (“recortadas e montadas unicamente em função do espaço disponível nas páginas do Papagaio“) originaram embaraços entre Hergé e os seus editores portugueses.

Um imbróglio diz respeito ao facto de, a partir de um determinado momento, Adolfo Simões Müller querer levar o Tintim para uma nova revista, Diabrete, que competiria com O Papagaio, que pretendia manter o “repórter português” ao seu serviço. Albert Algoud nota que Abel Varzim manteve as aventuras de Tintim e o concorrente ficou com as histórias de outros heróis de Hergé: Jo, Zette e Jocko, além das de Quick e Flupke.

Assaz curioso é o modo de remuneração do trabalho de Hergé. Albert Algoud conta que, a partir de 1940, estando a Bélgica sob o jugo da Alemanha nazi e, por isso, submetida a severos racionamentos alimentares, o criador de Tintim se disponibilizou a ser pago em sardinhas, chocolate e café. Hergé pede igualmente o envio de bens idênticos ao irmão prisioneiro na Alemanha.

No dia 23 de Fevereiro de 1943, Hergé escreve a Adolfo Simões Müller e ao Padre Abel Varzim sobre a questão dos pagamentos. A este último pede que lhe continue a fazer chegar latas de sardinhas e de frutos secos. A Adolfo Simões Müller pede também alguns cigarros de tabaco inglês, que fariam do criador de Tintim o homem “mais feliz do mundo”.

Albert Algoud dá conta da existência de um recibo datado de 24 de Maio de 1943 comprovativo de que Hergé tinha recebido 40 embalagens contendo 219 latas de sardinhas, com um peso total de 18 kg. A quantidade de latas de sardinhas foi tão elevada que Hergé se tornou suspeito de as negociar no mercado negro, tendo de prestar contas à administração alfandegária, após uma denúncia anónima.

Eram tempos difíceis na Bélgica e em Portugal. Eram tempos difíceis no mundo.

Eduardo Jorge Madureira in 7 Margens

quarta-feira, 14 de agosto de 2024

Material Escolar



A empresa Ambar existe desde 1939.

Ao longo dos anos são conhecidos os muitos artigos escolares e que foram associados a marcas bem conhecidas.

Em 1983 foi a vez de Tintim que apareceu em vários artigos da marca.


Por exemplo a coleção de cadernos escolares, alguns estojos e até uma capa de argolas a5 com a aventura de "O Templo do sol".






imagens de Fernando Marques, Catawiki, Todoc

(Lombard/Hergé 1983)



sexta-feira, 9 de agosto de 2024

Tintin responde

Nos anos '60 e '70 publicou-se em Portugal a Revista Tintin. "A revista dos jovens dos 7 aos 77 anos", juntava algumas histórias de BD de vários autores, à razão de duas páginas por semana para cada história.

Este é o número 19, de 4 de Outubro de 1969, e custava na altura 5$00. Está já devidamente assassinado a golpes de caneta, naturalmente. Incluía os seguintes: Strapontam ("Contra Aranhex"), Astérix ("O Combate dos Chefes"), Taka Takata, O Incrível Désiré, Achille Talon, Cubitus, Lucky Luke ("Pedro Cucaracha e os Pés-Azuis"), Michel Vaillant (Rallye em Portugal") e (claro) "Tintim no Tibet".

Para além das histórias (e isto é que interessa) havia também passatempos e uma parte de correio do leitor intitulada "Tu escreves... Tintin responde."

O que realmente me cativa aqui é a inocência transbordante. Talvez ainda fruto do lápis-azul, as cartas parecem todas escritas por miúdos de calções amarelos e joelhos esfolados. Por exemplo, o trecho transcrito agradece o osso (!!) que o leitor enviou ao Milou... numa carta mais adiante, responde-se a um Zeca e termina-se assim: "como são vários os Zecas que me têm escrito ultimamente, referencio que neste caso, trata-se do morador da Rua Visconde de Santarém" - hoje em dia já ninguém se pode chamar Zeca e dizer onde mora; e há quarenta anos atrás já havia o problema das traduções, com um autodenominado "Tintinzão de 30 anos" (mais parece nick do MIRC) a queixar-se da diferença entre o título em Português da história do Lucky Luke e o título original "Alerte aux Pieds bleus".

A personagem Tintim responde na primeira pessoa, o que até funciona bem. Lembro-me que em miúdo acreditava que era realmente o Tintim a responder às coisas, e que interpretava o desenho mais como uma fotografia do que outra coisa ("que giro... o cão lambe cartas").

A estreia de uma nova BD na revista - "Os Franval - Caçadores sem armas" merecia também destaque. Os primeiros esboços de uma consciência ecológica surgiam com a história de uma família que luta em África para acabar com a caça. Pelo meio há o cenário do Pós-II Guerra Mundial e os necessários Alemães como maus-da-fita, nesta fase da história ainda escondidos.

Mas isto levanta-me uma questão: passam a história toda a mandar vir com os Alemães, com o mito da raça ariana, etc... mas depois as crianças da família são todas loirinhas de olhos azuis.

E já agora... tem um belo chapéu Sr. Franval. Essa pele de leopardo realça-lhe os olhos e os seus ideais ecológicos.

Publicado por Jota P\ Extenso, 17/10/2007

Sempre tive uma relação dificil com o Tintim. O homem sempre me pareceu digno de embirração. Aquele ar de gajo que é incapaz de pedir sequer um copo-de-água ao balcão, e que fica com os créditos todos por resolver "mistérios" de forma invariavelmente fortuita. Pelo meio costuma haver uma situação potencialmente mortal para ele, em que é salvo por Milou, o cão que toda a gente acha que é uma cadela, e se calhar têm razão.

Ok, talvez as coisas não sejam exactamente assim. Mas eu disse que embirrava com o Tintim.

No entanto, se o vir na rua, até lhe dou uma palmadinha nas costas.

Publicado por Jota P\ Extenso, 17/10/2007


Lead da rubrica "Quadrinhos" da revista "Tintin" (coordenação de Vasco Granja)


Numa outra rubrica da sua responsabilidade “Tu escreves... Tintin responde” onde VG respondia à correspondência juvenil da revista, recebeu um dia uma carta de um jovem leitor onde o mesmo se interrogava se era mesmo o Tintin que respondia aos leitores. 

Um rápido esclarecimento foi publicado uns dias depois e contava assim: “O meu nome é realmente Tintin. Não se trata de um pseudónimo”. 

Para memória futura, fica assim esclarecida a origem de mais um dos muitos pseudónimos que VG foi adquirindo ao longo do seu percurso de vida, o de “senhor Tintin”.


Lead da rubrica "Museu da Banda Desenhada" da responsabilidade de Vasco Granja na revista " Tintin".

quinta-feira, 8 de agosto de 2024

Quadrinhos


Iniciei a apresentação deste fanzine, editado por Vasco Granja entre Abril de 1972 e Novembro de 1974, num post datado de 16 de Março de 2017. Nesse post inicial incluí os quatro primeiros números do zine (0,1,2 e 3) publicados em 1972, Ano I dos fanzines em Portugal. Volto agora a escrever acerca do Quadrinhos, abarcando os números 4, 5 e 6 editados no seu segundo ano de vida, 1973.

Logicamente, a imagem que ilustra o topo do post é a do nº4 (Maio de 1973), primeiro desse ano.

Essa imagem, dedicada a duas personagens da galeria Hergiana, teve direito, no artigo dedicado a Hergé publicado neste número, à seguinte nota de rodapé:      

"O desenho de Tintin e Milou impresso na capa do presente número de 'Quadrinhos' foi expressamente executado por Hergé como homenagem aos seus numerosos admiradores portugueses".

Geraldes Lino, Sítio dos Fanzines

QUADRINHOS é um fanzine editado por Vasco Granja para informação das novidades bibliográficas nacionais e estrangeiras. Correspondência: Avenida Bartolomeu de Gusmão, 4-2º-D. - Damaia.

Exposição “Vasco Granja e o Cinema de Animação”, Centro Cultural de Cascais, 7 de Março a 19 de Abril de 2015.


sexta-feira, 2 de agosto de 2024

Tintinófilo


Tintinófilo

Recomendo uma viagem pelo Tintinófilo [http://tintinofilo.over-blog.com/], um blogue diferente, engraçado, actual e em português sobre o Tintin.

Vejam lá, se não vale a pena?

Blog Nonas, 06/03/2007

Tintinófilo, O - Tintin em Portugal

http://www.tintinofilo.over-blog.com

O mais completo espaço português dedicado ao herói da poupa, ao capitão tonitruante, enfim, à galeria de personagens hergianas. No que concerne à reprodução de "pastiches", o panorama é vasto, tanto que até lá cabem as capas, ou primeiras páginas, dos exemplares do meu fanzine Tertúlia BDzine, (dessa vez editado por um tal ÉleGê) dedicado em 1999, à famosa série, com a colaboração de doze autores-artistas portugueses, bem como das separatas a cores (estas em tiragem limitada) que no zine se incluiam, A reprodução neste blogue foi feita à minha revelia, mas que direito tenho eu a queixar-me, se aquela edição também foi feita à revelia de quem todos nós sabemos...

Geraldes Lino, Internet e Banda desenhada - Portugal - Blogs e sites de BD, 23/03/2008

5 años hablando sobre Tintín…

Quiero aprovechar para felicitar al responsable del blog «Blog Tintinófilo – Tintim em Portugal«.

Se acaban de cumplir 5 años de existencia de ese blog.

Una buena noticia, ya que mantener un blog temático como ése, es complicado (y puedo asegurarlo con conocimiento de causa).

Pedro Rey, 01/08/2011

Tintín en Portugal

Llevo mucho tiempo siguiendo varias webs y sitios de referencia con información sobre Tintín de nuestro país vecino y el panorama se está volviendo desolador.

Hay algún blog que me pareció siempre muy interesante, como el «O Tintinófilo (Tintin em Portugal)»  [http://tintinofilo.over-blog.com/] o incluso alguna página personal, como la de Jorge Macieira en Ópera [http://my.opera.com/macieira_law/blog/].

Llevo tiempo lamentándome de que estos dos espacios llevan mucho tiempo parados y no parece que se vayan a actualizar, aún siendo muchos los que los seguimos.

Pedro Rey, 09/07/2012

quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Tintim Em Timor


Efeméride Centenário de Hergé

Em homenagem ao mais famoso repórter do mundo, a revista OS MEUS LIVROS pediu ao jornalista José Vegar que lhe criasse uma aventura inédita.

Revista "Os Meus Livros" nº 51 (Maio de 2007)

Tintim Em Timor: a Aventura Perdida

http://tintinofilo.over-blog.com/article-10592742.html


Texto da autoria de José Vegar