segunda-feira, 23 de maio de 2022

22 de maio de 1907. O dia em que nasceu o criador do famoso Tintim

 


A rubrica "Máquina do tempo" desta semana destaca o nascimento de Georges Prosper Remi, o criador do Tintim, conhecido como Hergé.

Nascido Georges Prosper Remi neste dia de 1907 num subúrbio da capital belga, Hergé é daqueles casos em que o criador se confunde com a criatura, embora a sua vasta obra se estenda muito para lá da banda desenhada e da personagem Tintim. Autodidata que se inspirava tanto nas civilizações antigas como na pop art ou no minimalismo, passou pela publicidade, imprensa e artes plásticas sempre com um notável espírito de investigador. As aventuras do jovem repórter atravessaram alguns dos momentos-chave do século XX, não isentas de polémica, e ficaram incompletas com a morte de Hergé em 1983.



In Notícias Magazine

sábado, 21 de maio de 2022

O meu amigo Tintin


Foi muito estimulante o meu contacto com a docência do Desenho nestes primeiros anos no Ciclo Preparatório. 

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Impulsionado pela experiência proporcionada pelo Xico Queirós, nos trabalhos de fundo traduzidos nos livros da colecção Magistério Complementar como nos programas da Rádio Escolar/Telescola, senti-me capaz de elaborar uma obra original destinada aos jovens, diferente daquelas que o mercado didáctico começava a oferecer-lhes, explorando as novas fronteiras do Desenho.

Gastei meses de aturado e reflectido trabalho, seguindo objectivos muito precisos, onde as propostas fossem organizadas sob a forma de desafios, desprezando regras e conceitos prévios, apostando essencialmente na criatividade e utilizando o mais possível as técnicas e os atractivos ligados à ficção e sobretudo à banda desenhada.

 E assim surgiu "O meu primeiro caderno de Desenho". Pensado sob a forma e dimensões de um álbum de qualidade, exigindo uma montagem complexa e incluindo custosos direitos de autor (sobre Tintin e outros), o projecto não foi aceite pelo responsável, então já um amigo, da Atlântida Editora de Coimbra. Tratava-se, comercialmente, de um investimento com retorno financeiro incerto.

Ocorreu-me então uma entidade que entendi como potencialmente interessada no desafio: os Serviços Educativos da Fundação Calouste Gulbenkian. Através de um intermediário julgado credível, fiz-lhes chegar um protótipo da obra, constando do original cuidadosamente manuscrito contendo, coladas nos respectivos locais, todas as ilustrações - desenhos e fotografias - num conjunto do qual nem sequer me restou uma cópia integral, dados os rudimentares processos de reprodução de que na época podia dispor.

Nunca obtive qualquer resposta, nem sequer negativa… Nada!

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A experiência constituiu, portanto, um dos diversos planos frustrados que a vida me proporcionou. Raramente penso nisso, mas ao nível destas memórias (ou confidências!) nelas encontro pretexto para recordar, na medida do possível, esse desígnio pessoal.

A singela leitura dos títulos dos trinta capítulos do livro, em cerca de duzentas páginas (no esboço manuscrito, em formato A5), desde logo dará conta da sequência e do estilo que pretendi imprimir ao trabalho, muito mais um ponto de partida que de chegada, muito mais um conjunto de provocações que de receitas. A surpresa, o jogo, a aventura e os quadradinhos são também uma evidência que dali transparece.

António Martinó de Azevedo Coutinho

"O meu amigo Tintin" era um dos capítulos da obra. Tem muitas mais informações no blog do autor, Pedagogia aos Quadradinhos – Memórias dos Outros Tempos – vinte e seis - Posted on 3 de Setembro de 2018

quarta-feira, 11 de maio de 2022

José Abrantes

 
José Abrantes assina a paródia Tintim na Seca XXI, incluída no tema "Tintim no Século XXI".

Não considero que seja a minha especialidade mas por vezes é-me pedido que faça um pastice, geralmente em edições (fanzines) colectivas, onde cada um terá a sua versão, mais ou menos feliz, de um personagem ou tema... Neste caso o "alvo" foi Tintim e confesso que, até à data, foi o mais feliz dos pastiches que fiz: não apenas tenho uma adoração particular por Tintim como acho que visualmente e temáticamente me saí bem... Estejam à vontade para opinar!

http://jose-abrantes.blogspot.com/2010/02/pastiches-tintim-2009.html


quinta-feira, 5 de maio de 2022

E se Hergé tivesse feito como Disney?

Em Março de 1986 era lançado o número inicial de um fanzine intitulado "Nemo", tendo como temática a BD, editado por um então desconhecido Manuel Caldas, de Póvoa de Varzim.

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Outro aspecto que cedo ressaltou tinha a ver com a sua profunda admiração pelo autor Harold Foster e respectiva personagem, Prince Valiant. Esse afecto, incidindo sobretudo na componente artística, sem subalternizar a ficcional, ficou bem patente no quarto número do "Nemo" (datado de Fevereiro de 1987), com dezasseis páginas dedicadas à famosa série americana, a começar pela capa, ilustrada com a imagem do herói medieval de espada em riste numa dinâmica luta, valorizada por suaves cores aplicadas pelo faneditor em exímia e sensível execução, dando ao objecto gráfico um marcante cariz artesanal.

Sem menosprezar diversos outros temas da sua predilecção - nesse mesmo número Manuel Caldas escreveu dois interessantes textos, um artigo sobre Hergé, usando o pseudónimo M. Nöel Hantónio, e um estudo intitulado "Do 'Jornal da Infância ao Jornal da B.D.' - Cem Anos de Publicações Infanto-Juvenis em Portugal" -, iria ser a saga do Príncipe Valente, daí em diante, e até hoje, a sua paixão mais forte.

(...)

Geraldes Lino, Blog Fanzines de Banda Desenhada

https://fanzinesdebandadesenhada.blogspot.com/2007/02/nemo-fev-1987-nmero-dedicado-aos-50_14.html


segunda-feira, 2 de maio de 2022

Derradé

2008 - pormenor de uma BD publicada no fanzine Efeméride #4 "Tintim no século XXI" de Geraldes Lino. Da autoria de Derradé (Dário Duarte).