quinta-feira, 13 de março de 2025

Diário de Lisboa


A capa da edição de 16/03/1990 de "A Mosca", suplemento das sextas do Diário de Lisboa, tem imagens alusivas a Tintin com destaque para a presença do representante criado por Hergé.

DL


quarta-feira, 5 de março de 2025

Nuno Roby Amorim


Do Nuno. Foi nas eleições da Madeira de 1996 que o reconheci - não conhecemos pessoas novas quando elas são como nós: reconhecemo-nos nelas. Para além de ser capaz de perceber todos os temas em discussão, havia História nas suas histórias e alegria nas estórias. Havia o sorriso inteligente e matreiro, a vontade de ver acontecer e fazer por isso. Ele estava em vantagem - ou desvantagem, se quiserem ver por outro prisma (o que é sempre possível) - pois tinha a obrigação acrescida de honrar o nome do pai - e por causa dele, do filho Nuno, gostei de conhecer o pai. E a avó. A família. E todas as coisas inúteis que nos ensinou. 

Depois, depois havia outra coisa que nos uniu ainda mais: o nosso gosto pelo Tintin. Sobretudo Hergé, o seu autor.

Em casa do Nuno estava emoldurada a carta que Hergé lhe enviou em 1971: “Será que as crianças portugueses são normalmente precoces como tu?”, perguntava o genial criador do repórter de Bruxelas. A mesma Bruxelas onde, em frente do Palácio Real - Real, real por el-Rey de Portugal! - o Nuno, o repórter Tintin, posou. Só lhe faltava o ceptro de Ottokar. 

Espero que essa carta fique em boas mãos. O Nuno já deve estar, entretanto, com a família e deve estar a contar tudo ao Hergé para que ele faça uma aventura de Tintin ambientada em Portugal.

Boas aventuras, Nuno!

Frederico Duarte Carvalho, facebook, 27/01/2025

Nota: já tínhamos visto no facebook do jornalista Nuno Roby (1962-2025) a história do momento em que decidiu escrever uma carta a Hergé e obteve uma resposta. Acontece que a página do facebook foi apagada mas felizmente que o seu gosto por Tintin foi relembrado por FDC. 


segunda-feira, 3 de março de 2025

Morreu o pai do Tintin

O Diário de Lisboa de 08/03/1983 colocou na capa a noticia da morte do pai de Tintin.

Ao dar a notícia da morte de Hergé colocaram na capa a vinheta com a referência ao representante do Diário de Lisboa.

Tintim no Congo: no segundo álbum da BD franco-belga, publicado em 1931, Tintim é interpelado por um representante do Diário de Lisboa, que quer publicar em exclusivo a sua reportagem. (a)


https://tintinofilo.weebly.com/outros.html

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

Major Alverca

O Major Alverca nasceu como página de BD no caderno Vida 3 d'O Independente, salvo erro em 1990. Juntos, o Manuel João [Ramos] e eu fomos desenvolvendo a personagem, que começou com BD sobre a Guerra do Golfo para se tornar cronista de corpo inteiro. O nome advém de uma banda desenhada da nossa infância, as aventuras do Major Alvega, perdão, o piloto luso-britânico da RAF Jaime Eduardo de Cook e Alvega, como 'Battler Britton' teve de ser renomeado para amaciar a Censura, que não apreciava cá estrangeirices. Houvesse ainda hoje Censura e nasceriam mais bebés portugueses. 


Em cada crónica, ou conto, ou poema vicentino, ou o raio que o parta, o Major Alverca resolvia um problema do mundo ou contava como tinha resolvido um problema do mundo, ou mesmo do universo. 

Como o Major Alverca era um idiota pomposo, quem na verdade fazia tudo era o seu fiel assistente Ângelo, curiosamente muito parecido com o Tintin disfarçado de sobrinho português do senhor Oliveira da Figueira em 'Carvão no Porão'.  De certeza, só uma feliz coincidência. 

O Major Alverca é um poltrão, um fura-vidas, um trapalhão de todo o tamanho, um odre insuflado, um lunático imbecil, um totó, um desmiolado, um ignaro, um insensato, um Dâmaso Salcede, um telecomentador antes de Deus ter inventado os telecomentadores, um idiota chapado, um asno, um mentecapto. 

Em suma, um Bom Portuguez, com olhos no futuro e cérebro no passado. Garboso no gesto, leal na virtualidade, incapaz de formular um pensamento consequente, mas tudo em nome da instauração do V Império e com isso perdoa-se-lhe tudo.

Além disso escrevia belas crónicas das suas aventuras megalómanas e megalácticas. Uma espécie de Guidinha do Sttau Monteiro, só que com melhor pontuação. 

Fiquei sempre com a ideia de que o Manuel João achava que o Major Alverca era eu e o Ângelo era ele, até porque além de co-autorar os textos ainda tinha de desenhar. 

Aos jovens que perguntam como falar com editoras, digo sempre para enviarem tipo armada, em todas as direcções, até que alguém responda. Feitos primeiros cartoons, enviámo-los como amostra médica para os três semanários que na nossa opinião pudessem ter algum interesse. Do Expresso nem responderam, do Jornal (o antepassado da Visão, que ironicamente repegou o nome de uma grande e ambiciosa revista de banda desenhada dos nossos anos 70 pós-25 de Abril) disseram que achavam «alguma graça» mas só podiam pagar cinco tostões. Do Independente ligaram entusiasmados a dizer que fôssemos lá, disseram que «a-do-ra-ram» e ofereceram uma quantia que ainda hoje não posso dizer, porque era várias vezes superiores à dos outros colaboradores todos. Juntos. 

De fora deste livro de 2003 ficou o álbum, ainda por publicar, da BD de 32 páginas. Uma editora ainda estava disposta a fazê-lo, mas só se abdicássemos dos direitos, até porque (cito de cor, foi há trinta anos) «as chapas do Astérix vêm já feitas de França, basta mudar os diálogos nos balões, e com o Astérix as vendas estão garantidas». 

Continua a ser verdade. Um excelente produto vindo de fora (até Goscinny morrer, os livros do Astérix eram geniais) continua a ser mais barato de produzir e tem logo lucro assegurado. Mas então depois não façam o número do defender a Pátria & a Cultura & Etc.  & Tal, ó meus majores!

Rui Zink, Facebook, 04/05/2024

imagens retiradas do novo site da Bedeteca do Porto


quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Bedeteca de Lisboa


Em 1999, João Paulo Cotrim pediu ao ilustrador Alain Corbel para criar um cartaz, para promover a Bedeteca de Lisboa, com heróis de BD portugueses, japoneses, franco-belgas e americanos.


A Bedeteca de Lisboa foi inaugurada em Abril de 1996. Cotrim foi o responsável entre 1996 e 2002 e Rosa Barreto esteve depois entre 2002 e 2010. Entretanto em 2011 foi decidida a sua integração, como serviço especializado, na Biblioteca dos Olivais, em Lisboa.

Alain Corbel, FB

terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

Radar Tintin

No ano de 1987 o grupo Radar Kadafi concebeu um espectáculo de verão à volta de Hergé.

Um dos primeiros anúncios de Radar Tintin ainda não era da autoria de Pedro Morais.


"Uma analogia a todo o mundo de Hergé, a aventura da adolescência. É a simbologia Tim Tim, não óbvia, tratada por nós numa "picadora" especial, e visível em cenários, murais, painéis, projecções e toda uma série de objectos móveis. Há ainda canções e músicas que poderão ser ouvidas no espectáculo e que não voltaremos a utilizar. Quem não vir perde..." (Tiago Faden)

Os malucos da Pátria, 1987 - anúncio publicado no jornal Blitz

Radar TimTim, Radar Tim Tim, Ratar Timtim, Radar Tintin)

https://arquivos.rtp.pt/conteudos/clipomanias-parte-iii-2/

Foram entrevistados na emissão do programa "Clipomanias" de 19/08/1987.

Andavam a apresentar o espectáculo Radar TimTim. Estavama fazer mais músicas e ampliar o concerto.

Reunir no palco um ambiente de Hergé com recordações da nossa infância.