terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Jonas Reguila e Quim e Filipe

De quando em vez, Carlos Sêco brinda-nos com cartoons ou pranchas dedicadas aos heróis de Hergé. Desta feita, foram os reguilas de Hergé (Quim e Filipe) com o Jonas, também ele reguila. Aproveito para convidar a visitar o blogue do Jonas.


segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Deixem o Capitão Haddock beber

A obsessão pela tolerância (sob a máscara do politicamente correcto) tornou, em muitos aspectos, a nossa sociedade mais intolerante. O Capitão Haddock que o diga.


Tem qualquer coisa de hipócrita esta nossa obsessão em limar os defeitos de heróis da nossa juventude, ou aperfeiçoar as suas histórias e aventuras, para que tudo esteja adequado ao consumo dos tempos modernos. Lembrei-me disso neste Natal, quando uma das crianças da família recebeu um livro de aventuras d’Os Smurfs (“O Ataque da Mosca Bzz”). É que, nessa aventura, cada Smurf picado pela tal mosca transforma-se num Smurf mau e vê a sua cor alterar-se de azul (cor natural dos Smurfs) para roxo (cor dos Smurfs maus). Ora, quando eu li essa história, os Smurfs maus eram negros-carvão. Mas, entretanto, alguém terá visto aí um inaceitável incentivo ao racismo.
Basta uma breve pesquisa pela internet para constatar que, ao longo dos anos, têm sido dezenas as alterações às histórias de banda desenhada e aos filmes infantis, variando consoante o país onde são publicadas. O Lucky Luke deixou de fumar, trocando o cigarro na boca por uma palha. Os irmãos Dalton, os seus eternos inimigos, nunca mais foram alvejados pelos tiros dos revólveres. Nas aventuras do Pato Donald no Oeste, as armas deixaram de ser apontadas a outras personagens, e só se apontam dedos em forma de pistolas. Nas suas aventuras na África negra, os indígenas trocaram os dentes afiados por um sorriso perfeito e, claro, deixaram de ser canibais. O Tio Patinhas viu a sua aventura na América banida porque os índios eram demasiado semelhantes entre si (o que foi visto como uma forma de racismo). E o Capitão Haddock, veterano marinheiro, alcoólico temperamental e parceiro de aventuras de Tintim, deixou de beber.
Ora, este tipo de censura dificilmente poderia ser mais hipócrita, na medida em que não é feito a pensar nos mais jovens. É feito para satisfazer (e impor) os nossos preconceitos de adultos.
De facto, não é plausível que alguém comece a fumar para imitar o Lucky Luke ou anseie andar aos tiros por causa de uma aventura do Pato Donald. Da mesma forma que nenhum jovem se inicia nos shots de whisky por inspiração do Capitão Haddock, ou adere ao racismo por causa de um Smurf roxo ou negro-carvão – de resto, para uma criança, há mesmo diferença?
Este tipo de censura é para nós, adultos, que vivemos obcecados com o politicamente correcto e que identificamos em qualquer pequena característica pessoal ou social a promoção de vícios morais – racismo, violência, alcoolismo. Daí esta tentação justiceira de reescrever tudo o que está escrito, tornando-o aceitável aos nossos padrões modernos: o vilão tem de ser branco, porque se fosse negro era racismo; o herói não pode beber nem fumar, porque isso é dar um mau exemplo; as minorias étnicas têm de ter bom ar, porque senão é xenofobia.
O que hoje se produz (na televisão ou na animação) é, geralmente, assim: um conjunto de clichés para não ofender ninguém. O que antes se produzia não era e, eventualmente, ofendia algumas almas sensíveis. Agora tudo tem sido alterado para reposição dos nossos valores. Na verdade, não é algo que surpreenda, visto que, com a globalização e a cultura de massas, a tentação é a de agradar a todos (evitando irritar alguém). Surpreendente mesmo é o critério: quem vê problema nos cigarros do Lucky Luke não o vê na Miley Cyrus (que tem milhões de adolescentes a seguir os seus passos) a cantar nua enquanto lambe bolas de metal.

Entre tanta hipocrisia, a maior de todas é esta: achar-se que isto é o reflexo de uma sociedade mais tolerante. Pelo contrário: a obsessão pela tolerância (sob a máscara do politicamente correcto) tornou, em muitos aspectos, a nossa sociedade mais intolerante. O Capitão Haddock que o diga.

Alexandre Homem Cristo in O Observador

domingo, 28 de dezembro de 2014

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Artigo tintinófilo na revista Boca do Inferno da Câmara Municipal de Cascais

A revista Boca do Inferno da Câmara Municipal de Cascais publicou em 1997 um artigo de 29 páginas com uma vintena de imagens dos álbuns e uma foto de Hergé, sob o nome "Sobre a Ideia de Procura nas Aventuras de Tintin" de João Carlos Camacho. 

Faça o download do artigo aqui.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Tintin por Joana Afonso

O blogue As Leituras do Pedro continua a publicar preciosidades da sua colecção de pastiches do Tintin feitos por artistas portugueses. Desta vez, foi Joana Afonso.


sexta-feira, 14 de novembro de 2014

sábado, 8 de novembro de 2014

Crítica ao livro "Papá em África"

Sátira e violência


Papá em África, de Anton Kannemeyer (Cidade do Cabo, 1967) é um livro mal-educado, tal a acidez, o medo e a violência que o agitam. E é um livro de BD. A capa levará muitos leitores ao engano. Ao longe ou num simples relance, parece um pastiche de Tintin no Congo, de Hergé, ou (quem diria?) uma obra perdida, maldita do autor belga. Mas basta tomá-lo na mãos para a ilusão cair. Como é óbvio, haverá leitores que intuirão um detournement (a capa tem pistas suficientes) mas nem eles serão poupados à ferocidade desapiedada (por vezes desorientada) das histórias e das imagens de Papá em África.

Recolhidas da publicação Bittercomix, título fundamental da BD sul-africana, que Kannemeyer fundou em 1992 com Conrad Botes, surgem em formatos e estilos diversos. Há realismo, apropriação, autobiografia, imagens autónomas que formam cartazes, os contornos, as formas do “tipo de desenho” baptizado de ligne claire. E como um fantasma, a máscara que assombra (quase) todo o livro, eis Tintim, agora envelhecido, com careca de homem. Algumas das pranchas do livro de Hergé são, aliás, redesenhadas pelo autor com óbvios fins satíricos: a personagem não dispara repetidamente sobre um antílope teimoso, antes de descobrir que, afinal, abateu um número incontável de animais, mas sobre um africano negro; e depois de curar o membro de uma tribo, não sai, discreto (ainda que orgulhoso), de cena, mas cobra o serviço, prostituindo a mulher daquele que salvou.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

sábado, 18 de outubro de 2014

Estreia em Portugal do filme Tim-Tim e o Mistério das Laranjas Azuis

O filme Tintim et les Oranges Bleus foi estreado em Portugal a 21 de Dezembro de 1964 no extinto cinema Condes na Avenida da Liberdade em Lisboa. Foi uma estreia cinematográfica para a época natalícia. Eis o recorte do anúncio da estreia.


Exposição Hergé, Tintin e Ca. na banda desenhada portuguesa

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Tintin em Lisboa

Com as cheias de ontem em Lisboa, alguém parodiou a situação com uma vinheta da série Joana, João e o Macaco Simão do álbum «A erupção do Karamako".






segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Por que é que quase não há mulheres em Tintim? Por causa do pai de Hergé

Serge Tisseron descobriu por que existem tantos homens nas aventuras de Tintim: Hergé, autor da banda desenhada, era obcecado pela história do pai, que, por sua vez, não foi reconhecido pelo avô.


O psicólogo Serge Tisseron levou o Tintim a uma sessão de psicanálise e descobriu uma série de segredos sobre a família de Hergé, autor da banda desenhada, conta o jornal espanhol El Mundo. Sabe porque é que não existem mulheres nas aventuras de Tintim? Segundo o psicólogo, porque a personagem que invade os livros que Hergé começou a criar em 1929 é fruto da imaginação de uma criança de cinco anos, que quer viajar até à lua e perceber porque é que o pai e o tio nunca souberam quem era, na verdade, o seu pai. Os gémeos, pai e tio de Hergé, cresceram a acreditar que o seu pai era alguém a quem a avó tinha pago para reconhecê-los.
“O avô de Hergé engravidou a empregada do castelo onde vivia com a mãe, a baronesa, que pagou a outro homem para se fazer passar por pai do pai de Hergé, porque acreditava que era uma desonra para o filho reconhecer a gravidez”, explica Serge Tisseron.
Na banda desenhada do Tintim, estão representadas três gerações da família de Hergé: a da avó, representada por Bianca Castafiore, a do pai e tio, representada pelos gémeos Dupond e Dupond, e a sua, representada por Tintim, pelo Capitão Haddock e pelo Professor Girassol.
“Sim, ele próprio o confessou. Disse que Tintin era ele [Hergé] quando era perfeito, que o Capitão Haddock era ele quando bebia mais do que o habitual e que o Professor Girassol era ele quando trabalhava muito”, explicou Tisseron, que já publicou vários livros com o resultado deste estudo.
O facto de o jornalista ruivo estar rodeado de figuras paternas tem precisamente a ver com a obsessão infantil de Hergé pelo pai. “Ele via o pai triste e questionava porquê. Construiu todas estas personagens para tentar dar um sentido à história do pai”, explicou o psicólogo.
Tisseron descobriu que havia um problema de reconhecimento na família de Hergé quando, num dos livros, surge a hipótese de Capitão Haddock ser filho bastardo do rei Luís XIV. “Havia alguém que não tinha reconhecido um filho e esse alguém era nobre”, explica. Depois de ter dado conta disso, Tisseron foi falar com biógrafos de Hergé, que lhe contaram a história do pai do autor.
“Os pais que escondem coisas dos filhos, sobretudo se estão relacionadas com a sua conceção, como aqueles que recorrem à reprodução assistida, podem perder a confiança deles para sempre”, explica o psicólogo.
Para que algo deste tipo não aconteça, Tisseron explicou, nas conferências que deu em Barcelona, que “os pais devem assegurar-se que contam aos filhos como foram concebidos e porquê”. E acrescentou: “Às vezes, os pais têm medo de contar [a verdade] porque acreditam que os filhos vão gostar menos deles se souberem que não são seus filhos biológicos, mas não está correto. Escondendo este facto, a única coisa que podem provocar é insegurança na criança, que não saberá o que pode perguntar ou não aos pais”, explicou.
A idade ideal para começar a falar com as crianças sobre este assunto é a partir dos cinco anos, ainda que possam ir ensaiando antes, como se fosse uma peça de teatro. Por último, devem eliminar os segredos da família. Porque os segredos podem pesar tanto que causam autênticas obras-primas.
Ana Pimentel in Observador

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Papá em África

Papá em África é uma crítica à dominação racial e colonial que atravessa, ainda hoje, em pleno pós-apartheid, a sociedade sul-africana, mostrando como certas estruturas sobrevivem à destruição dos quadros legais que lhes deram origem. Mas não se enganem, não vão encontrar na obra de Anton, caminhos ou sonhos para uma “nação arco-íris”; nem é oferecida nenhuma reinvenção do lugar do negro na BD ou alguma espécie de “herói” negro da resistência que pudesse ser “voz” da população negra sul-africana, de que Anton, aliás, na realidade não faz parte nem tem a pretensão de ser.

O objectivo central de Papá em África é pontapear com escárnio e pontaria certeira a hipocrisia e a (má) consciência da África do Sul branca, num pós-apartheid lobotomizado. Anton  crítica corrosivamente o imaginário colonialista e racista, como aquele oferecido por Hergé em Tintim no Congo (1931), álbum que Anton admite ser a sua Bíblia visual, onde volta sempre para sacar mais uma imagem ou uma sequência narrativa.

Papá em África é o 25º álbum da editora Mmmnnnrrrg, a editar este mês com as assinaturas de Anton Kannemeyer e Tomi Misturi.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Exposição «Os carros de Tintin»

No dia 20 de Julho, foi inaugurada a exposição “OS CARROS DE TINTIN” patente na galeria de exposições da Fundação Lapa do Lobo até 8 de Setembro.

Esta exposição de miniaturas dos carros usados pela personagem Tintin, são propriedade do Museu da Miniatura Automóvel de Gouveia, resulta da parceria mantida desde 2013 entre a Fundação Lapa do Lobo e o Museu de Gouveia.

Estiveram presentes na inauguração, além da Curadora Cultural da Fundação – Mariana Torres, o Conselho de Administração da Fundação, o Joaquim Lourenço – Vice-Presidente da Câmara Municipal de Gouveia e Rui da Eufrásia – Responsável pelo Museu.

A exposição pode ser visitada no horário de funcionamento da Fundação Lapa do Lobo.

http://fundacaolapadolobo.pt/

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Como apareceu Tintin em Portugal


Guilherme de Oliveira Martins, o Presidente do Tribunal de Contas, um apaixonado por banda desenhada contou aos ouvintes da Rádio Renascença toda a ligação portuguesa a Tintin.

Pode ouvir aqui o podcast

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Artigo da Observador

Talvez os heróis de antanho parecessem machistas, xenófobos, anti-ecológicos e homofóbicos, mas eram tipos normais e simpáticos, que cultivavam a amizade, a lealdade e a prática das virtudes morais.

Os clássicos são, por definição, aquelas obras de literatura a que sempre se regressa. Por isso, todos os verões, é certo e sabido que releio algum velho álbum do Tintim, recordando os bons velhos tempos da minha infância.
Hergé é, de facto, um autor de culto: os seus livros de aventuras são uma referência, não apenas da literatura juvenil, mas mundial. É verdade que os seus primeiros textos pecavam ainda por alguma ingenuidade, como o anticomunismo primário de Tintim no país dos sovietes, o colonialismo paternalista de Tintim no Congo, ou o simplismo sociológico de Tintim na América. Mas, depois de ultrapassada essa fase inicial, a obra de Georges Remi ganhou maturidade. Quer o protagonista, quer os seus amigos, apesar dos seus inevitáveis defeitos humanos, eram amáveis exemplos de virtude. Tintim é, por assim dizer, o herói que encarna os valores humanistas da Europa de meados do século XX. Mas, em pleno século XXI, estas aventuras e os seus princípios éticos ainda são válidos?
A questão tem alguma razão de ser. A evolução, ou involução, moral destas últimas décadas, obrigou a que Lucky Luke, uma personagem da banda desenhada criada por Morris, substituísse o cigarro, que sempre tinha ao canto da boca, por uma inócua palhinha. Tintim não fuma, mas o tabagismo está presente no capitão Haddock que, apesar de presidente da Liga dos Marinheiros Antialcoólicos, é um bêbado crónico. Mas, para alguns leitores actuais, essa não seria, nem de longe, a pior pecha da obra de Hergé que, a bem dizer, lhes parece ser machista, xenófoba, discriminatória das minorias, anti-ecológica e homofóbica.
De facto, Tintim e todos os protagonistas das suas aventuras são do sexo masculino. Nem sequer, que eu saiba, Milou é cadela! O machismo desta banda desenhada acentua-se também pelo carácter ridículo de algumas personagens femininas, de que é protótipo a estridente Bianca Castafiore.
De alguns anos a esta parte, as realizações cinematográficas norte-americanas integram geralmente algum actor de raça não-branca, ou algum portador de deficiência, mas não há nenhum representante das minorias étnicas, ou descapacitado, nos papéis principais das aventuras do xenófobo e eugénico repórter. Pior, a sua pele rosada e o seu penacho loiro encaixam perfeitamente no tipo ariano, de tão nefasta memória.
Outra ausência significativa é a ecológica: as aventuras contra o mal nunca contemplam a defesa do habitat natural, pois não há nenhuma estória do juvenil herói contra o buraco do ozono, a extinção das focas, ou o aquecimento global. Infelizmente, tanto a gripe das aves como a gripe A não sobreviveram às manchetes que preconizavam os seus efeitos pestíferos, dignos de uma catástrofe mundial e… de uma aventura sensacional.
Outra grave omissão é a que parece indiciar uma atitude homofóbica. Já não há telenovela em que não haja quem namore, ou viva, com uma pessoa do mesmo sexo, mas esta realidade social está ausente das aventuras de Tintim. Num universo predominantemente masculino, a questão até não seria de difícil solução: bastaria que os cómicos detectives Dupond e Dupont fossem apresentados como um felicíssimo casal.
Noutro âmbito, o das perversões sexuais, em que também são pródigas as modernas produções literárias e cinematográficas juvenis, Hergé também é omisso. Para este efeito, Néstor, o mordomo, deveria ser um viciado em práticas sadomasoquistas, à conta dos maléficos irmãos Pardal, os anteriores proprietários de Moulinsart.
Urge uma actualização moral das aventuras de Tintim, para que esta obra continue a ser uma referência da moderna literatura juvenil. Como? É fácil: basta que o herói principal seja filho do Capitão Haddock, o qual, na ausência de uma mãe, recorre, para o efeito, a uma anónima barriga de aluguer. O velho lobo do mar, que entretanto troca o vício da bebida pelas virtudes do crack, também se pode consorciar matrimonialmente com o seu amigo e companheiro, o Professor Tournesol que, por via desta união, poderia co-adoptar Tintim. Eis o que, com toda a propriedade, se poderia considerar, segundo os actuais padrões morais laicos, um happy end!

Perdoem-me a inocência de ter lido e apreciado, durante tantos anos, umas estórias tão politicamente incorrectas! Talvez os heróis de antanho parecessem machistas, xenófobos, discriminadores, anti-ecológicos e homofóbicos, mas eram tipos normais e simpáticos, que estimulavam a amizade, a lealdade e a prática das virtudes morais. Também a eles devo uma infância muito feliz.


Padre Gonçalo Portocarrero de Almada

http://observador.pt/opiniao/tintim-co-adoptado/

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Exposição Tintin por Tintin

O Espaço Litoral Novo Século organizou em 1990 uma exposição de pintura, escultura, fotografia e vídeo sobre o tema Tintin e denominada Tintin por Tintin.
Eis a reportagem então publicada no extinto Diário de Lisboa de 9 de Abril de 1990.


domingo, 20 de julho de 2014

Exposição "Hergé - Cronista do século XX"


Reportagem da Oeiras Digital sobre a sessão de inauguração Hergé-Cronista do século XX, inaugurada ontem no Palácio dos Aciprestes, Fundação Marquês de Pombal.

Exposição Tintinófila na Fundação Marquês de Pombal em Linda-a-Velha

Foi hoje inaugurada a exposição Tintin - Cronista do século XX, patente na Fundação Marquês de Pombal em Linda-a-Velha, Oeiras. Além de uma mostra de objectos tintinófilos, houve uma conferência sobre o autor de Tintin a cargo do tintinófilo António Monteiro e um momento musical com belíssimas interpretações de trechos das óperas Carmen e Fausto, numa alusão à diva Castafiore.

Deixo aqui algumas fotos da exposição.







sábado, 19 de julho de 2014

Um mundo perfeito

Transcrevemos abaixo um artigo de opinião de Paulo Tunhas inscrito no sítio Observador:

A chamada “cultura popular” produziu algumas obras memoráveis no século XX, mas, com a excepção dos Beatles, nenhuma das que afectaram a minha geração me parece tão extraordinária como a de Hergé. 

As frias estão quase a chegar, e desta vez pode ser que sejam mais ou menos férias a sério. Pelo menos os preparativos vão pelo bom caminho. E não me refiro certamente ao tempo passado em frente à televisão por causa da Copa. Não que eu não goste de futebol (gosto) e que não tenha visto o maior número possível de jogos (vi). O problema é que, mais ainda que das vezes anteriores, me apanho num estado de grande indiferença sobre quem perde e ganha e incapaz de verdadeiramente “ser por” qualquer equipa com a energia que dantes tinha. Devo andar com muito medo de sofrer.

Pior: mal começa a perder uma equipa, que até pode ser aquela que vagamente prefiro que ganhe, passo a ser automaticamente pela outra, e até a desejar, com requintes de sadismo, uma valente cabazada (o Brasil-Alemanha satisfez-me plenamente desse ponto de vista). Pior ainda: como se o sadismo não fosse já mal suficiente, apanho-me, qual um “inocente de coração puro”, em momentos de heróico cristianismo, com grandes sentimentos de compaixão para com as almas doridas dos derrotados, sentimentos que mereceriam quase um lugar no Parsifal. Por outras palavras: o meu espírito anda, à custa do Mundial, a flutuar incessantemente entre paixões contraditórias e pouco recomendáveis.

Estas coisas devem-se evitar. Mas, como escreveu um sábio, calamitas virtutis occasio est, que é como quem diz: nas situações difíceis é que se vê quem somos. É assim nas grandes humilhações, das quais desde a semana passada me tornei especialista, e é assim também quando a alma, torturada, não encontra repouso. Felizmente, logo vi a solução, e, tomado de virtude, corri a uma estante, em direcção às obras completas de Hergé. Isso sim, isso é a tal preparação das férias.

A chamada “cultura popular” produziu algumas obras memoráveis ao longo do século XX, mas, com a eventual excepção dos Beatles, confesso que nenhuma daquelas que afectaram directamente a minha geração me parece tão extraordinária como a de Hergé, nomeadamente as aventuras de Tintim. As coisas da cultura popular têm sobretudo aquilo que poderíamos chamar um valor aderente. Isso é particularmente evidente na música pop. Associamos uma canção a uma pessoa, um lugar, um tempo. Se a voltamos a ouvir são essas pessoas, lugares ou tempos, aos quais a canção aderiu, que voltam até nós, e o valor da canção reside sobretudo nisso. O sentimento da “primeira vez” não se repete, cada escuta reenvia para uma primeira vez passada. Não acontece assim com a grande música. Podemos ouvir pela milésima vez a Paixão segundo Mateus de Bach e, de uma certa maneira, cada vez é a primeira vez. Há um mundo inteiro que se descobre mais uma vez a nós pela primeira vez, um mundo totalmente independente das nossas pessoas, tempos e lugares.

Longe de mim a ideia absurda de comparar Hergé a Bach, mas Hergé, à sua maneira, conseguiu também ele criar um mundo independente de qualquer aderência biográfica. De certo modo, descobrimos Hergé sempre pela primeira vez, por mais que conheçamos de cor (é o meu caso) todos os quadradinhos dos seus livros, alguns de uma beleza enorme ou de uma inquietante estranheza (várias imagens de sonhos, ou o faquir de O Lótus Azul, por exemplo). Descobrimos de novo os diálogos, em que Hergé é magistral. Descobrimos de novo os personagens e as situações. E a narrativa, por vezes brilhante, e, no início, muito devedora ao cinema americano. As Jóias da Castafiore é o ponto máximo, mas há muito mais. A primeira página de Carvão no Porão é um golpe de génio, bem como o fim de O Ouro Negro, em que o capitão Haddock tenta explicar várias vezes a Tintim como ali inverosimilmente chegou para o salvar, sem nunca o conseguir fazer e sem nós sabermos como o fez.

A inteligência do homem é fascinante, coisa que, de resto, as suas entrevistas tornam claro. Como por exemplo, quando comenta a génese de Serafim Lampião. Uma vez, em Bruxelas, um vendedor ambulante entrou-lhe pela casa dentro. Hergé conduziu-o à sala, e o vendedor disse-lhe, apontando-lhe o seu próprio sofá: “Mas sente-se, sente-se!”. Vale a pena ler o que diz. Dá na perfeição “o importuno em todo o seu esplendor”.

Começou “reaccionário”, acabou mais ou menos “progressista”, mas nem uma coisa ou outra afectaram minimamente a sua obra. (No fundo, talvez tenha sido sempre um conservador.) Pairou sempre por cima disso, e por isso os seus livros fornecem, como as obras de arte, uma compreensão indirecta do real. Quem não teve já, num restaurante, vontade de estrangular um pequeno Abdallah? Conhecemos, no nosso mundo banal, Serafim Lampião e Oliveira da Figueira. Até, com um bocado de sorte, um Rastapopoulos qualquer, ou o General Alcazar ou Bianca Castafiore, o Rouxinol Milanês. A América do Sul de A Orelha Quebrada – que desenhos! – revela-nos ainda hoje muito da região (“Viva a liberdade! Morte aos tiranos!”) e a Bordúria d’O Ceptro de Ottokar e de O Caso Tournesol põe em jogo, sucessivamente, fascismo e comunismo.
Mas, mais surpreendente ainda do que os desenhos ou a qualidade do texto e da narrativa, o que é mais raro, e quase miraculoso, é a sobrenatural adequação de um aspecto e de outro. A legibilidade das aventuras de Tintim vem dessa adequação perfeita. As palavras colam com as imagens e as imagens com as palavras. Umas pedem as outras. Parecem ambas duas expressões diferentes, mas necessariamente conjuntas, de uma realidade que se encontra para além delas, como também as personagens parecem necessitar umas das outras, como se fizessem parte de um mundo em que, por um decreto divino, tivessem todas sido criadas simultaneamente com a obrigação de se relacionarem entre si.

Tudo isto nos faz sair do nosso tempo próprio e torna-se um objecto de contemplação. Isso traz paz e repouso, o contrário exacto da irritação que a oscilação da mente provoca. Desirrita, se a palavra existisse. Entramos noutro mundo sempre de novo pela primeira vez. Um mundo ao avesso de bom número das correcções contemporâneas, para as quais é, em larga medida, incomportável. A ajuda que o amigo Hergé dá em certos momentos da vida… As férias vêm aí.


Dito isto, é certo e seguro que logo à noite (escrevo quarta-feira) vou ver o Holanda-Argentina. Espero que a Holanda ganhe, a não ser que ganhe a Argentina. E amanhã decido quem espero que ganhe a final, embora só decida definitivamente depois de ela acabar. À minha maneira, e tirando um dia ou outro, sou um sábio.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Exposição Hergé - Cronista do século XX

A empresa Thinkers – Projectos com Arte e a Fundação Marquês de Pombal  promovem, de 19 a 27 de Julho de 2014, uma semana dedicada à obra do famoso autor belga Georges Remi (Hergé), criador do célebre repórter da poupa.

O programa, disponível em www.thinkers.pt, inclui uma exposição de livros e objectos alusivos à obra de Hergé, durante a qual será proposto aos mais jovens um concurso de desenhos sobre o mesmo tema. Haverá uma sessão abertura, no dia 19 de Julho, pelas 15.30 h, durante a qual será proferida uma
palestra por João Paulo Paiva Boléo, sobre a vida e obra do autor, e uma sessão de encerramento, no dia 26 de Julho, com a realização de um debate sobre o mesmo tema.

Ao longo da semana estão previstas outras iniciativas, incluindo a possibilidade de visitas guiadas à exposição, projecção de filmes, concurso de desenho infantil, visitas de ATL’s, etc.

Tendo sido um dos principais criadores da Banda Desenhada franco-belga, especialmente da escola vulgarmente designada por “linha clara”, a importância de Hergé na literatura europeia do século XX é inegável. A sua obra, inicialmente destinada a um público infanto-juvenil, reveste-se de aspectos de análise histórica e sociológica que permitem e recomendam uma leitura a diferentes níveis.

Deste modo, este evento incluirá indubitavelmente variadíssimos motivos de interesse para um público vasto e de todas as idades, que desde já os organizadores convidam para uma visita.

A entrada é livre em todas as actividades.









domingo, 13 de julho de 2014

Cartaz de Manifestação

A Coligação Democrática Unitária, em 1995, aproveitou os irmãos Dupondt para ilustrar um cartaz de divulgação de uma manifestação a realizar em Lisboa em 14 de Setembro.

 in  http://arquivo.sinbad.ua.pt/Cartazes

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Cartaz de Exposição de 1990

O Espaço Litoral Novo Século organizou em 1990 uma exposição de pintura, escultura, fotografia e vídeo sobre o tema Tintin e denominada Tintin por Tintin.

in http://arquivo.sinbad.ua.pt/Cartazes/2011000778

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Oliveira da Figueira no blogue do Centro Nacional de Cultura


A VIDA DOS LIVROS
De 7 a 13 de Julho de 2014.

Uma viagem até ao mundo da banda desenhada leva-nos, a nós portugueses, a uma figura estranha e inusitada - «Oliveira da Figueira» (Editions Moulinsart, 2012) - que nos merece séria reflexão, e que talvez não tenha sido ainda suficientemente estudada à luz da sua e da nossa natureza.


PORTUGUÊS DE GEMA… - A última vez que tive notícias dele foi através do meu Amigo Rogério Martins, que o tinha encontrado em Szohod, capital da Bordúria, um país que poucos conhecem, mas que por vezes regressa à ordem do dia. Estava bem e recomendava-se demais. As vicissitudes da vida trouxeram-lhe alguns dissabores, mas no essencial foi-se arranjando… A primeira vez que apareceu em Portugal, sendo ele um português de gema, e alfacinha, foi confundido com um espanhol. Foi no tempo em que Adolfo Simões Müller, em 1937, o trouxe para a revista «O Papagaio», ao lado de Tintin, numa altura em que ele vivia em Khemed, país onde nunca cheguei a encontrá-lo fisicamente. Como pessoa foi sempre cativante, de uma simpatia generosa, de uma imaginação pródiga, mas sempre cuidando do seu próprio interesse… Nunca revelou a sua idade, porque cultivou a indefinição como jogo de seduzir. Hoje, não sei que idade terá, mas dizem-me ainda estar vivo, algures, protegido, mas atento. Se consultarmos uma enciclopédia corrente ou mesmo a «wikipedia», o seu nome está devidamente biografado, sempre com o mistério da idade por revelar, não se sabendo exatamente onde pára. Um dia, disse-me que essa estratégia era intencional, pois o segredo é a alma do negócio. A sua primeira aparição é de 1932, como personagem de «Os Charutos do Faraó», um clássico da literatura de culto, num episódio em que Tintin é atirado ao Mar Vermelho, por engano, num sarcófago egípcio. Tendo sido salvo «in extremis», o jornalista encontrou-o na embarcação que milagrosamente o recolheu. Oliveira da Figueira põe-se-lhe então à inteira disposição: «se puder ajudá-lo, posso fornecer-lhe a preços competitivos qualquer artigo de que necessite». Começou então por um conjunto flamante de gravatas, às riscas, às bolas ou com figuras exóticas. Seguiu-se um lote de magníficos sabres, com lâminas de Toledo, mil outras bijuterias, além dos brindes: um despertador, escova de dentes etc… Tintin saiu literalmente ajoujado, com um balde, um regador, uma gaiola com papagaio, uns esquis, tacos de golfe, uma casota e uma coleira de cão, além do inevitável despertador – confessando: «Ainda bem que não me deixei levar pela conversa dele. A tipos como este acabamos sempre por comprar uma série de coisas inúteis». O que seria se se deixasse levar… Já na costa árabe, Oliveira da Figueira demonstrará a sua extraordinária arte de convencer. Chamam-lhe «o-branco-que-vende-tudo»… E ele reconhece-se orgulhoso: «Então que tal? Chama-se a isto eficiência! E o melhor é que os meus clientes voltarão». De facto, voltam, mas aquele que aparece é para protestar (sem razão plena, é certo), porque parece ter ingerido um naco de sabão, que lhe produz o óbvio mal-estar originado pelas bolas de sabão que o atormentam. Mas considera-se ignobilmente envenenado: «Antes da Lua Nova, o meu Senhor, o Xeque Patrash Pacha, ter-te-á castigado»…

NO PAÍS DO OURO NEGRO… - Figueira foi, mais tarde, encontrado no «País do Ouro Negro», em outra obra clássica, iniciada em 1939, logo interrompida pela guerra e recomeçada em 1948. Aí, Oliveira ajuda Tintin a encontrar os segredos do temível Dr. Müller, descobrindo um subterfúgio. Mascarado de sobrinho do comerciante, sob o nome de Álvaro, com um aspeto bizarro, levemente atrasado, quase invisual e vítima de uma estória de contornos mirabolantes que o português vai contando sem parar para distrair quantos tinham por missão impedir o acesso aos segredos do vilão. É extraordinária a capacidade fabulatória de Oliveira da Figueira. Inventa que o sobrinho é filho de um criador de caracóis, vítima de uma trama terrível que envolve uma mulher rica que morre de desgosto aos noventa e sete anos e a influência de duas imortais palavras, ditas em português, «Oh! Oh!», cujo sentido, alcance e influência nunca chegamos a conhecer… Depois, em «Carvão no Porão» («Coke en Stock», publicado no «Cavaleiro Andante», em 1959 e 1960, sob o título «Mercadores de Ébano»), Tintin e o seu amigo, Capitão Haddock, pedem apoio e hospitalidade em Wadesdah. Lembro-me, aos sábados de manhã, da expectativa que tínhamos antes de ler a continuação das peripécias. Oliveira da Figueira recebe surpreendido e assustado a visita noturna, com a cidade em estado de sítio, cheia de cartazes a pedir a captura de Tintin. «Que faz aqui, desgraçado? Não sabe que tem a cabeça a prémio?». O português conta o que se passa. Há agitação e um conflito entre a Arabair e o Emir… Tintin diz que precisa absolutamente de ajudar o Emir e Oliveira da Figueira informa que ele teve de fugir para casa do nosso conhecido Patrash Pacha. Tintin e Haddock treinam desesperadamente o equilíbrio das bilhas à cabeça, para que possam não dar nas vistas, mascarados de mulheres árabes, cobertas com burkas. O resultado do treino é desastroso, pois os estragos são enormes e os cacos enchem o armazém do comerciante, que se vê na obrigação de dizer às clientes que as bilhas estão esgotadas. No momento da verdade, tudo parece salvo, mas eis que uma mulher árabe descobre a barba hirsuta do capitão e foge escandalizada. O desastre anuncia-se, mas no final tudo se arranja graças de novo ao apoio providencial de Oliveira da Figueira.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS. - Quando Rogério Martins me deu notícias sobre o paradeiro do fura-vidas, há cerca vinte anos, reconheci que foi quem porventura melhor conheceu Oliveira da Figueira (leia-se «O Que Fica do que Passa», Asa, 1993). Lembro que, indo de Klow, a mítica capital da Sildávia (que também conheço), até Szohod, ouviu uma voz conhecida: «Porque lá disso de mercado sei eu, e ria, satisfeito com a boa disposição de sempre. O velho Oliveira da Figueira! Há anos que o perdera de vista. Explicou-me o esquema milagre. O governo borduro decide quem deve ganhar o leilão de uma firma a privatizar; o qual apesar de amigo, não tem dinheiro que chegue, como é evidente. O que então se faz é criar-lhe uma entidade financeira que, com discreto apoio do Estado, emite no mercado internacional obrigações a bom juro. E os bancos nacionalizados, usando sociedades-biombo, compram-nas todas. Assim, o dinheiro aparece, a transação é possível, a privatização faz-se. “Mas, Oliveira, isso cheira-me a pescadinha de rabo na boca. O novo proprietário fica endividado ao Estado”. - Não, caro amigo, porque entretanto os bancos vão sendo privatizados também, usando este processo cruzado. No fim, toda a gente é devedora e credora de toda a gente, mas o Estado desapareceu no meio das firmas intermédias» (…) E, olhando-me com aquela garotice tão enternecedoramente portuguesa, que os anos pelo oriente e a crosta austríaca não lhe tinham retirado: “Como vê, é tudo de facto muito simples! E tudo tem corrido sobre patins”. Em sottovoce: “Pessoalmente não me tenho dado nada mal”». Será ele símbolo nosso? Certamente, na sua presença em toda a parte, no pragmatismo, mas ficam as lições do que deve ser feito, dos pés assentes na terra, da exigência de semear e colher. Quanto à descrição final, estamos entendidos sobre os resultados… Oliveira da Figueira não esquece, como símbolo do viajante incansável, que Fernão Mendes Pinto e Diogo do Couto (do «Soldado Prático») descrevem.  

Guilherme d'Oliveira Martins

sábado, 5 de julho de 2014

Exposição tintinófila na Casa da Cultura de Sátão

A Casa da Cultura de Sátão inaugura no dia 19 de Julho de 2014, sábado, às 15h00, uma exposição sobre Tintin.

O evento é organizado pelo Grupo de Intervenção e Criatividade Artística de Viseu (G.I.C.A.V.) e pelo coleccionador António Mata.

A exposição estará patente até 19 de Agosto na Casa da Cultura de Sátão de terça a sexta-feira das 09h às 13h e das 14h às 18h e sábados das 13h às 17h.

terça-feira, 24 de junho de 2014

Hergé no Século Ilustrado

O site Largo dos Correios publicou uma peça raríssima para os tintinófilos lusos: uma entrevista a Hergé feita há quase 50 anos (25 de Dezembro de 1965) na revista O Século Ilustrado.

Os nossos agradecimentos ao Largo dos Correios.



domingo, 25 de maio de 2014

Prancha de Tintin vendida por 2,5 milhões de euros

Uma prancha de Tintin, desenhada por Hergé em 1937, foi vendida hoje em Paris por 2,519 milhões de euros, no que é um novo recorde mundial para uma obra de banda desenhada, disse à AFP a leiloeira Artcurial.

Com um valor estimado inicial entre os 700 mil e os 900 mil euros, este lote número 1 de uma venda dedicada à banda desenhada é uma página dupla realizada em tinta da China para vir a ser utilizada como verso de capa e de contracapa dos álbuns publicados entre 1937 e 1958.
O recorde anterior pertencia também ao mais famoso personagem criado pelo belga Hergé: uma capa de "Tintin en Amerique", desenhada em 1932, que foi vendida a um "tintinófilo" por 1,3 milhões de euros em Junho de 2012, também através da leiloeira Artcurial.

In Lusa






domingo, 6 de abril de 2014

Capa original de Tintin vendida por 289 mil euros

Trata-se de um desenho de Hergé, datado de 1960, e cujo valor de licitação era de 150 mil euros, num leilão em que foram vendidos 361 lotes de banda desenhada e que renderam no total quase quatro milhões de euros

A capa original do álbum “Tintim no Tibete” desenhada por Hergé foi vendida hoje em leilão em Paris por 289.500 euros, um preço recorde para um desenho a lápis do criador belga, indicou a leiloeira Christie’s.

Trata-se de um desenho de Hergé, datado de 1960, e cujo valor de licitação era de 150 mil euros, num leilão em que foram vendidos 361 lotes de banda desenhada e que renderam no total quase quatro milhões de euros.

Um porta-voz da Christie’s disse à agência EFE que foi atingido o valor mais elevado de sempre num leilão de banda desenhada, em França.

O segundo lote mais elevado, que atingiu os 193 mil euros, foi a capa original do livro “O Adivinho” da série Astérix e Obélix, desenhada por Albert Uderzo em 1972 e que foi licitada por 150 mil euros.

Uma prancha original de Uderzo do álbum “Astérix na Córsega”, de 1973, foi vendida por 145 mil euros, tendo sido avaliada em 110 mil euros antes do leilão.

Uma outra capa original de “Spirou e Fantasio” de André Franquin, de 1976, foi vendida por 157 mil euros, duplicando o valor da licitação que começou nos 70 mil euros.

Trabalhos originais de mais de uma centena de autores de banda desenhada foram vendidos no leilão que decorreu na capital francesa, entre os quais Moebius, Will, Enki Bilal, Hugo Pratt, Grzegorz Rosinski e Juan Giménez.

In Lusa

domingo, 16 de março de 2014

Os 85 anos do Tintin no CNBDI - Reportagem fotográfica

Como foi referido neste blog uma tertúlia no CNBDI comemorando-se os 85 anos de Tintin. O blogue Kuentro 2 publica uma reportagem fotográfica com fotos de Cristina Amaral.