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quarta-feira, 17 de dezembro de 2025
Calendários
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sexta-feira, 12 de dezembro de 2025
Boas Festas 1946/1947
Esta imagem foi publicada originalmente como capa da revista "Tintin" nº 15 de 2 de janeiro de 1947. A mensagem principal é "Joyeuses Fêtes & Bonne Année" (Boas Festas e Feliz Ano Novo). A ilustração apresenta várias personagens da revista "Tintin" e os seus autores numa refeição festiva. O nome dos convidados está indicado na marcação de cada lugar.
Na imagem podemos ver Tintin, Capitão Haddock, Professor Girassol, Dupond e Dupont, bem como Nestor e Milou. Jocko está sentado no topo da mesa, perto de Jo (o rapaz) e Zette (a rapariga), que são os protagonistas da série "Joana, João e o macaco Simão" que estavam a aparecer na revista.
Hergé está no lado esquerdo da sala. E aparece também o Major Wings da "Estrela Misteriosa". Nos livros ainda não tinha nome mas a partir de 1946, logo no primeiro número da revista "Tintin", é indicado que iria alternar com a rubrica "Les Entreteniens du Capitaine Haddock". A partir do nº 2 aparece finalmente a página "Les Propos de Wings". Antcedendo assim alguns dos cromos "Ver e Saber" dedicados aos navios e aviões.
Edgar P. Jacobs está na imagem assim como Blake e Mortimer. E Paul Cuvelier, criador de Corentin, está sentado ao lado da sua personagem. De "A Lenda dos Quatro Filhos de Aymon" (de Jacques Laudy e Jean-Luc) estão presentes Guichard, Allard e Renaud bem como o seu primo Maugis e o cavalo mágico Bayard (o cavalo na mesa). Jacques Laudy está desenhado perto do Capitão Haddock.
A primeira edição da revista "Tintin", edição belga, tinha sido lançada no dia 26 de setembro de 1946. Incluía histórias de Paul Cuvelier com "A Extraordinária Odisseia de Corentin Feldoë" (Corentin), Hergé com "O Templo do Sol" (Tintin), Jacques Laudy com "A Lenda dos Quatro Filhos de Aymon" e Edgar Pierre Jacobs com "O Segredo do Espadão" (Blake e Mortimer).
É interessante a apresentação do bolo com as figuras de Tintin.
Nestor
Jocko
Blake
Zette
Jo
Maugis
Paul Cuvelier
Corentin
Dupont
Jacques Laudy
Capitão Haddock
Tintin
Milou
Guichard
Allard
cavalo Bayard
Hergé
Mortimer
Renaud
Dupond
Tournesol
Edgar P. Jacobs
terça-feira, 9 de dezembro de 2025
Revista Tintin
Data de Publicação: 3 de janeiro de 1970.
A PARTIR DO PRÓXIMO NÚMERO:
28 PÁGINAS POR 7$50 MAS 28 PÁGINAS A 4 CORES E AINDA O SUPLEMENTO DE 4 PÁGINAS !!!
TINTINZINHOS:
Acabou por se dar o inevitável. Lutámos todos, durante ano e meio, para que a revista se pudesse manter ao preço de 5$00. Infelizmente, a crescente subida de preços e os encargos cada vez maiores de que se rodeia o nosso TINTIN exigem que o preço seja aumentado, a exemplo do que aconteceu recentemente com os jornais diários. A valorização da revista, com o suplemento de quatro páginas, ainda veio agravar a situação, embora nos mantivéssemos durante um certo período, ao preço de 5$00.
Assim, a partir do próximo número, o TINTIN será vendido por 7$50, verificando-se, entretanto, outra forma de valorização da revista: as páginas 2 e 27 serão a quatro cores, também com histórias aos quadradinhos, o que significa passar o TINTIN a contar com (além do suplemento) vinte e oito páginas totalmente a quatro cores, o que materializa um sonho nosso (e de muitos tintinzinhos) acalentado desde o primeiro número da revista.
quinta-feira, 4 de dezembro de 2025
Eco
Haddock responde a Eco: A imortalidade do pedantismo
(H)umberto Eco, esse eterno pedante da palavra, esse professor que pensa que é capaz de diluir o tempo em papéis! Então, ele diz que a leitura é uma “imortalidade de trás para frente”? Mas que estupidez gloriosa! Eu, que viajei por mares revoltos e consumi mais garrafas do que qualquer um pode contar, posso lhe garantir: a verdadeira imortalidade não vem dos livros, mas da experiência crua da vida. Aquelas viagens, sim, essas são a verdadeira universalidade. Não é dentro de quatro paredes com páginas e mais páginas amassadas pelo tempo que se encontra a verdadeira eternidade.
Você, Eco, com seu ar de mestre e seu chapéu de sabedoria, pode até falar de imortalidade literária, mas eu prefiro os mares tempestuosos que me ensinaram mais sobre a natureza humana do que qualquer obra de ficção. Eu, ao menos, vivi com os pés na terra (ou no convés!) e as mãos nas cordas. Vi e senti os ventos da aventura. Li alguns livros, claro, mas o que me eterniza são as histórias vividas, não as que alguém escreveu sentado numa poltrona de biblioteca. Ah, sim, e antes que me esqueça, se você acha que a leitura faz alguém viver 5 mil anos, então que me falem de alguma vez que uma garrafa de rum me devolveu a juventude! Quem me dera que Eco tivesse a capacidade de se perder numa noite de tempestade, no meio do oceano, e ver se o fato de ter lido mil livros o salvaria de um naufrágio! Que ele venha ver o que é viver de verdade, em carne e osso, e não como uma sombra entre as páginas.
A leitura pode até multiplicar a vida numa sucessão de histórias fantásticas, mas, meu amigo Eco, é no espólio das garrafas vazias e nas rugas de quem realmente enfrentou a tempestade que se encontra a essência da verdadeira imortalidade. Não, não estou aqui para argumentar sobre quantas vidas se pode viver através de livros. Eu sou a prova de que se pode viver várias vidas sem precisar de páginas. Eu sou um marinheiro, um homem de carne e osso, e o meu eterno é a memória dos mares que percorri, não das palavras que li.
terça-feira, 2 de dezembro de 2025
Inteligência Artificial
O vencedor do Melhor Argumento dos Prémios Nacionais do Amadora BD (2016) conhece bem os cantos da casa criativa. Fala-me das suas obras publicadas e do (pequeno) mercado de livros ilustrados em Portugal, onde considera que a banda desenhada "se faz por carolice". Momentos depois, solta uma voraz crítica a Stan Lee, o homem por trás da Marvel, a quem apelida de "o maior usurpador de criações à face da Terra".
Inserido neste mundo “desde que se lembra", aventurou-se por terras desbravadas em 2022, ao publicar o primeiro livro de banda desenhada portuguesa ilustrado com o auxílio de inteligência artificial (IA) - A Polaroid em Branco.
Uma "não cara" e a Fada do Bigode
Não era sua intenção. Frustrado com a demorada adaptação de alguns dos seus guiões, decidiu fazer umas brincadeiras com o MidJourney, um programa que gera imagens através de descrições pormenorizadas. Já não se recorda do que pesquisou ao certo. "Foi qualquer coisa a ver com o Tintin e o Professor Girassol" diz-me, reiterando de seguida que "o MidJourney raramente faz aquilo que gostaríamos que fizesse".
Não obstante o braço de ferro com o programa de IA, começou a surgir-lhe em catadupa a premissa da história, um ser com uma crise de identidade. "A cara dele era como se fosse uma não cara, e ele a imaginar o que é que a cara dele podia ser na realidade, se ele adotasse diferentes estilos de bigodes e de barbichas e não sei quê, e de repente começou-me a formar a imagem" diz-me, apontando para o livro aberto na mesa. "Isto teve muito trabalho com o photoshop. Esta era uma espécie de bola que não se percebia se era um olho, se era uma bola de pelo". A dado momento, a obra brinda-nos com uma personagem misteriosa que o próprio inventou e trabalhou com o programa de edição, a Fada dos Bigodes.
Mário olha para este projeto como um "devaneio criativo". Uma espécie de diálogo com a inteligência artificial deu origem a uma obra que, de outra forma, "não existiria". Por isso mesmo, considera que "aqui, a inteligência artificial não roubou trabalho a ninguém".
Ainda que a história tenha sido escrita na totalidade por si, e as imagens tenham sido editadas, trabalhadas e organizadas, o argumentista confessa que já foi insultado. "Não te trates não" e "tu não criaste nada" foram algumas das palavras hostis de que foi alvo. "Acho que são pessoas que não têm noção do que é o ato criativo, e concebem apenas a arte como ilustração, como se não houvesse arte na escrita" desabafa.
Um momento ou uma revolução?
Embora admita que o recurso a IA levante alguns problemas éticos, não hesita em afirmar que "são principalmente os artistas medíocres que eu vejo a queixarem-se". Para o argumentista, muitos dos artistas que se sentem ameaçados por esta revolução tecnológica "não mais fizeram ao longo da carreira do que replicar, copiar e clonar a arte de outros produtos".
O escritor reconhece que o MidJourney cria resultados a partir de imagens criadas por autores reais, mas assume dificuldade em traçar uma linha no que é ou não reprovável. "É um pau de dois gumes, porquê? Por um lado, todos nós humanos, tudo o que fazemos também é uma síntese de tudo o que nos influencia, de tudo o que já foi criado. A questão é que nós demoramos anos a fazê-lo; a inteligência artificial fá-lo em segundos" remata.
"Sou eu que decido a montagem: se há três, quatro ou cinco vinhetas por página, como é que elas estão montadas, sou eu que faço isso tudo. Fui eu que fiz tudo em photoshop." - Mário Freitas
"Eu desenhei estas três vinhetas, que eram fundamentais para a história. Era impossível que a inteligência artificial me desse isto." - Mário Freitas
A fada dos bigodes. Amigo ou inimigo?
· MidJourney: plataforma de inteligência artificial que transforma descrições textuais em representações visuais de alta qualidade;
· ChatGPT: modelo de inteligência artificial que responde, via mensagem escrita, às mais variadas perguntas ou pedidos, com recurso a uma enorme base de dados.
· Prompt: estímulo dado para ajudar a criar uma resposta ou ação; termo usado para se referir a um sinal ou mensagem que aparece numa interface de linha de comandos (contexto informático).
Ricardo Gonçalves, 5 de junho de 2023
Mário Freitas: “É uma BD curta, mas nem por isso menos ambiciosa”
Tem por título A Polaroid em branco, foi lançada no Amadora BD que decorre até dia 30 no Sky Skate Amadora Park e é a primeira banda desenhada portuguesa ilustrada com recurso a Inteligência Artificial (IA).
Motivos mais do que suficientes para uma conversa à distância por e-mail com Mário Freitas, simultaneamente seu autor e editor no novo selo Mário Breathes Comics, da Kingpin Books.
Fica já a seguir a versão integral que esteve na base do artigo O trabalho dos desenhadores não está em perigo, publicado na página online do Jornal de Notícias a 19 de Outubro de 2022
As Leituras do Pedro - Faz um breve resumo da história.
Mário Freitas - Ao deparar-se com uma velha polaroid, o protagonista recorda um período da vida em que ostentava com orgulho um bigode, antiquado que fosse. Acabou por ceder a pressões sociais e cortou-o, o que o arrastou para momentos de incerteza e angústia. Em seu auxílio, surgiu então a Fada dos Bigodes, que o conduziu através de um mundo feito de bigodes diversos, em busca de um com o qual se identificasse.
As Leituras do Pedro - A Polaroid em branco foi ilustrado com recurso a IA. Explica como funciona isso.
Mário Freitas - Executo um comando com aquilo que pretendo e a IA cria 4 imagens com base nisso. A partir daí posso gerar variações de cada uma dessas imagens.
Depois de escolher a que pretendo, faço várias alterações e retoques em Photoshop, alterando cores se necessário, e desenhando eu próprio alguns detalhes. Também sou eu , naturalmente, que defino o layout das páginas e monto as imagens em função disso. O que é fundamental perceber é que uma IA não faz BD sozinha, nem sequer ilustra sozinha o resultado final que se vê. Pelos comentários que leio, há quem não perceba isto de todo, e não tenha noção da intervenção humana que é necessária para tornar a experiência numa BD real e, esperamos, de qualidade.
As Leituras do Pedro - Principais prós e contras do processo?
Mário Freitas - O resultado dos comandos é ainda muito imprevisível e raramente se obtém exactamente o que se pretende. Isso abre por outro lado outras possibilidades, e obriga a ser muito criativo na construção da história. A IA é quase um parceiro temperamental que desenha o que lhe apetece e, sobretudo, como lhe apetece. Esta história, aliás, partiu de uma ideia que me surgiu com base nalgumas imagens que estava a gerar como experiência. Diria que a principal vantagem é que alguém como eu, que não domina o desenho mas faz tudo o resto na BD, possa ter uma história completa e pronta num espaço de tempo muito mais curto do que aquilo que leva um ilustrador a desenhar (a não ser que seja o Osvaldo [Medina], claro, que é quase tão rápido como a IA).
As Leituras do Pedro - O trabalho dos desenhadores está em perigo?
Mário Freitas - De forma alguma. Jamais no médio prazo e diria que nunca. A IA sintetiza informação, pelo que incorpora os estilos de todos os ilustradores que já existiram. Para haver arte nova, estilos novos, estaremos sempre dependentes de humanos criativos. Diria que é mais uma vertente criativa que surge, que tanto pode ser aproveitada por argumentistas, como também pelos próprios artistas. A IA ainda é fraca a gerar imagens de pessoas, mas cria cenários espantosos, pelo que isso pode ser perfeitamente incorporado nas ilustrações feitas por humanos.
As Leituras do Pedro - Quais são as características da edição?
Mário Freitas - 16 páginas, cor, agrafos, 16,50 x 23,50 cm. É uma BD curta, mas nem por isso menos ambiciosa.
sábado, 29 de novembro de 2025
Ano de 1961
1961-16 de JANEIRO
Hoje chegou à livraria do senhor Silvino o último álbum do Tintin, que tinha encomendado há umas semanas. Estou a fazer a colecção das aventuras originais do Tintin. Tenho os álbuns todos em francês, nas edições da Casterman. Com este, agora chegado, são já 19. Só falta a primeira das histórias desenhadas por Hergé, passada na Rússia, que pode talvez um dia ser editada também em álbum. A história "Tintin au Tibet", que agora adquiri, é gira sobretudo porque ele reencontrou um amigo de há muito, o chinês Tchang, que conheceu no "Lótus Azul".
Pode alguém achar estranho que um tipo como eu, com idade já para ter juízo, se ocupe ainda com coisas de gaiatos. E ainda por cima sou professor e, como quase toda a gente adulta e sábia diz, as histórias aos quadradinhos desviam os alunos das coisas sérias, dos estudos e da leitura como deve ser. Pois, talvez seja uma fraqueza minha, porque ninguém é perfeito e eu ainda menos. Mas há uma coisa que devo explicar: quando era gaiato, descobri o Tintin no sótão da casa do engenheiro Maldonado, ali no Rossio nos altos do café Luso. A minha mãe era muito amiga da mulher dele, a dona Judite, e íamos lá muito a casa e também a uma bela quinta deles na Fontedeira que ia por ali acima até à estrada da serra. Até andava lá de burro e o meu irmão também.
Aquela casa do Rossio era quase mágica, por causa do quintal e sobretudo por um túnel que partia de um falso armário na cozinha e depois descia até uma ruela que dava para a Estrada Nova. Mas o melhor da casa era o sótão onde conheci o Tintin e o Milou, que então se chamavam Tim-Tim e Rom-Rom, nas páginas coloridas de um antigo jornal chamado "O Papagaio", que durou desde 1935 até 1949 e depois ainda se manteve, meio morto, como envergonhada secção da revista "Flama".
Foi ali que nasceu esta minha amizade com o Tintin, que acompanhei nas suas idas à América, ao Oriente, a Angola, à China, aos desertos e aos mares sem fim.
A verdade é que nunca mais me esqueci do Tintin e ainda hoje, já crescido e ainda por cima professor, mantenho essa amizade. Se não me entenderem, que hei-de fazer?
Sabem que mais? Não me apetece hoje escrever aqui seja o que for. Bastou-me o Tintin, bom e velho amigo. Colo aqui a capa solta dum Papagaio que sobrou daqueles tempos…
António Martinó
https://largodoscorreios.wordpress.com/2016/01/16/mil-novecentos-e-sessenta-e-um-dia-016/
ver mais posts do Prof. António Martinó no seu blog ou na etiqueta largodoscorreios
1935+26=1961
Tintin au pays des Soviets
Tintin au Congo
Tintin en Amérique
Les Cigares du pharaon
Le Lotus bleu
L'Oreille cassée
L'Île Noire
Le Sceptre d'Ottokar
Le Crabe aux pinces d'or
L'Étoile mystérieuse
Le Secret de La Licorne
Le Trésor de Rackham le Rouge
Les Sept Boules de cristal
Le Temple du Soleil
Tintin au pays de l'or noir
Objectif Lune
On a marché sur la Lune
L'Affaire Tournesol
Coke en stock
Tintin au Tibet
Les Bijoux de la Castafiore
Vol 714 pour Sydney
Tintin et les Picaros
sexta-feira, 21 de novembro de 2025
Tintin Integral
O primeiro volume da nova colecção dedicada às aventuras de Tintin deverá chegar às livrarias na próxima semana [18/11/2025], estando já disponível para pré-venda no sítio oficial da editora.
Esta edição inaugural reúne os tomos Tintin no País dos Sovietes (1930), Tintin no Congo (1931) e Tintin na América (1932), correspondendo às primeiras aventuras criadas por Hergé e publicadas originalmente no início da década de 1930.
Segundo fonte editorial, os restantes seis volumes da colecção deverão reunir, em média, quatro tomos cada um. Este primeiro volume inclui apenas três, devido à extensa dimensão de Tintin no País dos Sovietes, o que justificou uma organização diferente face aos volumes seguintes.
Os livros serão editados em capa dura e num formato superior ao das edições mais recentes lançadas pela mesma editora. Trata-se de uma edição especial, pensada tanto para coleccionadores como para novos leitores das aventuras do jovem repórter.
Com esta aposta, a editora procura valorizar a obra de Hergé numa apresentação cuidada, aproximando-se do espírito e da estética das edições originais que marcaram gerações de leitores.
As aventuras de Tintin - Integral #1, Hergé, ASA, 272 pp., cor, capa dura, formato 21,8 cm x 29,2 cm
quinta-feira, 13 de novembro de 2025
Manuel João Ramos
O Major Alverca foi primeiro uma banda desenhada que fiz com o Rui Zink no Independente, e depois um conjunto de crónicas que viemos a publicar na Dom Quixote. Depois, passei a fazer um follow-up, Alverquinha, também no Independente. No total, foram 4 anos de desenhos e textos todas as semanas.
A Dom Quixote esteve para publicar as bandas desenhadas mas desistiram e perderam várias das pranchas, sem me pedir sequer desculpa.
É pena, porque era uma banda desenhada bastante louca. Entre outras coisas, destruímos as Torres Gémeas 8 anos antes da al-Qeida.
Também fizemos várias coisas na revista Kapa.
O companheiro do Major Alverca, o Ângelo, é. literalmente, o Tintim quando se mascara de sobrinho do Oliveira da Figueira.
E sim, fui eu que fiz o Trumpintin.
MJR
quarta-feira, 12 de novembro de 2025
O Caso Tornesol
Foi adiado o lançamento da edição especial de "O Caso Girassol" com base na revista Tintin. As edições internacionais devem ser todas iguais mas seria interessante que a edição portuguesa pudesse ter as informações sobre o aparecimento desta aventura no nosso país.
A primeira edição foi logo em 1957 na revista "Cavaleiro Andante" com o título de "O Caso da Arma Secreta".
Curiosamente na edição da Revista Tintin portuguesa (1969/1970) teve o nome de "O Caso Tornesol" que foi o nome do professor nessa aventura. Já no filme da Belvision foi usado o nome "O Caso Tournesol". Mas ficou "O Caso Girassol" que era usado nas edições em álbum da Record (a partir de 1970) e nas posteriores edições lançadas em Portugal.
Também foi publicada no Diário de Notícias, em 1973, com o nome "O Caso do Invento Secreto".
O Caso Girassol (L'affaire Tournesol)
Álbuns: Record (Rio de Janeiro, 1970); Difusão Verbo (Lisboa, 1992); Círculo de Leitores (Lisboa, 2001); Público (Lisboa, 2004); Companhia das Letras (São Paulo, 2007) ASA (Lisboa, 2011)
Revistas: Cavaleiro Andante (O Caso da Arma Secreta) #270 de 2 de Março de 1957 ao #331 de 3 de Maio de 1958; Tintin (O Caso Tornesol) #27/2º ano de 29 de Novembro de 1969 ao #52/2º de 23 de Maio de 1970
Jornais: Diário de Notícias (O Caso do Invento Secreto) (21 de Janeiro de 1973 a 21 de Maio de 1973)
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A distribuição dos álbuns de "O Caso Girassol: Edição Especial" (versão em português), prevista para 18 de Novembro, foi cancelada devido a problemas técnicos. Houve um problema técnico com algumas páginas e que por isso dificultava bastante a leitura do texto.
O cancelamento da distribuição desta edição especial teve repercussões internacionais, afectando todas as editoras que planeavam lançá-la nas respetivas línguas. De momento não há uma data de lançamento para esta edição.
SINOPSE
Quando chegou o momento de lançar a O Caso Girassol, Hergé reorganizou o seu método de trabalho. Em gabinetes fora de sua casa, em Bruxelas, o criador de Tintin acaba de instalar uma pequena equipa dedicada à realização dos cenários e da coloração.
Marcada pelo contexto da guerra fria, esta nova história inspira-se, com brilhantismo, nas fontes das histórias de espionagem, sem negligenciar as reviravoltas – por vezes, burlescas – que caracterizam As Aventuras de Tintin.
A versão original de O Caso Girassol, pré-publicada na revista Tintin de 23 de dezembro de 1944 a 22 de fevereiro de 1956, difere substancialmente da edição definitiva, nomeadamente, com as suas últimas vinte pranchas, expostas em páginas duplas, à italiana, oferecendo uma encenação espetacular da resolução do enredo.
Cuidadosamente restaurado a partir dos arquivos do desenhador, todos os elementos são reunidos, pela primeira vez, num álbum, acompanhado de um dossiê histórico profusamente ilustrado, e onde se reconstroem os bastidores da criação da aventura mais hitchcockiana alguma vez imaginada por Hergé.
Editora: Asa
Categorias:
Livros > Banda Desenhada
Data de lançamento: 18-11-2025
Ano: 2025
ISBN: 9789892366777
Número de páginas: 96
Casaco: Casaco duro
https://www.almedina.net/as-aventuras-de-tintin-o-caso-girassol-1762394684.html
Nesta edição especial meticulosamente elaborada de O Caso Girassol, redescobrimos, quase setenta anos depois, a versão original desta aventura, publicada na revista Tintin, que difere consideravelmente da forma como a conhecemos até agora, particularmente nas últimas vinte páginas. Este álbum, passado durante a Guerra Fria, combina de forma primorosa elementos de romance de espionagem, sátira e espionagem científica, tudo num ritmo alucinante que demonstra, mais uma vez, o domínio de Hergé tanto do lápis como da caneta. A aventura mais hitchcockiana do artista belga inclui um dossier informativo que expande o contexto histórico deste episódio e relata também o restauro das ilustrações originais e o envolvimento da equipa dos Estúdios Hergé. (tradução do espanhol)
https://www.tintin.com/fr/albums/l-affaire-tournesol#
sexta-feira, 7 de novembro de 2025
As Jóias de Elisabete
Nas eleições legislativas de 2022 a cantora lírica Elisabete Matos surgiu em segundo lugar da lista por Braga do PS, tendo sido eleita deputada à Assembleia da República. No entanto, nunca assumiu o mandato por exercer as funções de diretora artística do Teatro Nacional de São Carlos, tendo renunciado ao mandato a 22 de setembro de 2022. (wikipédia)
Foi encontrada por acaso a ligação porque a referência ao livro As Jóias de Castafiore não é das mais óbvias.
Movimento de Humor, 01/02/2022
- sugere-se que ocasionalmente experimentem as tags/categorias em cada post para verem posts semelhantes (por vezes pode haver tags idênticas como neste caso)
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terça-feira, 4 de novembro de 2025
Tintim vive
Autor: Derradé - Título do episódio: "Tintim Vive"
segunda-feira, 3 de novembro de 2025
O Homem do Rio
Em finais de 1935, inicia-se no "Le Petit Vingtiéme", mais uma aventura de Tintin. Desta vez parte para a América do Sul, onde vai viver movimentadas peripécias num pais imaginário – San Theodoros – onde conhecerá 2 generais, Alcazar e Tapioca que alternam no poder. (...)
Tintin parte à procura de uma estatueta Arumbaya, roubada (logo no início da historia) de um museu. Mais tarde, na década de 60, Philippe de Broca, baseia-se nesta aventura para criar o mais “tintineano” filme de aventuras realizado, - "O Homem do Rio", com Jean Paul Belmondo - mesmo incluindo aqueles com a figura de Tintin e desempenhados por J. P. Talbot. A ver (ou rever) com urgência!
Em Portugal aparece no número 247, de 04/01/1940 de "O Papagaio" com o título de "O Mistério da Orelha Quebrada". A aventura cobre todo o ano de 1940, finalizando no número 298 de 26/12/40.
Mais tarde o semanário Tintin reinicia a sua publicação a partir de 13/10/1973 com o título "A Orelha Quebrada".
As editoras brasileiras Flamboyant e Record tinham já editado o álbum na segunda metade dos anos 60 desta vez com o título "O Ídolo Roubado". Mais recentemente a Verbo publicou-o como "A Orelha Quebrada".
O HOMEM DO RIO
ESTREIA : 15/10/1964 CINEMA SÃO JORGE
Uma estatueta brasileira da civilização malteca é roubada ao Musée de l'Homme, em Paris. Fazia parte de um grupo de três estátuas, trazidas por três exploradores: o Professor Catalan (Jean Servais), que trabalha no Musée de l'Homme, o tragicamente falecido Professor Villermosa e André de Castro, um rico empresário brasileiro. O professor Catalan é raptado em frente ao museu. O soldado Adrien Dufourquet testemunha o rapto da sua noiva Agnès Villermosa, filha de um famoso etnólogo. Vai em busca dela, o que o leva ao Brasil...
A imaginação de Philippe de Broca foi expressa nos seus primeiros filmes num estilo ainda imbuído da Nouvelle Vague. Sem fazer realmente parte do movimento, a sua forma de dinamizar o romance e o marivaudage clássico ("Les Jeux de l'Amour" e "Le Farceur" (1960)) fazia parte do mesmo desejo modernista. Com "Cartouche" (1962), um grande filme de aventuras históricas, era possível adivinhar a reviravolta mais popular que libertaria as obras seguintes. "O Homem do Rio" estabelece, assim, uma ponte ideal entre o De Broca inicial e o De Broca mais abertamente mainstream do resto da sua carreira, onde a energia artística da Nova Vaga colide com um horizonte mais vasto, com fuga e grande aventura.
O filme nasceu inicialmente de um projeto de adaptação de Tintim, no qual De Broca esteve envolvido (após a saída de Alain Resnais, inicialmente prevista), mas o realizador rapidamente se apercebeu dos limites de uma transposição literal das vinhetas de Hergé e deitou a toalha ao chão. Em vez de uma adaptação verdadeira, considerará uma história original onde poderá misturar o seu próprio tom com a energia e o estilo das aventuras de Tintim. Uma estadia no Rio com Jean-Paul Belmondo para a promoção de "Cartouche" impôs-lhe imediatamente na mente esta estrutura para o futuro filme e, após uma longa sessão de argumento com o seu colaborador regular Daniel Boulanger e o seu amigo Jean-Paul Rappeneau, que ainda não tinha assumido a realização, "L'Homme de Rio" viu gradualmente a luz do dia.
A influência de Tintim é evidente, quer em termos visuais, narrativos ou narrativos. O roubo inicial da estatueta, a silhueta do ladrão e o cenário do Musée de l'Homme levam-nos imediatamente de volta a "A Orelha Quebrada". Os raptos e, mais tarde, a busca pelas estatuetas e pela maldição que as envolve, remetem, obviamente, para o díptico "As Sete Bolas de Cristal"/"O Templo do Sol".
O empréstimo mais belo, porém, será esta energia frenética e a velocidade da história e, da mesma forma que Hergé conseguia levar-nos de uma Europa acinzentada às terras mais exóticas em duas páginas e muitas aventuras, De Broca deixa Paris para o sol do Brasil em vinte minutos de introdução ideal.
Numa linha narrativa perfeita e clara, todas as informações e caracterizações das personagens são feitas num movimento perpétuo e jubiloso. Vai do mais explícito (o passado dos estudiosos, as três estátuas) ao mais subtil (o olhar furtivo e ligeiramente lascivo de Jean Servais sobre Françoise Dorléac, que nos permite suspeitar vagamente do que lhe acontecerá a seguir) e podemos sentir o toque de Jean-Paul Rappeneau, já tão hábil em casar anarquia e construção rigorosa. O casal Jean-Paul Belmondo / Françoise Dorléac traz o toque romântico adulto e atrevido que torna tudo tão brilhante.
Em vez do piegas Tintim, Belmondo estaria mais próximo de um Capitão Haddock juvenil, com este herói francês e rabugento dedicado a dois objectivos: salvar a sua noiva e regressar a tempo da sua licença em Paris.
É neste filme que nasce "Bébel", o herói ousado e debochado, mas mais do que o mecânico indestrutível dos anos seguintes, a sua silhueta frágil e elástica traz realmente este lado irresistível de banda desenhada/cartoon, fazendo-o levantar-se de cada queda, ripostar contra adversários muito mais imponentes. Françoise Dorléac está adorável como uma donzela caprichosa em perigo e as trocas tempestuosas entre o casal a meio da ação são uma delícia do início ao fim.
De Broca leva-nos numa viagem pelo cativante Brasil dos anos 60, explorando com igual brilhantismo a urbanidade moderna (com a sua quota-parte de edifícios de alta tecnologia) e os ambientes operários mais fervilhantes e festivos, mas também a natureza exótica e colorida (o lado da banda desenhada também não é esquecido, como o falso crocodilo à espera de Belmondo durante a sua aterragem de paraquedas). De Broca multiplica as aventuras e os ambientes com rara inventividade, sem nunca se cansar graças a pausas cómicas ou piadas em abundância (o carro cor-de-rosa com estrelas verdes!).
Este movimento perpétuo retoma também o princípio da linha clara que orienta o guião. Veremos que na sua perseguição frenética, Jean-Paul Belmondo terá sempre de seguir em frente para alcançar os malvados raptores de Françoise Dorléac.
ESTE É UM FILME DE MOVIMENTO, E O MOVIMENTO É A LINGUAGEM DO CINEMA. O HOMEM DO RIO É, PORTANTO, UMA OBRA CINEMATOGRAFICAMENTE CERTA... (Diário Popular)
ESPECTÁCULO VIVO, DINÂMICO (Século)
CINEMA-DIVERTIMENTO A SUSCITAR PLENAMENTE A MELHOR DISPOSIÇÃO E AGRADO AO PÚBLICO (Diário Da Manhã)
...NÃO LHE FALTAM QUALIDADES PARA IMPOR-SE COMO UMA OBRA DE REAL MÉRITO (Diário De Noticias)
domingo, 2 de novembro de 2025
L'Oreille Cassée
Apaixonado que sempre fui e assim continuo, deixo aqui memória do "L'Oreille Cassée" (o nosso "O Ídolo Roubado"), o sexto episódio da saga (1937), o qual sinto como um dos melhores livros (...).
Escolho este álbum e esta vinheta também por duas razões, mais "políticas". Pois nas últimas décadas têm surgido um conjunto de "denúncias" ao racismo em Tintin, emanadas dos contextos da esquerdalhada básica e emitidos por feixes de intelectuais de pacotilha. Li alguma dessa tralha, até lusa. Não vou elaborar muito sobre isso, nem sequer invocar o óbvio anacronismo dessas lérias. Apenas recupero este "L'Oreille Cassée": aqui surge este Ridgewell, explorador amazónico que há muito desaparecera e que vive entre os Arumbayas. O qual é um evidente proto-Haddock (que só aparecerá 4 anos depois, no "O Caranguejo das Tenazes de Ouro"), na forma vulcânica e desabrida com que trata os seus (amer)índios circundantes, tal e qual Haddock o fará em todos os outros contextos (em particular junto do séquito de Moulinsart). Sobre esta patente similitude, de enorme significado sobre as concepções antropológicas de Hergé, então ainda abaixo dos 30 anos, nada li em todas as lérias botadas nos "papers" e "conferências" dessa esquerdalhada "denunciatória". Pois desmontar-lhes-ia, por completo, as "academices" de treta com as quais vão fazendo currículos e cativando interesses de outros imbecis.
Um outro traço do "L'Oreille Cassée" explica este actual "Cancel Tintin". Pois Alcazar e Tapioca, os patuscos generais, já estão em frenético conflito. Como o estarão 40 anos depois, quando o já quase septuagenário Hergé publicou a última aventura completa, "Tintin e os Pícaros". E de facto é este livro - um sarcástico monumental pontapé nas ladainhas guevaristas e terceiro-mundistas, então tão em voga - que promove o "denuncionismo" de agora. Não é a candura colonial ou a deriva anticapitalista dos vinte aninhos de Hergé em "Tintin no Congo" e "Tintin na América". É mesmo a sua madura, pertinente e artisticamente genial refutação dos mitos que alimentam esta actual triste tralha identitarista - "pós" ou "decolonial".
quinta-feira, 30 de outubro de 2025
Tertúlia BD de Lisboa
A Tertúlia BD de Lisboa começou em junho de 1985 por iniciativa de Geraldes Lino.
A Tertúlia BD de Lisboa promove reuniões na primeira 3ª feira de cada mês, ultimamente no restaurante Entre Copos de Lisboa, com a participação de 20 a 40 aficionados de banda desenhada entre os quais se encontram autores (desenhadores, argumentistas/guionistas, coloristas, arte-finalistas e legendadores), editores (profissionais e amadores), fanzinistas, coleccionadores, livreiros, alfarrabistas, mas também simples leitores.
A tertúlia inicia-se às 20 horas e termina sempre três horas e picos mais tarde. Divide-se em três partes: 1) jantar; 2) sorteio de BD; 3) homenagem a um autor consagrado (ou veterano com obra realizada há muitos anos) e incentivo a um autor mais novo.
Esta tertúlia formaliza as suas homenagens aos consagrados com a entrega de um Diploma de Honra e os incentivos aos novos da BD também com um diploma menos formal.
Um fanzine da Tertúlia de BD de Lisboa que conta a respectiva história entre 1985 e 2019 foi lançado em Junho de 2019. Foi realizado em memória de Geraldes Lino e com coordenação de Jorge Machado Dias.
A Tertúlia completou 40 anos de existência em junho de 2025.
PÁGINA NO FACEBOOK https://www.facebook.com/tertuliabddelisboa
A Tertúlia BD de Lisboa e o seu anfitrião, Geraldes Lino, estão de parabéns. Celebra-se hoje o seu 21º ano de existência e de reunião ininterrupta, comemoração que terá lugar em local extraordinário, mas situado perto do Parque Mayer; zona que tem sido a centro nevrálgico destes encontros mensais ao longo dos anos. Assim se marca duas décadas de rendez-vous bedéfilos, iniciados em 1985 de forma a preencher o vazio deixado pela descontinuação dos convívios regulares do Clube Português de Banda Desenhada.
Chamando a si a responsabilidade de estabelecer pontes entre os vários protagonistas do meio, ou ávidos consumidores e coleccionadores, bem como entre estes e as novas gerações de autores e leitores, Geraldes Lino criou o que hoje é já uma “instituição”, promotora de dinamismo cultural e encontro de ideias e pessoas, que em muito contribuiu para a moderna bd portuguesa. Com um percurso que chega a confundir-se com a evolução desta, o encontro foi palco da estreia e primeiros passos na área de muitos actuais valores da nossa bd, assim como foi local de justa distinção a vários dos mais veteranos criadores/editores do século passado.
De forma a prestar a devida homenagem à data, e contribuir para uma nova dimensão da Tertúlia, que tem vindo a aumentar a sua influencia em anos recentes, propus-me preparar uma surpresa para anunciar no encontro aos participantes, e aqui nos websites de informação aos restantes leitores do país. Tal como no acto transacto o 20º aniversário foi marcado pela edição do “TBDZ Arquivo 20 – Marte 2205” (edição especial de 12 páginas a cores, produzido em técnica 3D por Cris Lou (arg.), João Mascarenhas (des.) e Gastão Travado (3D)), este 21º dará inicio à era digital da Tertúlia, com a inauguração na internet de um QG dedicado à publicação regular desta, o “slimzine” Tertúlia BDzine, de modo a que a já vasta história desse fanzine e a da própria Tertúlia não se percam no tempo.
Premiado duas vezes como Melhor Fanzine pelos prémios Zé Pacóvio e Grilinho do FIBDA (2003 e 2004), e uma vez pelos Troféus Central Comics (2004), o Tertúlia BDzine mantém o recorde para mais duradouro e regular edição amadora nacional, tendo recentemente passado até a marca dos 100 números; número esse que só será apresentado em Julho para dar espaço à edição especial de aniversário deste mês, o Tertúlia BDZine Boletim!»
Daniel Maia, 06/06/2006
logo no nº3, Out. 1993, [do Tertúlia BDzine] há um divertido cartune [de Zé Manel] alusivo à Tertúlia BD de Lisboa e ao bigodudo e pencudo organizador. (GL)
quarta-feira, 29 de outubro de 2025
Foguetão
Num foguetão igual a este fui à lua, derivei para marte e ainda trouxe o Tintin, Capitão Haddock e Milou de volta à Terra.
Avenida EUA, Bairro de Alvalade | arquivo CM Lisboa
Lembro-me muito bem deste foguetão também fui muitas vezes à lua nele! Morava mesmo em frente... (Maria Paula Cayatte Azevedo)
sexta-feira, 24 de outubro de 2025
Tintin em Portugal
Numa iniciativa do GICAV (Grupo de Intervenção e Criatividade Artística de Viseu), a Exposição «O MUNDO DE TINTIN» da Fundação Hergé, estará patente na Feira de São Mateus em Viseu até ao próximo dia 19 de Setembro [de 1993].
A iniciativa só se tomou possível através do interesse e apoio dos Serviços Regionais do Instituto da Juventude e da Câmara Municipal de Viseu.
O Grupo de Viseu que ainda há bem pouco levou a efeito as suas jornadas de Banda Desenhada onde tem homenageado vários artistas nacionais, tem desenvolvido um trabalho meritório na divulgação das histórias em quadrinhos, tornando Viseu um polo privilegiado da BD em Portugal, acolhendo pela primeira vez na Península Ibérica esta exposição sobre um dos heróis mais populares da banda desenhada, TINTIN.
A exposição, que estará patente no pavilhão C da Feira de S. Mateus, cobre uma superfície de 91 m2 e é constituída por quatro células de 16 m2 cada, com uma altura total de 2 metros e 75.
As quatro salas estão divididas por temas, onde poderemos encontrar os vários elementos que constituíram o universo fascinante das aventuras de Tintin e Milou. Na primeira sala poderemos encontrar os personagens que continuam a entusiasmar leitores em todo o mundo, como o capitão Haddock, o professor Tournesol, a soprano Castafiore ou os detectives Dupond e Dupont. A sala seguinte pretende mostrar os variados locais por onde as aventuras de Tintin nos transportaram. Na terceira sala, encontraremos os mais variados sinais da aventura. Por fim na sala 4, encontraremos a evocação de todo o trabalho de Hergé na criação de uma história aos quadradinhos, a partir do material do «Voo 714 para Sidney», recentemente editado [pela primeira vez] em Portugal pela Verbo.
Um momento a não perder para todos aqueles que admiram a Banda Desenhada e a obra de Hergé em particular.
FG (Francisco Baptista Gil), Algarve Região, 02/09/1993
ver também
https://zenodo.org/records/7954378
https://www.cienciavitae.pt/D817-E011-0B9A
segunda-feira, 20 de outubro de 2025
quinta-feira, 9 de outubro de 2025
As Leituras do Pedro
A editora Escorpião Azul vai lançar o livro "As Leituras do Pedro - 40 anos de boas leituras" que é uma colectânea de textos de Pedro Cleto publicados por aqui e por ali, entre Dezembro de 1985 e Junho de 2025. Muitos incluídos no blog As Leituras do Pedro que existe desde Maio de 2009.
A primeira tentativa de escrita sobre BD foi na Comicarte #8 de Dezembro de 1985.
A capa do livro é de Paulo J. Mendes. Paulo Jorge iniciou-se para a BD no fanzine Comicarte e foi um dos colaboradores dos primeiros Salões de BD do Porto. Regressou em força à BD com "O Penteador".
O lançamento e apresentação do livro está previsto para o dia 2 de Novembro de 2025. Mas já estará disponível no Amadora BD, a partir de 25 de Outubro.
O livro terá de certeza bastantes informações sobre as personagens de Hergé. Textos deste conceituado autor também constam do nosso blog e mesmo alguns com mais interesse para os fãs de Tintin e que podem não constar do livro.
Na excelente capa do livro tem vários motivos de banda desenhada incluindo o (inevitável) foguetão do Tintin e um desenho de um boneco de Tintin.
Na capa aparecem referências a locais onde escreveu como o Comicarte, O Primeiro de Janeiro e Jornal de Notícias e aos programas de rádio (Quadrifonia). Aparecem bonecos e estatuetas como Lucky Luke, Fantasma, Tex, Calvin e Hobbles, Tintin e também o já referido foguetão. Nas estantes tem volumes de Gaston Lagaffe, Blake & Mortimer, Batman, etc Na mesa estão ainda edições do "Mundo de Aventuras" e "(A Suivre) 12", "Jim del Monaco", etc Ainda aparece a edição de "Maílis" da série Simon du Fleuve bem como outras obras. A imagem do Mercado Ferreira Borges será uma referência aos Salões Internacionais de Banda Desenhada do Porto onde colaborou.
O BLOG
E pronto, aqui está o meu primeiro blog. A vontade já vinha de há muito, a ocasião propícia surgiu agora.
Sem grandes pretensões, quero utilizá-lo para fazer aquilo que me ocupa há alguns anos: escrever sobre banda desenhada. Em especial, mais do que escrever laboriosos tratados, partilhar impressões, sentimentos, vontades e emoções que me deixam as muitas leituras de BD que tenho o privilégio de poder fazer.
Sem periodicidade nem um modelo fixo; por prazer, não por obrigação.
Fiquem bem, leiam muito e passem por cá de vez em quando!
(Geraldes Lino foi uma das pessoas que comentou logo nos primeiros dias)
PEDRO CLETO
No Blogger desde maio de 2009
Blogs
As Leituras do Pedro mudaram-se
Outros
NOVO CABEÇALHO DA AUTORIA DE PAULO J. MENDES
Esta é uma boa oportunidade para abordarmos o cabeçalho do blog de Pedro Cleto onde também aparece o foguetão de Tintin.
13/02/2021
Assim nasceu um cabeçalho...
Há cerca de 15 dias, As Leituras do Pedro estrearam um novo visual, cujo principal elemento é uma bela ilustração do Paulo J. Mendes.
Dar a conhecer alguns aspectos da sua génese, é o propósito deste texto.
A vontade de mudar o visual deste blog - algo que já acontecera - de forma menos evidente - algumas vezes ao longo dos quase 12 anos que já tem de existência - era um propósito antigo, mas a intenção era ir mais além do que fundos, tipo de letra e disposição dos elementos. Não que houvesse algum problema com a imagem que acompanhava As Leituras do Pedro desde Maio de 2009, da autoria de Pedro Nogueira, não para este espaço, mas como elemento de um cartaz que anunciou durante meses o programa de rádio que mantive em duas rádios(-piratas...) da zona do Porto.
Se alguma inércia e falta de tempo foram adiando esta mudança, quando descobri as ilustrações (não utilizadas) feitas pelo Paulo J. Mendes para as guardas do seu surpreendente e muito aconselhável O Penteador, desde logo pensei que o seu estilo seria o ideal para a tal mudança. Curiosamente - não sei sequer se ele se lembra disso - foi ele que desenhou - há demasiados anos! - o meu primeiro cartão de visita...
Aproveitando algum tempo livre, no final do ano passado dispus-me a avançar e propus-lhe então ser o autor desta mudança. Na 'nota de encomenda' garantia "total liberdade" embora pedindo "que a imagem estivesse relacionada com a leitura e/ou divulgação de banda desenhada".
Adiantava algumas hipóteses de concretização: "eventualmente uma recriação da ilustração original", com a introdução de "um calendário - que servirá mensalmente para ilustrar o Calendário BD do blog - e uma outra imagem - uma prateleira com livros...? - que possa ilustrar os textos que resumem todos os lançamentos do mês..."
O convite foi aceite pelo Paulo "com todo o gosto; fazer um cabeçalho para o blogue que, ao longo destes anos em que estive afastado da BD, deu um importante contributo para que me fosse mantendo minimamente actualizado, é algo que não me dará muito trabalho e será divertido de se fazer". Passados quatro dias chegou o primeiro esboço - a primeira prenda do Natal 2020! - bem próximo já do desenho final: uma estante, à esquerda, repleta de livros e com algumas figuras, o calendário na parede e, principalmente, a forma como (eu) me reconhecia no leitor nela presente, pois, acrescenta o Paulo "imediatamente me ocorreu a ideia de que teria que ser o próprio a figurar, juntamente com os elementos que me eram pedidos - estante, calendário, etc."
Poucos dias depois, recebi uma nova versão, mais avançada, já passada a tinta, com um dos elementos que mais apreciei no conjunto: a introdução do cartaz original... actualizado, com o 'locutor' de há 30 anos substituído por alguém mais volumoso, com menos cabelo, de óculos... Ideias que os desenhadores de quadradinhos vão buscar sabe-se lá onde!
Entre estes dois desenhos, tinha andado indeciso quanto à edição que estava a ler. Após considerar várias possibilidades, a escolha recaiu no Mundo de Aventuras #47 (II série), a revista que me serviu de porta de entrada numa BD mais adulta e na qual me 'formei' enquanto leitor de BD.
Para além daquelas alterações, as figuras no topo da estante - outra escolha difícil! - desenhadas a partir de fotos que enviei ao Paulo, já eram as definitivas: o (inevitável) foguetão do Tintin, um (facilmente reconhecível) Tex e, um Iron Man escolhido por dois motivos: era na altura a última figura entrada na minha colecção e originária de um universo completamente diferente dos outros dois já representados.
Como o Paulo não se mostrava satisfeito com o título - "a maior dificuldade foram, contudo, as letras do cabeçalho, pois o desenho de letras é algo que não domino e tentei que saíssem o mais soltas e 'bedéfilas' possível" - fez rapidamente nova proposta, com uma fonte digital. Se numa primeira leitura parecia uma boa solução, com o tempo tornava-se algo cansativa e sem ligação ao lado 'artesanal' dos restantes elementos.
Diz o Paulo: "da troca de ideias e sugestões foram surgindo títulos de livros e figuras emblemáticas para figurarem na estante, e cheguei a pensar que não conseguiria encaixar tudo, dadas as pequenas dimensões do desenho original. Melhor ou pior, e para minha surpresa, funcionou!" E foram bem mais do que as pensadas inicialmente, que fui indicando conforme o espaço 'crescia'! Não as identifico, para que possam descobri-las - se estiverem para aí virados - sendo certo que todas elas foram - são - importantes no meu percursor de leitor de banda desenhada.
Havia no entanto um problema: se a nova versão do cartaz era uma mais-valia a manter, tinha desaparecido o Calendário BD. A solução foi 'apertar' o título do blog e colocá-lo à esquerda da ilustração.
E já com uma letragem manual mais de acordo com o estilo geral, chegou a versão seguinte.
O passo seguinte foi a introdução da cor. E que cor! Para além de dar vida ao cabeçalho, ajudou também a tornar mais facilmente identificáveis os álbuns nele representados. Entre eles e as figuras do topo, há um ponto comum, a diversidade de propostas e estilos.
Estava quase aprovada a ilustração final, havia pequenos pormenores a limar. Descubram as diferenças!
Um dos meus pedidos originais, era que o desenho pudesse ser 'desconstruído' para que os seus elementos ilustrassem algumas entradas recorrentes aqui no blog: o Calendário BD, os Lançamentos mensais, as minhas Leituras.
Foi o ponto final de um percurso cujo magnífico resultado está à vista aqui em As Leituras do Pedro desde o dia 24 de Janeiro.
Obrigado Paulo J. Mendes e... boas leituras!
(sugere-se a leitura do post original onde se pode ver as imagens relacionadas com as mudanças no cabeçalho)
segunda-feira, 6 de outubro de 2025
Painel de azulejos
Painel de Azulejos executado a pedido de um cliente colecionador do Tintin.
— em Rota dos Saberes e Sabores (2024).
Imagem num postal de Hergé.
sábado, 4 de outubro de 2025
A Estrela Misteriosa
quinta-feira, 2 de outubro de 2025
João Victor Teixeira
A exposição organizada pelo projecto Conversas de Ilustradores esteve em 2020 no Coimbra BD – 5ª Mostra Nacional de Banda Desenhada para ser apreciada.
Eis a lista dos 18 ilustradores que participaram:
1 - Delfim Ruas - desenha Corto Maltese
2 - João Victor Teixeira - desenha Tintin
3 - André Caetano - desenha Hellboy
4 - Hugo Besteiro - desenha Mafalda
5 - Antó Monteiro - desenha Batman
6 - Miguel De Veneza Ruivo - desenha Blacksad
7 - Guilherme Albino - desenha Spawn
8 - Alya Kuznetsova - desenha Snoopy
9 - Paulo Costa - desenha Head lopper
10 - Gabriela Torres - desenha i kill giants (Barbara)
11 - Diogo Carvalho - desenha Dr. Strange
12- @Joana Lopes - desenha Taako de TAZ
13 - Luis Miguel Fernandes - desenha tio patinhas
14 - Rossella Conversano - desenha Dylan Dog
15 - Abel Costa - desenha Pokémon
16- biakosta - desenha Mónica
17 - Ricardo Baptista- desenha Bone
18 - Paul Hardman - desenha Akira
sexta-feira, 26 de setembro de 2025
Explorando o filão Tintim (2004)
No ano em que se comemora o 75º aniversário da criação de Tintin, o herói de Hergé é notícia em Portugal, por várias razões, entre as quais, a publicação de “Tintin e a Alph-Art”, o álbum que a morte de Hergé em 1983 deixou inacabado, ainda em estado de esboço e que agora surge com a mesma apresentação gráfica do resto da colecção.
Apesar do estado ainda demasiado embrionário do álbum deixar apenas adivinhar que poderíamos estar perante uma boa aventura de Tintin, em que Hergé guia o seu herói pelos meandros da arte contemporânea, este “Tintin e a Alph-Art” revela-se uma óptima forma de o leitor descobrir as várias etapas do método de trabalho de Hergé e a complexidade dos trabalhos preparatórios que o depuramento e a aparente simplicidade da “linha clara” escondem.
Igualmente revelador da evolução do estilo de Hergé é a versão facsimilada da edição original a preto e branco de “Os Charutos do Faraó”, que a Verbo lançou no Verão passado e que, se não tem ainda a perfeição do traço e a eficácia narrativa da nova versão redesenhada e colorida pelos Estúdios Hergé, tem uma espontaneidade ingénua e dimensão da aventura em estado puro, que de alguma forma se perdeu na versão que a maioria dos leitores conhecem.
O aparecimento destas duas edições, prova que há público interessado e entusiasta em número suficiente para justificar o lançamento de obras destinadas mais ao coleccionador informado do que ao leitor casual, o que não é de estranhar pois Portugal foi o primeiro país não-francófono a publicar as aventuras de Tintin. E isso aconteceu a partir de Abril de 1936 no “Papagaio”, revista dirigida por Adolfo Simões Muller, onde Tintin apareceu a cores, numa altura em que na própria Bélgica as suas histórias ainda eram publicadas a preto e branco, tornando-se rapidamente num dos símbolos da revista, com participações especiais em outras séries (de que Hergé não deve ter tido conhecimento) como o fabuloso “Boneco Rebelde”, de Sérgio Luís.
Mas, apesar da popularidade da série em Portugal e do herói de Hergé ter dado o nome a uma revista que formou toda uma geração de leitores, actualmente entre os trinta e os quarenta anos, a verdade é que a bibliografia sobre Hergé em português é reduzidíssima. As (honrosas) excepções são o rebuscado “Tintin no Psicanalista” de Serge Tisseron, o excelente dossier sobre os 70 anos da série no nº 1 da 3ª série da revista “Quadrado” e o livro “As Aventuras de Hergé”, de Bocquet, Fromental e Stanislas, já aqui abordado nestas páginas (ver “Diário As Beiras” de 13/09/2003).
Assim, permanecem inéditas em português obras fundamentais como “Le Monde d’Hergé” e “Hergé, Fils de Tintin”, de Benoit Peeters; “Tintin et Moi” de Numa Sadoul; “Le Coloque de Moulinsart”, de Henry Van Lierde e Gustave du Fontbare; a biografia de Hergé, escrita por Pierre Assouline; “Tintin chez Jules Verne”, de J.P. Tomasi e M. Deligne, “Tracé RG: Le Phénomène Hergé”, de H. Van Opstal; “Tintin et les Heritiers”, de Huges Dayez e “Les Dupondts sans Peine”, de Albert Algoud, pelo que a publicação em livro dos textos que no jornal Público acompanharam a publicação da série, podia de alguma forma ajudar a minorar esta lacuna.
Infelizmente, o que “As Aventuras de Tintin no Público” recolhe, são precisamente os textos menos interessantes sobre os álbuns, em que Carlos Pessoa se limita, de forma algo acrítica e superficial, a debitar algumas banalidades sobre cada título, ficando ausente, talvez por uma questão de direitos, as bem mais interessantes declarações de Hergé a Numa Sadoul a propósito de cada história. Assim, este livro soa um pouco a oportunidade perdida, feita mais com o intuito de aproveitar o sucesso da colecção vendida com o “Público”, do que de constituir uma opção importante em termos da bibliografia nacional dedicada ao criador de Tintin.
(“Tintin e a Alph-Art”, de Hergé, Difusão Verbo, 56 pags, 14,50 €
“As Aventuras de Tintin no Público”, de Carlos Pessoa, Público/Oficina do Livro, 64 pags, 4 €
“Os Charutos do Faraó” (edição facsimilada), de Hergé, Difusão Verbo, 130 pags, 18 €).
João Miguel Lameiras, Diário As Beiras, 25/09/2004
Copyright: © 2004 Diário As Beiras; João Miguel Lameiras
NUMA SADOUL
Também sobre o universo de Tintin (ou Tintim?) e sobre o seu criador – entrando um pouco no domínio da investigação que se segue (entrevistas, inquéritos e dados estatísticos) - foram publicadas no jornal Público ao longo do ano de 2003 (continuando em 2004) 17 entrevistas de Numa Sadoul a Hergé sobre as diferentes histórias do Tintim que iam sendo publicadas juntamente com o jornal. De notar que todas as entrevistas se encontram disponíveis quer no site do Público, quer no site da Bedeteca.
«ficando ausente, talvez por uma questão de direitos, as bem mais interessantes declarações de Hergé a Numa Sadoul a propósito de cada história». JML
Entrevista de Carlos Pessoa a Numa Sadoul (1993)
A COLECÇÃO DO PÚBLICO
- A Ilha Negra 03-10-2003
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