sexta-feira, 28 de março de 2025

As Aventuras Perdidas de TinTin



Sikoryak, R. (2003). 
As Aventuras Perdidas de Tintin: Perdidos em Marte
A versão em português foi publicada em "À Volta do Sol", Guia de Actividades publicado pela Fundação Navegar para o Centro Multimeios de Espinho. Na versão em português  aparecem os nomes TinTin, Milu, Professor e Capitão  por isso não foi seguida a ideia original na totalidade.

Sikoryak, R. (2003). As Aventuras Perdidas de TinTin: Perdidos em Marte, À Volta do Sol: Guia de Actividades, Fundação Navegar, Pág. 15.


A revista Wired publicou em Julho de 2001 uma paródia a Tintin: "Prisoners of the red planet" (Prisioneiros do Planeta Vermelho).

Esta história acompanhava um artigo sobre a futura colonização do planeta Marte. A NASA enviou uma sonda para órbita em Outubro de 2001. Os investigadores começaram a imaginar a vida futura em Marte e a tentar encontrar soluções para os muitos problemas que os primeiros visitantes vão encontrar: temperaturas desumanas, condições meteorológicas terríveis, radiação mortal, uma vida social limitada, etc.

R. Sikoryak, o autor da banda desenhada, optou por parodiar Hergé para ilustrar os problemas levantados no artigo. O foguetão cairá ao aterrar em Marte e o Capitão Haddock morrerá depois de alguns passos no planeta!

Todas as personagens principais estão presentes na história, mas os nomes são diferentes ou não são mencionados. Assim, Tintin é chamado (no título) Tim-Tim, Milu (Milou) transforma-se em Schnowy (ou Shmilou), Haddock e Girassol são citados como o "Capitão" e o "Professor".

TINTIN EST VIVANThttp://naufrageur.com/a-wire.html

https://www.bedetheque.com/BD-Tintin-Pastiches-parodies-pirates-Les-Prisonniers-de-la-Planete-Rouge-467978.html

O artista Robert Sikoryak criou também um Tumblr onde publica uma BD dos termos legais do iTunes

Os termos legais que é preciso aceitar para usar certos serviços tecnológicos são normalmente extensos e aborrecidos - mais fácil é ir até ao fundo da página e carregar em 'Aceitar' sem os ler de todo.

Mas o artista Robert Sikoryak, conhecido por fazer adaptações de grandes obras literárias, criou uma versão dos Termos e Condições do iTunes que talvez ajudassem a ler tudo.

Robert Sikoryak, americano de 51 anos, começou a desenhar versões em banda desenhada de cada parte dos Termos e Condições do iTunes, o programa de gestão e compra de música da Apple. E com mais uma pequena particularidade: em cada uma das 49 páginas da BD, Sikoryak aplicou um estilo de um cartoonista conhecido.

DN, 04/11/2015



quarta-feira, 26 de março de 2025

Arcindo

ARCINDO MADEIRA (1915-2022)

Nasceu em Coimbra onde começou a ser artista fazendo caricaturas para os livros de curso e colaborando na imprensa local.

Colaborou em O Papagaio entre 1936 e 1940 antes de ir para o Brasil. Foi homenageado pelo Amadora BD em 2022 pouco antes de morrer,

 #95; 04 Fevereiro 1937; Capa; Tintim e Milou [mais chefe dos bandidos]


#101; 18 Março 1937; Banda Título; Tintim e Milou - Am


#116; 01 Julho 1937; Banda Título; Milou - Ch

#219; 22 Junho 1939; Banda Título; Tintim e Milou - Co


#261; 11 Abril 1940; Capa; Milou - Or

Fontes:

https://marcadefantasia.com/ego/encartes-qi/edicoes_avulsas/arcindo_madeira/arcindo_madeira.pdf

http://www.guiadosquadrinhos.com/artista/arcindo-madeira/11374

https://www.lambiek.net/artists/m/madeira_arcindo.htm

https://oelucubrativo.blogspot.com/2023/02/arcindo-madeira.html

Viver cultura - Artes - Edição 1527 - 2003-03-27

https://biblioteca.cm-amadora.pt/uploads/9f134daf72e4acc05acdef85c51286a2.pdf anos - 30

Universo Arcindo

A presença de Arcindo Madeira na edição de 2002 do Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora (FIBDA) foi uma agradável surpresa. O facto de o autor português ter nascido em 1915 (em Coimbra, a 7 de Agosto) e, principalmente, a circunstância de ter deixado o contacto regular com o leitor português a partir da altura em que emigrou para o Brasil, em 1941, levantavam algumas interrogações quanto à figura que iria ser homenageada na Amadora, com uma exposição individual na Galeria Municipal Artur Bual e com a elevada distinção do Troféu Honra do Festival.

Arcindo Madeira estreia-se no ABC-zinho em 1930 (com O Automóvel à Vela). Publica ilustrações no Pim-Pam-Pum!, Gazeta do Domingo, Yo-yo, Reporter de Coimbra, Imagem, Paracelso, Sempre Fixe e O Liberal. A partir de 1936, torna-se um dos mais representativos autores de O Papagaio, onde publica sobretudo ilustrações e histórias curtas (publicando uma única história em continuação, Aventuras de Jim Kaco). Permanecendo n' O Papagaio (a revista que estreou o Tintin em Portugal) até 1940, Arcindo Madeira marca definitivamente a imagem da revista na segunda metade da década de trinta, quer pelo belíssimo trabalho de cor, quer pelo estilo muito pessoal do autor, pleno de movimento (um movimento caricatural e característico) e com uma eficaz síntese ao nível do traço, que distingue verdadeiramente as suas personagens de quaisquer outras (o "universo Arcindo", como lhe chama Dias de Deus). Para lá d' O Papagaio, Arcindo continua a publicar ilustrações, caricaturas e bandas desenhadas em diversos jornais e revistas: Ginásio, Renascença, O Canudo, O Século Ilustrado, Diário do Alentejo, Pim-Pam-Pum!, A Risota, Gazeta de Domingo, Diário de Notícias, Diário de Lisboa, O Senhor Doutor, etc.

Em 1941, emigra para o Brasil, passando a colaborar no Suplemento Juvenil de Adolfo Aizen, e noutras publicações. Trabalha também em publicidade e faz cenários para teatro de revista. Em 1944 introduz o sistema de impressão por serigrafia no Rio de Janeiro. Na década de 50, colabora n' O Globo, onde começa a publicar as suas famosas crónicas de viagem (num curioso paralelo com o Grande Concurso das Nações que ilustrou para O Papagaio), e é director artístico do Rio Magazine.

A exposição individual de Arcindo que a Amadora apresentou na Galeria Municipal Artur Bual (e que marcou o arranque oficial do Festival), deixava de fora a "fase portuguesa" do autor, e privilegiava a ilustração sobre a (muito pouco representada) banda desenhada. Com esta abordagem, a grande beneficiada foi a síntese do traço solto e eficaz (fortemente enraizado no desenho do natural) que torna o desenho de Arcindo tão característico. É um tipo de traço que era imagem de marca da época de ouro da BD portuguesa, e que está "em vias de extinção". Os desenhos de Arcindo atravessam décadas sem que haja diferença significativa ao nível da energia e firmeza do traço. Esta energia e firmeza é também a que apresenta Arcindo Madeira no contacto pessoal. Indiferente ao passar dos anos, Arcindo comenta projectos futuros e métodos de trabalhos passados, questiona sobre a vida e obra de outros, tira fotografias e disponibiliza-se para sessões de autógrafos, revelando uma vitalidade maior do que a de muitos jovens autores que a Amadora tem revelado.

Lamentavelmente, o trabalho do autor Arcindo Madeira é pouco conhecido do grande público, evidenciando uma lacuna do revitalizado mercado português da banda desenhada.

PEDRO MOTA, Notícias da Amadora

segunda-feira, 24 de março de 2025

Marte

Hoje destacamos duas capas de Alex Gaspar.

* Tantan - Rumo A Marte

* Tantan - Explorando Os Marcianos


Em Janeiro de 2009 Alex Gaspar volta a colaborar no fanzine Efeméride, no seu quarto número, então dedicado ao tema "Tintim no Século XXI", com o episódio O Caso do Perfume Verde, além de ter realizado uma estupenda ilustração para a respectiva contracapa, de nível escatológico e humorístico em grau elevado, muito de acordo com o seu feitio bem humorado e irreverente.

http://divulgandobd.blogspot.com/2010/10/alex-gaspar-19652010.html 

domingo, 16 de março de 2025

Jornal Blitz

 

No jornal Blitz de 16/03/1993 aparece uma página dedicada a Tintin a propósito do 10º aniversário da morte de Hergé. Destacamos a parte da página onde é referida a edição especial de "A Suivre" de Abril de 1983, uma capa do suplemento "Tele Público", um pin de Milou e a edição da revista Sábado com o ministro das finanças Braga de Macedo na capa.

Os olhos Fertéis
Dos 7 Aos 77
Viky Sybergirl, Blitz. 16/03/1993


quinta-feira, 13 de março de 2025

Diário de Lisboa


A capa da edição de 16/03/1990 de "A Mosca", suplemento das sextas do Diário de Lisboa, tem imagens alusivas a Tintin com destaque para a presença do representante criado por Hergé.

DL


quarta-feira, 5 de março de 2025

Nuno Roby Amorim


Do Nuno. Foi nas eleições da Madeira de 1996 que o reconheci - não conhecemos pessoas novas quando elas são como nós: reconhecemo-nos nelas. Para além de ser capaz de perceber todos os temas em discussão, havia História nas suas histórias e alegria nas estórias. Havia o sorriso inteligente e matreiro, a vontade de ver acontecer e fazer por isso. Ele estava em vantagem - ou desvantagem, se quiserem ver por outro prisma (o que é sempre possível) - pois tinha a obrigação acrescida de honrar o nome do pai - e por causa dele, do filho Nuno, gostei de conhecer o pai. E a avó. A família. E todas as coisas inúteis que nos ensinou. 

Depois, depois havia outra coisa que nos uniu ainda mais: o nosso gosto pelo Tintin. Sobretudo Hergé, o seu autor.

Em casa do Nuno estava emoldurada a carta que Hergé lhe enviou em 1971: “Será que as crianças portugueses são normalmente precoces como tu?”, perguntava o genial criador do repórter de Bruxelas. A mesma Bruxelas onde, em frente do Palácio Real - Real, real por el-Rey de Portugal! - o Nuno, o repórter Tintin, posou. Só lhe faltava o ceptro de Ottokar. 

Espero que essa carta fique em boas mãos. O Nuno já deve estar, entretanto, com a família e deve estar a contar tudo ao Hergé para que ele faça uma aventura de Tintin ambientada em Portugal.

Boas aventuras, Nuno!

Frederico Duarte Carvalho, facebook, 27/01/2025

Nota: já tínhamos visto no facebook do jornalista Nuno Roby (1962-2025) a história do momento em que decidiu escrever uma carta a Hergé e obteve uma resposta. Acontece que a página do facebook foi apagada mas felizmente que o seu gosto por Tintin foi relembrado por FDC. 


segunda-feira, 3 de março de 2025

Morreu o pai do Tintin

O Diário de Lisboa de 04/03/1983 colocou na capa a noticia da morte do pai de Tintin.

Ao dar a notícia da morte de Hergé, na tarde do dia seguinte, colocaram na capa a vinheta com a referência ao representante do Diário de Lisboa.

Tintim no Congo: no segundo álbum da BD franco-belga, publicado em 1931, Tintim é interpelado por um representante do Diário de Lisboa, que quer publicar em exclusivo a sua reportagem. (a)


https://tintinofilo.weebly.com/outros.html