quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Heróis de Papel, Tintin 85 anos


Os 85 anos do aparecimento da personagem de banda desenhada Tintin, criada pelo autor belga Hergé, vão ser assinalados na quinta-feira, numa tertúlia organizada na Amadora pelo Centro Nacional de Banda Desenhada e Imagem (CNBDI).

Na tertúlia "Às quintas falamos de BD" estarão António Monteiro, do grupo Amigos de Hergé Portugueses, e o autor de banda desenhada João Mascarenhas.

O encontro abordará "este herói de papel e a sua estreita relação com Portugal e a revista `O Papagaio`, onde as aventuras de Tintin foram pela primeira vez publicadas, em 1936, escritas numa outra língua, que não o francês, e apresentadas a cores", refere o CNBDI.

Tintin, o famoso repórter que protagonizou centenas de páginas de aventuras de banda desenhada, surgiu a 10 de janeiro de 1929 no suplemento juvenil "Le Petit Vingtième".

Acompanhado pelo fox terrier Milu, Tintin é considerado uma das mais populares personagens de banda desenhada, criada pelo belga George Remi (Hergé), tendo sido apresentado como um jovem jornalista do Petit Vingtième, enviado à antiga União Soviética, onde se envolve em várias cenas de pancadaria.

A partir daí, Hergé colocou Tintin em aventuras no Oriente, no oeste americano, no mar, em terra e no espaço - numa ida à Lua-, mas nunca teve uma história em Portugal.

Foi, no entanto, uma revista portuguesa "O Papagaio" que primeiro "internacionalizou" os relatos das viagens do jovem repórter, em 1936.

Antes de existirem as traduções para inglês ou neerlandês, fica para a história a edição em português, quando a carismática banda desenhada só tinha passado fronteiras para a França e para a Suíça, mantendo sempre o francês como língua.

À primeira tradução de Tintin a nível mundial junta-se outro marco histórico para "O Papagaio": é nas suas páginas que os desenhos de Hergé são apresentados pela primeira vez a cores, o que até nem desagradou ao autor, quando recebeu as revistas portuguesas.

Hergé correspondia-se com alguma frequência com o padre Abel Varzim - o responsável pela compra dos direitos de Tintin para Portugal - e confessou ter ficado "encantado" por ver os desenhos a cores, apenas criticando a paginação, remontada.

Dizia que não respeitava o original e por isso alterava o efeito de "suspense". "Os desenhos são concebidos como num folhetim, para terminar em cada semana com um desenho palpitante, para melhor manter o leitor interessado", explicava.

Adolfo Simões Müller, então director de "O Papagaio", não escondia o seu entusiasmo pelo trabalho de Hergé e assegurou, na sua saída da revista, levar as histórias de Tintin para outras publicações que depois dirigiu: "Diabrete", "Cavaleiro Andante", "Foguetão", "Zorro".

A edição das aventuras de Tintin em álbum só começou em Portugal em 1988 pela Verbo... 52 anos depois de "O Papagaio".

Hergé morreu em 1983, aos 76 anos, deixando incompleto "Tintin e Alpha-Art", mas em todo o mundo, os mais de vinte álbuns que desenhou foram traduzidos em 77 línguas e venderam mais de 230 milhões de exemplares em todo o mundo.

As 24 aventuras de banda desenhada de Tintin foram reeditadas posteriormente pela ASA. 

Lusa, 26/02/2014

Apesar de nunca mais ter protagonizado qualquer episódio, Tintin continua a ser um dos heróis de BD que mais interesse desperta na área dos bedéfilos veteranos.

Daí que se sucedam, com frequência, debates e colóquios centrados no herói criado em 1929 por Hergé.

Assim vai acontecer amanhã, dia 27, em mais uma tertúlia chamada "Às Quintas Falamos de BD", que decorre mensalmente, à 5ª feira como é óbvio, no CNBDI - Centro Nacional de Banda Desenhada e Imagem, na Amadora. Costuma ser um palestrante, desta vez será uma mesa redonda participada por dois interessados no herói da poupa, António Monteiro e João Mascarenhas.

O primeiro, professor universitário, e elemento do grupo "Amigos de Hergé Portugueses", é um profundo conhecedor de toda a obra de Hergé; o segundo, engenheiro e autor de BD nas horas vagas - criador, como é do conhecimento de todos os bedéfilos portugueses, da personagem "O Menino Triste" -, mas também coleccionador de todo o merchandising que tenha a ver com o episódio "Tintin na Lua", de que possui vasto acervo de peças tridimensionais, documentação e iconografia, que cedeu para uma exposição no CNBDI.


Para este encontro será ainda preparada uma pequena mostra sobre Tintin na Lua, com peças tridimensionais (bonecos e jogos), documentação (livros e revistas) e iconografia (cartazes e ilustrações) dos anos 40 à atualidade, com material gentilmente cedido pelo autor João Mascarenhas.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Às Quintas Falamos de BD - 85 anos de Tintin

No próximo dia 27 de Fevereiro, às 21h00, realiza-se mais um encontro Às Quintas Falamos de BD, desta vez para comemorar os 85 anos de Tintin.

Na primeira tertúlia do ano, a palavra é dada a António Monteiro, do grupo “Amigos de Hergé Portugueses”, e a João Mascarenhas, autor de BD, Para encetarem a conversa em torno deste herói de papel e da sua estreita relação com Portugal e a revista Papagaio, onde as aventuras de Tintin foram pela primeira vez, em 1936, escritas numa outra língua, que não o francês, e apresentadas a cores.

Para este encontro será ainda preparada uma pequena mostra sobre Tintin na Lua, com peças tridimensionais (bonecos e jogos), documentação (livros e revistas) e iconografia (cartazes e ilustrações) dos anos 40 à actualidade, com material gentilmente cedido pelo autor João Mascarenhas.



quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Pijamas Tintin

O novo catálogo da La Redoute apresenta colecções de pijamas do Tintin. Veja-os no seu site.


sábado, 8 de fevereiro de 2014

Os 80 anos de Popol et Virginie


Popol et Virginie, uma banda desenhada animalistica, é uma criação de Hergé, autor de Tintin, para o suplemento belga Le Petit Vingtiéme e que teve início no seu número 6 de 8 de Fevereiro de 1934. Esta criação foi inspirada na série Tom et Millie, publicada um ano antes no suplemento semanal do diário belga La Meuse, também por Hergé.

Popol e Virginie, dois pequenos ursos, têm a sua primeira e única aventura, numa primeira fase,  a preto e branco no oeste norte-americano, num cenário de índios e cowboys ( Les Aventures de Popol et Virginie au Far-West). Catorze anos mais tarde, em 1948, Hergé dá cor à aventura e rebaptiza-a para "Popol et Virginie Chez les Lapinos", sendo publicada na recente revista Tintin. Contudo, o episódio é interrompido após a publicação de apenas 27 pranchas. Os leitores só teriam a possibilidade de ler integralmente o único episódio da série mais tarde, em 1954, num álbum editado pela Casterman e, mais tarde, recuperado, pela Rombaldi na colecção integral de Hergé. 

Popol et Virginie Chez les Lapinos conta-nos a emigração dos dois heróis para o Novo Mundo e como Popol retoma a sua profissão de modista junto da tribo pele-vermelha baptizada de Lapinos. 

Esta série do universo de Hergé encontra-se inédita em Portugal.

Biblobd, 08/02/2014