terça-feira, 27 de abril de 2021

Hobbies

Conheci Carlos Gonçalves quando encontrei o Clube Português de Banda Desenhada. Aliás, era ele - conjuntamente com Geraldes Lino e António Dias de Deus - que para mim significou durante muito tempo aquilo que os nossos quadradinhos tinham de melhor. Falo dos inícios da década de 80 do passado século e ainda hoje assim penso. Geraldes Lino e António Dias de Deus já nos deixaram, pelo que lhes dedico, agora, recordação e homenagem de gratas memórias.

A oportunidade que me concederam de uma activa participação pessoal nos primeiros e saudosos festivais de banda desenhada, entre 1982 e 1985 e ainda na extinta F.I.L., significou a possibilidade de aprofundar a minha experiência de tão interessantes contactos, muitos dos quais perduraram pela vida fora.

A partir da próxima quarta-feira, todas as semanas e espero que por largos meses, aqui será partilhada a série HOBBIES, composta por memórias de Carlos Gonçalves acerca de coleccionismo em geral, uma paixão que sempre o motivou.

Trata-se de artigos publicados por ele há muitos anos em revistas privadas, portanto muito pouco conhecidos ou divulgados, pelo que ganham agora o estatuto de inéditos.

Tenho a certeza, antecipada, de que novamente a generosa colaboração de Carlos Gonçalves constituirá uma mais-valia do nosso Largo dos Correios, o que desde já fraternalmente lhe agradeço.

E aqui ficou, logo a abrir e como "aperitivo", o cabeçalho…

António Martinó de Azevedo Coutinho

HOBBIES – zero, 15/04/2020 (Adaptado)

HOBBIES  - vinte e nove, 04/11/2020 - sobre Tintin

https://largodoscorreios.wordpress.com/2020/11/04/hobbies-vinte-e-nove/

(inclui texto sobre Adolfo Simões Muller)

outros números do suplemento devem ser consultados no blog Largo dos Correios

quarta-feira, 14 de abril de 2021

Férias em Portugal



Nesse número, o Diabrete continuava a publicar duas famosas séries estrangeiras que nenhum leitor (ou leitora) entusiasta podia perder: as exóticas e trepidantes aventuras do hercúleo rei da selva que Edgar Rice Burroughs baptizou com o nome de Tarzan, na versão em quadradinhos mais realista e dinâmica de sempre, realizada pelo mestre da anatomia e do movimento Burne Hogarth; e as Tropelias do Trovão e do Relâmpago, fantasista cognome para Quick e Flupke, dois ladinos garotos belgas, oriundos do típico bairro de Marolles, em Bruxelas, com os quais o Diabrete, impedido de publicar as aventuras de Tintin (que eram, nessa altura, exclusivo d’O Papagaio) quis aumentar a sua popularidade e o seu prestígio, apresentando outra emblemática criação de Hergé — forma inteligente de manter na sua órbita um dos maiores autores da BD europeia, à espera de que um dia (como, aliás, aconteceu) Tintin viesse também parar às suas páginas.


No mesmo dia 26 de Dezembro de 1942 (ou talvez um pouco antes) em que surgiu nas bancas o número de Natal d’O Mosquito, os ardinas apregoavam também alegremente o nº 104 do Diabrete, que exibia uma magnífica capa desenhada por Fernando Bento, artista gráfico de traço ameno e desenvolto, cuja mestria era capaz de encher as páginas da revista com as mais vibrantes e inspiradas criações.

De facto, além da capa onde as figuras do Presépio, de grande beleza formal (e outras menos sacras), emolduravam um “educativo” poema de Adolfo Simões Müller — brilhante escritor e pedagogo que exercia as funções de director do Diabrete —, Bento teve ainda a seu cargo a ilustração de novos capítulos de Miguel Strogoff, HQ em tiras, com extensas legendas didascálicas, extraída da famosa novela de Jules Verne, e de Béquinhas, Beiçudo & Barbaças, hilariante série cómica cuja longevidade (pois já ia no 104º episódio) era mais uma prova do versátil engenho de um artista multifacetado.

(...)

https://ogatoalfarrabista.wordpress.com/2013/12/14/capas-e-numeros-de-natal-4

É provável que Serra da estrela tenha sido apenas na versão para Portugal.


https://largodoscorreios.wordpress.com/2020/07/08/jamais-so-com-tintin-68/



terça-feira, 6 de abril de 2021

O Bando dos Quatro


Série emitida pela RTP1 em 1994 com autoria de Rogério Ceitil (nome ligado a outras séries como Zé Gato e Duarte & Companhia).

Alberto Quaresma e João Lagarto são uma dupla de chineses que faz lembrar Dupont & Dupond. Logo no primeiro episódio repetem as frases ao jeito da dupla de Hergé.

Num dos episódios seguintes a Princesa (Ana Nave) rasga uma revista "Tintin". O passatempo de um dos chineses são as revistas "Tintin".

A série está a ser transmitida novamente na RTP Memória.

https://brincabrincando.com/o-bando-dos-quatro

Chinês 1 (João Lagarto) - Trabalha ao serviço da Princesa, que o escraviza a si e ao seu companheiro inseparável, e que a todo o momento ameaça fazer as suas cabeças lolal no chão. Tem um chapéu de coco que utiliza como arma de arremesso.

Chinês 2 (Alberto Quaresma) - Outro servo da Princesa, bastante mais vulnerável que o seu parceiro. Repete tudo o que ele diz (quais Dupont e Dupond). Não é à toa que o seu passatempo são as revistas do Tintim…

Fonte: Brinca Brincando