DIABRETE
Prop. da Empresa Nacional de Publicidade. Director: A. Urbano de Castro (até ao nº 19 de 17 de Maio de 1941) & Adolfo Simões Muller (deste esta data até ao final). Editor: M. Nunes de Carvalho. 22,5x33,5 cm e 18,5x24,5 cm. 887 números. Enc. em XVII vols.
A revista Diabrete começou a sua publicação a 4 de Janeiro de 1941 tendo deixado de existir em 1951.
É sem dúvida uma das que mais marcaram o universo visual juvenil do Estado Novo e a única publicação rival do Mosquito.
«(...) Tintin fez uma transferência de arromba para o Diabrete (que há muito o cobiçava), onde viveu uma nova era de popularidade e glória.
Sob a direcção de Adolfo Simões Müller, escritor, pedagogo e poeta, que também fora o principal responsável pelo aparecimento de Tintin n’O Papagaio (e pela primeira vez a cores!), o Diabrete publicou três das melhores aventuras do jovem e dinâmico repórter que até tinha, em versão francófona, um jornal com o seu nome: “O Ceptro de Ottokar” (estreada no nº 594, de 09/03/1949), “O Tesoiro do Cavaleiro da Rosa” (idem, no nº 703, de 25/03/1950) e “As 7 Bolas de Cristal” (iniciada no nº 809, de 31/03/1951, e terminada no nº 887, de 29/12/1951, em que o Diabrete se despediu dos seus leitores).
Todas elas fizeram as delícias dos jovens desse tempo, que as desfrutavam em dose dupla, semanalmente, nas páginas do “grande camaradão”, e de um ou outro adulto que, por curiosidade, folheava também as revistas dos filhos. O famoso herói de Hergé teve ainda o condão de inspirar a Fernando Bento, cuja fantasia gráfica o consagrou como um dos mais talentosos desenhadores do Diabrete, duas capas que merecem figurar na galeria das curiosidades avidamente procuradas por muitos tintinófilos.
Em ambas, respeitantes aos nºs 784, de 3/1/1951, e 807, de 24/3/1951 — a falta de numeração, nas capas, é um dos lapsos mais frequentes do Diabrete —, estão presentes Tintin, Milou (baptizado de Rom-Rom, como n’O Papagaio) e alguns dos seus companheiros, a par de outros heróis da revista, reconhecendo-se, por exemplo, as figuras de Bob e Lambique, protagonistas do clássico de Willy Vandersteen “Le Fantôme Espagnol” (que, no Diabrete, tomou o título de “O Mistério do Quadro Flamengo”).
Os nossos agradecimentos a José Menezes (autor de magníficos estudos sobre O Papagaio e o Diabrete), por nos ter enviado a imagem da capa do nº 593, que serviu de introdução às aventuras de Tim-Tim e Rom-Rom no Diabrete. Reparem que está assinada por Hergé e que difere substancialmente da capa do álbum da Casterman (1939).»
O Gato Alfarrabista, 20/01/2014Entretanto, com o fim d’”O Papagaio” em 1949, Simões Müller conseguiu adquirir os direitos de Tim-Tim, publicando três aventuras no “Diabrete”, a primeira “O Ceptro de Ottokar”, com a designação de “Aventuras de Tim-tim e Rom-Rom”, entre 9 de Março de 1949 e 18 de Março de 1950, seguindo-se mais duas aventuras, “O Tesouro de Rackham, o Vermelho”, aportuguesado para “O Tesoiro do Cavaleiro da Rosa”, entre 25 de Março de 1950 e 21 de Março de 1951, e “As 7 Bolas de Cristal”, entre 4 de Abril de e 29 de Dezembro de 1951, ficando a publicação desta aventura incompleta, devido ao facto de o “Diabrete” ter interrompido a sua publicação nesta data, ao fim de 553 edições.
FERNANDO BENTO
#594 e alguns seguintes; 9 Março 1949; Banda Título; Tintim e Milou; Fernando Bento
#784; 3 Janeiro 1951; Capa; Tintim, Milou, Dupond(t), Tournesol e Haddock; Fernando Bento
#807; 24 Maio 1951; Capa; Tintim, Milou e Tournesol; Fernando Bento
MARCELLO DE MORAIS
#867; 20 Outubro 1951; Margens da história «7 bolas de cristal»; Tintim, Milou, Dupond(t), Tournesol e Haddock; Marcello de Morais
#885; 22 Dezembro 1951 - Jogo para crianças; Tintim e Haddock; Marcello de Morais
AVENTURAS
- "O ceptro de Ottokar" (#594 de 9/03/1949 ao #701 de 18/03/1950)
- "O tesoiro do cavaleiro da rosa" ("O tesouro de Rackham, o Terrível") (#703 de 25/03/1950 ao #806 de 21/03/1951)
- "As 7 bolas de cristal" (#809 de 31/03/1951 ao #887 de 29/12/1951).
https://tintinofilo.weebly.com/diabrete.html
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