quinta-feira, 25 de abril de 2024

Diário de Notícias

O "Diário de Notícias" começou a publicar tiras diárias de "As Aventuras de Tim-Tim" a partir de Dezembro de 1971.



Em 25 de Abril de 1974 estava a ser publicado o episódio "A Ilha Negra" que foi publicado entre 01/02/1974 e 07/06/1974. Curiosamente a revista Tintin começou a publicar esta aventura, na sua terceira versão, em 18/05/1974. 

O jornal "O Comércio do Porto" publicou as aventuras lunares entre 24/02/1974 e 05/06/1975.

https://tintinemportugal.blogspot.com/2011/06/tintin-no-jornal-diario-de-noticias.html

https://tintinofilo.weebly.com/diaacuterio-de-notiacutecias.html

TINTIN NOS JORNAIS PORTUGUESES 

Não será novidade para ninguém que muitas personagens célebres da Banda Desenhada tiveram os jornais a apoiá-los e a divulgá-los de uma forma mais ou menos intensa. Os norte-americanos sempre foram especialistas nesse campo e seriam nos seus jornais que apareceriam inicialmente muitas aventuras de heróis que acabariam por alcançar grandes sucessos. Com o Tintin não aconteceria isso, já que em Portugal as suas aventuras publicadas nos jornais iniciaram-se em tiras (o que provocaria muito impacto junto do público, pois as suas aventuras foram criadas em pranchas e é assim que deverão ser lidas). No entanto, seria o jornal "Diário de Notícias" a publicar essas mesmas tiras a partir de 08/12/1971 até 11/08/1975, tendo apresentado 10 histórias desde ‘O Mistério da Orelha Quebrada’ até ‘O Mistério das Latas de Conserva’, passando pelas aventuras de ‘A Estrela Misteriosa’, ‘A Ilha Negra’, ‘O Templo do Sol’ e outras. "O Comércio do Porto" também arriscaria em publicar de 24/02/1974 a 05/06/1975, mas desta vez em meias pranchas e pranchas, algum material, mas com muitas falhas na sua periodicidade. Mais tarde e de novo “O Diário de Notícias” publicou de 08/03/1981 a 30/05/1982 a história ‘Tintin na Lua’, igualmente em pranchas.

(...)

Carlos Gonçalves

Uma revolução desenhada


UMA REVOLUÇÃO DESENHADA: O 25 DE ABRIL E A BD

 A década de 70, que possibilitou em Portugal, com um certo desfasamento, o desencadear de transformações profundas que vinham, a nível internacional, da década anterior (para não falar numa recuperação do tempo perdido que vinha de muito mais longe, claro), foi também, curiosamente, um período charneira na história da BD europeia - e da BD em Portugal, que o 25 de Abril vai naturalmente potenciar e influenciar.

E a década de 70 é também uma época de transição na progressiva mudança dos hábitos de distribuição e consumo da BD. É neste período que as revistas de BD, que haviam marcado gerações desde pelo menos os anos 20 (e antes delas as publicações de caricatura e desenho satírico, mas num contexto diverso), vão começar a desaparecer, sendo substituídas pelos leitura directa em álbum, salvo cada vez mais raras excepções. Embora tenha havido, como ainda hoje, outras experiências, é precisamente da época que abrange o 25 de Abril a última revista de BD -- a versão portuguesa de "Tintin" (1968-1982), que, entre muitas outras coisas importantes, apresentou Corto Maltese em 1975 e abriu as suas páginas a Fernando Relvas, cujo Espião Acácio ficaria como marco de uma nova BD portuguesa cujos reflexos e pujança são hoje, até, mais evidentes.

Mas alguém imaginaria que, nos anos 70, em Portugal, reflectindo ou não as mudanças na sociedade, com os mais diversos graus de qualidade, e para além de toda uma produção vastíssima em revistas, jornais, boletins, folhetos, etc., se publicaram mais de 300 álbuns de autores estrangeiros e cerca de 100 portugueses?!

É neste contexto que o 25 de Abril vai encarar e utilizar a BD com um olhar novo. Se na memória das pessoas é natural que predominem alguns cartoons, particularmente de João Abel Manta, logo desde a altura (e retomando também experiências que vinham de trás, nalguns casos produzidas na clandestinidade), a BD vai surgir como um meio vivo e adequado para a intervenção política e cívica.

Intervenção tão actuante que na sua urgência e identificação com o próprio pulsar da Revolução, se integraria nas mais diversas formas de engagement da época, e hoje está esquecida. E a sua presença foi muito mais vasta e com assinalável frequência de muito maior qualidade do que se possa imaginar e recordar.

Muito sinteticamente, a BD que Abril trouxe, e no que diz respeito à produção portuguesa, pode ser agrupada em dois grandes núcleos: por um lado, a BD mais directamente politizada, que se ramificou essencialmente em duas tendências complementares: a BD de empenhada intervenção política com uma forte componente satírica, e a BD de formação cívica, de doutrinação política. Por outro lado, a BD já não tanto como instrumento mas como linguagem ficcional autónoma, mas abordando temas impensáveis, ou impossíveis antes do 25 de Abril devido à censura, a par de mais arrojadas pesquisas gráficas, de que o exemplo mais desenvolvido e paradigmático foi a revista "Visão".

Nos jornais, a produção foi vastíssima. É importante não esquecer, desde logo, que faz parte do universo da BD a tira desenhada, a história breve mas sequencial de que o exemplo mais emblemático no acompanhamento dos acontecimentos vertiginosos a seguir ao 25 de Abril foi o Guarda Ricardo de Sam, com o seu humor subtil, muito pessoal, que acabou por fazer um dos mais atentos diários da Revolução, e dos que mais convidam à reflexão - e não está ele, apesar do prestígio de que gozou, esquecido?

De tantos outros, recordem-se apenas, pela sua qualidade, intervenções como as de António e o seu Kafarnaum, nestas mesmas páginas do EXPRESSO, António que, de tão genial cartoonista em que se tornou, a maioria já se terá esquecido que foi também, depois do 25 de Abril, em diversas publicações, um importante autor de BD, e um daqueles que recorreram igualmente à BD de uma das formas mais engraçadas e eficazes desta época - utilizando satiricamente algumas das personagens mais famosas e populares da BD internacional. Ou as intervenções de José Paulo Simões que, na óptica do PCP, com a sua Direita de cara à banda, assinaria notáveis páginas satírico-políticas, que também dariam origem a um dos melhores álbuns de BD desta época. Ou as deliciosas desmistificações de F. Relvas na "Gazeta da Semana"...

Num duplo registo, outro dos nomes de maior qualidade seria Carlos Barradas, que além de presença assídua em publicações satíricas relativamente efémeras mas excelentes como "Pé de Cabra" ou "O Coiso", desenharia uma notável adaptação em BD do "Capital"de Karl Marx que é um dos exemplos mais conseguidos de BD didáctico-política.

Sem esquecer intervenções de qualidade como as de Cid, ou as de Marcelo Moraes na "Rua", numa perspectiva marcadamente de direita, seria obviamente no fervilhante universo da esquerda e sobretudo da extrema esquerda, nos meios operários, sindicais, partidários, estudantis, que a produção de BD seria imensa, servindo como símbolo entre todos uma história sobre a mais-valia, concluindo que os patrões não são precisos para nada, que teve as mais varias utilizações e reproduções, incluindo em murais de rua. Assim como seria o álbum "A Comuna de Paris de 1871", ligado à "Spartacus" (OCMLP) que daria um dos exemplos mais expressivos do espírito da época, pelo trabalho colectivo, a 4 mãos, empenhado, educativo e anónimo (hoje sabe-se que por trás estavam Elisabete José, Jorge Pé Curto, Nuno Pacheco e Rui Pimentel). Seriam, aliás, as correntes maoistas que tornariam familiares as bandas desenhadas chinesas como exemplo da verdadeira e boa BD.

A BD teria também uma importante utililização cívica, cujo exemplo mais feliz e vistoso foi "Vão à escola? Não, vão votar!", do MFA, e invadiria igualmente o ensino em várias vertentes, com aplicações excelentes e alguns abusos.

Mas há muito por onde escolher perder tempo, desde «A Palavra e a Mão», de Joaquim Brito, João Rodrigues e João Botelho, que ironiza sobre a crise académica de Coimbra de 1969, a "Contra a Escravidão pela liberdade", «História Ilustrada» do MPLA; da campanha eleitoral de Pinheiro de Azevedo desenhada por Victor Péon à campanha do Imposto Complementar desenhada por António Alfredo para o Ministério das Finanças. Só uma conclusão é possível: a BD teve, nesta época, uma importância sem par.

A experiência mais significativa de renovação da BD viria a ser, no entanto e de facto, a revista "Visão", em 1975/76. Nos seus efémeros 12 números, mostrando que a BD tradicional ainda era dominante nos gostos e hábitos, trouxe uma lufada de ar fresco através de uma renovação temática e estética que envolveu nomes como Victor Mesquita, Pedro Massano, Carlos Barradas, Isabel Lobinho, Zé Paulo Simões, Carlos Zíngaro, Zepe, Nuno Amorim, Duarte, etc., e que trouxe, além do humor, o erotismo de raiz literária, a guerra colonial, etc.

Todo este universo, brevissimamente evocado através das principais linhas de força, ainda precisa de ser muito mais amplamente estudado e recordado. Mas neste momento já não está esquecido.

Promovida pelo Centro de Documentação 25 de Abril, com a colaboração do Centro de Estudos Sociais e da Bedeteca de Lisboa, e contando com o alto patrocínio da Comissão Nacional para as Comemorações Oficiais dos 25 anos do 25 de Abril, a exposição Uma Revolução Desenhada: O 25 de Abril e a BD, inaugurada a 15 de Abril, em Coimbra, evoca a vitalidade da BD neste período nas mais diversas facetas.

Comissariada por João Miguel Lameiras, João Paulo Paiva Boléo e João Ramalho Santos e com cenografia da Antevisão, a exposição pretende mostrar a intensa produção de BD surgida na época (ou mesmo algo posterior, desde que relacionada com o tema) e que, dos álbuns às revistas, dos panfletos aos jornais, dos cartazes aos murais, ajudou a traçar a própria imagem da revolução dos cravos. Uma componente documental, caracteriza os oito núcleos que constituem a viagem pelas imagens de Abril. Viagem essa que se inicia com os acontecimentos do dia 25 de Abril revisitados pelos autores de BD nacionais e estrangeiros (cuja visão mais completa, e cepticamente lúcida, é sem dúvida "O País dos Cágados", de Artur Correia e António Gomes de Almeida, numa pérola a (re)descobrir), para prosseguir com a abordagem das lutas operárias e estudantis e a resistência às brutalidades da Pide. A um terceiro núcleo, dedicado à Guerra Colonial, onde encontramos também trabalhos produzidos em Angola e Moçambique, segue-se "A BD como ferramenta de comentário político-social", que é o núcleo mais extenso, onde é também dada uma certa atenção às campanhas eleitorais. Parte-se em seguida para a utilização didáctica da banda desenhada, quer no ensino, quer enquanto instrumento de educação cívica ou de doutrinação política. Depois de se ver a forma como a popularidade dos personagens de BD era utilizada como arma de propaganda política e traçar o panorama da banda desenhada em Portugal durante os anos 70, a primeira parte da exposição termina com o núcleo dedicado à revista "Visão".

Uma mostra apoiada sobretudo em reproduções e que, por uma questão de filosofia, mais do que mostrar pranchas originais, privilegia o suporte impresso em que essas histórias chegaram ao público da altura.

A fúria comemorativa encheu-nos já os dias com um sem número de imagens e memórias e evocações dos acontecimentos de Abril de 1974, com qualidade e interesse variáveis, incluindo novas BDs, evocativas da História ou com visões pessoais. E promete continuar, pelo que convém aos interessados em perceber o seu tempo muita perseverança e discernimento para separar aqueles contributos que trazem alguma coisa de novo e os que apenas nos fazem perder tempo. Se alguma coisa as revoluções nos ensinam é que o tempo é um bem precioso.

Daí que a exposição seja acompanhada por um livro/catálogo com o mesmo título que se revela inovador a vários títulos. Embora se trate aqui mais de um ponto de partida do que chegada, a pesquisa é enorme, seja pela simples recolha, seja pelas inúmeras revelações. Ao que se deve somar aquilo que talvez seja o mais importante: o retrato que esta arte faz do país e do tempo, «documentando os mais variados aspectos, permitindo evocar de forma sugestiva e sintética a multiplicidade de perspectivas e tendências, tanto políticas e sociais como estéticas, de que este período histórico foi feito», não se resumindo os materiais apresentados, como se viu, apenas ao desenho da revolução propriamente dita. O panorama da bd da época é completado por uma excelente (e impressionante pelo número) bibliografia de álbuns dos anos 70, assinada por Carlos Bandeiras Pinheiro.

Com arranjo gráfico de José Miguel S. Reis, cujo importante contributo nunca é demais realçar, a obra pretende estabelecer um diálogo com a exposição, de que funciona como um complemento com vida autónoma.

A segunda parte, intitulada "Visões de Abril", é composta pelos originais de 18 histórias inéditas, integralmente constantes no livro, feitas expressamente para esta exposição por alguns dos mais representativos autores de BD portugueses de várias gerações, que aceitaram associar-se a esta iniciativa, apesar do pouco tempo que lhes foi dado. Assim, os veteranos como Pedro Massano, Luís Diferr, Fernando Relvas, Rui Pimentel e José Pires, as certezas como Filipe Abranches, José Carlos Fernandes, Pedro Cavalheiro, Diniz Conefrey e José Abrantes, e as promessas como Rui Lacas, Rui Ricardo, Victor Borges, Miguel Rocha, Paulo Patrício, António José Lopes, Pedro Brito e Mário Moura, mostram num máximo de quatro páginas, a sua visão particular do 25 de Abril. Visões individuais e distintas, das quais fazem parte metáforas brilhantes de valores confirmados e de belas promessas. Alguns relatos autobiográficos transformam-se pela sua frescura em verdadeiros documentos. Experiências gráficas revelam inesperada consistência. O conjunto revela que continuamos capazes de produzir belas imagens com um perfume algo amargo. O mal, e quem o dia é a personagem de José Carlos Fernandes, «é fazerem-se revoluções com grandes ideais, liberdade, igualdade, fraternidade e coisas assim…».

Esta apresentação tem por base os textos de João Paulo Paiva Boléo (Expresso, 24/04/99), João Paulo Cotrim (Independente, 30/04/99) e João Miguel Lameiras (Selecções BD, nº8, Junho 1999)

Bedeteca

https://arquivo.pt/wayback/20000919175435mp_/http://www.cm-lisboa.pt:80/bedeteca/exposi/abril/rbd.htm

terça-feira, 23 de abril de 2024

Júlio Isidro entrevista Tintin


No programa "jet 7" nº 180, de 15/01/2000, com apresentação de Sofia Sá da Bandeira deu vários depoimentos dedicados a Júlio Isidro e deu uma imagem antiga com um bonito desenho com várias personagens de Hergé e uma referência ao programa "Passeio dos Alegres". 

https://arquivos.rtp.pt/conteudos/jet-7-parte-i-179/


Existe ainda um programa da década de 1990 de Júlio Isidro em que foi convidado John Cale. Nesta  imagem apareciam vários desenhos entre eles um de Tintim. (Imagem em más condições digitalizada de uma revista de televisão da época.)


quinta-feira, 18 de abril de 2024

História Com Siza

A versão a preto e branco.

Desenhada em Abril de 1989.

Publicada no nº50 (28 Abril 1989) de "O Independente" (suplemento "Vida 3").

A versão a cores e sem texto.

Desenhada em Janeiro de 1992 e pintada em Junho de 1993.

Publicada no catálogo da exposição "A Mala",

editado pela Bedeteca de Lisboa em 1998.

Pavilhão Carlos Ramos da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto. Porto, Portugal, 1986-1996 (fonte)

«pouca gente (ou mesmo ninguém) sabia que o edifício era do Siza. eu achei graça à fachada com cara de Tintin.» Pedro Morais



segunda-feira, 15 de abril de 2024

Em nome de Quim

 


0403 - As Jóias de Alexandra Reis - 2023

Facebook Joaquim Carvalho



1404 - Afinal os Tintins também envelhecem...

2022 - TimTim ainda é vivo. Milu já não. Detetado por camaras num hipermercado na Bélgica a comprar produtos portugueses depois da subida da inflação.


quinta-feira, 11 de abril de 2024

quarta-feira, 10 de abril de 2024

Na pista de Tim-Tim

 


(imagem partilhada em 2019 por Alberto Ferreira)

A revista "O Papagaio" publicou "Na Pista de Tim-Tim", da autoria dos portugueses V. Diniz de Oliveira (texto) e Rodrigues Neves (desenho), numa altura em que as aventuras de Tim-Tim estiveram de férias (a partir do nº 541).

Tintim, Milou e os Dupond(t) aparecem nessa história publicada em "O Papagaio" no período entre 7 de Março 1946 (569) e 30 de Janeiro 1947 (616). A cadelinha Rom-Rom é a primeira a aparecer na revista nº 578  de 09/05/1946.

O célebre detective Tim-Tim tinha sido raptado ao chegar a Portugal e foi levado para a India pelo tenebroso Tigre do Oriente. Mas Nic-Bob o pequeno detective de 15 anos acabaria por  conseguir prender o raptor. (...)

Dados Biográficos de José Rodrigues Neves - Arquitecto, Pintor, Cartonista

Natural de Portalegre, onde nasceu a 27 de Abril de 1921, José Rodrigues Neves estudou Pintura e Arquitectura, e nesta disciplina se diplomou, na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa. 

Foi professor na Escola de Artes Decorativas António Arroio, assim como noutros estabelecimentos de ensino. Fez parte do Gabinete de Estudos e Planeamento Turístico, e dos quadros técnicos das Câmaras Municipais de Lisboa, Cascais e Portalegre.

Pintor, a óleo e aguarela, teve várias exposições, na sua cidade natal e em Lisboa.

Estreou-se na Banda Desenhada em 1941, no inicio do Diabrete, em jeito humorístico. Colaborou, a par de António Barata, na decoração de "O Faisca", prosseguindo no semanário O Papagaio (1945), para onde desenhou as histórias aos quadradinhos "A Garra Secreta" e "O Colar de Lady Norma", com argumentos de Artur Varatojo, bem como "Aventuras do Pardal Pardalão", com versos de Carlos Cascais, entre muitas outras. Deve atribuir-se-lhe, pelo menos em parte, "Na Pista de Tim-Tim", com texto de V. Diniz de Oliveira, curiosa apropriação de um herói famoso da BD.

O melhor de Rodrigues Neves encontra-se nas três HQ didácticas que ilustrou para livros do Ensino Técnico de Virgílio Couto - "Odisseia", "Marco Polo" e "De Angola À Contra-Costa" - recolhidas também pela revista Auditorium (1947-50). 

Encontram-se ilustrações suas na revista Renascença, em diversos livros de arte ou científicos. 

Faleceu em Lisboa a 8 de Agosto de 1983. 

Facebook

(ver outra biografia, da autoria de António Martinó Coutinho, no blog largodoscorreios.wordpress.com)

Rodrigues Neves, como criador de banda desenhada, e ainda muito jovem, deixou obra em alguns dos mais representativos títulos da especialidade na época, como Diabrete, O Faísca e O Papagaio. Embora esta actividade ligada aos quadradinhos tenha sido curta, praticamente entre 1941 e 1948, dos 20 aos 27 anos de idade, a sua obra pode hoje ser recordada entre os nomes que ficaram registados na galeria dos criadores nacionais. Com efeito, se consultarmos qualquer obra de qualidade sobre a BD portuguesa, Rodrigues Neves é aí citado de forma positiva pelo seu válido contributo para a 9.ª Arte. Os mais conceituados estudiosos e ensaístas da historiografia dos quadradinhos lusos - António Dias de Deus, Leonardo de Sá, Carlos Gonçalves, João Paulo Paiva Boléo ou Carlos Bandeiras Pinheiro, entre outros- incluem Rodrigues Neves na listagem dos mais notáveis autores desses “heroicos” anos 40.

António Martinó de Azevedo Coutinho


Capa apócrifa de "O Papagaio" nº 540 de 16/08/1945 com desenho de Rodrigues Neves (?).

«(...) estreou-se em Portugal n’O Papagaio, como muita gente sabe, onde viveu, desde 16 de Abril de 1936, algumas das suas primeiras aventuras, até ir de férias no Verão de 1945, o que lhe deu direito a honras de despedida na capa do nº 540, de 16 de Agosto. A falta de assinatura permite várias especulações quanto à autoria desta capa, mas o mais provável, na nossa opinião, é ter sido realizada por Rodrigues Neves ou Jorge Brandeiro (Rembrandas), dois dos principais colaboradores da revista, nessa fase ainda muito popular junto do público infanto-juvenil. O incansável globetrotter não tardou a regressar noutra grande aventura, “O Segredo da Licorne”, que seria a última (...)» (O Gato Alfarrabista)

"A estrela misteriosa" terminou na edição nº 540 regressando as aventuras de Hergé, após a publicação de "Na pista de Tim-Tim", para a sua última aventura na revista: "O Segredo da Licorne" (publicada do #617 de 06/02/1947 ao #679 de 15/04/1948).

569 / 616

https://tralhasvarias.blogspot.com/2017/11/o-papagaio-todos-os-numeros.html#more

domingo, 7 de abril de 2024

Desenho de José Abrantes

Jose Abrantes: Depois digam que sou normal!

Maria Antonia Amaral: Onde está a anormalidade do desenho? Só se for no Milou um pouco envelhecido!

Jose Abrantes: E no tamanho desmesurado do cão, e nas "entradas" do rapazinho...

(Facebook) 20/09/2016