quarta-feira, 10 de abril de 2024

Na pista de Tim-Tim

 


Tintim, Milou e os Dupond(t) aparecem na história "Na pista de Tim-Tim", da autoria de dois autores portugueses, publicada em "O Papagaio" #569-#616; no período entre 7 de Março 1946 e 30 de Janeiro 1947.

Autores: Diniz de Oliveira (texto) e Rodrigues Neves (desenho)

Dados Biográficos de José Rodrigues Neves - Arquitecto, Pintor, Cartonista

Natural de Portalegre, onde nasceu a 27 de Abril de 1921, José Rodrigues Neves estudou Pintura e Arquitectura, e nesta disciplina se diplomou, na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa. 

Foi professor na Escola de Artes Decorativas António Arroio, assim como noutros estabelecimentos de ensino. Fez parte do Gabinete de Estudos e Planeamento Turístico, e dos quadros técnicos das Câmaras Municipais de Lisboa, Cascais e Portalegre.

Pintor, a óleo e aguarela, teve várias exposições, na sua cidade natal e em Lisboa.

Estreou-se na Banda Desenhada em 1941, no inicio do Diabrete, em jeito humorístico. Colaborou, a par de António Barata, na decoração de "O Faisca", prosseguindo no semanário O Papagaio (1945), para onde desenhou as histórias aos quadradinhos "A Garra Secreta" e "O Colar de Lady Norma", com argumentos de Artur Varatojo, bem como "Aventuras do Pardal Pardalão", com versos de Carlos Cascais, entre muitas outras. Deve atribuir-se-lhe, pelo menos em parte, "Na Pista de Tim-Tim", com texto de V. Diniz de Oliveira, curiosa apropriação de um herói famoso da BD.

O melhor de Rodrigues Neves encontra-se nas três HQ didácticas que ilustrou para livros do Ensino Técnico de Virgílio Couto - "Odisseia", "Marco Polo" e "De Angola À Contra-Costa" - recolhidas também pela revista Auditorium (1947-50). 

Encontram-se ilustrações suas na revista Renascença, em diversos livros de arte ou científicos. 

Faleceu em Lisboa a 8 de Agosto de 1983. 

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(ver outra biografia, da autoria de António Martinó Coutinho, no blog largodoscorreios.wordpress.com)

Rodrigues Neves, como criador de banda desenhada, e ainda muito jovem, deixou obra em alguns dos mais representativos títulos da especialidade na época, como Diabrete, O Faísca e O Papagaio. Embora esta actividade ligada aos quadradinhos tenha sido curta, praticamente entre 1941 e 1948, dos 20 aos 27 anos de idade, a sua obra pode hoje ser recordada entre os nomes que ficaram registados na galeria dos criadores nacionais. Com efeito, se consultarmos qualquer obra de qualidade sobre a BD portuguesa, Rodrigues Neves é aí citado de forma positiva pelo seu válido contributo para a 9.ª Arte. Os mais conceituados estudiosos e ensaístas da historiografia dos quadradinhos lusos - António Dias de Deus, Leonardo de Sá, Carlos Gonçalves, João Paulo Paiva Boléo ou Carlos Bandeiras Pinheiro, entre outros- incluem Rodrigues Neves na listagem dos mais notáveis autores desses “heroicos” anos 40.

António Martinó de Azevedo Coutinho


Capa apócrifa de "O Papagaio" nº 540 de 16/08/1945 com desenho de Rodrigues Neves. 

"A estrela misteriosa" terminou nessa edição regressando as aventuras de Hergé, após a publicação de "Na pista de Tim-Tim", para a sua última aventura na revista: "O Segredo da Licorne" (publicada do #617 de 06/02/1947 ao #679 de 15/04/1948).

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