domingo, 12 de junho de 2011

Censura nas histórias do Tintin

Vinheta Original



Cavaleiro Andante


Durante o regime do Estado Novo (1928-1974), o Governo aplicava aos órgãos de Comunicação Social, nomeadamente a partir dos anos 50, o exame prévio, a chamada censura. Também as publicações juvenis não escaparam a esta política de instrumentalização. As chamadas «Instruções Sobre Literatura Infantil» apelava ao decoro moral (aliás também em regimes democráticos como a França e os E.U.A.) e à acentuação das tónicas do «patriotismo», «heroísmo» e «honra». Evitar-se-ia a violência (excepto nos clássicos históricos ou da literatura) e proclamar-se-ia o respeito pelo Estado e pelos valores da Pátria.
Também as aventuras de Tintin foram «atingidas» pelas ditas «Instruções». E numa pesquisa interessante de Paulo Viegas, podemos reparar que a «subserviência» da autoridade ao banditismo do original do «Tintim na América» foi eliminada na versão portuguesa publicada pelo Cavaleiro Andante.

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