quarta-feira, 1 de junho de 2011

Tintin n' «O Papagaio»


Portugal foi o primeiro país não francófono a publicar o Tintim. E foi igualmente o primeiro país a editar os episódios a cores. Foi a revista «O Papagaio», cujo director era Adolfo Simões Muller; que obteve esse troféu.
«O Papagaio» teve início em 18 de Abril de 1935, terminando em 10 de Fevereiro de 1949, com 722 números publicados. Trouxe-o o padre Abel Varzim, que conhecia Hergé e se correspondia com ele, e convenceu os responsáveis daquela revista juvenil da Rádio Renascença a publicá-lo. O padre Varzim tinha estudado na Universidade de Lovaina, na Bélgica, e feito amizade com o padre Norbert Walez, director do diário católico Le Vingtième Siècle, em cujo suplemento juvenil, Le Petit Vingtième, foram publicadas as primeiras aventuras de Tintin. O Papagaio era dirigido por Adolfo Simões Müller, grande admirador de Hergé, que decidiu colorir as aventuras de Tintin sem pedir permissão ao autor, fazendo assim uma estreia mundial. Hergé não protestou e até gostou de ver os seus desenhos coloridos, criticando apenas a paginação, que tinha sido remontada.
Assim, no #53 de 16 de Abril de 1936 iniciam-se as aventuras de «Tintim na América no Norte» (Tintim na América) que desfila nas páginas da revista até ao #110 de 20 de Maio de 1937. De notar, que «O Papagaio» foi a primeira revista mundial a colorir as aventuras de Tintim.
O interesse desta revista é o facto de publicar as primeiras versões das histórias. As restantes histórias publicadas foram as seguintes:
Os charutos do faraó (#115 de 24/6/1937 ao #161 de 12/5/1938)
O lótus azul (#166 de 16/6/1938 ao #205 de 16/3/1939)
Tim-Tim em Angola (Tintim no Congo) (#209 de 13/4/1939 ao #244 de 14/12/1939)
Tim-Tim e o mistério da orelha quebrada (A orelha quebrada) (#247 de 4/1/1940 ao #298 de 26/12/1940)
Tim-Tim na ilha negra (A ilha negra) (#301 de 16/1/1941 ao #359 de 26/2/1942)
Tim-Tim no deserto (O caranguejo das tenazes de ouro) (#366 de 16/4/1942 ao #426 de 10/6/1943)
A estrela misteriosa (#435 de 12/8/1943 ao #540 de 16/8/1945)
O segredo do Licorne (#617 de 6/2/1947 ao #679 de 15/4/1948)

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